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3.-Ciencia-senso-comumMorand (1), Notas de estudo de Enfermagem

PSCICOLOGIA APLICADA A ENFERMAGEM

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 05/03/2011

iasmin-farias-5
iasmin-farias-5 🇧🇷

4.6

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Baixe 3.-Ciencia-senso-comumMorand (1) e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! O senso comum e a ciência Átila Morand A idéia de que todo cientista é uma pessoa de inteligência incontestável é amplamente divulgada pela mídia e essa divulgação não é gratuita. Com essa imagem de “ser superior” o cientista torna- se um formador de opinião, induzindo o pensamento das camadas populares e vendendo produtos nos comerciais de televisão. Só que a realidade passa longe disso. Um indivíduo é considerado cientista quando se especializa em um determinado assunto e essa especialização parte de um conhecimento prévio do indivíduo. Em outras palavras, todo indivíduo dotado de um conhecimento prévio comum a todos pode buscar uma especialização. Mas o que é esse conhecimento prévio? É o que se costuma chamar de senso comum. Pode-se dizer que senso comum são os conhecimentos adquiridos ao longo da vida que independem de um treinamento científico. Em contrapartida, não existe treinamento científico sem base no senso comum. Este é o aperfeiçoamento daquele. É como o origami. Aprender a fazer dobraduras é especializar-se no ato de dobrar um papel, mas dobrar papel todo mundo sabe. A especialização consiste nas formas e seqüências que devem ser dobrados os papéis. Diz-se que a ciência, ao contrário do senso comum, não acredita em magia. Como explicar então o fato de um médico (cientista), por exemplo, ter uma determinada crença ou religião? Não deveriam ser todos os médicos ateus? A crença de um médico religioso está enraizada no seu senso comum. Este senso não o abandona durante o treinamento científico porque o treino surge a partir do senso comum e não contra ele. Todo ser humano é passivo de crer em magia, consciente ou não. Quem nunca bateu três vezes na madeira, rezou para São Longuinho (e depois deu três pulinhos) ou cruzou os dedos em final de campeonato esportivo? Quem só dorme com as portas do guarda-roupa fechadas, assopra os dados antes de lançá-los ou não deixa chinelo virado nem por decreto (olha que a mamãe morre, hein?)? Imaginemos a seguinte situação: você tem um aquário e, sucessivamente, seus peixes começam a morrer. O que fazer? Problemas relacionados tanto ao senso comum como a ciência necessitam de soluções. E é a capacidade de solucioná-los que dá destaque ao indivíduo. O senso comum e a ciência partem do mesmo princípio: a necessidade do homem de compreender o mundo e a si mesmo. O ser humano, por milhares de anos, viveu numa sociedade em que não havia ciência e mesmo assim deu continuidade ao processo de evolução. É preciso compreender que sendo a ciência um refinamento do senso comum, devemos então respeitá-lo e não desprezá-lo, já que esse serve de ponto de partida para aquela. No caso do aquário, como proceder? Não é preciso ser gênio para saber que peixes não morrem à toa. Também não cometem suicídios coletivos. Então, qual a causa das mortes? Isso constitui um problema. Se você é um aquariofilista iniciante, provavelmente procurará auxílio de um guia básico de aquariofilia ou então conversar com alguém que entenda do assunto. O dono da loja de peixes, por exemplo. A Internet também não é má idéia. Seja como for, irá constatar que os peixes ornamentais necessitam de condições básicas de sobrevivência que variam conforme a espécie: nível do pH, temperatura, iluminação, tipos e quantidades de alimentos fornecidos, compatibilidade com outros peixes etc. Com esses dados em mãos, você levantará algumas hipóteses e precisará trabalhar com elas para encontrar uma solução: medir o ph e checar a temperatura da água, verificar o tipo de ração e a quantidade fornecida já que os peixes morrem por intoxicação alimentar (excesso de comida). Enfim, vai trabalhar com as hipóteses levantadas buscando uma solução. Só refletimos e agimos quando nos deparamos com um problema. São eles que nos levam a pensar. No caso do aquário, só pensamos e levantamos hipóteses porque um processo contínuo foi interrompido. Caso contrário, não nos preocuparíamos em saber nem o que é pH! A ciência surge daí, da busca de soluções para problemas corriqueiros ou não. Para desenvolver o pensamento científico é preciso saber solucionar problemas. Enxergar além dele, ter em vista um objetivo bem definido a ser alcançado. Também é preciso ter imaginação para levantar hipóteses porque quem mantém os dois pés sempre no chão não sai do lugar. Acessado em: http://www.paratexto.com.br/document.php?id=2508 10.02.2009
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