A Construção do Campo da Saúde Coletiva, Resumos de Saúde Pública

Baixe A Construção do Campo da Saúde Coletiva e outras Resumos em PDF para Saúde Pública, somente na Docsity! Da saude coletiva ◦A saúde coletiva no Brasil era praticamente inexistente, ou seja, quase não existiu nesse período de colônia. Nós tínhamos a cultura indígena que era uma cultura que trabalhava muito voltado as plantas, aos remédios medicinais naturais, ou seja, voltados à terra e tudo que era voltado a natureza ou prática natural que está interligado com a cultura indígena. ◦Nesse período também se tínhamos a medicina dos jesuítas que estava associada a igreja católica, que eram os padres ou as pessoas que estava envolvida nesse conceito de igreja católica que ofertava essa saúde. ◦ E ainda existiam os boticários que eram como lojas, ou seja, eram como as farmácias de hoje em dia, só que atualmente vamos em farmácias e já encontramos os medicamentos prontos para o consumo, e naquele tempo os boticários tinham que misturar as coisas naquele momento de acordo com o que você apresentava de sintomas para ele e os “medicamentos” eram feitos dessa forma. Os boticários utilizavam os princípios de tudo que vinham da terra. ◦Em 1789, havia no Rio de Janeiro apenas quatro médicos, o Rio de Janeiro nesse período era a capital do Brasil. Então para uma capital ter apenas quatro médicos era muito pouco e essa população (indígenas, escravos e entre outros) tinha muita desconfiança da medicina, da forma que ela era oferta até porque eles não tinham o conhecimento, logo era uma novidade para os mesmos. A cultura indígena acreditava muito mais nos Pajés do que nos médicos. E demorou um longo prazo para que as duas coisas se conversam-se, e com isso nem se podia ser retirado totalmente a cultura indígena como também não podia se abdica-se da saúde como se tem hoje em dia. ◦As únicas instituições que eram atuantes no vazio assistencial desse período era as Santas Casas de Misericórdia que eram casas filantrópicas e que não era cobradas e a saúde era realizada ali. Ainda era feito também as internações nessas instituições. ◦O primeiro hospital do Brasil que foi a 1° Santa Casa de Misericórdia, foi fundada em Olinda em 1540. E teve como objetivo de atender os enfermos dos navios dos portos e os moradores da vila e do povoado daquela região. ◦O período colonial aconteceu em 1500 com o descobrimento do Brasil, e nessa região tínhamos os índios que era forte e saudáveis até a chegada dos colonizadores trazendo as doenças da região deles para aquele povo que no Brasil habitava. E através disso ocorreu a propagação de doenças transmissíveis que afetava a produção econômica e o comercio daquela época. ◦A saúde nessa época estava limitada aos recursos da terra como plantas, raízes, ervas e entre outros meios naturais, e também aos conhecimentos empíricos como rituais e os curandeiros. ´ ́ A construção do campo ◦Nessa época não existia Política de Saúde, e com a falta dessa política se trazia poucos profissionais médicos que vieram para o Brasil e que conseguiram exercer sua profissão, até porque como não tinha política não havia profissionais da saúde e a população daquela época tinha medo por não conhecer o trabalho desses profissionais. ◦Outra coisa importante que aconteceu nesse período foi que iniciaram a medida de urbanização, saneamento dos portos, infraestrutura e intervenções pontuais, pois estava afetando a produção econômica e o comércio. E então se começaram a pensar nessas medidas. ◦Temos nesse período o término da monarquia em 1889 em que acontece a Proclamação da República e com isso vem a modernização do Brasil, que acontece a atualização da economia e da sociedade. E o cenário político e econômico começa de modo a ser uma produção de capitalismo. ◦Já no cenário de saúde temos um quadro sanitário muito caótico, onde aquelas doenças transmissíveis continuavam acontecendo e a partir disso começaram a acontecer as epidemias (que eram doenças transmissíveis) e eram frutos das imigrações, migração, da formação de aglomerados e a falta de saneamento básico. ◦Ainda nesse meio tempo de 1889 até 1930, em meados de 1904 aconteceu no Rio de Janeiro, era a capital do Brasil a Revolta da Vacina que é um grande marco no contexto de saúde. Então, esse pretexto foi imediato devido a uma Lei que determinava a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola. ◦E como não se sabia de onde se veio essa vacina, como foi realizado a produção da vacina. A população se tinha medo e não aceitava tomar essa vacina, e com isso aconteceu essa revolta da vacina. ◦ Essa lei quando foi pensada teve em seu projeto o que se exigia o comprovante de vacinação para realização de diversas atividades como as matrículas em escolas, obtenção de empregos, viagens, hospedagens, casamentos e também previa-se o pagamento de multas para quem resistisse à vacinação. ◦E embora a vacinação tenha sido obrigatória e deflagradora da revolta, logo, os protestos passaram a se dirigir aos serviços públicos em geral e aos representantes do governo, em especial contra aos representantes das forças repressivas. Hoje em dia com a atual pandemia da Covid-19 é um processo que apresenta similaridade com a revolta da vacina, por precisar ter o comprovante da vacinação da Covid-19 em muitos lugares. ◦Esse modelo começou a mudar a partir da revolução de 1930 e com isso foi criado o Ministério da Educação e Saúde. E quanto ao Ministério da Saúde só começou a adotar as medidas sanitárias com a criação de órgãos aos combates de endemias, mas ainda não eram um modelo muito que se trabalha como hoje em dia mais se começou a criar essas medidas aos poucos. ◦Foi vinculado a saúde e a educação, e o ministério acabou priorizando ali a educação e a ainda sim a saúde continuaram com os investimentos baixíssimos em relação ao que se precisava naquela época. ◦Durante o Regime Militar onde teve um caráter bem de ditatura e repressivo com imposição de forças policiais e militares. ◦Ainda nesse período tem a ênfase ainda numa assistência médica curativista, ou seja, com mais que se começou pensar nessas epidemias ainda não se tinha um modelo de saúde de prevenção, e então nessa época não acontecia campanhas de prevenção e promoção. Se tinha também a desvalorização da saúde pública e o ministério da saúde ainda ficava em segundo plano e sem poderes e privilégios políticos.