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Guias e Dicas
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A Pintura em Cerâmica Tupiguarani, Notas de estudo de História

A Pintura em Cerâmica Tupiguarani - Pré-História Brasileira

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 12/12/2011

dan-alencar-7
dan-alencar-7 🇧🇷

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Baixe A Pintura em Cerâmica Tupiguarani e outras Notas de estudo em PDF para História, somente na Docsity! A Pintura em Cerâmica Tupiguarani Introdução A cultura dos povos indígenas das línguas tupi e guarani é conhecida pelos relatos de cronistas da época dos primeiros tempos de colonização. Vasilhas e fragmentos de cerâmica são os únicos vestígios arqueológicos dos ancestrais desse grupo. A Tradição Tupiguarani, um estudo feito sobre as pinturas nas cerâmicas, revela que esses desenhos não eram para simples decoração, mas sim para expressar os valores coletivos dos primeiros habitantes do litoral brasileiro. A Pintura em Cerâmica Tupiguarani No Século XVI a maior parte do litoral do Nordeste era ocupada por populações indígenas que falavam língua tupi e guarani. A língua e a cultura desses povos eram bastante semelhantes. Segundo os primeiros cronistas, as mulheres produziam e decoravam os potes de barro. Essas tribos foram dizimadas por doenças trazidas pelos europeus e pelas guerras coloniais, e no século XVII tinham desaparecido quase que totalmente do litoral central e nordestino. Ladislau de Souza Mello Netto, um dos organizadores dos grandes museus, no século XVIII identificou como tupi os potes encontrados no litoral do Rio de Janeiro. Porém essas vasilhas estavam mal preservadas e as cerâmicas então recém-descobertas na Ilha de Marajó atraíram toda a atenção dos pesquisadores. Até o final de século XX, apenas o historiador e folclorista Carlos Oll publicou o desenho simplificado de algumas vasilhas encontradas na Bahia. Pesquisadores do Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas (Pronapa), no fim do século XX, dirigidos pelos arqueólogos norte-americanos Betty Meggers e Clifford Evans, encontraram numerosos sítios onde apareciam restos de cerâmicas decoradas, com traços vermelhos ou pretos pintados sobre fundo branco. Essas manifestações ficaram conhecidas por Tradição Tupiguarani. A palavra Tupiguarani trata de um conceito arqueológico que não corresponde obrigatoriamente aos povos falantes das línguas tupi-guarani. Como os sítios estavam muito destruídos, os cacos eram pequenos e os desenhos pouco legíveis. O Pronapa, visando apenas levantamento extensivo, não previa análises intensiva de sítios nem grandes escavações. Arqueólogos sob influência de perspectivas francesa, como Maria Beltrao, Luciana Pallestrini, Lina Kneip, Silvia Maranca e José Luiz Moraes chegaram a escavar estruturas de habitações, mas sem interesse pela cerâmica. Não houve um estudo sistemático das formas decorativas, porem importantes trabalhos de síntese foram realizados pelos arqueólogos José P.Brochado e Maria Cristina M. Scatamacchia sobre a difusão da cultura Tupiguarani e as formas das vasilhas. Em 2000, a Missão Arqueológica Francesa e o Setor de Arqueologia da Universidade Federal de Minas Gerais iniciaram um programa de estudo da cultura Tupiguarani no estado, em colaboração com a equipe que iniciava um programa de resgate arqueológico no Vale do Rio Doce. A reunião de recursos de origem privada com um projeto científico tornou possível um programa que unisse interesses econômicos, culturais e acadêmicos. O interesse dos estudiosos era estudar as modalidades de ocupação do espaço pelas populações tupiguarani em áreas leste e a organização interna das aldeias. O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais encontrou uma vasilha intacta com extraordinária decoração que levou a abrir uma nova linha de estudo sobre as cerâmicas e a visitar museus e coleções antigas nas cidades de Natal e Porto Alegre.
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