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Guias e Dicas
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Arte, Cultura e História dos Indígenas no Brasil: Artesanato, Cerâmica e Conflitos, Notas de estudo de História

Informações sobre as artes plumárias, cerâmicas e conhecimentos de várias tribos indígenas brasileiras, além de suas interações com os colonizadores europeus. Descreve-se a transição entre as artes plumárias e a pintura corporal, a mudança de cores nas penas, a produção de cestos e esteiras, e a observação ativa e paciente dos indígenas em relação à natureza. O texto também aborda as modificações culturais, religiosas e sociais sofridas pelas tribos indígenas ao longo da história do brasil, os conflitos entre elas e os colonizadores, e as tentativas de proteção e preservação de suas culturas.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 21/10/2013

Marcela_Ba
Marcela_Ba 🇧🇷

4.6

(192)

383 documentos

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Baixe Arte, Cultura e História dos Indígenas no Brasil: Artesanato, Cerâmica e Conflitos e outras Notas de estudo em PDF para História, somente na Docsity! Outra forma de arte plumária , pode ser considerada uma transição entre esta e a pintura corporal, consiste em colar penas sobre o corpo. É muito comum entre os Timbira. Para mudar a cor das penas (tapiragem) existem vários métodos. No caso dos papagaios, uma dieta rica em gorduras faz com que o verde e o azul tendam para o amarelo. Algumas tribos são famosas por seus trabalhos em cerâmica. É o caso dos Carajá , cujos trabalhos são muito valorizados comercialmente nas cidades. As figurinhas da fase moderna (posteriores a 1940) representam grupos, reproduzindo cenas da vida cotidiana. O colorido é mais intenso e as figuras parecem estar em movimento, sentadas, deitadas, e não apenas em pé, como na fase anterior. Algumas tribos, como os Kaingang e os Bororo, têm uma cerâmica mais simples. Porém, mesmo as mais elaboradas, não são feitas com auxílio da roda de oleiro. Para transportar alimentos, guardar objetos, etc., São utilizados cestos feitos com palha trançada . As formas dos cestos, o tipo de palha empregada e a técnica variam de tribo para tribo. E os estilos são tão bem definidos que um etnólogo, ao examinar um cesto, pode dizer de que região ou mesmo de que tribo procede. Fabricam também esteiras, para diversos fins: para dormir, forrar ou cobrir alimentos e , às vezes, enterrar os mortos. Vivendo em permanente contato com a natureza, os índios aprenderam, em muitos aspectos, a conhece-la e a utiliza-la. Ao lado de sua visão mágica dos processos naturais, desenvolveram também conhecimentos válidos sob o ponto de vista científico, importantes em sua luta pela sobrevivência. Os Tupinambá previam a vinda do período chuvoso pelo aparecimento de certas estrelas, e sabiam que as grandes marés se verificavam tantos dias depois da lua cheia e da lua nova. Os Caraó sabem que, estando a Via Láctea no meio do firmamento, a estação chuvosa está para começar(é agosto). Além disso, os indígenas conseguiram sintetizar vários venenos; o curare, por exemplo, de origem vegetal, que produz a morte rápida por paralisia do animal ferido por flecha. Foram os primeiros a extrair o látex da seringueira, fabricando bolas de borracha. Descobriram que, retirando o veneno da mandioca - brava, ela se tornava comestível. Grande parte utiliza vegetais como anticoncepcionais e como alucinógenos. Estes são apenas alguns dos muitos conhecimentos que acumularam. Eles são fruto de uma observação ativa e pacientes experiências, demonstrando uma atitude objetiva diante da natureza. UMA LONGA HISTÓRIA DE EXTERMÍNIO Nas tribos que, em maior ou menor grau, mantiveram contato com os brancos, em todos os planos verificaram-se modificações: nos costumes, na religião, no vestuário, nos utensílios e instrumentos (antes do contato, os índios não conheciam o ferro). O branco alterou o habitat dessas tribos, expulsou algumas de seus territórios tradicionais, agrupou tribos diferentes, forçou a modificação de antigos costumes, procurando integrar esses povos na sociedade nacional. Pode-se dizer que já não existem mais culturas indígenas brasileiras originais. A influência do branco foi profunda: levou ao extermínio cultural. Mas os indígenas foram dizimados também fisicamente. Uma das razões foram os seguidos conflitos com os brancos, causados principalmente por dois problemas: a conquista de terra e a busca de mão-de-obra. Este último já praticamente havia deixado de existir, pelo menos em proporções alarmantes, mesmo antes da abolição da escravatura. O escravo índio, não imunizado contra as doenças européias, com traços de cultura absolutamente diferentes, pequena produtividade e curta vida útil, desinteressou ao colono português, que passou a preferir o escravo africano. Mas, até meados do século XVIII, partiam ainda de São Paulo as conhecidas Entradas e Bandeiras, com o objetivo de capitular índios. A posse da terra foi contínua sendo o maior motivo para choques entre brancos e índios. Na expansão de suas atividades econômicas, o branco invade as terras pertencentes aos indígenas com gado e plantações, considerando-se no direito de expulsa-los da terra que secularmente lhes pertence. E estes com recursos inferiores, quase sempre são dizimados. DO CICLO DO OURO ATÉ HOJE No ciclo do ouro, quase desapareceram os Cayapó da região meridional de Goiás e do Triângulo Mineiro. No Maranhão, os índios Timbira foram expulsos de suas terras pelos criadores de gado. Estes, avançando mais tarde pelo centro do Brasil, entraram em conflito com os Xavante e os Cayapó.
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