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Behaviorismo e Gestalt: Formas Oppostas de Estudar o Comportamento Humano, Trabalhos de Psicologia

Uma comparativa entre o behaviorismo e a psicologia de gestalt, duas teorias psicológicas opostas que se referem ao estudo do comportamento humano. O behaviorismo, liderado por watson e skinner, propõe que o comportamento é estudado através de estímulos e respostas, enquanto a psicologia de gestalt, influenciada por teóricas como wertheimer, kohler e koffka, enfatiza a importância do processo de percepção entre o estímulo e a resposta. O documento também discute as referências históricas e as implicações atuais dessas teorias em diferentes áreas, como educação, treinamento e clínicas.

Tipologia: Trabalhos

2024

Compartilhado em 24/01/2024

manu-carneiro
manu-carneiro 🇧🇷

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Baixe Behaviorismo e Gestalt: Formas Oppostas de Estudar o Comportamento Humano e outras Trabalhos em PDF para Psicologia, somente na Docsity! UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL EMANUELE CARNEIRO DE OLIVEIRA ABORDAGENS TEÓRICAS DA PSICOLOGIA: BEHAVIORISMO, GESTALT, PSICANÁLISE E PSICOLOGIA HUMANISTA FEIRA DE SANTANA 2022 EMANUELE CARNEIRO DE OLIVEIRA ABORDAGENS TEÓRICAS DA PSICOLOGIA: BEHAVIORISMO, GESTALT, PSICANÁLISE E PSICOLOGIA HUMANISTA Trabalho apresentado no curso de graduação da Universidade Estadual de Feira de Santana, curso de Engenharia Civil do componente curricular de Psicologia das Relações Humanas, sob a orientação da Professora Lilian Carla Lopes Wanderley. FEIRA DE SANTANA 2022 educacional, treinamento de empresas, clínicas psicológicas, publicidades e várias outras coisas nas quais podem ser aplicadas. REFERÊNCIAS BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L.. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13ª edição. São Paulo: Saraiva, 2001. BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L.. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 14ª edição. São Paulo: Saraiva, 2001. BAUM, W. M. Compreender o Behaviorismo: comportamento, cultura e evolução. Tradução: Maria Teresa Araujo Silva. Porto Alegre, 2006. 2. A GESTALT A psicologia de Gestalt trata-se de uma tendência teórica. O termo é de origem alemã e de forma simples é denominado por forma ou configuração, dando a essa teoria também o nome de psicologia da forma. Como antecessor dessa psicologia tem- se o físico Ernst Mach e o filósofo e psicólogo Christian Von Ehrenfels, os quais desenvolviam estudos sobre as sensações de espaço-forma e tempo-forma. Além do mais, baseados nos estudos anteriores, Max Wertheimer, Wolfgang Kohler e Kurt Koffka relacionaram a forma e a sua percepção em uma vertente psicológica. Para tais estudiosos, eles se baseavam na análise do movimento físico e os gestos, os quais estavam envolvidos na ilusão de óptica configurados como uma forma diferente que ele tem da realidade. Dentro dessa psicologia, o principal termo utilizado é a percepção. Além do mais, entra em análise um fator implícito no que diz respeito a psicologia Behaviorista em que analisa o fato do estímulo e a resposta, no caso dos teóricos de Gestalt entre esse processo de estímulo e a resposta há o processo de percepção, no qual o fato de o indivíduo perceber e como perceber se torna algo importante. No entanto, esse impasse entre Gestalt/Behaviorismo é resumido visto que tanto um como o outro define a psicologia como uma ciência, na qual se estuda o comportamento. Enquanto os Behavioristas definem o comportamento estímulo e resposta como algo isolado e objetivo desprezando os conteúdos da consciência, os teóricos de Gestalt criticam essa linha de pensamento, pois acreditam que esse estudo isolado perde o significado para o sentido psicológico. Assim, para os gestaltistas as considerações que alteram a percepção do estímulo devem ser levadas em conta. O que apoiara esses pensamentos para os teóricos dessa psicologia é o baseamento no isomorfismo, em que tratava uma unidade do universo que está sempre relacionada ao todo. A percepção é baseada pela busca do fechamento, simetria e regularidade que compõe o objeto. Para os teóricos de Gestalt, qualquer padrão de estímulo tende a ser visto de tal modo que a estrutura resultante é tão simples quanto as condições dadas permitem. A Gestalt ressalta então que a maneira no qual o indivíduo observa e percebe o estímulo irá desencadear o seu comportamento. Assim, diante de determinadas situações o indivíduo pode mediatizar o comportamento através da percepção do REFERÊNCIAS BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L.. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13ª edição. São Paulo: Saraiva, 2001. BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L.. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 14ª edição. São Paulo: Saraiva, 2001. KÔHLER, W. Psicologia da Gestalt. Belo Horizonte, 1968. . 3. A PSICANÁLISE O fundador da psicanálise foi o médico vienense Sigmund Freud, na passagem do século XIX para o século XX. A investigação de Freud se baseia nos aspectos econômicos, políticos e culturais. Para ele, a denominação psicanálise é utilizada para se referir a uma teoria, método de investigação e a uma prática profissional. A teoria refere-se a um conjunto de conhecimentos sobre como funciona a mente. O método de investigação está interligado que busca entender os motivos da ação que estão ocultos, como sonhos, pensamentos e outros fatores. Já a prática profissional é a forma de tratamento, buscando-se o autoconhecimento e a cura. Ao debruçasse na teoria trazida por Freud, observa-se que seu desenvolvimento se dar através de experiências pessoais ocorridas na vida dele. Um exemplo disso foi ao conhecer o médico e cientista Josef Breuer, no qual proporcionou Freud a ter o contato com uma de suas pacientes por sua experiência lhe chamar atenção. A paciente Ana O. não conseguia lhe explicar os motivos dos sintomas sentidos por ela diante da doença do pai, mas durante seções de hipnose ela conseguia explicar todos os fatores que acarretaram a origem de cada um deles. Assim, Freud chamou de método catártico esse momento de reabilitação que possibilitava uma pessoa colocar para fora toda a sua vivência, traumas e emoções, e a partir disso havia a eliminação dos sintomas acarretados por essas situações. No entanto, diante da resistência de alguns pacientes a se prestarem a seções de hipnose, Freud modificou essa prática passando a chamá-la de momento de concentração e a liberação das emoções eram respondidas através de perguntas. No entanto, uma jovem anônima lhe indicou retirar as perguntas, e essa análise passara a ser a fala desordenada dos pacientes. Diante dessa mudança de análise, Freud percebeu que muitos pacientes ocultavam ou se esqueciam de fatos e acontecimentos que lhe ocorriam, ou por medo, vergonha, ou simplesmente por esquecimento, e a esse fator ele denominou de resistência. Além disso, ele chamou de repressão o esse processo de acobertar determinados ocorridos, idéia ou experiências vividas, as quais se localizaram no inconsciente da mente. No lançamento de um de seus livros Freud determina instâncias psíquicas, as quais são o inconsciente, pré-consciente e consciente. O primeiro refere-se a sentimentos e ações reprimidas no pensamento, o qual é rígido por leis próprias de funcionamento, não existindo noção de tempo. O segundo está ligado a pensamentos que são viáveis de se ter acesso, os quais não estão no consciente no momento, mas a qualquer momento pode-se está, é semelhante a se imaginar uma gaveta com objetos dentro, no momento em que você não precisa de determinado objeto que está na gaveta não irá se lembrar da existência dele, mas a partir do momento em que precisar e for a procura desse objeto se lembrará onde estará e poderá buscá-lo na gaveta. Já o terceiro é que é marcado pelo raciocínio e percepção do mundo interior e exterior. Em suas análises clínicas, para Freud toda a estruturação é afetada pelo período infantil, deixando marcas profundas. Além disso, para ele todos esses fatores e conflitos são de ordem sexual, o que passou a ser o estudo principal do foco psíquico, de forma que foi uma repercussão na época de estudo, por interligar a sexualidade a passagem infantil, visto que era algo tratado como inocente. Para ele, a função da sexualidade sempre existiu desde o princípio da vida e não apenas se dava início a partir da puberdade. Até a chegada do prazer adulto ainda percorria por um processo, mas contrariava na época o pensamento que a sexualidade só estava relacionada a reprodução. Para Freud, a libido é a energia dos instintos sexuais. Freud postulou as fases do desenvolvimento sexual sendo: a fase oral, fase anal, fase fálica, período de latência e fase genital. No que diz respeito a faze oral, é aquela cuja erotização é a boca, e isso é uma questão de sobrevivência, uma fase mais ou menos desde o nascimento até um ano de idade, caracterizado pelo período no qual o bebê descobre o mundo pela boca, onde tudo que é tocado por ele ou segurado o seu instinto lhe induz diretamente a levar a boca. A fase anal é aquela cuja zoa de erotização é o ânus, em que a criança passa a ter controle sobre as suas necessidades fisiológicas como urinar e defecar. A fase fálica é característica pela erotização do órgão sexual. Depois dessa fase entra-se em um período de latência no qual há uma diminuição e intervalo na evolução da sexualidade. Já a fase genital é aquela cuja erotização e objeto sexual não está mais se referindo apenas a si, mas sim em relação a um indivíduo externo. Durante essas fases há vários eventos utilizados como analogia, como por exemplo, o complexo de Édipo que se estende na fase genital entre os 3 e 5 anos, caracterizada pela presença, em que a mão é o objeto e o pai tem esse objeto no entanto o menino, por exemplo, quer ser o pai e começa a comporta-se como o mesmo 4. PSICOLOGIA HUMANISTA O surgimento do estudo da psicologia humanista teve início no mundo acadêmico norte-americano no pós-guerra. As idéias defendidas eram contrapostas no que declarava o Behaviorismo no campo da psicologia experimental e a psicanálise no campo de métodos terapêuticos. Para os humanistas, o Behaviorismo via o homem como um ser inanimado desprovido de responsabilidade em relação ao seu comportamento, ou seja, criando uma visão limitada do homem. Assim, os humanistas surgiram como uma terceira força da psicologia, a partir do trabalho de Abraham Maslow e Anthony Sutich. Por ter idéias contrapostas as Behaviorismo que era o pensamento em grande parte predominante na época, era-se difícil fontes para que os seus trabalhos fossem publicados. A partir de uma Rede Eupsiquiana, usou a criatividade para entrar em contato com outros psicólogos da época para discutirem o niglegeciamento proposto pelo Behaviorismo e pela Psicanálise. Após esse período, Sutich se dedicou a juntamente com outros colaboradores a fazerem a primeira publicação, que vem a se chamar Psicologia Humanista, e desde esse momento tornou-se um movimento, que posteriormente levou à organização da Associação Americana de Psicologia Humanista, que consolidou o movimento definitivamente em 1964. Diferente de outras forças anteriores observa-se que o humanismo não surgiu de um autor ou de um livro ou publicação de alguém, mas sim de uma movimento no qual se opunha ao Behaviorismo e a psicanálise. As influências e adesões se baseiam em teorias neo-psicanalísticas, em gestaltistas e holistas, psicologias existenciais, escolas americanas de psicologia da personalidade, além de várias outras afluências, visto que era um movimento aberto e incluso para novas tendências. A psicologia humanista esteve baseada em vários fatores até mesmo temporal, como por exemplo, a questão da contra cultura como foi chamada por Theodore Roszak, em que se encontrava no período de seu desenvolvimento. Todo esse período caótico convergia com a rejeição aos modelos tradicionais de família. Por esse motivo, a psicologia Humanista é marcada por um momento que se buscava o engajamento em busca da mudança social e cultural, em busca de uma sociedade de valores mais humanos. A psicologia Humanista diferente de outras correntes está baseada no estudo das psicopatologias, visando o bem estar, o crescimento do ser humano e auto- realização, pensando-se em uma psicologia da saúde. Isso reafirma a contrariedade para os humanistas que há, por exemplo, na psicanálise, em analisar o todo através de estudos e análises de indivíduos perturbados. Dessa forma, ao invés de empenhar-se em descrever e teorizar os mecanismos das enfermidades psíquicas, reservando à saúde a definição negativa de ausência de doença, para a psicologia Humanista é preciso definir as características do pleno e saudável exercício da condição humana. Além disso, privilegiar as capacidades e potencialidade da espécie humana é fundamental. Em relação a visão do homem, a psicologia Humanista o visualiza um Modelo de Homem, que se opõe ao proposto pela psicanálise, o qual o trata como um indivíduo animalesco desprovido de racionalidade e sociabilidade e preenchido com o prazer, além de se tratar de um ser manipulado, máquina, robô e influenciável sobre os estímulos que lhe circundam. Partindo desse pensamento, os humanista se negam a ver o homem reduzido a essa visão, visando analisar o indivíduo através de um ser otimista e engrandecedor, em que suas qualidades são valorizadas pela própria natureza humana. Por essa visão psicanalista, os humanistas citam que o pensamento é comparável à opinião de Hobbes em que diz que o homem é lobo do homem, e a visão behaviorista as idéias de Looke, em que o ser humano é como ma tabula rasa, em que o homem é naturalmente bom, mas a sociedade é que o corrompe. Assim, contrapondo esses pensamentos, os humanistas visualizam os indivíduos uma natureza tal que a totalidade é maior que a soma de suas partes isoladas, estando o homem marcado pela necessidade, de atualizar o seu potencial e se tornar a totalidade mais complexa, organizada e autônoma que for capaz. Diante da discussão sobre a abordagem da psicologia como uma ciência, surge a discussão sobre a psicologia científica. Dessa forma, a psicologia Humanista desenvolve, adapta, e renova várias técnicas e metodologias do indivíduo, se tornando uma fonte de inspiração visando o compromisso do homem, o qual é responsável por orientar a criação e desenvolvimento de novas formas de estabelecer a saúde psíquica e promover os melhores potenciais humanos. Assim, desenvolvimento de terapias e técnicas de trabalho em grupos, na forma de vivência intensiva é um método que marca a psicologia Humanista, priorizando o livre arbítrio e a auto-realização.
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