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Alienação e controle social: um breve diálogo entre Marx e Marcuse, Resumos de Filosofia

O texto está divido basicamente em duas partes centrais, a primeira em o autor fala sobre a fundação do materialismo histórico por Marx e sua refutação da Economia Política e a denuncia da “alienação constitutiva a esta e ao mundo de produção e reprodução de mercadorias” (pág.229) no século XIX. Nessa parte está explícita uma comparação entre a teoria marxista sobre a alienação e a libertação dos trabalhadores da alienação e a posição de Marcuse sobre a alienação, é basicamente uma comparação en

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 18/10/2021

bartolomeu-dos-santos
bartolomeu-dos-santos 🇧🇷

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Baixe Alienação e controle social: um breve diálogo entre Marx e Marcuse e outras Resumos em PDF para Filosofia, somente na Docsity! Resenha: Alienação e Controle social: um breve diálogo entre Marx e Marcuse DESDDO RESENHA: ALIENAÇÃO E CONTROLE SOCIAL: UM BREVE DIÁLOGO ENTRE MARX E MARCUSE REVIEW: ALIENATION AND SOCIAL CONTROL: A BRIEF DIALOGUE BETWEEN MARX AND MARCUSE Bartolomeu dos Santos Costa! Anderson Alves Esteves é pós-doutorando em Sociologia pela USP, doutor em 2016 e mestre em Filosofia pela PUC-SP em 2010, especialista em Sociologia pela FESPSP em 2001, bacharel em Filosofia pela USP em 2005 e em Ciências Sociais pela Fundação Santo André em 2000. É professor do Instituto Federal de São Paulo (FSP), campus Itaquaquecetuba, e autor de livros, capítulos de livros e artigos nas áreas de Filosofia e Sociologia.” O texto está divido basicamente em duas partes centrais, a primeira em o autor fala sobre a fundação do materialismo histórico por Marx e sua refutação da Economia Política e a denuncia da “alienação constitutiva a esta e ao mundo de produção e reprodução de mercadorias” (pág 229) no século XIX. Nessa parte está explícita uma comparação entre a teoria marxista sobre a alienação e a libertação dos trabalhadores da alienação e a posição de Marcuse sobre a alienação, é basicamente uma comparação entre a visão Marxista e a Marcusiana em relação à alienação e o controle social e as formas em que se dão. Para Marx, a alienação acontecia através do trabalho na fábrica, que o homem enquanto trabalhava, não somente produzia coisas como mercadorias, mas, transformava a si mesmo em mercadoria. Em Marx a libertação dos trabalhadores das garras da alienação e da propriedade privada seria algo a ser realizado pelos próprios trabalhadores através de uma ação política que libertaria as potencialidades humanas individuais e sociais. Marcuse concordou que a emancipação humana e política seria aquela indicada por Marx, no entanto o pensamento de Marcuse não é ortodoxamente igual à de Marx, uma vez que Marcuse se preocupou mais com novas formas de controle, que seriam mais simbólicas, subjetivas e sutis, mas sem descartar as questões objetivas. Marcuse se preocupou mais em resgatar a relação dialética entre as questões objetivas e subjetivas. Marcuse problematizou mais a questão da emancipação humana e política, para ele, são inúmeras as formas de controle social no século XX, que dificultavam a percepção da alienação nas sociedades industriais avançadas. Para Marcuse constitui-se como principais formas de controle social no século XX, a tecnologia, a produção e distribuição de falsas necessidades e a indústria cultural. Na segunda parte, vão ser elencadas e abordadas mais especificamente e de maneira superficial, as novas formas de controle social, segundo Marcuse. É enfatizado e discutido com mais veemência aquela que traz o tema do texto, a tecnologia. Para Marcuse uma das características da sociedade industrial é o controle social não pelo terror, não pela força e sim via tecnológica. A tecnologia é um dos meios que caracteriza a intelectualidade da sociedade industrial e IGRADUANDO DO CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS HUMANAS SOCIOLOGIA (UFMA) - BACABAL 2 Informações certificadas pelo autor em seu lattes disponível em: http://buscatextual cnpa, br/buscatextual/visualizacy do?id= [42] 9683D3&tokenCaptchar=03AGABg25jvv?qWIB26mplIGAE byzpcBORIOO pe8Eiyl JcShVailNg Kmt? fix Sp AN DIDIS ASA U By? ml bmio7sO67DbwGx0] YBqe4kRK2CGShyDpqk8nT ISMTUA?: cZal EMMbUELSwrywkl£OWhulIG]tb]SysD3blpnf XLAV2LEGomubs YzkLiLnbnvroLxbgLZ0gzWkrEg2fqc30Ge 2HKSvOO6vzphBu7 nv? TWFebmpifá VIS9F]bFKp7EStáadaBSdgRLikgavP 7ri4wiLqIHGMeOgdrqiAFTa- iUherqUPeuviePavrGLih8libbkAJccL R4NxBPJEZONZOF yum] BNKaDISDczGiaOy PAgH w1ObaDeGIBzeNc6Z- SEXOXEAghO 3cfim/ScabbTChUA. Acessado em: 08 de ago. de 2020. Cadernos do PET Filosofia, Vol. 10, n. 20, 2019. ISSN 2178-5880 ST Barotomeu dos Samos costa leva a um alcance nuca visto antes de dominação da sociedade sobre o indivíduo sem precisar necessariamente do terror ou da força, mas através de padrões de vida, que em sua sutileza, torna os indivíduos alienados em serem meros trabalhadores e consumidores e os leva a se acomodarem quanto aos protestos pelos seus direitos, e até mesmo rejeitarem toda e qualquer forma de protesto. Com isso são levados a uma aceitação geral e de bom grado de todos os propósitos nacionais sem questionamentos e sem oposição ou combate às mazelas que são impostas para a sociedade. Dessa forma, as ideias de “liberdade de pensamento”, “liberdade de consciência”, “liberdade de palavra”, e outras ideias com potencial crítico, estariam perdendo essas características na sociedade industrial por conta de uma espécie de controle simbólico, um condicionamento e/ou pré-condicionamento das liberdades ou escolhas a serem feitas pelos indivíduos, cu seja, não são realmente escolhas do que se quer, mas do que são colocadas para os indivíduos escolherem. Todas as escolhas e liberdades dos indivíduos são condicionadas pela sociedade industrial e pelo capital, ou seja, a “liberdade” também é instrumento de dominação na sociedade industrial, uma falsa sensação de liberdade que torna o indivíduo alienado. É abordado também a unidimensionalização na sociedade industrial-tecnológica Para Herbert Marcuse, a emergência do “pensamento e comportamento unidimensional” está ligada intimamente com o advento do capitalismo e suas transformações, criações e imposições. Essas imposições são indiretas e de maneira simbólica que os indivíduos acabam nem percebendo, nesse sentido, percebe-se, uma leve semelhança com o que adorno fala a respeito da indústria cultural, em que tudo virou negócio. A “Indústria Cultural” em Adorno consiste no conjunto de itens de diversos setores da sociedade a serem comercializados, tendo como principal contribuinte o avanço do capitalismo, que conseguiu fazer de praticamente todos os setores e fatores sociais um “produto” a serem comercializados exacerbadamente, servindo como meio de alienação. Em Marcuse, essa comercialização exacerbada de mercadorias “[...] trazem consigo atitudes e hábitos prescritos, certas reações intelectuais e emocionais que prendem os consumidores mais ou menos agradavelmente aos produtores e, através destes, ao todo”. Os produtos doutrinam, manipulam e promovem uma falsa consciência que é alheia à sua falsidade. Esses produtos, ao ficarem benéficos e a disposição de maior número de indivíduos e de classes sociais, a doutrinação que eles portam deixa de ser publicidade, torna-se um estilo de vida generalizado [...J” fazendo surgir assim, um “padrão de pensamento e comportamento unidimensionais”. (MARCUSE, 1973, p.32)? e tudo isso tendo como principal contribuinte à tecnologia, que se constitui como a principal forma de controle social na sociedade industrial, estando presente nas demais formas de controle dessa sociedade. O texto é indiscutivelmente bem atual em suas discussões no sentido de apresentar uma análise que cabe muito bem á contemporaneidade. O tema da sociedade de controle já é bem antigo, sendo abordado também por outros autores, é claro que cada um vai ter uma percepção e fazer discussões com conceitos distintos uns dos outros, mas são semelhantes em algumas colocações, e é claramente bem atual o tema do controle social seja através das “máquinas de vigiar”, dos “aparelhos ideológicos do Estado” ou outras formas. O fato crucial da forma de controle na sociedade industrial e que é claramente visível, pelo menos pela sociedade acadêmica, é que, o controle social parte principalmente daquele que é controlado, através de uma disciplina e regras impostas que, sorrateiramente faz com que não seja mais preciso o individuo ser vigiado por terceiros e sim por si mesmo. Uma forma de fazer com que os indivíduos da sociedade contemporânea interiorizem essa vigilância a si próprios sem perceberem, é através de discursos de coachings, patrocinados pelas grandes empresas e indústrias que introduzem na cabeça dos 3MARCUSE, Herbert. A ideologia da sociedade industrial: o homem unidimensional. (Tradução de Giasone Rebuá). 4ºed. Rio de Janeiro: Zahar. 1966. Cadernos do PET Filosofia, Vol. 10, n. 20, 2019. ISSN 2178-5880
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