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Análise Experimental do Comportamento, Notas de estudo de Filosofia

Apostilas de Filosofia sobre Análise Experimental do Comportamento, processo de condicionamento de uma resposta, conceito de extinção.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 09/10/2013

Caruru200
Caruru200 🇧🇷

4.5

(135)

461 documentos

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Baixe Análise Experimental do Comportamento e outras Notas de estudo em PDF para Filosofia, somente na Docsity! Relatório de Análise Experimental do Comportamento Relatório apresentado pelas discentes Ana Urpia e Eliete Paranhos à disciplina Análise Experimental, ministrada pelos professores Anderson e Mariana, como requisito para a segunda avaliação do semestre 2008.2. Salvador, 26 de novembro de 2008 Introdução Este relatório tem como principal objetivo: demonstrar o processo de condicionamento de uma resposta (a resposta de pressão à barra) em um sujeito experimental: um rato macho da espécie: Wistar. Isso pressupõe não apenas o uso de procedimentos fundamentados na análise experimental do comportamento, como a utilização de seus pressupostos teóricos, que giram em torno da idéia de que o comportamento operante, termo cunhado por Skinner (1904-1990), é resultante de um histórico de condicionamentos, a conhecida aprendizagem pelas conseqüências. “As respostas são, decisivamente, influenciadas por suas conseqüências” (DELITTI, , p.55), essa é chave do experimento que iremos apresentar através desse relatório. Nesse sentido, alguns conceitos precisam ser considerados para uma melhor compreensão dos dados que aqui serão discutidos, a partir da análise dos dados empíricos do experimento. Para começar, precisamos compreender que para a psicologia experimental “o termo comportamento refere-se à atividade dos organismos (animais, incluindo o homem) que mantêm um intercâmbio com o ambiente” (ROSE, 1999, p. 79, grifo nosso). Esses comportamentos podem ser respondentes (reflexos) ou operantes. Nos comportamentos respondentes, uma resposta é provocada ou eliciada por um estímulo antecedente. A ocorrência dessas respostas aos estímulos ambientais garante o funcionamento e a sobrevivência dos organismos. Essas respostas correspondem às capacidades “inatas” do organismo. Assim, esta relação entre resposta e estímulo é considerada, por esta teoria, como um reflexo incondicionado. Mas uma questão ainda mais importante para nosso experimento é a compreensão de que, parte de nosso comportamento e, também, do comportamento de outros animais não é eliciado por estímulos antecedentes, antes, são comportamentos aprendidos, denominados nessa abordagem como um comportamento do tipo operante. O objetivo de nosso relatório é, justamente, demonstrar como o rato, nosso sujeito de pesquisa, passou a apresentar o comportamento operante de pressão à barra para receber água (reforçamento positivo). Segundo Rose (1999), o comportamento operante é o resultado de um estímulo conseqüente, no nosso caso, a água. É essa relação de uma classe de respostas ou de uma resposta (pressão à barra) com uma conseqüência (a gota d’água), que pode levar a um aumento de probabilidade de ocorrência dessa resposta, que nos permite chamar um comportamento de operante, ou seja, um comportamento aprendido em função de um estímulo conseqüente (consequência), e não antecedente, como no caso do comportamento respondente. Chamamos, assim, contingência de reforço à inter-relação entre a ocasião em que a resposta ocorre, a própria resposta, e as conseqüências reforçadoras. “Um esquema de reforço contínuo é uma instância de dependência absoluta: toda vez que a resposta ocorre, ela produz conseqüência (se a resposta ocorrer, então a conseqüência ocorrerá...)” (SOUZA, 1999, p. 84). Daí que um outro conceito importante em nossa discussão é o de reforço, na medida em que os estímulos reforçadores são os eventos responsáveis pelo aumento da probabilidade de ocorrência de uma determinada resposta. Os estímulos reforçadores possuem duas características importantes, segundo Deletti e Thomaz ( ): a) um estímulo reforçador deve seguir uma resposta; e b) fazer essa resposta ocorrer mais frequentemente, isto é, docsity.com ser mais provável no futuro. Há dois tipos de estímulos reforçadores, os positivos, como o que usamos nesse experimento, e os negativos. Os positivos são aqueles que consistem na apresentação de um estímulo como conseqüência da emissão de uma resposta, os negativos são aqueles que são removidos pela emissão da resposta (DELITTI, THOMAZ, ). Todos estes conceitos fizeram parte do aporte teórico que fundamentou nossa prática no laboratório, e que resultou em um processo denominado na teoria de modelagem: um procedimento de reforçamento diferencial de aproximações sucessivas de um comportamento, cujo resultado final é um comportamento novo, no caso de nosso experimento: esse comportamento foi a resposta de pressão à barra. Assim, tal como no experimento de Skinner, no processo de modelagem do comportamento de pressão à barra, somente movimentos em direção à barra foram reforçados, enquanto movimentos para longe da barra não foram reforçados. Lembrando que foi fundamental para a modelagem do comportamento não simplesmente o reforçamento, mas a imediaticidade com que ele ocorreu. O último conceito, também importante para o experimento, é o conceito de extinção, trabalhado durante a operacionalização das últimas práticas, mas que não foi utilizado com o nosso sujeito, pois não chegamos à fase da extinção, que ocorre quando suspendemos (encerramos) o reforço de um comportamento, resultando na diminuição da probabilidade daquele comportamento ocorrer. “Esse procedimento (suspensão do reforço) e o processo que é dele decorrente (retorno da freqüência ao nível operante [NO]) são conhecidos como Extinção Operante” (MOREIRA; MEDEIROS, 2007, p.55). Assim, seguimos agora para seção metodológica, ou seja, encetamos uma descrição seqüencial das práticas que fizemos para alcançar os resultados aqui apresentados, assim como a descrição do nosso sujeito de pesquisa e do equipamento utilizado no experimento: a Caixa de Skinner. Na seqüência, apresentamos os dados, através dos gráficos, problematizando- os, na seção intitulada: Análise e Discussão dos Resultados. Ao final, na seção das Considerações Finais, tecemos alguns comentários sobre o aprendizado construído ao longo das práticas, e as reflexões que foram suscitadas. Metodologia Análise e Discussão dos Resultados Segue abaixo o histograma de Freqüência de Respostas em NO e CRF, que corresponde ao número de resposta em cada resposta/comportamento (pressionar, tocar, farejar, levantar, ao longo dos vinte minutos de observação, antes(NO) e depois da modelagem (CRF), e o de Taxa dessas mesmas Respostas por Minuto. Contudo, nesta análise de dados, utilizaremos como referência apenas os dados relativos ao histograma de Taxa de Respostas por Minuto. Consideramos que este gráfico nos permite uma melhor visualização dos resultados obtidos a partir dos dados empíricos da prática no laboratório, representando melhor os dados que pretendemos discutir neste relatório. Neste histograma, temos acesso a uma média, calculada estatisticamente, das respostas que o nosso sujeito, um rato (macho) da espécie Wistar, apresentou quando submetido à privação e posterior observação/experimentação. Ou seja, os dados referem-se, mais especificamente, a dois momentos em particular da investigação feita no laboratório experimental: a fase NO, ou nível operante, que corresponde à observação do comportamento respondente (reflexo) do rato dentro da caixa de Skinner, quando previamente privado de água, e sem qualquer intervenção do experimentador; e a fase CRF, que corresponde às respostas docsity.com
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