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Guias e Dicas
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Apostila 3 - Comportamento do consumidor e do produtor, Notas de estudo de Cultura

comportamento do consumidor.

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 03/11/2010

gianini-soares-11
gianini-soares-11 🇧🇷

3

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Baixe Apostila 3 - Comportamento do consumidor e do produtor e outras Notas de estudo em PDF para Cultura, somente na Docsity! O Comportamento do Consumidor • Utilidade F 0A E é um conceito passível de percepção e de mensuração, não obstante os graus de utilidade atribuídos a um mesmo produto por diferentes consumidores possa ser diferente. • A utilidade total de um produto qualquer é aditiva, até determinado ponto de saturação F 0A E a soma de utilidades atribuídas a duas unidades é maior do que a atribuída a apenas uma. • Para um conjunto de diferentes produtos, a utilidade total também é aditiva F 0A E como cada produto possui determinado grau de utilidade, maior variedade de produtos terá uma soma de utilidade total maior do que uma variedade menor. • O consumidor age racionalmente: ele busca maximizar sua satisfação F 0A E considerando um conjunto dado de produtos, ele adquirirá uma combinação que se traduza por um máximo de utilidade total. • Os acréscimos nas unidades disponíveis de um produto qualquer têm graus decrescentes de utilidade F 0A E embora dois cobertores de lã tenham utilidade total superior à de apenas um, o grau de utilidade atribuível à segunda unidade é supostamente inferior ao atribuível a primeira. • Princípio da utilidade marginal decrescente F 0A E a expressão “utilidade marginal” é empregada para indicar a utilidade adicionada pela última unidade disponível de um produto. Somente para a primeira unidade, a utilidade total é igual à marginal. Daí em diante, embora a utilidade total possa aumentar, os aumentos serão decrescentes, até um ponto que sejam iguais a zero. • A satisfação que o consumidor pode obter de um conjunto de produtos é maximizada quando a utilidade total, resultante da soma das utilidades de cada produto consumido, é a mais alta possível, para dado nível de renda. • Para um nível de renda e para dados preços de mercado, a utilidade total maximizada será tanto maior, quanto maior for a renda e mais baixos os preços. • A demonstração formal desses princípios parte de uma escala teórica de utilidade como o exemplo da tabela abaixo. Essa escala mostra que a utilidade total de diferentes unidades disponíveis de um produto se eleva até determinado ponto de saturação. Quantidades consumidas de um bem Utilidade total Utilidade marginal 0 0 0 1 6 6 2 11 5 3 15 4 4 18 3 5 20 2 6 21 1 7 21 0 • Considerando preços diferentes para dois diferentes produtos, A e B. Produto A (Preço - $ 2,00) Produto B (Preço - $ 1,50) Quantidade Utilidade total Utilidade marginal Umg/P Quantidade Utilidade total Utilidade marginal Umg/P 1 40 40 20 1 27 27 18 2 64 24 12 2 51 24 16 3 74 10 5 3 69 18 12 4 80 6 3 4 84 15 10 5 82 2 1 5 93 9 6 6 82 0 0 6 93 0 0 • Se o consumidor dispuser de apenas $ 2 de renda, ele adquirirá uma unidade do bem A, maximizando sua utilidade total possível. Mas se ele dispuser de mais recursos, sua segunda aquisição será do produto B, pois a relação entre a utilidade marginal e o preço, Umg/P, é maior para a primeira unidade de B do que para a segunda unidade de ª Na seqüência, se ele ainda dispuser de recursos, sua segunda aquisição será também do produto B, cuja relação Umg/P permanece superior à da segunda unidade do produto A. A quarta aquisição será indiferente entra A e B. • Dessa forma, mantidos os graus de utilidade atribuídos aos diferentes produtos, uma combinação de produtos e quantidades que maximiza a satisfação do consumidor só se altera se os preços de alterarem. E a realização de um nível mais alto de satisfação, mantidos os preços, só será possível se a renda aumentar. Essas duas possíveis alterações na posição de equilíbrio, com máxima satisfação, são atribuíveis a duas categorias de efeitos, de diferentes impactos sobre as preferências do consumidor: o efeito-preço e o efeito-renda. • Efeito-preço F 0A E explica e valida a conformação básica das curvas de procura de bens e serviços pelos consumidores. Sob restrição de dado nível de renda, se os preços de determinado produto se alteram para mais, o consumidor redefinirá suas escalas de demanda, maximizando sua satisfação por outra combinação de produtos e quantidades. • Efeito-renda F 0A E Mantidos os preços, se a restrição orçamentária (renda) se alterar, as combinações possíveis que maximizarão a satisfação do consumidor se alterarão também, já que possibilitará um consumo de uma maior quantidade e diversidade de bens. As Curvas de Indiferença e as Restrições Orçamentárias • A hipótese que dá sustentação à curva de indiferença do consumidor é que ele alcança o mesmo grau de utilidade total com diferentes combinações de produtos e quantidades. Todas lhe proporcionariam o mesmo grau de satisfação, desde que pudessem ser viabilizadas por dado nível de renda disponível para consumo. • A tabela abaixo é uma primeira aproximação do conceito de indiferença do consumidor. Produtos Pares indiferentes de combinação A B C D E F X 20 25 35 50 70 100 Y 12 10 8 6 4 2 • Nesses diferentes pares de combinação (A a F), o consumidor é indiferente. • No entanto, deve-se ter em vista que uma reta de restrição orçamentária poderá sofrer alterações ao longo do tempo, devido a variações nos preços (efeito-preço) ou na renda do consumidor (efeito-renda). • Efeito-preço F 0A E mantida inalterada a renda do consumidor, as possibilidades máximas de aquisição podem alterar-se quando variam os preços dos produtos. No exemplo abaixo, uma redução do preço de X, mantido inalterado o preço de Y, aumenta as possibilidades de consumo de X. mantendo-se o mesmo nível de consumo de Y. • Efeito-renda F 0A E Mantidos inalterados os preços dos produtos, as possibilidades máximas de aquisição podem deslocar-se, sob o efeito de alterações na renda do consumidor. No exemplo abaixo, um aumento da renda do consumidor aumenta suas possibilidades de consumo, tanto de X quanto de Y, deslocando sua restrição orçamentária para a direita. • É importante se destacar, no entanto, que as curvas de indiferença de um consumidor não podem se cruzar, conforme verificado abaixo: • Conforme se verifica no gráfico acima, a esquerda, se duas curvas de indiferença se cruzarem, termos então a situação onde o consumidor é indiferente ao consumo de qualquer dos pontos representados, A, B, C ou D. Contudo, isso vai contra um princípio básico de que o consumidor irá preferir sempre mais a menos. No ponto A, ele estará consumindo 2 unidades de X e 50 de Y. Já no ponto B, ele estará consumindo 3 unidades de X e 50 de Y. Portanto, ele não poderá ser indiferente em relação a essas duas cestas de consumo. Obviamente, ele irá preferir B a A. • Assim, as curvas de indiferença de um consumidor poderão ser representadas conforme o gráfico acima, a direita. • O custo econômico inclui, pois, tanto os custos explícitos como os implícitos, sendo os fatores produtivos avaliados pelo critério do custo de oportunidade. • Os conceitos de custos fixos, variáveis, totais, médios e marginais • Do ponto de vista da empresa, as receitas são uma contrapartida dos custos – e estes uma decorrência inevitável do processo produtivo. • O volume de produção será maior ou menor na dependência de a empresa empregar maior ou menor volume de recursos. Uma parte dos recursos empregados na produção varia diretamente em função do volume da própria produção F 0A E recursos variáveis. • Recursos variáveis F 0A E incluem insumos necessários para a produção, o pessoal mobilizado diretamente no processo produtivo, a energia e outras categorias de dispêndios exigidas nas operações de produção. • Recursos fixos F 0A E como exemplo, pode-se citar as edificações, os equipamentos e outros bens de capital. • A natureza diferente dessas duas categorias de recursos conduz a ocorrência de duas categorias também diferentes de custos: os custos fixos e os custos variáveis. O primeiro está relacionado aos recursos fixos; já o segundo está relacionado aos recursos variáveis. • Custos fixos F 0A E a curto prazo, não se alteram em decorrência de mudanças nas quantidades produzidas. Contudo, a médio e longo prazo, caso se deseje aumentar a capacidade produtiva, novos investimentos em máquinas, por exemplo, deverão ser feitos, incorrendo em custos fixos. • Custos variáveis F 0A E Os custos variáveis se modificam em função das quantidades produzidas. Um aumento na produção significará a utilização de mais matérias-primas, mais energia, mais mão de obra e de outros fatores necessários para se obter unidades adicionais do produto ou serviço. • Custos Fixos Totais (CFT) F 0A E não se altera em função da quantidade produzida. • Custo Variável Total (CVT) F 0A E Aumenta em função do aumento das quantidades produzidas, mas não na mesma proporção. Inicialmente, os aumentos são menos que proporcionais. Após certo ponto, seus aumentos serão mais que proporcionais. O conceito de economia de escala ajuda a compreender esse comportamento típico. • Inicialmente, a empresa incorre em custos variáveis elevados por unidade produzida por uma série de razões: • Seu poder de negociação com fornecedores é pequeno, para compras de pequenos lotes de insumos. • Alguns recursos empregados no processo de produção, como a mão de obra, são mais eficientes quando utilizados em grandes quantidades. No caso da mão de obra, isso eleva a eficiência devido a maior divisão do trabalho. • O aumento da produção inicialmente não necessitará de aumento dos recursos fixos. Ou seja, com a mesma quantidade de recursos fixos poderá se produzir mais, aumentando portanto a produtividade. • Contudo, o aumento da produção chegará a um ponto em que os recursos fixos existentes não suportarão mais, com igual eficiência, as unidades adicionais de recursos variáveis: a partir de então teremos um custo variável crescente, ou seja, economias decrescentes de escala. • Custo Total (CT) F 0A E CT = CFT + CVT, ou seja, é a soma dos custos fixos totais e dos custos variáveis totais. • Custo Fixo Médio (CFM) F 0A E CFM = CFT / quantidade produzida. Inicialmente declina acentuadamente. Mas a intensidade de declínio diminui à medida em que aumentam as quantidades produzidas. • Custo Variável Médio (CVM) F 0A E CVT / quantidade produzida. Esse custo apresenta um pequeno declínio inicial e, a partir de certo nível, uma ligeira tendência de expansão. • Custo Total Médio (CTM) F 0A E CTM = CFM + CVM ou CTM = CT / quantidade produzidas. • Custo Marginal (CMg) F 0A E É o custo que uma empresa incorre para produzir uma unidade adicional. Ou seja, é o CMg = (CT1 – CT0) / quantidade produzida no momento 1. • Escalas dos custos fixos, variáveis e totais a curto prazo de uma empresa X. Quantidades produzidas (unidades / mês) Custo fixo total Custo Variável Total Custo Total Custo Fixo Médio Custo Variável Médio Custo Total Médio Custo Marginal 0 2.000 0 2.000 - - - - 100 2.000 1.600 3.600 20,00 16,00 36,00 16,00 200 2.000 2.700 4.700 10,00 13,50 23,50 11,00 300 2.000 3.360 5.360 6,67 11,20 17,87 6,60 400 2.000 3.820 5.820 5,00 9,55 14,55 4,60 500 2.000 4.300 6.300 4,00 8,60 12,60 4,80 600 2.000 5.100 7.100 3,33 8,50 11,83 8,00 700 2.000 6.420 8.420 2,86 9,17 12,03 13,20 800 2.000 8.220 10.220 2,50 10,28 12,78 18,00 900 2.000 10.520 12.520 2,22 11,69 13,91 23,00 1000 2.000 13.620 15.620 2,00 13,62 15,62 31,00 • A curto prazo, o CFM descreve uma trajetória descendente, inicialmente forte, depois cada vez mais suave. Já as trajetórias do CVM, CTM e CMg têm, tipicamente, a forma da letra U: declinam até certo ponto, tornam-se constantes em um curto intervalo de tempo e depois aumentam. • O Custo Marginal corta as curvas de custo médio e custo variável médio no ponto mínimo de ambas. • Receita, Custos e Lucros • Receita = Preço x quantidade • Custos Contábeis = Custos variáveis + Custos Fixos • Custos Econômicos = Custos contábeis + custos implícitos (ou custo de oportunidade) • Lucro Contábil = Receita – custo contábil • Lucro Econômico = Receita – custos econômicos • Análise do Ponto de Equilíbrio (Break-Even Point) • É o nível de produção em que todos os custos fixos e variáveis são cobertos pela receita total. Ou seja, Receita total = Custo total. • Em outras palavras, é o nível mínimo de produção e vendas em que uma firma pode funcionar sem que ocorram perdas. • RT = CT; ou seja, P x Q = CF + CV. • Alterações no Custo Fixo → Uma elevação dos custos fixos elevará o ponto de equilíbrio, enquanto uma diminuição nesse tipo de custo provocará uma diminuição no ponto de equilíbrio. • Caso aumentem os custos fixos, será necessário um aumento da quantidade mínima para se atingir o ponto de equilíbrio. • Alterações no Custo Variável Médio → Uma redução no custo variável médio fará com que o volume de vendas necessário para se atingir o ponto de equilíbrio caia. • Alterações no preço de venda → Um aumento no preço do produto diminuirá o volume de vendas necessário para se atingir o ponto de equilíbrio da firma. • O Objetivo de Maximização do Lucro • Esse objetivo implica a definição do ponto de lucro máximo, dado pela máxima distância entre a receita total e o custo total. • A tabela abaixo mostra as possibilidades de lucro ou prejuízo, de acordo com a produção total: Quantidades produzidas (unidades / mês) Receita total RT=PxQ Custo Total Resultado econômico RE=RT-CT 0 0 2.000 -2.000 100 2.000 3.600 -1.600 200 3.800 4.700 -900 300 5.400 5.360 40 400 6.800 5.820 980 500 8.000 6.300 1.700 600 9.000 7.100 1.900 700 9.800 8.420 1.380 800 10.400 10.220 180 900 10.800 12.520 -1.720 1.000 11.000 15.620 -4.620 • Analisando a tabela acima, verificamos que só fará sentido para a empresa a produção a partir de 300 unidades por mês. Aumentando ainda mais a produção, o lucro aumenta até chegar em seu ponto máximo, quando essa empresa produz 600 unidades por mês. A partir daí, caso continue aumentando a produção, a lucro tende a diminuir, voltando a gerar resultados negativos, devido a duas razões principais: • A ocorrência de economias decrescentes de escala • Redução dos preços em virtude do aumento da oferta • Então, em que ponto se maximizará o lucro? • Quando a receita marginal se igualar ao custo marginal, ou RMg = CMg. • A explicação econômica desse fato é simples. Levando-se em conta que a receita marginal é a receita que uma empresa recebe por uma unidade a mais produzida. O custo marginal é quanto ele gasta para produzir essa unidade a mais. Logo, enquanto aumentos na produção implicarem custos marginais inferiores às receitas marginais, a empresa
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