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AS FASES DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE 0 A 06 ..., Exercícios de Desenvolvimento Infantil

Nessa visão, os objetivos foram identificar e compreender como a aprendizagem na educação infantil pode ser estimulada, em cada fase de desenvolvimento da ...

Tipologia: Exercícios

2023

Compartilhado em 17/01/2023

Nazareth85
Nazareth85 🇵🇹

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Baixe AS FASES DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE 0 A 06 ... e outras Exercícios em PDF para Desenvolvimento Infantil, somente na Docsity! AS FASES DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE 0 A 06 ANOS Revisão de literatura Maria De Fátima Barboza Vasconcellos. Graduada Em Fisioterapia – 2005/Universidade Vale Do Rio Verde – Três Corações – Campus Betim Mg. Cursos De Extensão: Como Estruturar Uma Monografia – 2005/Universidade Vale Do Rio Verde – Três Corações – Campus Betim Mg. Especialista Em Fisioterapia Hospitalar- 2006/Universidade Presidente Antônio Carlos – Centro De Educação Continuada – Unipac – Campus De Belo Horizonte Mg. Aprimoramento Em Fisioterapia Hospitalar Respiratória Com Ênfase Em Oncologia – 2006 / Hospital Luxemburgo – Belo Horizonte – Mg. Curso Em Saúde Pública 2007/ Sind-Saúde/Mg/Núcleo Betim. Curso De Homeopatia – 2009/ Portal Da Educação– Associação Brasileira De Educação A Distância - Abed. Pós Graduanda Em Saúde Pública E Educação- 2009 A 2011/ Universidade José Do Rosário Vellano-Unifenas, Campus De Belo Horizonte. Graduanda Em Serviço Social 2008 A 2011 / Centro Universitário Interativo Coc/ Uniseb. RESUMO Este trabalho é um estudo de revisão literária qualitativo de cunho descritivo, tem como tema as fases do desenvolvimento da criança de 0(zero) a 06(seis) anos, Com objetivo de verificar como se desenvolve as crianças nesta faixa-etária. Abordando o aspecto cognitivo, físico e motor desde a sua fase embrionária, nascimento até a sua infância. Nessa visão, os objetivos foram identificar e compreender como a aprendizagem na educação infantil pode ser estimulada, em cada fase de desenvolvimento da criança. Objetivando esclarecer aos docentes os desígnios de suas atividades na educação infantil. A pesquisa foi desenvolvida com base em livros referentes ao assunto, literaturas publicadas em revistas pedagógicas, e sites das redes eletrônicas, Google acadêmico, biblioteca publica da Secretaria de Educação da cidade de Betim. Portanto para este trabalho foi realizado a leitura e fichamento dos textos extraídos de 34 referencias que estão relacionadas no final do trabalho. Ao finalizar é respeitável destacar o quanto os estudos colaboraram para percepção das diversas fases do desenvolvimento infantil. Palavras-Chave: “Criança, desenvolvimento, fases”. ABSTRACT This study is a qualitative study of a literature review of a descriptive, has the theme stages of child development from 0 (zero) to 06 (six) years, In order to verify how it develops children in this age group. Addressing the cognitive, physical and motor from its embryonic stage, birth to her childhood. In this view, the objectives were to identify and understand how learning in early childhood education can be encouraged at each stage of child development. Aiming to clarify for teachers the designs of their activities in early childhood education. The survey was developed based on books about the subject, teaching literature published in magazines, websites and electronic networks, Google Scholar, Public Library of Education Department of the city of Betim. So for this study was the reading of texts and BOOK REPORT extracted from 34 references listed at the end of the work. When you finish a respectable highlight how the studies contributed to the perception of the various stages of child development. Keywords : "Child development stages. " O DESENVOLVIMENTO INFANTIL DE 0 A 6 ANOS INTRODUÇÃO Desenvolvimento humano é um processo de crescimento e mudança a nível físico, do comportamento, cognitivo e emocional ao longo da vida. Em cada fase surgem características específicas. As linhas orientadoras de desenvolvimento aplicam-se a grande parte das crianças em cada fase de desenvolvimento. No entanto, cada criança é um indivíduo e pode atingir estas fases de desenvolvimento mais cedo ou mais tarde do que outras crianças da mesma idade, sem se falar, propriamente, de problemáticas. O conceito de criança e infância é uma noção mutável ao longo da história. Várias sociedades possuem sua idéia do que vem a ser criança. Este conhecimento depende de fatores como: classe social, religiosidade, cultura e educação. Um país de proporções continentais como o Brasil reflete este posicionamento, devido as suas diferenças de regiões e classes econômicas. Uma criança pode ser considerada como trabalhadora que auxilia na renda familiar, uma criança da mesma idade é tratada com total diferença. As crianças desde bebês necessitam ter uma rotina bem planejada, estruturada e organizada para o seu melhor desenvolvimento por lhe proporcionado conforto, segurança, maior facilidade de organização, espaço temporal, e a liberta do sentimento de estresse que uma rotina desestruturada pode causar a criança. A criança conquista através da percepção todo o universo que a cerca, sente necessidade de explorar o espaço, porque é o momento em que o desenvolvimento da habilidade “andar” está no auge e a fala atinge uma verdadeira importância. Neste estágio o termo projetivo está relacionado ao funcionamento mental que está florescendo na criança. E um período em que se utilizam atos motores para auxiliar a exteriorização do pensamento. Porém, as instituições de ensino infantil precisam ser um espaço aconchegante e seguro proporcionando à criança uma infância mais voltada para o agora e não pensando nela como “adultos em miniaturas”. Toda criança precisa ser estimulada em seu desenvolvimento, no sentido da aquisição de habilidades motoras, mentais e sociais básicas, como engatinhar, sorrir, piscar os olhos, andar, reconhecer cores e sons, entre outras. Portanto este trabalho justifica na importância de cada fase do desenvolvimento da criança de crianças de zero (0) a seis (06) anos. Nesse sentido o objetivo geral desta pesquisa foi de verificar como se dá o processo de desenvolvimento das crianças, abordando o aspecto cognitivo, físico e motor desde o nascimento até a sua infância. Nesse cenário, os objetivos específicos se traduziram em identificar e compreender como a aprendizagem na educação infantil pode ser estimulada através do lúdico, em cada fase de paredes uterinas, por volta do quinto ao sétimo dia de gravidez. Nessa fase, ocorre a divisão do zigoto em várias outras células, sendo cada uma delas chamada blastômero. b) Fase embrionária A partir do momento em que ocorreu a nidação do zigoto nas paredes do útero, o bebê entra na segunda fase, que se estende até o final do segundo mês de gestação. Nessa fase há uma predominância biológica endócrina, na qual a célula prossegue a se multiplicar para formar o embrião e continua consumindo muita energia (ATP) que ainda é autógena, (da própria célula), mas que com a formação do cordão umbilical, que sustenta o embrião nas paredes do útero da mãe, vai se organizando para passar a ser trofo- umbilical. É importante considerar que qualquer situação tomada pela mãe como estressante é capaz de ativar os mecanismos endócrinos maternos e interferir no desenvolvimento físico e energético do bebê, às vezes comprometendo a sustentação, uma situação que pode ser sentida pelo bebê como uma ameaça de aborto e até mesmo provocar a alteração das informações genéticas que são transmitidas de célula à célula por meio do DNA. Mesmo que não ocorra o aborto ou a alteração do DNA, esses registros de estresse ficarão armazenados na memória, resultando posteriormente na possibilidade de gerar sérios comprometimentos de ordem física, energética e/ou emocional (NAVARRO, 1996). c) Fase fetal Essa fase tem início no terceiro mês de gestação e se estende até nascimento, mais especificamente até o décimo primeiro dia de vida. Em temos energéticos, como a placenta já se formou, a energia que o bebê recebe vem da própria mãe, através do cordão umbilical. É também a fase em que se pode presenciar a formação do cérebro e do sistema neurovegetativo. Para Piontelli; existem várias situações, decorrentes do estresse sofrido pela mãe e/ou pela criança que podem comprometer a sustentação e o desenvolvimento do bebê nessa primeira etapa do desenvolvimento. Isso não significa, porém, que todas as crianças que passam pelas mesmas situações terão os mesmos comprometimentos, porque tudo irá depender da etapa em que ocorreu o estresse, da sua intensidade, da freqüência e outros fatores. Da mesma forma que cada criança tem também um funcionamento fisiológico próprio, e uma resistência ao estresse que é particular, só dela. Piontelli faz referência que umas são mais resistentes que outras. Nessa fase do desenvolvimento, o bebê já é capaz de reagir aos estímulos auditivos, luminosos, gustativos, táteis e até mesmo olfativos. Durante muito tempo acreditava-se que o feto vivia num mundo isolado, fechado e intransitável ao ambiente fora do útero da mãe. Pesquisas contemporâneas divulgam que o feto é capaz de sentir tudo aquilo que é sentido pela mãe, respondendo por meio de agitação e descargas hormonais (PIONTELLI, 1995). Há pouco tempo também se descobriu a existência de um pequeno órgão oro-nasal chamado de órgão de Jacobson que, no homem, desaparece logo após o nascimento. O nome jacobson neste caso se refere ao pesquisador dinamarquês ludwig levin jacobson. Esse órgão, no ventre materno, tem a função de perceber o sabor do ambiente líquido, geralmente alterado pela liberação de endorfinas pela mãe que, estando na corrente sangüínea, chegam até o liquido amniótico alterando o sabor do mesmo. Daí pode-se deduzir o que é percebido pelo feto quando uma mãe agitada, ansiosa e estressada descarrega em sua corrente sangüínea os hormônios com sabor desagradável. Isso nos mostra a importância de uma gravidez em estado de bem-estar, (JACOBSON, 1783-1843). A presença do pai durante a gestação também é fundamental, uma vez que o afeto que ele demonstra, por intermédio da mãe, também chega até o bebê em formação. Se nenhum tipo de dano severo ocorrer durante a gestação, o recém-nascido trará consigo “um sistema energético enormemente produtivo e adaptável que, por seus próprios recursos fará contato com seu meio ambiente e começará a dar forma a este meio ambiente de acordo com suas necessidades”, (REICH, 1987, p. 30) e será capaz de demonstrar toda a riqueza da plasticidade e do desenvolvimento natural. 1.2) ETAPA DE INCORPORAÇÃO Esta etapa tem início logo após o nascimento e finda com o desmame, que deverá acontecer por volta do nono mês de vida, quando o bebê já tem dentes auto-suficientes para fragmentar sua própria alimentação. Nessa etapa, o bebê repudia o útero para se ligar ao seio da mãe, introjetando tudo o que vier do mundo externo, iniciando pelo bico do seio ereto e disponível, experimentando o paladar delicioso do leite, pelo perfume da mãe, pela disponibilidade da mãe em amamentá-lo, pelos olhos vigilantes e receptivos, pelas mãos calorosas e afáveis e pelo contato epidérmico que envolve o bebê, da mesma forma que ele foi envolvido pelo útero. Não devemos esquecer que “a pele é a ponte sensível do contato com o mundo... É o nosso órgão mais extenso, é o nosso código mais intenso, um lar de profundas memórias” (LELOUP, 1998). É significante assinalar que uma mãe agitada e apreensiva descarrega na corrente sanguínea a bile, líquida presente na vesícula biliar, que chega até o leite deixando-o com um sabor amargo. É por isso que muitas crianças não querem ser amamentadas ao seio. É também importante saber que até o nono ou décimo dia de vida, o bebê não produz lágrimas. Como os olhos eram lubrificados pelo líquido amniótico, o bebê precisa agora de um tempo para que suas glândulas lacrimais possam entrar em funcionamento. Deste modo, é preciso evitar que ele chore de forma estressante nesse período, para que não ocorra um ressecamento dos olhos e um posterior comprometimento da visão. O astigmatismo, por exemplo, decorre de um estresse nessa fase do desenvolvimento. O bebê é apto para regular sua própria fome, demonstrando-a por meio da choradeira, balbucios e agitação. Isso exprime que não se deve intervir nessa agitação. É o bebê quem sabe o momento que está com fome e não nós, com nossa psicose de impor hora pra tudo. Limites são importantes, mas têm seu tempo para serem aprendidos e vivenciados. Implica então, que o organismo da criança possa por si mesmo manifestar-se de acordo com as suas próprias necessidades. 1.3) ETAPA DE PRODUÇÃO A etapa de produção se inicia com o desmame e se estende até o final do terceiro ano de vida ou para algumas crianças, pode até mesmo advir um pouco antes. Nessa fase, a vigor da criança está diretamente volvida à construção de pensamentos, de gestos, de brincadeiras, de jogos, de relacionamentos, etc. Sobrevém o desenvolvimento da autoconsciência, o que lhe permite desenvolver a habilidade de adiantar os eventos, como, por exemplo, não se sentir desamparada pelos pais quando eles saem, porque sabe que eles irão voltar. É também nessa etapa que a criança imita os pais em busca de modelos. É curiosa e busca desvendar tudo o que está à sua volta, rejeitando ser ajudada. É importante tomar cuidado com as inquietações excessivas, sobretudo com a ordem e/ou higiene e procurar não exigir que a criança reprima suas necessidades fisiológicas de xixi e cocô antes de completar 18 meses. Ela deve ser ensinada gradativamente. Segundo Wallon, o estágio impulsivo emocional inicia no primeiro ano de vida e está ligado fortemente à emoção e a afetividade com as pessoas e a interação com o meio. Afirma também que o estágio sensório-motor, que se estende até o terceiro ano, se volta para exploração sensória motora do mundo físico, (WALLON 1994). A frustração e o receio do castigo nessa etapa bloqueiam a espontaneidade da criança, deixa-a numa posição de submissão ao genitor que a frustra e limita às rotinas cotidianas. Outra característica dessa etapa é a evolução do brincar simples e repetitivo para brincá-lo construtivo. A criança demonstra interesse pelos jogos imaginativos e mais tarde, o interesse se volta para os jogos mais formais, com regras. É comum o surgimento de amigos imaginários, principalmente em primogênitos e filhos únicos. Mas isso não é motivo de preocupação porque a criança também já é capaz de distinguir a fantasia da realidade. 1.4) ETAPA DE IDENTIFICAÇÃO É a partir do quarto ano de vida que se inicia a etapa que a criança está hábil a fazer identificações. Esta etapa se estende até o final do quinto ano de vida. É a etapa em que a energia volta-se para a descoberta dos genitais e a criança passa a distinguir a diferença entre menino e menina e a ter um conceito seguro quanto ao sexo que pertence. • Vocaliza espontaneamente; • A partir dos 4 meses, começa a imitar alguns sons que ouve à sua volta; • Por volta do 6º mês, compreende algumas palavras familiares (o nome dele, "mamã", "papá"...), virando a cabeça quando o chamam; No período seguinte, que vai até os 2 anos de idade, a criança encontra-se no estágio sensório-motor e projetivo, voltando-se para a exploração do mundo físico.Gradualmente, com a aquisição da marcha e da linguagem, a criança apresenta modificações no seu padrão de interação com o mundo. Os estágios do desenvolvimento propostos por Wallon; têm início na vida intra-uterina, caracterizada por uma simbiose orgânica. Após o nascimento, apresenta-se o estágio impulsivo- emocional no qual prevalece a emoção, caracterizado como o período da simbiose afetiva. Nesse sentido, considerando a idade compreendida na educação infantil, ressaltam-se as características desse momento do desenvolvimento da criança como forma de oferecer subsídios para a atuação do educador escolar nesse contexto, (WALLON, 1934) Parte-se do princípio da necessidade de que a escola e todos aqueles envolvidos com a educação infantil tenham consciência de que suas ações têm conseqüências não só no momento atual do desenvolvimento da criança, como também nos posteriores. Para Mahoney, é nesse momento que a criança está mais propensa à formação de complexos, ou seja, atitudes que podem marcar de forma prolongada seu comportamento em relação ao meio, (MAHONEY 2002). De acordo com Wallon; é nesse estágio, na escola, que a criança diferencia- se dos outros e descobri sua autonomia e sua originalidade. O estágio do personalismo divide-se em três períodos distintos, todos com o objetivo de tornar o eu mais independente e diversificado. Durante esse estágio, o grupo permitirá à criança diferenciar-se dos outros e descobrir sua autonomia e sua originalidade, (WALLON, 1953) O estágio do personalismo divide-se em três períodos distintos, todos com o objetivo de tornar o eu mais independente e diversificado. São eles: período da negação, idade da graça e período da imitação. No primeiro período da negação:   Surge na criança a necessidade de se auto-afirmar, de impor sua visão pessoal e lutar para fazer prevalecer sua opinião. No segundo período idade da graça:  Se da, por volta dos quatro anos de idade, a criança desenvolve maneiras de ser admirada e chamar a atenção para si através da sedução, com uma necessidade de agradar cujo objetivo é obter a aprovação dos demais. A criança passa a se considerar em função da admiração que acredita poder despertar nas pessoas. Ressalta-se a importância da oferta de oportunidades de expressão espontânea da criança, através de atividades como a música, a dança, artes, etc. No terceiro período, o da imitação:  A criança conta com 5 anos, é a idade marcado por uma reaproximação ao outro, manifestada pelo gosto por imitar, que possui um papel essencial na assimilação do mundo exterior. Para Galvão; exercitar na criança as habilidades de representação do seu meio, ou seja, através do faz-de-conta ou do uso da linguagem, contribui para que ela adquira uma precisão maior na expressão de seu eu. A partir dessas considerações, verifica-se que a educação infantil possui um papel importantíssimo na formação da personalidade da criança, visto que permite a sua adaptação à vivência em comunidade, em grupos que vão além dos limites familiares, e contribui para a formação do eu psíquico, (GALVÃO, 1992). De acordo com Wallon; a escola pode estimular o desenvolvimento de valores saudáveis nas interações, tais como a cooperação, a solidariedade, o companheirismo e o coletivismo. As atividades em grupo devem alternar-se com atividades individuais fazendo assim uso das alternâncias comuns nesse estágio para promover o desenvolvimento de mais recursos de personalidade, (WALLON, 1937). CAPITULO III 3. DESENVOLVIMENTO SOCIAL VER A criança desde o inicio de sua vida está em constante e profunda transformação. Inicialmente as respostas das crianças são dominadas por processos naturais e é através dos adultos que os processos psicológicos mais complexos tomam formam. Dessa forma, a aprendizagem da criança inicia-se muito antes de sua entrada na escola, isto porque, ela já está exposta desde o primeiro dia de vida aos elementos do seu sistema cultural, e à presença do outro se torna indispensável para a mediação entre ela e a cultura, (DANTAS, 1990). O ser humano nasce e se desenvolve primeiramente pelo auxilio de suas respostas inatas, como por exemplo, o ato de mamar para saciar a fome. Com o passar do tempo ele adquire habilidades que lhe possibilitarão o convívio dentro de uma sociedade. Diante da realidade de uma sociedade contemporânea é muito comum a inserção da criança, ainda em sua fase bebê dentro do ambiente escolar, decorrente do fato dos pais trabalharem o dia todo para a sustentação de sua família. Hoje a sociedade possui um modelo não mais conservador de estrutura familiar onde a mãe ficava em casa para cuidar de seus filhos e o pai era o núcleo do sustento família. (VYGOTSKY, 1996) A escola surgirá, então, como lugar privilegiado para o desenvolvimento do organismo e a aquisição das capacidades superiores que caracterizam o psiquismo humano, pois é o espaço em que o contato com a cultura é feito de forma sistemática, intencional e planejada. Dentro desse processo de escolarização, outros leques de relações sociais se abrirão, é um momento de ruptura, onde uma parcial independência dos pais acontece e é nesse momento que a escola constituirá a experiência central desta parte da vida e é fundamental para o desenvolvimento físico, cognitivo e sócio-emocional da criança, (BOOK, 1996). O contexto escolar vai proporcionar á criança o contato com a diversidade através da interação com as outras crianças e da aprendizagem de novos conhecimentos que as preparam para se relacionar com o mundo real.É nesse universo que é preciso compreender a importância do desenvolvimento humano e perceber que a criança não é um adulto em miniatura e que essas possuem características próprias de sua idade, ou seja, existem formas de perceber, compreender e se comportar diante do mundo que nas palavras de Piaget quer dizer que existe uma assimilação progressiva do meio ambiente, que implica acomodação das estruturas mentais a este novo dado do mundo exterio, (BOOK, 1996). Essas características são relevantes no momento de planejamento do que ensinar e como ensinar, pois não podemos igualar uma mesma idade à outra, por mínimo que seja a diferença entre elas, existem um nível de desenvolvimento das estruturas mentais para ambas; e considerar ainda de que em cada criança existe um mundo diferente. Pois, o desenvolvimento do individuo não se faz somente no ambiente escolar, existem a interação de vários fatores, como a hereditariedade, crescimento orgânico, maturação neurofisiológica e o meio social, (VYGOTSKY, 1996) O desenvolvimento humano deve ser entendido como uma globalidade, mas, para efeito de estudo, tem sido abordado a partir do aspecto físico-motor, aspecto intelectual, aspecto afetivo-emocional e o aspecto social. Para Bruner; as teorias do desenvolvimento humano parte do pressuposto de os quatro aspectos são indissociáveis, mas elas podem enfatizar aspectos diferentes, isto é estudar o desenvolvimento global a partir da ênfase em um dos aspectos quanto ao desenvolvimento intelectual, (BRUNER, 1989). Piaget; divide os períodos do desenvolvimento de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento, o que por sua vez, interfere no desenvolvimento global onde cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o individuo consegue fazer nessas faixas etárias, (PIAGET, 1967). aparelho fonador da criança e da sua aprendizagem anterior, ela inicia a dizer suas primeiras palavras, (SAMPAIO, 2003). Para Sciar-Cabral; a fala lingüística se inicia geralmente no final do segundo ano, quando a criança pronuncia a mesma combinação de sons para se referir a uma pessoa, um objeto, um animal ou um acontecimento. Por exemplo, se a criança disser apo quando vir a água na mamadeira, no copo, na torneira, no banheiro etc., pode afirmar que ela já esta falando por meio de palavras. Espera – se que aos 18 meses a criança já tenha um vocabulário de aproximadamente 50 palavras, no entanto ainda apresenta características da fala pré – lingüística e não revela frustração se não for compreendida, (SCIAR-CABRAL, 1991). Segundo Piaget; é na fase inicial da fala lingüística a criança costuma dizer uma única palavra, atribuindo a ela, no entanto o valor de frase. Por exemplo, diz ua, apontando para porta de casa, expressando um pensamento completo; eu quero ir pra rua. Essas palavras com valor de frases são chamadas holófrases. A partir daqui acontece uma “explosão de nomes”, e o vocabulário cresce muito. Aos 2 anos espera – se que as crianças sejam capazes de utilizar um vocabulário de mais de cem palavras. Entre os 2 e 3 anos as crianças começam a adquirir os primeiros fundamentos de sintaxe, começando assim a se preocupar com as regras gramaticais. Usam, para tanto, o que chamamos de super – regularização, que é uma aplicação das regras gramaticais a todos os casos, sem considerar as exceções. É por isso que a criança quer comprar “pães”, traze – los nas “mães”. Aos 6 anos a criança fala utilizando frases longas,tentando utilizar corretamente as normas gramaticais, (PIAGET,1971). Chomsky; é defensor da idéia de que a estrutura da linguagem é, em grande parte, especificada biologicamente (nativista). Skinner; afirma que a linguagem é aprendida inteiramente por meio de experiência (empirista). Piaget; consegue chegar mais perto de uma compreensão do desenvolvimento da linguagem que atenda melhor a realidade observada. Segundo ele tanto o biológico quanto as interações com o mundo social são importantes para o desenvolvimento da linguagem (interacionista), (CHOMSKY, 1998), (SKINNER, 1954) e (PIAGET, 1971). 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Considera-se que o desenvolvimento da criança é um fator relevante em todos os aspectos, pois é preciso que se tenha um desenvolvimento na integra, ou seja, social, psicológico, por isso é fundamental que se possa oferecer condições a criança de ter um desenvolvimento sócio-afetivo adequado e desenvolver também a sua capacidade de aprendizagem respeitando os limites de cada idade. A criança desde que nasce desenvolve-se de forma relevante e dinâmica, o desenvolvimento físico corresponde a sua maneira de crescer com fatores genético e biológicos interferindo nesse processo. Já o desenvolvimento social e afetivo é outro fator relevante que deve ser levado em consideração em especial no processo de aprendizagem. É verídico que a personalidade da criança é única e sua construção se dá nos primeiros anos de vida. A base deste desenvolvimento dará estruturação à infância, adolescência, juventude e vida adulta. Por este motivo, é tão importante o cuidado das crianças em seu desenvolvimento emocional saudável. Conhecer o mundo e sentir-se seguro é fundamental para o indivíduo que acabou de sofrer o trauma do nascimento e entrou no mundo real. Nesta fase, o mais importante é o estabelecimento do vínculo mãe-filho para que o bebê se sinta seguro e parta para a sua aventura de descobrir o mundo. Pensar na importância da educação na formação de indivíduos críticos, atuantes e conscientes é pensar também em alternativas que valorizem a realidade educacional dos aprendizes, criando ambientes dinâmicos e estimuladores que favoreçam mais, a efetivação da aprendizagem, de modo que possam interferir e transformá-la em um espaço com vista ao bem comum e principalmente a prática da cidadania, portanto, a prática educacional na formação dos indivíduos deve configurar numa proposta aberta, dinâmicas, flexíveis, refletidas num projeto político pedagógico calçado como objeto de norteamento, reflexão e análise por toda comunidade escolar. Vê-se o quanto o educador tem responsabilidade na formação da personalidade da criança. Sendo assim, a personalidade do educador pode influenciar na personalidade da criança. E para que esta influência seja saudável é necessário que o educador esteja preparado para o exercício desta profissão, uma vez que, passarão valores pessoais a criança, que o imitará como procedimento natural dessa fase. É fundamental que o educador tenha valores bem definidos para servirem de exemplos aos alunos. Diga-se que a formação de indivíduos críticos e atuantes, exige das escolas um novo modo de envolvimento do educando na produção do seu próprio conhecimento, baseado agora num olhar maior sobre a democratização e o processo de socialização de saberes que conseqüentemente tende a levá-lo a autonomia. É preciso interagir com o ambiente social para que tenha uma visão de mundo mais ampliada e melhorada, sem para tanto que seja desconsiderado o conhecimento que a criança já traz para escola. Por isso, a escola deve ser um ambiente estimulador e dinâmico para a aprendizagem dos educandos, somente assim e pode ter uma educação de qualidade e transformadora para todos. Ao findar é importante ressaltar o quanto os estudos contribuíram para percepção das diferentes fases do desenvolvimento infantil. São dignas de nota as idéias de todos os autores que estão referenciados neste trabalho. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA BAKER. E. O labirinto humano. São Paulo: Summus, 1980. BOOK, A.M. B; FURTADO, O; TEIXEIRA, M.L. Psicologia: Uma Introdução Ao Estudo Da Psicologia. São Paulo: Saraiva 1996. (9º edição) DANTAS, HELOYSA. A Infância Da Razão. Uma introdução à psicologia da inteligência de Henri Wallon. São Paulo, Manole, 1990. BRUNER, J. Acción, pensamiento e lenguaje. Madrid. Alianza, 1989. BRUNER, J. Culture and human development: A new look. Human Development, 1990. CHOMSKY N., HALLE M. The Sound Pattern of English. Cambridge MASS: MIT Press, 1968. CHOMSKY, Noam. Linguagem e mente. Brasília: Universidade de Brasília, 1998. DEL RÉ, Alessandra. Aquisição da linguagem: uma abordagem psicolingüística. 1ª Edição: Ed. Contexto, 2006. FARIAS, Maria Cílvia Queiroz. Linguagem na Educação Infantil. Fortaleza, SEDUC, 2003. GALVÃO, M.I. O Espaço Do Movimento: Investigação No Cotidiano De Uma Pré-Escola À Luz Da Teoria De Henri Wallon. Dissertação De Mestrado, Universidade De São Paulo, São Paulo-SP, 1992. JACOBSON, L.L. La especie humana es una excepción, pues en ella, el órgano se encuentra muy poco desarrollado, 1783-1843. LELOUP, J. Y. O corpo e seus símbolos: uma antropologia essencial. Petrópolis: Vozes, 1998. LOWEN, A. Bioenergética. São Paulo: Summus, 1982. MAHONEY, A.A. Contribuições de H Wallon para a reflexão sobre questões educacionais. In: Placco, V.L.; MAHONEY; A.A; PINO,A (orgs.)Psicologia e educação : Revendo comunicações. São Paulo. Educ.2002. NAVARRO, F. Caracterologia pós-reichiana. São Paulo: Summus, 1995. NAVARRO, F. Somatopsicopatologia. São Paulo: Summus, 1996.
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