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as Revoltas do período regencial, Notas de estudo de História

Apostilas de História sobre as Revoltas do período regencial, Nacional Cabanagem, Balaiada, Sabinada, Guerra dos Farrapos.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 25/11/2013

PorDoSol
PorDoSol 🇧🇷

4.5

(206)

443 documentos

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Baixe as Revoltas do período regencial e outras Notas de estudo em PDF para História, somente na Docsity! Revoltas do período regencial Por: Trabalho realizado para cumprimento parcial da disciplina de História sob orientação da professora Mabel. São Mateus, setembro de 1999 - Nacional Cabanagem No auge de sua revolta, os cabanos proclamaram a república, em agosto de 1835, e declararam o Pará separado do império do Brasil. Chamou-se cabanagem a rebelião que, marcada por enorme violência, irrompeu na província do Grão-Pará (Pará e Amazonas atuais) logo após a abdicação de D. Pedro I e mobilizou as camadas mais pobres da população contra o poder central e as elites, sobretudo os portugueses. O primeiro levante ocorreu em 2 de junho de 1831, liderado pelo cônego João Batista Gonçalves Campos, conhecido como Benze-Cacetes. Após um período de trégua, ressurgiu com maior violência, poucos anos depois. Na fazenda do Acará, de propriedade de Félix Antônio Clemente Malcher, organizou-se uma revolução para destituir o então presidente Bernardo de Souza Lobo. Malcher assumiu o governo em janeiro de 1835 e nomeou comandante de armas o tenente Francisco Pedro Vinagre, mandando executar o presidente, juntamente com o comandante de armas, coronel Joaquim José da Silva Santiago, e o capitão-de-fragata Guilherme James Inglis. Em breve, porém, deposto pelos "vinagristas" insatisfeitos, Malcher foi morto e arrastado pelas ruas de Belém. Meses depois, Vinagre foi também derrubado por outro chefe cabano, Manuel Jorge Rodrigues. Pondo-se à frente dos revoltosos, Eduardo Francisco Nogueira, o Angelim, de 23 anos, conseguiu tomar o poder das mãos de Rodrigues. Este refugiou-se na ilha de Tatuoca, onde foi encontrá-lo, em março de 1836, o brigadeiro Soares de Andréia, depois barão de Caçapava, nomeado comandante de armas e presidente da província pela Regência. Iniciou-se então o bloqueio de Belém. Em fins de abril o bispo D. Romualdo de Souza Coelho interveio e negociou o armistício, com a condição de ser dada a anistia, voltando Angelim a sua fazenda do Canagipó, com o que não concordou Andréia. Só a 10 de maio Angelim deixou Belém, confiando o dinheiro do tesouro público ao bispo. A 17 do mesmo mês, Andréia ocupou Belém, mas a luta prosseguiu no interior, onde os legalistas enfrentaram guerrilhas mesmo depois da prisão de Vinagre e Angelim em outubro. Na comarca do rio Negro, atual estado do Amazonas, foi heróica a resistência do cabano Ambrósio Alves Baraorá. O último chefe cabano, Gonçalves Jorge Magalhães, rendeu-se em 25 de março de 1840. Balaiada Dentre os numerosos levantes populares ocorridos no Brasil durante o período imperial, oriundos da opressão econômica das classes dominantes, um dos mais importantes foi a balaiada. Balaiada foi como ficou conhecida a rebelião popular que assolou as províncias do Maranhão, Ceará e Piauí de 1838 a 1841. A denominação provém da alcunha Balaio, dada a um de seus líderes, Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, fabricante de cestos. A revolta eclodiu em sucessivos e ininterruptos motins, iniciados com o levante ocorrido em Vila do Manga do Iguará, no Maranhão, em 13 de dezembro de 1838, quando o vaqueiro Raimundo Gomes Vieira Jutaí, o Cara Preta, libertou os presos da cadeia. Sem objetivos políticos definidos no início, o levante transformou-se numa vingança coletiva contra fazendeiros e proprietários, quando ocorreu a adesão de Balaio ao movimento. A princípio, a revolta obteve o apoio da ala exaltada do Partido Liberal, por meio do jornal Bem-te-vi, editado em São Luís, cujo redator era Estêvão Rafael de Carvalho. Depois passou a prevalecer a opinião dos moderados, que condenaram os excessos da caudilhagem, as depredações e assassínios praticados pelos revoltosos. Entre os caudilhos, destacaram-se Ruivo, Mulungueta, Pedregulho, Milhomens, Gavião, Macambira, Coco e Tempestade e, especialmente, o preto Cosme Bento das Chagas, o "Dom Cosme tutor e imperador das liberdades bem-te-vis", que conseguira aliciar apreciável contingente de escravos fugidos. A adesão destes mostrou claramente o aspecto não apenas social e econômico, mas também racial da balaiada, já que reuniu pretos e mulatos, os chamados "bodes", que, aliados a índios e cafuzos, sem terra e sem direitos, uniram-se contra os portugueses e seus descendentes, que constituíam a classe dominante. Para dominar o levante, que se estendera ao Ceará e ao Piauí, o regente do império, Pedro de Araújo Lima, futuro marquês de Olinda, enviou ao Maranhão o coronel Luís Alves de Lima e Silva, nomeado presidente e comandante de armas em 7 de fevereiro de 1840. Após um ano de guerrilhas, anunciou-se a pacificação das províncias conflagradas, em 19 de janeiro de 1841, o que valeu ao comandante a promoção ao generalato e o título de barão de Caxias. Sabinada O médico Francisco Sabino foi o principal ideólogo da rebelião baiana que, em meados do século XIX, defendeu a autonomia provincial num regime republicano provisório. Sabinada foi um movimento revolucionário, liberal e federalista ocorrido na Bahia durante a regência, entre 1837 e 1838. Propunha a proclamação "provisória" de um regime republicano até a maioridade do imperador -- talvez como primeiro passo para a apresentação de reivindicações autonomistas -- e a fundação do Estado Livre Bahiense, inspirado na República de Piratini pretendida pela revolução farroupilha. Os rebeldes criticavam a transferência de rendas para o Sudeste e a supremacia local dos senhores de engenho e plantadores de tabaco. Em 7 de novembro de 1837, conseguida a adesão da tropa, ocuparam a cidade de Salvador e obrigaram o presidente da província, Francisco de Sousa Paraíso, a fugir para o Rio de Janeiro. A revolta ficou restrita à capital da Bahia. O governo legal instalou-se na cidade baiana de Cachoeira, com o apoio dos grandes proprietários. Os rebeldes, que não possuíam
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