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BASES NEUROPSICOLÓGICAS DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR, Resumos de Neurociência Cognitiva

No processo de aprendizagem, a criança dispõe das suas estruturas física, psicológica e cognitiva, sendo necessário que exista uma integração dos aspectos emocionais, relacionais (ambiente social), neurológicos e ambientais. Qualquer outro fator que interfira de forma negativa em um dos anteriores impactará o processo de aprendizagem.

Tipologia: Resumos

2023

Compartilhado em 24/07/2023

julianasouzarh
julianasouzarh 🇧🇷

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Baixe BASES NEUROPSICOLÓGICAS DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR e outras Resumos em PDF para Neurociência Cognitiva, somente na Docsity! BASES NEUROPSICOLÓGICAS DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR UNIDADE I NEUROCIÊNCIA E A PSICOMOTRICIDADE Elaboração Rogério Gonçalves de Castro Produção Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração 5 INTRODUÇÃO ou neurobiologia, é possível dividi-la de forma didática em outras estruturas, como neurociência: molecular, celular, de sistemas, comportamental, cognitiva e social (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2002). Por outro lado, a psicomotricidade se define como a ciência que estuda o homem por meio dos movimentos do seu corpo e das suas relações externas e internas. Esse estudo está vinculado a três premissas fundamentais: o movimento, a capacidade intelectual e a afetividade. Pode-se dizer que a psicomotricidade detém relações fortes com o processo de aprendizagem (OLIVEIRA, 2013 apud SILVA, 2013). Maine de Brian, no século XIX, deu início aos estudos sobre a psicomotricidade. Naquele tempo, já se debatia a teoria de se colocar o movimento como um fator indispensável na estrutura do eu. Ao aprofundamos nossos estudos por meio da literatura disponível sobre o tema, percebemos indícios de que Aristóteles (384-322 a.C.) já falava a respeito do dualismo corpo e alma ao sustentar que o homem seria feito a partir de uma determinada quantidade de matéria (corpo) moldada numa forma (alma) (OLIVEIRA, 2013 apud SILVA, 2013). Desse modo, pode-se afirmar que uma boa estrutura da educação psicomotora seria a base fundamental para o processo de aprendizagem da criança. O desenvolvimento se dá de uma forma progressiva do todo para o específico. Usualmente, quando a criança se mostra com dificuldade no processo de aprendizagem, o principal motivo está relacionado com uma possível deficiência no desenvolvimento psicomotor. A partir da vivência de uma boa experiência nesse requisito, ela consegue feitos e realizações que impactam a sua vida emocional e intelectual (ROCHAEL, 2009 apud SILVA, 2013). Ao longo do último século, estudos revelam (SOUZA, 2012; FONSECA, 2008; BERLZE, 2007 apud SILVA, 2013) a relevância da evolução da aptidão física e do desenvolvimento psicomotor, dado que ambos estão interligados. Ao evoluirmos na aptidão física, em breve percebemos melhoria nas aptidões funcionais motoras (força, agilidade, flexibilidade, velocidade e potência aeróbica) da pessoa, portanto auxilia na execução de outras atividades. A partir daí, é imperativo salientar que as atividades psicomotoras devem ter um papel de protagonismo na educação infantil, a fim de aprimorar o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo com intencionalidade. Objetivos » Apresentar a neurociência e suas correlações com a psicomotricidade. » Apresentar a psicomotrocidade infantil. 6 INTRODUÇÃO » Caracterizar a avaliação neuropsicológica e as funções cognitivas. » Caracterizar o desenvolvimento infantil considerando seus aspectos somáticos, afetivos, ambientais e sociais. » Discorrer sobre a avaliação e intervenção psicomotora. » Discorrer sobre a avaliação e intervenção das emoções e do comportamento. » Analisar a importância das novas tecnologias na educação e seu papel no âmbito das tecnologias assistivas. 7 UNIDADE INEUROCIÊNCIA E A PSICOMOTRICIDADE CAPÍTULO 1 CONHECENDO A NEUROCIÊNCIA Abordagem neuropsicológica de Luria Ao abordarmos os estudos da neuropsicologia, é possível defini-la como uma área multidisciplinar que abrange a psicologia, a neurologia, a fonoaudiologia linguística, dentre outras. Oliveira (1997) explica que a neuropsicologia se propõe a estudar as relações existentes entre as funções psicológicas e sua base neurológica. À luz dessas afirmações, indicaremos na sequência algumas definições a respeito da neuropsicologia que auxiliarão na compreensão da matéria em pauta. A visão mecanicista da setorização do cérebro sustenta a ideia de que as funções mentais são individualmente e totalmente controladas por uma determinada área cortical. De outro lado, a visão integral ou holística explica que tal fragmentação, ou divisão de funções cerebrais, não existiria, uma vez que a função mental deve ser compreendida como o resultado do funcionamento do córtex cerebral de uma forma global. Influenciado pelos estudos de Pavlov e Vygotsky, Luria expõe uma revisão desses pontos de vista extremos e apresenta novas conceituações que se fazem bastante úteis no estudo da Afasiologia. O Dicionário Houaiss (2009) apresenta a seguinte definição de Afasiologia: Afasiologia é o enfraquecimento ou perda do poder de captação, de manipulação e por vezes de expressão de palavras como símbolos de pensamentos, em virtude de lesões em alguns centros cerebrais e não devido a defeito no mecanismo auditivo ou fonador. (HOUAISS, 2009, s.p.) Como colaborador de Vygotsky, Luria foi o pesquisador mais dedicado aos estudos das funções psicológicas vinculadas ao sistema nervoso central, tendo sido reconhecido, por essa razão, como um dos mais qualificados neuropsicólogos da sociedade atual. 10 UNIDADE I | NEUROCIÊNCIA E A PSICOMOTRICIDADE corpórea e interativa com o ambiente, enfocando as ações dos sistemas cognitivos em seus respectivos contextos, num processo de adaptação ativa. Os estudos apresentados nos remetem à revisão das análises e apontamentos da psicologia soviética do início do século XX, tendo início com Vygotsky e posteriormente estudada a fundo por Luria (1992; 2006; 2010). Luria estudou à exaustão, mediante uma abordagem científica, as atividades da consciência humana, sem excluir dos seus estudos a relevância do mundo exterior, os mais variados estímulos que interferem, de forma conjunta, nos processos cognitivos. É possível afirmar, então, que as funcionalidades reveladas durante o desenvolvimento humano estão de acordo com a descrição de Luria (2006 apud BASTOS; ALVES, 2013) a respeito da base cerebral da atividade consciente humana integrada por sistemas funcionais complexos e distintos entre si. Recorrendo à literatura, é possível observar avanços significativos na história da neurociência cognitiva, que está sendo ampliada desde o final do século XVII até meados do século passado, tempo em que os neurologistas e anatomistas estudavam as bases neurológicas a partir de autópsias e de estudos clínicos em pacientes com lesões cerebrais. Ao final do século XVII, o neuroanatomista alemão Franz Joseph Gall sugeriu que certas funções mentais superiores ocupariam setores localizados em diferentes porções do cérebro (GOMES, 2009 apud BASTOS; ALVES, 2013). Já no início do século XX, Vygotsky definiu as ações conscientemente controladas como processos psicológicos superiores: a atenção voluntária, a memorização ativa e o pensamento abstrato. Diante do exposto, e parafraseando Fonseca, podemos deduzir que as funções mentais superiores constituem processos cognitivos que abrangem: atenção, memória, gnosias ou percepções, pensamento, consciência, comportamento emocional, aprendizagem e linguagem, e refletem o modelo dinamicista mencionado anteriormente, em que as áreas cerebrais (auditiva, sensorial e tátil-cinestésica, visual, planejamento consciente do comportamento e programas de ação) se integram funcionalmente e são influenciadas ativamente pelo meio sociocultural mediante as relações sociais do homem. Podemos afirmar, ainda, que tais funções mentais superiores se fazem bastante importantes dentro do processo de aprendizagem, numa relação direta com a linguagem, mediando nossas funções psicocognitivas. Em face dessas novas metodologias e estudos, originam-se as mais novas, variadas e sofisticadas técnicas abordagem, com a adição de novas informações sobre as funções 11 NEUROCIÊNCIA E A PSICOMOTRICIDADE | UNIDADE I neurais vinculadas à linguagem (GOMES, 2009 apud BASTOS; ALVES, 2013), desse modo, relacionadas aos processos ou funções mentais superiores. Acesse o endereço http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 84862009000300002&lng=pt&nrm=iso e leia o artigo “Dislexia, cognição e aprendizagem: uma abordagem neuropsicológica das dificuldades de aprendizagem da leitura”, de Vitor da Fonseca, para aprofundar a aprendizagem. 12 CAPÍTULO 2 A PSICOMOTRICIDADE E A SIGNIFICAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA Por meio do Grupo de Atividades Especializadas e da Sociedade Brasileira de Psicomotricidade, o Instituto Superior de Psicomotricidade e Educação (ISPE) define a psicomotricidade e o emprego do termo como: Psicomotricidade é uma neurociência que transforma o pensamento em ato motor harmônico. É a sintonia fina que coordena e organiza as ações gerenciadas pelo cérebro e as manifesta em conhecimento e aprendizado. Psicomotricidade é a manifestação corporal do invisível de maneira visível. A ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. (SBP, 1999 apud LUSSAC, 2008, p. 4) . Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização (SBP, 2003 apud LUSSAC, 2008, p. 4). Xavier (2004 apud Oliveira, 1997, p. 36) ensina que: A psicomotricidade se propõe a permitir ao homem sentir-se bem na sua pele permitir que se assuma com realidade corporal, possibilitando a livre expressão de ser. Não se pretende aqui considerá-la como uma panaceia que vá resolver todos os problemas encontrados em sala de aula. Ela é apenas um meio para auxiliar a criança superar suas dificuldades e prevenir possíveis inadaptações. Para Fonseca (1995), do ponto de vista da ciência, a psicomotricidade pode ser compreendida como o segmento transdisciplinar que investiga e estuda as relações e as influências que ocorrem diante do processo de reciprocidade e de situações sistêmicas, entre o psiquismo e o corpo e entre o psiquismo e a motricidade. Assinala o autor, ainda, que a motricidade consiste no conjunto de expressões corporais, gestuais e motoras, não verbais e não simbólicas, de índole tônico-emocional, postural, somatognósica, ecognósica e práxica, que dão sustento e suporte às manifestações do psiquismo. 15 CAPÍTULO 3 PSICOMOTRICIDADE INFANTIL Partindo de estudos bibliográficos, é possível afirmar que a psicomotricidade abrange toda ação executada pela criança, constituindo-se como a integração entre o psiquismo e a motricidade. Almeja o desenvolvimento global, com foco nos aspectos afetivos, motores e cognitivos, induzindo o indivíduo a tomar consciência do seu próprio corpo, mediante a exploração do movimento. Le Boulch (1985) explica que 75% do desenvolvimento psicomotor acontece na idade pré-escolar, destacando que o bom funcionamento dessa área auxiliará o processo de aprendizagem no futuro. Por essa linha, importa destacar a importância de o professor de educação física de crianças deter o necessário conhecimento de que as crianças atuam e se inserem no mundo que está ao seu redor por meio da execução de movimentos. Além disso, salientamos a fundamental importância de que o professor detenha conhecimentos acerca do desenvolvimento motor e das suas fases, mostrando-se apto tanto para a proposição como para a realização de atividades embasadas nas definições da psicomotricidade, a fim de garantir, dessa forma, em sua organização pedagógica, a inovação curricular a partir de novas propostas, com vistas a desenvolver projetos a partir dos quais as crianças tenham que utilizar o seu corpo como instrumento de exploração, criação, brincadeira, imaginação, sentimento e aprendizado. Importa destacar que, ao apresentar um ambiente notoriamente favorável, oferecem-se à criança as condições para que ela retire o maior proveito possível das suas potencialidades inatas, ao passo que, num ambiente hostil, a manifestação dessas potencialidades básicas sofrerá limitações consideráveis (GESELL, 2003). Ao analisar o desenvolvimento infantil do ponto de vista histórico, é possível verificar que, anteriormente, as crianças experienciavam, de maneira espontânea, mediante as brincadeiras do dia a dia, atividades motoras bastante para que elas adquirissem habilidades motoras mais específicas, cabendo destacar que não existia separação entre o brincar, o aprender e o crescer. Já a infância hoje está organizada de forma diferente dos tempos antigos, em que observamos várias mudanças na atualidade: a urbanização, a necessidade de segurança e o avanço tecnológico trouxeram consequências como a redução dos espaços e a diminuição da liberdade para que as crianças desenvolvam suas brincadeiras espontaneamente. 16 UNIDADE I | NEUROCIÊNCIA E A PSICOMOTRICIDADE Sendo assim, é neste lugar e momento de desenvolvimento infantil que o papel da escola ganha relevância, por ser essencialmente o local que mais contribui para o crescimento da criança, não detendo apenas o dever de proporcionar um futuro excelente de desenvolvimento motor, mas também auxiliando-as a se transformarem em indivíduos independentes, criativos e críticos. A psicomotricidade e o desenvolvimento infantil Percebemos a valorização do corpo humano desde os tempos antigos. Isso pode ser observado a partir da análise do pensamento da cultura grega e da exaltação do corpo humano em forma física esplêndida, conforme retratam, principalmente, as suas obras de arte e as esculturas até hoje conhecidas. Observamos que, por muito tempo, o ser humano foi entendido a partir de uma visão fragmentada, segregando o corpo da alma, de maneira que esse dualismo sempre foi matéria de estudo. Ao longo dos anos, diversos pensamentos não acadêmicos buscaram descrever essa relação entre o corpo e a mente. Todavia, apenas a partir de certos pensamentos mais radicais do século XIX o termo “psicomotricidade” surgiu num discurso médico neurológico, objetivando a designação das zonas do córtex cerebral posicionadas além das regiões motoras. Historicamente, a psicomotricidade se desenvolveu ao longo de um século de esforço de ação e de pensamento; o seu aspecto científico, na era da tecnologia da informação, vai auxiliar seguramente um maior desenvolvimento da descrição das relações mútuas e recíprocas da convivência do corpo com o psíquico. Essa intimidade filogenética e ontogenética constitui o triunfo evolutivo da espécie humana, um remoto passado de muitos milhões de anos de conquistas psicomotoras (FONSECA, 1988, p. 99). Vejamos: » em 1909, Dupré, neuropsiquiatra, afirma a independência da debilidade motora, antecedente do sintoma psicomotor, como um possível correlato neurológico; » em 1925, Henry Wallon, médico psicólogo, estudava movimento humano dando- lhe uma categoria fundante como instrumento na construção do psiquismo; » nos anos de 1935, Edouard Guilmain, neurologista, desenvolve um exame psicomotor para fins de diagnóstico, de indicação da terapêutica e de prognóstico; » já em 1947, Julian de Ajuriaguerra, redefine o conceito de debilidade motora, considerando-a como uma síndrome com suas próprias particularidades. 17 NEUROCIÊNCIA E A PSICOMOTRICIDADE | UNIDADE I Em face da redefinição de Ajuriaguerra, a psicomotricidade começa a ser compreendida como uma ciência que analisa o ser humano a partir dos seus movimentos, das suas realizações, dos aspectos motores, afetivos e de cognição, sendo esses um produto da relação do indivíduo com o seu meio social. Segundo Gonçalves (2011), a psicomotricidade: Tem por objetivo a visualização do ser humano em sua totalidade, nunca separando o corpo (sinestésico), o sujeito (relacional) e a afetividade; sendo assim, ela busca, por meio da ação motora, estabelecer o equilíbrio desse ser, dando lhe possibilidades de encontrar seu espaço e de se identificar com o meio do qual faz parte. (GONÇALVES, 2011, p. 21) Coste (1981) a define como a ciência encruzilhada, ao indicar o cruzamento e o encontro de múltiplos pontos de vista biológicos, psicanalíticos, linguísticos, sociológicos e psicológicos. Etimologicamente, o termo “psicomotricidade” é formado por dois termos distintos: a palavra psyché, que significa “alma”, e a palavra latina motorius, que significa “que tem movimento”. Podemos observar por intermédio da literatura que muitos autores e estudiosos da psicomotricidade apresentaram as mais diversas definições a respeito dessa área e, para se alinhar a esses autores e buscando os melhores fins didáticos desse material de estudo, apresentamos a definição indicada pela Sociedade Brasileira de Psicomotricidade (SBP): A Psicomotricidade é uma ciência que tem como objetivo o estudo do homem através do seu corpo em movimento em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Está relacionada ao processo de maturação, em que o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito, cuja ação é resultante de sua individualidade e sua socialização. A fim de melhor entender o conceito de psicomotricidade, apresentamos as definições de alguns outros autores, conforme segue: A Psicomotricidade se conceitua como ciência da Saúde e da Educação, pois indiferente das diversas escolas, psicológicas, condutistas, evolutistas, genéticas, etc. ela visa à representação e a expressão motora, através da utilização psíquica e mental do indivíduo. (AJURIAGUERRA apud ISPE-GAE, 2007) 20 UNIDADE I | NEUROCIÊNCIA E A PSICOMOTRICIDADE Estimulação psicomotora Le Boulch (1985) afirma que o primeiro objeto que a criança percebe é o seu próprio corpo. É a partir de sensações, mobilizações e deslocamento que se desenvolve esse processo de conhecimento. Alves (2012) destaca a importância dos primeiros anos de vida no processo de desenvolvimento intelectual, do campo afetivo, das relações sociais na vida da criança, salientando ainda que esses aspectos irão determinar as suas capacidades no futuro. O primeiro instrumento social de compreensão e expressão da criança é o gesto. A partir de simples ações como apontar, apanhar, evocar, passam a tomar o lugar do choro; a criança usa gestos para se expressar diante de ações e situações que ela ainda não é capaz de verbalizar, sendo essa uma importante forma de comunicação precedente ao vocabulário fonético. “Antes da linguagem, as ações motoras é que determinam as ações mentais” (GONÇALVES, 2011, p. 28). Cabe destacar que a estimulação motora dá à criança a oportunidade de entrar em contato com o objeto, com o meio e consigo mesma, permitindo-a criar uma comunicação corporal relevante. O que distingue a estimulação motora de uma atividade motora é o seu propósito de provocar evolução do esquema corporal. É dizer, a criança ganha estímulo para organizar habilidades distintas, a partir das suas experiências pretéritas. Dessa maneira, a interação da criança com o mundo dos objetos deve ser facilitada sempre que possível, mediante a experiência concreta e o brincar, conduzindo, assim, a aprendizagem a algo mais do que um processo meramente cumulativo, tornando-a uma aprendizagem mais dentro de contexto, rica em significados. Gonçalves (2011, p. 30) assinala que, na medida em que são apresentadas novas e diferentes maneiras para a execução do movimento anteriormente conhecido, a criança se percebe desconfortável e todo o seu sistema cerebral passa por uma ativação em busca de outra maneira de perceber, decodificar, planificar e realizar o movimento novo a partir das suas habilidades cognitivas, emocionais e do seu aparato motor. 21 REFERÊNCIAS ALMEIDA, G. P. Teoria e prática em psicomotricidade: jogos, atividades lúdicas, expressão corporal e brincadeiras infantis. Rio de Janeiro, RJ. Wak Editora, 2014. ALMEIDA, G. P.. 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