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Guias e Dicas
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Exercícios Aeróbicos e Anaeróbicos: Adaptações Fisiológicas, Notas de aula de Energia

Uma pesquisa sobre as melhoras fisiológicas decorrentes dos exercícios aeróbicos e anaeróbicos, com ênfase nos sistemas cardio-circulatório e respiratório. O texto aborda as fontes de energia utilizadas em cada tipo de exercício, as adaptações fisiológicas, como a diminuição de triglicerídeos e a melhora da eficiência respiratória, e as vantagens para a saúde. Além disso, o documento cita estudos e autores relevantes na área.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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Baixe Exercícios Aeróbicos e Anaeróbicos: Adaptações Fisiológicas e outras Notas de aula em PDF para Energia, somente na Docsity! FELIPE AUGUSTO BENVENUTTI BENEFÍCIOS FISIOLÓGICOS CAUSADOS PELOS EXERCÍCIOS AERÓBICOS EM GERAL E PELOS EXERCÍCIOS ANAERÓBICOS NA MUSCULAÇÃO Monografia apresentada à Disciplina Seminário de Monografia como requisito parcial para conclusão do curso de Licenciatura em Educação Física, do Departamento de Educação, Setor de Ciências Biológicas, da Universidade Federal do Paraná. ORIENTADORA: MARIA GISELE DOS SANTOS Agradeço a DEUS principalmente, a minha futura esposa Cristiane. E também a minha família que sempre me apoiou e fez de mim a pessoa que sou hoje... LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - MODELO HIPOTÉTICO PARA A ADAPTAÇÃO A UM TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA AERÓBICA.......... LISTA DE TABELAS TABELA 1 - FORNECIMENTO DE ENERGIA DE ACORDO COM A FUNÇÃO DA MUSCULATURA ESTRIADA.....................................5 TABELA 2 - PRINCIPAIS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS UTILIZADOS DURANTE O REPOUSO E O EXERCÍCIO................20 vi RESUMO O presente estudo teve como objetivo verificar as melhoras ocorridas a níveis fisiológicos, decorrentes dos exercícios aeróbicos em geral e dos exercícios anaeróbicos na musculação. Foram analisados os seguintes sistemas: o cardio- circulatório, o respiratório, o endócrino, o nervoso e o músculo-esquelético. Observou- se que os exercícios aeróbicos ocasionam adaptações relevantes principalmente aos sistemas cárdio-circulatório e respiratório; enquanto os exercícios anaeróbicos melhoram, consideravelmente as funções fisiológicas do sistema músculo-esquelético. Esta pesquisa, também pode trazer como resultado positivo dos exercícios aeróbicos, uma melhora da pressão arterial, principalmente a sistólica em repouso e no exercício, e uma redução do percentual de gordura, visto que os exercícios aeróbicos de longa duração conseguem catabolizar os ácidos graxos livres do organismo. Especificamente, os exercícios anaeróbicos causam adaptações positivas à nível muscular, ósseo e articular, uma vez que ajudam a corrigir problemas articulares ou ejn último caso minimizá-los, principalmente se o exercício anaeróbico, for do tipo musculação, onde são utilizadas sobrecargas, as quais farão com que haja um aumento da massa muscular e também da massa óssea, prevenindo as doenças ósteo-articuiares, como por exemplo a osteoporose. 1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Estudar os efeitos fisiológicos no Sistema Cárdio-Circulatório • Estudar os efeitos fisiológicos no Sistema Respiratório • Estudar os efeitos fisiológicos no Sistema Endócrino • Estudar os efeitos fisiológicos no Sistema Nervoso • Estudar os efeitos fisiológicos no Sistema Músculo-Esquelético 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 SISTEMAS ENERGÉTICOS PREDOMINANTES 2.1.1 NO SISTEMA AERÓBICO • Fontes energéticas Em relação à utilização de energia durante o treinamento aeróbico, Counsilman (1975) apud TUBINO (1993), relata que há uma melhor utilização do ATP, isto o comparando com o treinamento anaeróbico, pois a glicose gera muito mais energia por molécula/grama utilizando o oxigênio. VILLIGER et al (1995) coloca que através do exercício aeróbico, o organismo utiliza uma fonte energética na qual é necessária a oxidação dos substratos (hidratos de carbono, gorduras e proteínas) para transformar em energia, no caso aeróbica. Para melhor ilustrar a questão das fontes energéticas, é necessária a observação da tabela 1. Para o mesmo autor, com o aumento da atividade das enzimas responsáveis pela mobilização das gorduras, o músculo treinado-aerobicamente será capaz de armazenar, mobilizar e oxidar maiores quantidades de gordura. Por causa disto, a pessoa treinada nestas condições, produzirá mais energia mediante a decomposição de ácidos graxos livres, numa solicitação submáxima de exercício. 5 TABELA 1 - FORNECIMENTO DE ENERGIA DE ACORDO COM A FUNÇÃO DA MUSCULATURA ESTRIADA Modo de Ação Tensão em Percentual de contração máxima Estático -15% 15-30% 30-50% >50% Dinâmico -30% 30-50% 50-70% >70% Fontes Energéticas Aeróbicas Aeróbicas Anaeróbicas Anaeróbicas Dominante Dominante Fonte: (segundo ZINTL), citada por VILLIGER et al (1995). SHARKEY (1998) comenta que há um aumento na concentração de enzimas aeróbicas, que são proteínas que fazem reações metabólicas, ajudando a quebrar o carboidrato e a gordura para que estes sejam utilizados pelos músculos como energia na forma de ATP. De acordo com McARDLE et al (1998), as fontes energéticas mais utilizadas nos exercícios aeróbicos, podem ser as gorduras. FLECK & KRAEMER (1999) colocam que os exercícios aeróbicos utilizam o oxigênio para a produção energética. E este sistema, também chamado de fosforilação oxidativa, pode metabolizar carboidratos (açúcar) e gorduras. Segundo os mesmos autores durante períodos prolongados de exercício, no caso o aeróbico, cerca de 10% do ATP necessário pode ser obtido da metabolização da proteína. E durante o exercício físico aeróbico máximo, o metabolismo utiliza quase 100% dos carboidratos, se estes forem suficientes. WEINECK (1999), afirma que há um aumento de 300% (valor numérico) para o número de partículas lipídicas neutras nas fibras ST por causa do treinamento de resistência aeróbica. 8 fornecimento de energia dispensa o uso do oxigênio, resultando do uso da glicólise anaeróbica e da decomposição dos fosfatos ricos em energia. • Ácido lático Para FOX (1991), SHARKEY (1998), MAUGHAN et al (2000) e WILMORE & COSTILL (2001), os exercícios anaeróbicos são importantes ao ser humano, pois os mesmos acreditam que estes melhoram os músculos para suportarem altos níveis de acidose lática no sangue. Os mesmos autores denotam que esta acidose seria prejudicial à performance atlética. Os exercícios Anaeróbicos, segundo MAUGHAN et al (2000), geram um acúmulo de ácido lático sangüíneo, principalmente em exercícios de força. 2.2 NÍVEIS DE TRIGLICERÍDEOS E COLESTEROL 2.2.1 EM RESPOSTA AOS EXERCÍCIOS AERÓBICOS FOX (1991), HOUSTON (2001) relatam que há uma evidente melhora na diminuição dos triglicerídeos, como forma de adaptação fisiológica aos exercícios de resistência aeróbica. Para este tipo de exercício, VILLIGER et al (1995) coloca que haverá uma diminuição dos níveis de triglicerídeos, e também do colesterol do tipo LDL. Isto 9 ocorrerá de uma forma natural de resposta fisiológica, pois o LDL diminuíra em virtude da utilização do HDL, para metabolizá-lo. Uma evidente melhora para SANTARÉM (1998), é a diminuição tanto do colesterol-LDL, quanto dos triglicerídeos, em reposta aos exercícios de resistência aeróbica, diminuindo, portanto, a quantidade de gordura nas artérias. WILMORE & COSTILL (2001), também descrevem uma possível melhora causada pelos exercícios aeróbicos, praticados regularmente é a diminuição das taxas de triglicerídeos e do colesterol-HDL, pois, para os mesmos, se estas taxas estiverem altas, prejudicaram as funções do sistema cardiovascular, em sua irrigação sangüínea. 2.2.2 EM RESPOSTA AOS EXERCÍCIOS ANAERÓBICOS FOX (1991), VILLIGER et al (1995) e SANTARÉM (1998), relatam que as adaptações do ser humano aos exercícios anaeróbicos são uma diminuição dos níveis de triglicerídeos, porém não tão evidentes quanto às melhoras promovidas pelo sistema aeróbico de energia. Esta diminuição esta relacionada com o aumento da massa muscular, que aumentará o gasto calórico total, e a menor quantidade de gordura nos vasos sangüíneos, o que faz o organismo ter uma melhor hemodinâmica dentre estes vasos. Para FLECK & KRAEMER (1999), os exercícios anaeróbicos farão a diminuição dos triglicerídeos, porém não da mesma forma que os de cunho aeróbico, 10 justamente porque os exercícios aeróbicos conseguem catabolizar mais gordura durante o exercício. WILMORE & COSTILL (2001) citam em sua obra a diminuição das taxas de triglicerídeos, como modificações vantajosas às pessoas que praticam atividades anaeróbicas regularmente. Segundo HOUSTON (2001) haverá uma diminuição dos triglicerídeos através de exercícios anaeróbicos, e também os níveis de LDL - colesterol podem diminuir, enquanto o HDL tende a aumentar. Este HDL, em maior quantidade, faz com que diminua o LDL, pois segundo o mesmo autor, o chamado colesterol bom pode diminuir o LDL, como resposta aos exercícios anaeróbicos. 2.3 BENEFÍCIOS FISIOLÓGICOS PARA O SISTEMA CARDIO-CIRCULATÓRIO 2.3.1 CAUSADOS PELOS EXERCÍCIOS AERÓBICOS • Peso e volume do coração Para FOX (1991), TUBINO (1993), VILLIGER et al (1995), McARDLE et al (1998), MAUGHAN et al (2000), POWERS & HOWLEY (2000) e WILMORE & COSTILL (2001) o treinamento aeróbico acarreta num maior volume do coração, o que conseqüentemente aumentará o seu peso, devido à hipertrofia cardíaca, onde o miocárdio (parte muscular do coração) é aumentado. E segundo os mesmos autores, 13 De acordo com OSIECKI (2001), em analise dos efeitos do exercício e treinamento em homens e mulheres idosos com hipertensão essencial, destaca-se que parece ser o treinamento aeróbico um fator importantíssimo para a queda da pressão arterial sistólica e diastólica em indivíduos acima de sessenta anos. FOX (1991), POLLOCK (1993), VILLIGER et al (1995), MCARDLE et al (1998), POWERS & HOWLEY (2000), WILMORE & COSTILL (2001), ROBERGS & ROBERTS (2001) e HOUSTON (2001) afirmam que em virtude da utilização dos exercícios aeróbicos, pode ocorrer uma diminuição da pressão arterial em repouso. E também segundo estes autores, os indivíduos com hipertensão arterial, mostram reduções significativas tanto na pressão sistólica, quanto na diastólica, sendo mais evidente a diminuição da pressão arterial sistólica. Com isso, melhorando contundentemente o fluxo sangüíneo do indivíduo. • Volume de ejeção ou volume sistólico O volume de ejeção aumenta com os exercícios de resistência aeróbica, tanto no exercício, quanto em repouso, segundo (FOX 1991). Para POLLOCK (1993), em virtude do treinamento aeróbico constante haverá uma maior demanda sangüínea, principalmente pelo aumento do volume sistólico que estes exercícios promovem. Em relação a este tópico, VILLIGER et al (1995) descrevem as melhorias adaptativas do sistema cardio-circulatório, principalmente no que diz respeito a um maior volume sistólico, ou de ejeção, tanto em repouso quanto em esforço físico. 14 MCARDLE et al (1998), HOUSTON (2001) e WILMORE & COSTILL (2001) denotam, que há um aumento de ejeção do coração em repouso e na atividade física, no caso dos exercícios aeróbicos. Uma possível resposta para este aumento é a maior contratibilidade ventricular e o aumento do volume muscular citado anteriormente. Conforme o aumento do volume de ejeção POWERS & HOWLEY também concordam com esse efeito após o exercício aeróbico. • Freqüência cardíaca FOX (1991) descreve que o exercício aeróbico provoca uma diminuição da freqüência cardíaca, pois o coração, em virtude de seu aumento muscular, conseguirá suprir o organismo com menos batimentos, numa mesma quantidade de sangue. Para VILLIGER et al (1995), devido a um maior volume sistólico de ejeção do sangue, haverá uma melhor adaptação do trabalho miocárdico durante o exercício submáximo, diminuindo os batimentos cardíacos neste estágio de esforço e também em repouso. O que caracteriza uma importante economia nos batimentos cardíacos em repouso. Segundo McARDLE et al (1998), em decorrência do exercício aeróbico há uma diminuição da freqüência cardíaca tanto no exercício aeróbico quanto em repouso. No entanto, POWERS & HOWLEY (2000), também observaram que a freqüência cardíaca de repouso sofre uma diminuição, como adaptação cardio-circulatória aos exercícios aeróbicos. Esta diminuição é mais evidente em pessoas destreinadas, quando se submetem á estes exercícios freqüentemente. 15 Em acordo com MAUGHAN et al (2000), a freqüência cardíaca é uma das principais variáveis que sofreram mudanças provocadas pelos exercícios aeróbicos, pois a mesma é diminuída, em repouso. Isto porque os exercícios aeróbicos aumentarão os calibres dos vasos sangüíneos, e melhorarão o suprimento circulatório para os órgãos e as demais regiões do corpo. WILMORE & COSTILL (2001), também estudaram os efeitos fisiológicos dos exercícios de endurance na freqüência cardíaca e observaram que há uma diminuição da freqüência cardíaca de repouso e também na mesma taxa de trabalho absoluta nas pessoas que são submetidas aos treinos aeróbicos, comparando-os com pessoas não- treinadas. 2.3.2 CAUSADOS PELOS EXERCÍCIOS ANAERÓBICOS • Peso e volume do coração Segundo POLLOCK (1993) e DANTAS (1998), os exercícios anaeróbicos provocam uma série de mudanças fisiológicas nos indivíduos que os praticam, onde o peso e o volume do coração aumentam significativamente. Para McARDLE et al (1998) e SHARKEY (1998) ocorrerá um aumento da massa muscular do coração com o treinamento anaeróbico constante. FLECK & KRAEMER (1999), WILMORE & COSTILL (2001) e BOMPA (2002) consideram uma das maiores adaptações cardio-circulatórias ao exercício 18 • Débito cardíaco VILLIGER et al (1995) citam que os exercícios anaeróbicos fazem com que haja a necessidade do organismo ter um maior débito cardíaco, pois haverá um maior volume sistólico, e uma maior demanda sangüínea. DANTAS (1998) coloca que haverá um maior débito cardíaco total, em resposta ao treinamento anaeróbico, feito regularmente. O mesmo autor, também nos lembra a importância deste fato, devido este ser um dos fatores da diminuição da pressão arterial, principalmente a sísitólica, já comentada anteriormente. Para McARDLE et al (1998), a função cardiovascular que tem a principal melhora, é o aumento do débito cardíaco, em decorrência do treinamento anaeróbico. Isto é causado, devido á um maior volume de ejeção do coração, e o mesmo causará uma ligeira diminuição da freqüência cardíaca máxima. SHARKEY (1998), FLECK & KRAEMER (1999), e WILMORE & COSTILL (2001) citam também um maior débito cardíaco, em resposta cardio-circulatória aos exercícios anaeróbicos, principalmente nos exercícios de força, que podem ser considerados quase totalmente anaeróbicos. 19 2.4 BENEFÍCIOS FISIOLÓGICOS PARA O SISTEMA RESPIRATÓRIO 2.4.1 CAUSADOS PELOS EXERCÍCIOS AERÓBICOS • Eficiência respiratória Há, segundo FOX (1991), uma maior eficiência ventilatória (ou respiratória), com o treinamento de endurance. Esta eficiência ventilatória mais elevada significa que a quantidade de ar ventilada para o mesmo nível de consumo de oxigênio será menor que nos indivíduos destreinados, ocorrendo então, um importante ganho a nível respiratório. VILLIGER et al (1995), WILMORE & COSTILL (2001), e BOMPA (2002), também verificaram o aumento da eficiência respiratória, mediante a exercícios físicos do tipo aeróbicos. Isto em virtude da diminuição do espaço morto anatômico e do volume respiratório médio do pulmão. O espaço morto anatômico (ou volume residual) será colocado em questão a seguir. Segundo SHARKEY (1998), outra melhora promovida pelos exercícios aeróbicos é a melhor eficiência dos músculos da respiração, os quais podem ser vistos na tabela 2, página (21), estes músculos tracionam para cima a parte anterior da caixa torácica melhora esta função vital. 20 TABELA2 - PRINCIPAIS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS FASE RESPIRATÓRIA MUSCULOS EFETORES NO REPOUSO AÇAO MUSCULOS EFETORES NO EXERCÍCIO INSPIRAÇAO Diafragma Intercostais externos Achata-se Levantam as costelas Elevam a primeira e a segunda costela Elevam o estemo Diafragma Intercostais externos Escalenos EXPIRAÇAO Nenhum Abaixam as costelas Deprimem as costelas inferiores e forçam o diafragma para dentro do tórax Esternocleidomastóideos Intercostais internos Abdominais FONTE: adaptado de FOX (1991). • Volume pulmonar FOX (1991), cita as mesmas melhoras promovidas pelos exercícios aeróbicos para com o sistema respiratório, relatando as seguintes melhorias: uma maior ventilação pulmonar, melhores volumes pulmonares e a capacidade de difusão de gases. De acordo com GUYTON & HALL (1997), através dos exercícios de resistência aeróbica haverá uma melhor mecânica ventilatória, ou ventilação pulmonar, isto provavelmente pelo aumento das mitocôndrias e dos alvéolos pulmonares. No entanto, SHARKEY (1998), McARDLE et al (1998), WILMORE & COSTILL (2001) e BOMPA (2002) explicam que os exercícios aeróbicos melhoram a 23 • Volume inspiratório Em acordo com COSTA (2002), o volume inspiratório se caracteriza pela quantidade de ar que entra pelas vias respiratórias até chegar ao pulmão, sendo que este fará as trocas gasosas devidas. Para McARDLE et al (1998), MAUGHAN et al (2000), POWERS & HOWLEY (2000) e COSTA (2002), os exercícios aeróbicos promovem várias adaptações pulmonares ao organismo humano, dentre as quais esta o aumento do volume inspiratório. Este volume será responsável pela retirada de CO2 dos pulmões. • Volume expiratório COSTA (2002) coloca que 0 volume expiratório, nada mais é que a quantidade de CO2 que é expelida pelas vias aéreas. E para MAUGHAN et al (2000), POWERS & HOWLEY (2000) e COSTA (2002), os exercícios aeróbicos promovem um aumento do volume expiratório, justamente pelo aumento das trocas gasosas, tão necessárias aos exercícios aeróbicos. • Capacidade vital A capacidade vital (CV), segundo COSTA (2002) consiste na quantidade de ar que somos capazes de exalar após inspirar ao máximo, ou o que é igual a quantidade de ar respiratório, mais a de ar complementar, mais a de ar de reserva. 24 Para McARDLE et al (1998), MAUGHAN et al (2000), POWERS & HOWLEY (2000) e WILMORE & COSTILL (2001) esta CV é aumentada quando se pratica exercícios aeróbicos constantes, pois melhora a capacidade de trocas gasosas, numa exalação de ar sendo feita logo após uma inspiração máxima. • Mitocôndrias Em relação ao número de mitocôndrias, FOX (1991) coloca que haverá uma maior quantidade destas, por causa do treinamento aeróbico, e também o seu tamanho terá um aumento relativo. Segundo POLLOCK (1993), VILLIGER et al (1995), SHARKEY (1998) e McARDLE et al (1998), os exercícios de resistência aeróbica trarão como resposta fisiológica, um aumento no número e no tamanho das mitocôndrias, as quais são responsáveis pela respiração celular. Com relação a esse assunto, WEINECK (1999) relata que o treinamento de resistência aeróbica faz com que aumente o tamanho ou o número das mitocôndrias (de 2 a 3 vezes). Esta melhora é importante, pois as mitocôndrias são responsáveis pela respiração celular, segundo o mesmo. E consecutivamente melhoraria a oxigenação para as células e para os músculos. 25 Para WEINECK (1999), uma pessoa que se submete a um treino aeróbico, após 6 semanas de treinamento, já terá um aumento considerável nas mitocôndrias. Ainda, para WEINECK (1999) existe um modelo hipotético para a adaptação a um treinamento de resistência aeróbica, ver fig.l página (27). Onde neste, fica caracterizada a melhora da capacidade de trocas gasosas, pois é evidente o aumento do número e do tamanho das mitocôndrias nesta figura, o que já foi citado anteriormente, como melhora respiratória para o organismo. WILMORE & COSTILL (2001) citaram o aumento das mitocôndrias como grandes modificações celulares ocorridas pela prática dos exercícios aeróbicos constantes, pois, são estas as responsáveis pela respiração celular, melhorando a oxigenação das mesmas, o que ajudará no aumento da performance física nos exercícios citados. Este aumento,é importante, segundo o mesmo autor, pois fará com que as células oxigenadas se tomem mais eficientes no que diz respeito a produção de energia e consumo da mesma. Contudo, o organismo “ aprenderá ” a ser mais econômico e eficiente, para realizar tarefas diárias. Então, ele (o organismo) saberá aonde e porque gastar mais ou menos energia para a realização desta. 28 aeróbico dos maratonistas é favorecido geneticamente. Através de um treinamento de resistência aeróbica progressiva de 13 semanas, foram verificados em um grupo de indivíduos um aumento de 1 0 % no V O 7.ma.x- Portanto os autores concluíram que houve um aumento da potência máxima aeróbica. POWERS & HOWLEY (2000), cita que existem estudos populacionais sobre a questão das adaptações respiratórias ao sistema aeróbico de exercício físico. Os mesmos evidenciam uma correlação positiva entre o aumento do ventrículo esquerdo, citado anteriormente com a melhora do V02max portanto, quanto maior for o ventrículo esquerdo, maior será o V0 2max- Com relação a esse assunto, WILMORE & COSTILL (2001), citam que há uma importante efeito fisiológico causado ao sistema respiratório, ocasionados por exercícios aeróbicos constantes, que é justamente o aumento do V0 2max, sendo que este geralmente é correlacionado ao sistema respiratório, devido a sua importância para o potencial respiratório. Para BOMPA (2002), o treinamento de resistência ou aeróbico acarreta nas seguintes melhoras no sistema respiratório: eleva a capacidade respiratória e a taxa respiratória aumenta o transporte de oxigênio pelo sangue, o qual também eleva o V02max. Vale lembrar que a maioria dos autores, sempre relaciona o V02max com o exercício aeróbico, o tomando assim, um componente importante para se verificar se uma atividade física é aeróbica, ou não. 29 2.4.2 CAUSADOS PELOS EXERCÍCIOS ANAERÓBICOS • Consumo máximo de oxigênio ( V02max) O treinamento anaeróbico não parece trazer consigo, grandes melhoras ao sistema respiratório. E comprovando o que foi dita acima, segundo FOX (1991) foram feitos estudos comparativos, que analisaram pessoas em três diferentes grupos, 1- pessoas treinadas aeróbicamente; 2 - pessoas treinadas anaeróbicamente e 3 - pessoas treinadas nas duas formas de exercício. Foram observadas melhoras no VO?.max nas pessoas treinadas aeróbicamente e também quando as pessoas eram submetidas aos dois treinamentos, ficando evidente que os exercícios anaeróbicos não ocasionam praticamente nenhuma melhoria ao sistema respiratório. Conforme POLLOCK (1993), SHARKEY (1998), McARDLE et al (1998) e WEINECK (1999), os exercícios anaeróbicos não trazem alguma melhoria significativa no que diz respeito ao sistema respiratório, por isso acabam não melhorando o VO?max, e se forem trabalhados exclusivamente, sem a presença dos exercícios aeróbicos, podem até piorar este consumo máximo de oxigênio. WILMORE & COSTILL (2001) relatam que os exercícios de resistência anaeróbica não acarretam em adaptações respiratórias relevantes, como é o caso dos exercícios aeróbicos, o que comprova o que foi dito anteriormente. 30 2.5 BENEFÍCIOS FISIOLÓGICOS PARA O SISTEMA ENDÓCRINO 2.5.1 CAUSADOS PELOS EXERCÍCIOS AERÓBICOS Primeiramente, é necessário o conhecimento deste sistema, que por sua vez é de grande importância para o organismo. O sistema endócrino, segundo SHARKEY (1998) possui muitas glândulas que são responsáveis por secretar substâncias chamadas hormônios, e estas agem através da circulação sangüínea. Para FONSECA (2002), os hormônios são substâncias que trabalham como mensageiros químicos e, sua principal tarefa é auxiliar o sistema nervoso na manutenção da homeostasia orgânica. • Insulina FOX (1991) afirma que quando são necessários, tanto a glicose, quanto os ácidos graxos livres como combustíveis metabólicos, como é o caso dos exercícios de resistência aeróbica, os níveis de insulina diminuem, para que isto ocorra. Por tanto, sendo uma benfeitoria a nível endócrino. Para SHARKEY (1998), McARDLE et al (1998) e MAUGHAN et al (2000) os exercícios aeróbicos causam uma diminuição da necessidade de insulina, isto, pois o músculo melhora a sua capacidade de utilizar o açúcar durante o exercício, mesmo sem a presença de insulina. 33 os mesmos, aumentará em conseqüência desta hipertrofia, a manutenção dos níveis normais de açúcar no sangue e aumentará o metabolismo das gorduras • Hormônios tireóideos Para FOX (1991), os hormônios tereoidianos, tiroxina e triiodotironina aumentam durante um exercício prolongado extenuante, considerado aeróbico. Porém se o exercício aeróbico for de baixa intensidade, não haverá mudança nos níveis destes hormônios dentro das 24 horas subseqüentes. Em contrapartida os hormônios T4 e o T3, que são respectivamente, tiroxina e tridotironina, T3 sofre uma redução e T4 um aumento, sendo que tanto T3 quanto T4 tem uma maior renovação durante o exercício (McARDLE et al 1998). SANTARÉM (1998), FLECK & KRAEMER (1999) e MAUGHAN et al (2000) colocam que o hormônio tireóideo tiroxina aumentará, com os exercícios aeróbicos regulares. • ACTH Segundo FLECK & KRAEMER (1999), este hormônio estimula a liberação de glicocorticóides do córtex adrenal no organismo, e também pode ser chamado de Hormônio adrenocorticotrófico. Para FOX (1991), FLECK & KRAEMER (1999), McARDLE et al (1998) e SANTARÉM (1998), os níveis de ACTH no plasma venoso, aumentam de 2 a 5 vezes 34 acima dos níveis de repouso, respectivamente, após 20 minutos de corrida com o VC>2max de 80%, sendo que o exercício é aeróbico, mas quase chegou ao seu limite, ou limiar anaeróbico. • ADH Em relação a este hormônio, FLECK & KRAEMER (1999) colocam que há um aumento da contração do músculo liso e a reabsorção de água pelos rins, e comumente é chamado de Hormônio antidiurético. Para McARDLE et al (1998), o treinamento aeróbico causa uma ligeira redução de ADH *-ou, também chamado de vasopressina. Já para SANTARÉM os níveis de ADH podem ser aumentados com o treinamento aeróbico de exercício. 2.5.2 CAUSADOS PELOS EXERCÍCIOS ANAERÓBICOS Para FONSECA (2002), o sistema neuroendócrino tem se mostrado muito sensível as adaptações agudas e crônicas provocadas pelo treinamento de força. E a magnitude destas adaptações está relacionada ao tipo de estímulo, a idade, a treinabilidade e ao sexo do indivíduo. 35 • Testosterona e hormônio do crescimento (GH) De acordo com FOX (1991), devido a um maior volume muscular com o treinamento de força, ocorre uma maior liberação de testosterona ou hormônio masculino na corrente sangüínea. E em treinamentos com pesos para mulheres, foram constatadas maiores quantidades de testosterona, o que foi chamado de efeito masculinizante. Estes estudos foram feitos posteriormente em homens adultos, e também se verificou um nível alto de testosterona no sangue após treinamentos com pesos, porém em repouso, esses níveis voltavam a baixar, não podendo, contudo afirmar que haja um aumento efetivo e duradouro de testosterona em indivíduos treinados aneróbicamente. Segundo SANTARÉM (1998) há indícios de que a testosterona libera o GH e interage com o sistema nervoso. Estas funções poderiam ser mais importantes que os efeitos anabólicos diretos da testosterona. E, o mesmo autor também acredita que existem maiores níveis de testosterona no sangue, após se fazer exercícios com peso. McARDLE et al (1998) relatam que em resposta ao treinamento anaeróbico (mais especificamente os exercícios resistidos, tendo como referência para o presente estudo) existe um aumento da secreção de testosterona e do GH, além deste, também aumenta a sua freqüência de liberação intra-sangüínea, gerando um ambiente hormonal mais favorecido ao crescimento muscular. DANTAS (1998), POWERS & HOWLEY (2000) e WILMORE & COSTILL (2001) colocam que haverá uma maior quantidade significativa de testosterona no 38 2.6.2 CAUSADOS PELOS EXERCÍCIOS ANAERÓBICOS • Massa muscular Segundo FOX (1991), as modificações anaeróbicas promovidas ao sistema nervoso dão indícios de que as alterações no sistema nervoso central agem como estímulos para aumentos tanto na força quanto na enduranee (que não é o caso neste momento). McARDLE et al (1998), FLECK & KRAEMER (1999), POWERS & HOWLEY (2000) e WILMORE & COSTILL (2001) descrevem uma importante modificação nervosa, decorrente do treinamento de força (anaeróbico), que é a ativação com mais eficiência da massa muscular efetora do movimento nestas condições. E isto servirá para o indivíduo que pratica este tipo de atividade física, melhore sensivelmente o seu desempenho motor. • Motoneurônios De acordo com FOX (1991), os motoneurônios são mais exigidos em atividades de cunho anaeróbico com pesos, pois estes motoneurônios necessitam nestas condições de mais codificações cerebrais para contrair os músculos ativos ao exercício. 39 Conforme ACSM (1994) notou-se que existe um aumento significativo na freqüência de descargas de motoneurônios, um presente aumento no recrutamento de unidades motoras e uma redução da inibição dos motoneurônios, isto em decorrência de treinamentos com peso ou exercícios anaeróbicos. McARDLE et al (1998), POWERS & HOWLEY (2000) e WILMORE & COSTILL (2001) afirmam que o treinamento anaeróbico acarreta em uma melhor utilização dos motoneurônios existentes, e passa também a utilizar uma gama maior destes. FLECK & KRAEMER (1999) colocam que apenas as unidades motoras recrutadas em um exercício, no caso anaeróbico, produzem força, portanto sofrerão os efeitos das mudanças adaptativas com o treinamento de exercício. As quais, levam em consideração a “lei do tudo ou nada”, onde a ativação das fibras musculares ocorre envolvendo todas as fibras musculares, ou então nenhuma. Porém os mesmos, relataram que algumas unidades motoras podem ser ativadas no músculo, enquanto outras não. Isto se explica, pois sem este fenômeno, não haveria controle da quantidade de força muscular sobre o movimento corporal. 40 2.7BENEFÍCIOS FISIOLÓGICOS PARA O SISTEMA MUSCULO ESQUELÉTICO 2.7.1 CAUSADOS PELOS EXERCÍCIOS AERÓBICOS • Composição corporal FOX (1991) relata que os exercícios de resistência aeróbica causam uma importante modificação na composição corporal, porque conseguem utilizar como combustível energético as gorduras, estocadas em nosso organismo como forma de proteção, caso haja um escasso de energia para nossas funções vitais. Porém, o acúmulo excessivo destas gorduras prejudicará o organismo humano, podendo causar entupimento de artérias evoluindo em doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial e outras que são consideradas como problemas mundiais de saúde. Conforme ACSM (1994) descrevem que haverá uma diminuição do % Gordura, quando se faz atividades físicas do tipo aeróbicas, pois estes exercícios utilizam os ácidos graxos livres para metabolizar as gorduras, e, por conseguinte diminuindo as mesmas. Para VILLIGER et al (1995), os exercícios aeróbicos contribuem para a adaptação metabólica de diversos tipos de fibras musculares, ao mesmo tempo em que aumenta o potencial aeróbico das fibras, pode-se aumentar o tamanho das fibras do tipo I ou (de contração Lenta-CL), as custas das fibras tipo II ou (de contração rápida- CR). 43 Segundo SANTARÉM (1998), a sobrecarga da gravidade nos exercícios pode ocorrer pelo aumento do peso suportado pelos ossos, como é o caso da maioria dos exercícios com pesos ou pelo mecanismo do impacto. O impacto é entendido como a desaceleração rápida do corpo em movimento, como por exemplo, a ação do solo na corrida e nos saltos. Os exercícios com pesos são indicados para pessoas diabéticas, com osteoporose e doenças reumáticas, e inclusive, o autor acredita que tal atividade é a mais indicada também para pessoas obesas. Isto é verdadeiro, pois a atividade anaeróbica geralmente aumenta a massa muscular e óssea das pessoas que estão praticando. Em relação às fibras musculares, segundo McARDLE et al (1998) há uma modificação que diz respeito ao aumento na quantidade e também na atividade das enzimas chaves que fazem o controle da fase anaeróbica e o fracionamento da glicose. Estas alterações podem ser vistas na função das enzimas anaeróbicas e no aumento do tamanho das fibras de contração rápida, pois as mesmas não são resistentes à fadiga, sendo o oposto das fibras mais utilizadas nos exercícios aeróbicos (as de contração lenta). De acordo com De Ballor, D.L. et al apud McARDLE et al (1998), em um estudo feito com 10 mulheres obesas, as quais foram submetidas a um treinamento de resistência com peso verificaram a composição corporal das mesmas antes e após o período de treinamento. Este treinamento consistia em uma rotina de oito estações, realizada num aparelho hidráulico de múltiplas opções de exercícios. As 10 mulheres realizavam três séries de 10 repetições de exercícios como supino, pressão de perna invertida, inclinação lateral, rosca de bíceps braquial, extensão do tríceps braquial, 44 elevação da panturrilha, extensão da perna e roscas dos músculos posteriores da coxa ou ( bíceps femural). A força avaliada no exercício supino, era de 1-RM, e aumentava 5,0Kg, indo de 30 a 40Kg. Mesmo considerando a duração do treinamento curta,os autores colocaram que houve um aumento impressionante de 4,9% na circunferência do bíceps, isso aconteceu provavelmente pelo aumento de 6,0% na área de corte transversal do músculo-mais-osso. Esse valor foi medido por um exame radiográfico do braço. Com isso, também concluíram que ocorreu uma correspondente redução de 5,3% na área em corte transversal na gordura do braço. Também houve algumas mudanças favoráveis na composição corporal, tais como: (1) a diminuição da massa de gordura; (2) o percentual de gordura diminuiu e (3) o peso magro (massa magra) aumentou. Portanto, para McARDLE et al (1998), se uma pessoa for submetida a um treinamento de resistência com peso, a mesma apoiada por uma dieta aumentará substancialmente a sua massa muscular e, por conseguinte a força muscular, sendo que as duas são muito importantes para as atividades normais diárias. Conforme SHARKEY (1998), WEINECK (1999), WILMORE & COSTILL (2001) e BOMPA (2002), o que mais sofre adaptações músculo-esqueléticas aos exercícios com peso, é justamente a composição corporal, porque ocorre uma significativa diminuição do percentual de gordura, um aumento da massa óssea e também o que é característico dos exercícios com peso, que é o aumento da massa magra. 45 • Freqüência cardíaca Segundo SANTARÉM (1998), a maioria dos casos de elevação da pressão e freqüência cardíaca em idosos, é ocasionada por exercícios relativamente fáceis, como levantar uma janela, ou subir uma escada. Então a atividade anaeróbica poderia ajudar como fator preventivo, atuando na base do problema, que é geralmente a falta de força. Portanto, com a utilização dos exercícios anaeróbicos, a tendência é que a freqüência dos batimentos cardíacos diminua em repouso, devido a este menor esforço no decorrer das atividades diárias. Para VILLIGER el al (1995), a diminuição da freqüência cardíaca pode também ser considerada como adaptação músculo-esquelética, pois com uma maior quantidade de massa magra, e conseqüentemente de força, uma pessoa não precisará elevar muito a sua freqüência cardíaca e/ou pressão arterial para as atividades diárias. Contudo, esta é uma adaptação importante para a qualidade de vida dos seres humanos. De acordo com McARDLE et al (1998), a tendência é que os exercícios chamados anaeróbicos provoquem uma melhora da irrigação sangüínea periférica, com isso diminuindo a freqüência cardíaca de repouso, como forma de adaptação músculo- esquelética e cardio-circulatória. FLECK & KRAEMER (1999) e WEINECK (1999), também colocaram a importância dos exercícios resistidos, para a diminuição da freqüência cardíaca, pois acreditam que com uma melhor condição anaeróbica, as pessoas terão uma maior facilidade nas atividades que necessitem um pouco de força muscular, e também o controle desta musculatura. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACMS. Prova de esforço & prescrição de exercício. Rio de Janeiro : Revinter, 1994. BARROS, T.L. O programa das 10 semanas : uma proposta para trocar gordura por músculos e saúde. São Paulo : Manole, 2002. BISQUOLO, V.A.F. Exercícios físicos X diabetes. Disponível em http://www.faverobisquolo.hpg.ig.eom.br/exerc. BOMPA, T. O. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 4.ed. São Paulo : Phorte, 2002. COSTA, M. S. Respiração e Exercício. Disponível em http://sites.uol.com.br/mclocosta. DANTAS, E.H.M. A prática da preparação física. 4. ed. Rio de Janeiro : Shape, 1998. FILHO, L.A.D. Triathlon. Rio de Janeiro: Sprint, 1995. FLECK, S.J , KRAEMER, W.J. Fundamentos do treinamento de força muscular. Porto Alegre : Artmed, 1998. FONSECA, I. Revista On-Line - Ano 2 n° 04 Disponível em http://www.phorte.com.br/On Line/004/art5.htm. FOX, E.L. & Cols. Bases Fisiológicas da Educação Física e dos desportos. 4. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 1991. GUYTON, A.C. & HALL, J.E. Tratado de fisiologia médica. 9.ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1997 HOUSTON, M.E. Bioquímica Básica da Ciência do Exercício. São Paulo: Rocca, 2001. MAUGHAN et al Bioquímica do Exercício e do Treinamento. São Paulo : Manole, 2000. Mc ARDLE et al. Fisiologia do Exercício, Energia, Nutrição e Desempenho Humano. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 1998. 49 OSIECK, R. Efeitos do exercício físico aeróbico sobre aspectos hemodinâmicos e bioquímicos em ratos espontaneamente hipertensos (SHR), Tese ( Doutorado em Ciência do movimento humano - fisiologia do exercício). Santa Maria : 2001. POLLOCK, M et al. Exercícios na Saúde e na Doença: avaliação e prescrição para prevenção e reabilitação. 2.ed. Rio de Janeiro : Medsi, 1993. POWERS, S.K. & HOWLEY, E.T. Fisiologia do Exercício: Teoria e aplicação ao condicionamento físico e ao desempenho. São Paulo : Manole , 2000. ROBERGS, R.A. & ROBERTS, S.O. Princípios fundamentais de fisiologia do exercício para aptidão, desempenho e saúde. São Paulo : Phorte Editora, 2002. SANTARÉM, JM. Treinamento de força e potência em Ghorayeb N. e Barros T.L. O Exercício, Ia ed. Cap. 4, São Paulo, Editora Atheneu, 1.999 SHARKEY, B.J. Condicionamento físico e saúde. 4.ed. Porto Alegre : Artmed, 1998. TUBINO, M.J.G. Metodologia científica do treinamento desportivo. 11.ed. São Paulo: IBRASA, 1984. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Normas para apresentação de documentos científicos: Teses, Dissertações, Monografias e Trabalhos Acadêmicos, v. 2 Curitiba: Editora UFPR, 2001. VILLIGER et al. Resistência. São Paulo : Santos Livraria, 1995. WEINECK, J. Treinamento ideal : instruções técnicas sobre o desempenho fisiológico, incluindo considerações específicas de treinamento infantil e juvenil. 9.ed. São Paulo : Manole. 1999. WILLMORE, J. H. & COSTILL, D. L. Fisiologia do Esporte e do Exercício. São Paulo: Manole, 2001.
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