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Guias e Dicas
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Calculo de malha para Piso industrial, Notas de estudo de Engenharia Civil

Dimensionamento de pisos Industriais

Tipologia: Notas de estudo

2020

Compartilhado em 30/04/2020

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daniel-arruda-de-oliveira-2 🇧🇷

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Baixe Calculo de malha para Piso industrial e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE ENGENHARIA CIVIL MÁRCIO BONASSA ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DIFERENTES MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO PARA PISOS INDUSTRIAIS DE CONCRETO ARMADO – ESTUDO DE CASO CRICIÚMA, JULHO 2010 MÁRCIO BONASSA ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DIFERENTES MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO PARA PISOS INDUSTRIAIS DE CONCRETO ARMADO – ESTUDO DE CASO Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de Engenheiro Civil no curso de Engenharia Civil da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador: Prof. Esp. Alexandre Vargas CRICIÚMA, JULHO DE 2010 4 AGRADECIMENTOS Aos mestres que participaram e me auxiliaram nesta caminhada, sempre incentivando e repassando conhecimentos. Aos colegas, pelo companheirismo e dedicação na troca de experiências e conhecimentos. Ao Professor Alexandre Vargas pela dedicação e o tempo disponibilizado para orientação e realização deste trabalho. Agradeço a Deus que me permitiu participar de um ciclo de vida compartilhado e de conhecimento constante. 5 “É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo se expondo a derrotas, do que formar fila com pobres de espírito, que nem gozam muito, nem sofrem muito, porque vivem nesta penumbra cinzenta e não conhecem vitórias nem derrotas.” Theodore Roosevelt 6 RESUMO O presente trabalho apresenta o estudo comparativo entre 04 (quatro) diferente métodos construtivos para um piso industrial de um Centro de Distribuição de uma rede supermercadista da região. Tendo como referência o piso protendido é feito um estudo comparativo com outros (03) três tipos de piso, quais sejam: piso de concreto simples, concreto estruturalmente armado e de concreto com fibras. São apresentados os métodos de dimensionamento e aspectos construtivos que venham a influenciar na escolha da solução mais adequada. Conclui-se pela escolha da solução mais adequada economicamente, no caso, a solução em concreto protendido. Palavras-chave: Piso. Concreto. Dimensionamento. 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................11 1.1 Problema de Pesquisa.......................................................................................12 1.2 Justificativa.........................................................................................................12 1.3 Objetivos.............................................................................................................12 1.4 Questões de Pesquisa.......................................................................................13 2 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................14 2.1 A Pavimentação no Brasil.................................................................................14 2.2 Tipos de Pisos....................................................................................................14 2.2.1 Pisos de concreto simples.............................................................................15 2.2.2 Pisos de concreto simples com armadura distribuída................................16 2.2.3 Pisos de concreto estruturalmente armado.................................................16 2.2.4 Piso reforçado com fibra de aço....................................................................17 2.2.5 Piso de concreto com armadura protendido................................................17 2.3 Sub-leito..............................................................................................................18 2.4 Sub-bases...........................................................................................................19 2.5 Telas soldadas....................................................................................................20 2.5.1 Solda.................................................................................................................21 2.5.2 Nomenclatura...................................................................................................22 2.5.3 Tipos de telas soldadas..................................................................................22 2.6 Placa de concreto...............................................................................................24 2.6.1 Resistência à compressão.............................................................................24 2.6.2 Resistência ao desgaste.................................................................................25 2.6.3 Consumo de cimento......................................................................................26 2.6.4 Agregados........................................................................................................26 2.6.5 Retração...........................................................................................................27 2.6.6 Aditivos............................................................................................................28 2.6.7 Abatimento.......................................................................................................28 2.7 Aspectos Executivos.........................................................................................29 2.7.1 Lançamento e compactação da camada sub-base......................................29 2.7.2 Camada de Deslizamento...............................................................................30 2.7.3 Montagem das fôrmas....................................................................................31 2.7.4 Montagem da armadura..................................................................................32 2.8 Concretagem.......................................................................................................34 2.8.1 Lançamento e espalhamento.........................................................................35 2.8.2 Adensamento...................................................................................................36 2.8.3 Nivelamento.....................................................................................................37 2.8.4 Acabamento.....................................................................................................38 2.8.5 Sistemas de endurecimento superficial........................................................39 2.8.6 Cura..................................................................................................................39 2.8.7 Algumas patologias relacionadas à concretagem.......................................40 2.9 Controle de Qualidade.......................................................................................41 2.10 Dimensionamento............................................................................................42 2.10.1 Tipos de cargas atuantes no piso industrial..............................................42 2.10.2 Cargas distribuídas.......................................................................................43 2.10.3 Cargas lineares..............................................................................................44 10 2.10.4 Cargas concentradas....................................................................................44 2.10.5 Cargas móveis...............................................................................................45 2.10.6 Transpaleteiras..............................................................................................46 2.11 Juntas................................................................................................................46 2.11.1 Juntas de Construção (JC)...........................................................................47 2.11.2 Juntas de Serradas (JS)................................................................................47 2.11.3 Juntas de Expansão (JE)..............................................................................47 2.11.4 Tratamento de Juntas...................................................................................48 3 METODOLOGIA DA PESQUISA............................................................................50 3.1 Classificação da pesquisa.................................................................................50 3.1.1 Caracterização da empresa............................................................................50 3.2 Planta baixa e Layout para confecção do piso................................................51 4 MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO..................................................................53 4.1 Dimensionamento de piso industrial de concreto protendido......................53 4.2 Dimensionamento de piso estruturalmente armado......................................54 4.2.1 Dimensionamento frente às cargas móveis.................................................58 4.2.2 Dimensionamento frente às cargas distribuídas.........................................53 4.2.3 Dados executivos e planilha orçamentária para execução de piso industrial de concreto estruturalmente armado....................................................63 4.3 Dimensionamento de pisos de concreto com fibras......................................63 4.3.1 Dados executivos e planilha orçamentária para execução de piso industrial de concreto com fibras...........................................................................68 4.4 Dimensionamento de piso industrial de concreto simples............................69 4.4.1 Dimensionamento pelo método PACKARD..................................................70 4.4.2 Dados executivos e planilha orçamentária para execução de piso industrial de concreto simples................................................................................75 4.5 Elementos comuns a todos métodos: barras de ligação e transferência....75 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................78 6 CONCLUSÃO.........................................................................................................79 REFERÊNCIAS..........................................................................................................83 ANEXOS....................................................................................................................85 11 1 INTRODUÇÃO Com os avanços de tecnologia dentro da área da construção civil, em especial deste trabalho, às relacionadas com as inovações para os pisos industriais utilizados nas grandes construções, exige-se que profissionais da área, desenvolvam projetos que não só atendam as necessidades deste padrão de construção, mas sim contemplem todas as estruturas e características deste produto, analisando todas as fases no plano de execução. Grande parte dos projetos apresentados avalia apenas as questões estruturais das placas de concreto, não avaliando questões que são fundamentais e determinantes para o desempenho do piso, como a análise de todos os processos e materiais utilizados na criação e desenvolvimento do mesmo. Dentro da construção industrial, o piso constitui uma das partes vitais do projeto e execução da obra, porque são extremamente importantes nas áreas de produção e logística dos grandes centros de distribuição, galpões e toda e qualquer obra de instalações industriais. O tema em estudo trata da análise de diferentes Pisos Industriais de Concreto, avaliando 03 (três) métodos de dimensionamento e comparando com o sistema protendido. O piso em estudo destina-se a um Centro de Distribuição na área supermercadista, tendo como referência as cargas distribuídas e concentradas, os tipos de equipamentos que transitam nas faixas de circulação e as suas respectivas cargas. Um projeto bem elaborado contribui para garantir as vantagens apresentadas na execução da obra, não apenas para garantir segurança à ruptura, mas também para atender as condições de serviço de grandes obras num determinado período de tempo. A importância deste trabalho está relacionada com algumas características que devem ser apresentadas, como: execução considerada rápida com o mínimo de juntas de construção, ou seja, metade do período utilizado pelos existentes atualmente no mercado. Este piso foi desenvolvido a partir das análises do autor, quanto ao suporte de cargas mais elevadas, com menor risco de fissura ou qualquer outro problema inerente à obra. 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 A PAVIMENTAÇÃO NO BRASIL A história da pavimentação industrial no Brasil é relativamente recente (em torno de 25 anos) sendo que, antes deste período, havia pouca preocupação com critérios de projeto. Inicialmente usava-se dimensionar os pavimentos industriais (geralmente de concreto simples), com base nos critérios do PCA. Após 1995, começam a surgir novas tendências de dimensionamento, vindas da Europa através dos trabalhos de Lösberg (Lösberg, 1961), e Meyerhof (Meyerhof, 1962) em contraponto dos americanos Westergard(Westergard, 1927) Picket , Ray (Picket e Ray, 1950) e Packard (Packard, 1976) esse com mais contribuições ao pavimento industrial. A diferença entre as duas escolas refere-se ao fato que a escola européia foca os pavimentos reforçados, empregando telas soldadas, fibras ou protensão, enquanto a americana utiliza fundamentalmente concreto simples. Isto reflete acentuadamente nas dimensões das duas estruturas: enquanto as americanas produzem estruturas com elevada rigidez e pequenas placas, os europeus preconizam o uso de estruturas esbeltas e placas de grandes dimensões. O Brasil nos últimos anos, com a evolução das técnicas de dimensionamento de pavimentos estruturalmente armados e execução, vem usando a escola européia. Esta técnica leva a custos iniciais e de manutenção mais atraentes, mas a execução requer mais cuidados. 2.2 TIPOS DE PISOS Segundo Senefonte (2007) define pisos industriais como sendo elementos que estão continuamente apoiados e que são dimensionados para suportar cargas diferenciais em relação a intensidade e forma de atuação. Para atender as variadas situações de carregamentos a que são impostos podem ser executados sobre diferentes aspectos estruturais e funcionais. De acordo com Chodounsky (2007), em função da presença ou não de 15 armaduras, os pisos são classificados em:  Pisos de concreto simples;  Pisos de concreto simples com armadura distribuída;  Piso estruturalmente armado;  Piso reforçado com fibra de aço;  Piso de concreto com armadura protendida. 2.2.1 Pisos de concreto simples É o tipo de piso mais simples em termos de tecnologia, muito empregado até meados de 1980. Como não tem armadura todos os esforços de tração e compressão, são absorvidos pela placa de concreto. Normalmente o dimensionamento desse piso resulta em espessuras de placas elevadas. Segundo Chodounsky (2007, p. 27) “neste tipo de pavimento, todos os esforços de tração gerados pela retração, variação térmica e pelo carregamento, são resistidos pelo concreto. Não há presença de armadura estrutural...” Figura 1: Pisos de concreto simples Fonte: Oliveira (2000) Quanto ao concreto, Oliveira (2000) afirma que este deve possuir elevada resistência à compressão e à flexão necessitando um consumo maior de cimento. Porém com o aumento do consumo de cimento há uma maior retração da placa de concreto. Assim sendo, o indicado é adotar para o concreto uma baixa relação água/cimento de modo a proporcionar uma resistência adequada sem aumentar o problema da retração. 16 2.2.2 Piso de concreto simples com armadura distribuída Sistema de piso mais usado no Brasil, sendo constituído por uma placa de concreto com incremento de armadura, com a finalidade de controlar a fissuração. Figura 2: Piso de concreto simples com armadura distribuída Fonte: Oliveira (2000) Quanto às dimensões da placa de concreto Oliveira (2000) afirma que a armadura distribuída possibilita a execução de placas de concreto de 6 metros de largura por 30 metros de comprimento, porém é comum adotar 15 metros como sendo um comprimento usual para esse tipo de piso. 2.2.3 Piso de concreto estruturalmente armado Este sistema associa a resistência à compressão do concreto com a resistência a tração das barras de aço, resultando em placas com menor espessura e maiores dimensões. Figura 3: Piso de concreto estruturalmente armado Fonte: Oliveira (2000) Esse tipo de piso associa a ótima resistência à compressão do concreto à ótima resistência à tração das barras de aço. Como resultado obtém placas de 19 terreno de fundação, que se caracteriza pela sua capacidade de reação, determinante no cálculo da espessura e armação da placa de concreto. O módulo de reação (k) indica somente a qualidade da camada superficial do solo de fundação. Entretanto somente este parâmetro é insuficiente para garantia de um desempenho adequado do pavimento. O comportamento do solo é modificado pelas características intrínsecas do material (granulometria, textura, forma dos grãos, composição mineralógica, índices de consistência), e pela relação destes índices com a umidade, compactação, etc. Segundo Choudounsky (2007, p.61), “o conhecimento mesmo que básico dos solos fornece subsídios para a seleção de ensaios de caracterização em laboratório, permitindo ao projetista otimizar as soluções refletindo em maior segurança e durabilidade. 2.4 SUB-BASES As sub-bases, constituídas de solo natural, solo importado ou material granular, são de fundamental importância para o bom desempenho estrutural do piso. No entanto, dados as funções a que se destinam, devem ter características específicas e controladas. (CHODOUNSKY, 2007, P. 93) Elas devem sempre ser empregadas, com exceção em pisos com baixos carregamentos e onde o subleito apresente suporte homogêneo e elevado, granulometria isenta de finos plásticos e clima predominante seco. (CHODOUNSKY, 2007, P. 93) As sub-bases apresentam as seguintes funções básicas, segundo Pitta (1988,a): “Eliminar a possibilidade de ocorrência do fenômeno de bombeamento de finos; evitar os efeitos prejudiciais devido a mudanças excessivas de volume do subleito e uniformizar e tornar razoavelmente constante o suporte da fundação”. As sub-bases são elementos estruturais intermediários entre as placas de concreto e o subleito, formado pelo terreno natural ou por solo trocado, devidamente compactado, e são de importância primordial ao desempenho do piso. A importância da sub-base é fácil de compreender quando se imagina o sistema estrutural de uma placa de concreto (Ec = 26000 MPa), apoiada sobre um solo de boa qualidade (ES = 60MPa): a relação entre os módulos acaba sendo muito 20 elevada, pois o módulo de deformação da placa acaba sendo 430 vezes mais alta do que o do solo. Se entre os dois materiais for colocada uma camada de, por exemplo, brita graduada (ESB = 200 MPa), a relação EC/ESB passa a ser aproximadamente 130 e entre ESB/ES próxima a 3. A etapa de compactação da sub-base deve ser finalizada antes do assentamento das formas, fundamentalmente em pisos com requisitos elevados de planicidade e nivelamento. Em nenhuma hipótese será permitida a passagem de rolos compactadores vibratórios, em áreas adjacentes a formas assentadas e a pisos recém-concretados. Quando houver necessidade de se executar camada de sub-base com espessura final superior a 20 cm, estas serão divididas em camadas parciais. A espessura mínima de qualquer camada será de 10 cm, após a compactação. A energia da compactação será a Modificada, sendo exigido um grau de compactação de 98%. “Como controle visual da condição de compactação da sub-base, não deverá ser admitido trilhas de rodas”, deixadas pelos caminhões-betoneira superiores a 10mm. Deformações superiores deverão ser reparadas. Tipos de sub-base: Sub-bases granulares - granulometria aberta e fechada. Sub-bases tratadas - com cimento e com outros aditivos. 2.5 TELAS SOLDADAS As telas soldadas são armaduras pré-fabricadas constituídas de duas malhas de fios de aço que são sobrepostas perpendicularmente entre si, sendo ligados nos nós por solda. Quando posicionada no terço superior da placa de concreto a função da tela soldada no sistema do piso industrial é resistir às tensões de retração hidráulica e de dilatação térmica que surgem na placa de concreto. Quando é posicionada também no terço inferior combate as tensões de tração da flexão oriundas das solicitações impostas ao piso. Seus fios possuem baixo teor de carbono e são fabricados pelo processo de trefilação, onde o encruamento se dá em etapas, reduzindo-se a o diâmetro do orifício a cada passagem do cabo de aço pela máquina. Abaixo na Figura representa esquematicamente uma tela soldada. 21 Figura 6: Esquematização de uma tela soldada Fonte: www.ibts.org.br Processo de encruamento a frio, caracterizado pela passagem da barra de aço por um orifício de menor diâmetro, tornando-o mais resistente. 2.5.1 Solda O processo de solda, caldeamento, não altera a resistência à tração da barra de aço e é realizado pela passagem de corrente elétrica através das barras. O controle da pressão dos eletrodos, da intensidade da corrente e do tempo de soldagem é proporcional ao diâmetro dos fios. Quando deseja-se executar solda entre barras de bitolas diferentes deve-se regular os parâmetros de soldagem em função da barra de menor diâmetro, conforme mostra a Figura 9. Figura 7: Detalhe da solda entre barras sobrepostas Fonte: www.ibts.org.br. A soldagem entre os fios de diâmetros menores (D2) e maior (D1) deve seguir a seguinte relação: D2/D1≥ 0,55 24 Possui área de aço transversal maior que a área de aço longitudinal, usualmente malha retangular. Figura 12: Malha tipo T: área de aço transversal maior que a longitudinal, malha retangular Fonte: www.ibts.org.br 2.6 PLACA DE CONCRETO A placa de concreto é o item mais importante do sistema do piso industrial. É ela que absorverá todo o carregamento imposto ao pavimento, resistindo e transferindo menores tensões para as camadas inferiores. Porém, essa camada de concreto é complexa quanto ao seu comportamento. Durante a cura sofre um processo de retração hidráulica e ao longo do tempo pode sofrer dilatações ocasionadas pela variação térmica. É fundamental para o bom desempenho da placa que esses fenômenos sejam observados e previstos no dimensionamento. 2.6.1 Resistência à compressão A placa de concreto deve resistir adequadamente à abrasão e à tração ocasionada pela flexão. Para atender esses requisitos mínimos o fck do concreto deve ser especificado corretamente, segundo cada situação de tráfego e utilização. No Brasil costuma-se especificar para concretos de pisos industriais um fck de 30Mpa. Embora não seja o único parâmetro de medida, a resistência do concreto é largamente empregada para avaliar ou definir o seu desempenho, empregando-se freqüentemente a resistência à compressão, que é mais fácil e menos dispendiosa 25 de se medir. Outros parâmetros como o módulo de elasticidade, resistência a abrasão, condutibilidade, etc, podem ser avaliados pela resistência. No caso do piso com armadura distribuída, a resistência irá determinar à espessura do concreto, a rigidez, a qualidade superficial, e também, indiretamente, irá influenciar as e deformações da placa, como o empenamento. A resistência do concreto deve ser dosada na medida certa, pois quanto excessivamente elevada, acaba conduzindo a maiores módulos de elasticidade e menor fluência na tração. A placa de concreto precisa acomodar uma série de deformações, quer de origem térmica como hidráulica e quando é muito rígida acaba tendo baixa relaxação diminuindo a capacidade do concreto em absorver movimentações e dissipar tensões. 2.6.2 Resistência ao desgaste A resistência ao desgaste é um dos principais parâmetros a serem considerados no dimensionamento do piso, pois dela depende em grande parte o seu desempenho. Embora seja tão importante, a sua obtenção depende de uma série de fatores de dosagem e executivos que muitas vezes passam despercebidos pelo engenheiro e que podem limitar tanto a funcionalidade como a vida útil do pavimento. Em primeiro lugar, a resistência ao desgaste está diretamente relacionada resistência à compressão, ou seja, a relação água - cimento e, mais intensamente, à tração do concreto. Recomenda-se que a resistência à compressão mínima para assegurar um bom desempenho com relação ao desgaste seja de 30 MPa. A exsudação, fenômeno de separação de parte da água do concreto, que por ser mais leve aflora na superfície, pode influir bastante na redução da resistência ao desgaste. O que ocorre na realidade é que a ascensão da água provoca um aumento da relação a/c na região da superfície da placa, reduzindo a resistência mecânica do concreto. As causas da exsudação estão intimamente ligadas aos teores de finos, inclusive o cimento, e ao teor de água do concreto, havendo aditivos, como os plastificantes, que podem incrementá-la. Outros fatores que aumentam a exsudação são as operações de vibração e acabamento excessivos do concreto, que estão relacionadas com a sua trabalhabilidade. Na dosagem experimental do concreto, deve-se analisar 26 cuidadosamente a exsudação a fim de minimizá-la e reduzir seus efeitos nocivos no concreto. (FARNY, 2001) 2.6.3 Consumo de cimento O cimento Portland é um aglomerante hidráulico obtido através da moagem do clínquer7 que torna-se endurecido quando submetido à ação da água, não decompondo-se após essa hidratação. A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) divide o cimento em quatro grupos: cimento Portland comum (CP I) que só permite adição de gesso; cimento Portland composto (CP II) que possui pouca adição de escória de alto-forno e material pozolânico; cimento Portland de alto-forno (CP III); cimento Portland pozolânico (CPIV) e cimento Portland de alta resistência inicial (CP V–ARI). Para pisos industriais todos os tipos de cimento podem ser utilizados, porém devemos observar que o ambiente que o piso estará atuando para poder restringir o tipo de cimento a ser empregado. A quantidade de cimento em um piso industrial vai influenciar em processos como a segregação, a exsudação e o acabamento mecânico do piso. Resistência característica à compressão do concreto. Obtido através do aquecimento da mistura de calcário e de argila. Conforme Chodounsky (2007) especifica um consumo mínimo de cimento nos pisos, conforme tabela abaixo: Tabela 1: Consumo de cimento Fonte: Chodounsky, 2007. 2.6.4 Agregados Segundo Chodounsky, (2007, p. 128), os agregados se dividem: 29 2.7 ASPECTOS EXECUTIVOS Apresenta-se neste texto um breve relato da parte executiva do sistema construtivo do piso industrial protendido, sistema adotado neste caso. 2.7.1 Lançamento e compactação da camada sub-base Antes do lançamento da camada de sub-base deve ser feita a regularização do terreno, corrigindo-se o desnivelamento da superfície e removendo- se todo o solo residual e o material solto presente, garantindo assim uma maior homogeneidade da camada do subleito. A tolerância proposta em relação às especificações de projeto para o nivelamento da superfície do subleito é da ordem de ± 15mm. O controle geométrico desse nivelamento pode ser feito com a utilização de níveis laser. Feita a regularização do terreno, a sub-base em material granular pode ser então lançada com a utilização de caminhões basculantes ou pás carregadeiras e espalhada através de gradeamento. A compactação dessa camada é feita mecanicamente com a utilização de equipamentos do tipo motoniveladora, rolo compactador vibratório tipo pé-de-carneiro e compactador com placa vibratório ou tipo “sapo”. Segundo Senefonte (2008) recomenda as seguintes especificações para a compactação adequada da camada de sub-base granular: • A espessura da camada deve ter tolerância de ± 10% em relação às especificações de projeto. • O nivelamento da superfície deve ter tolerância de ± 7 mm em relação às especificações de projeto; • O grau de compactação é de 98% do Proctor Modificado; • As camadas devem ser executadas com espessura mínima de 10cm e máxima de 20cm. Se for necessário execução de camadas maiores os limites devem ser respeitados. 30 Figura 13: Preparação da sub-base Fonte: Arquivo do autor 2.7.2 Camada de deslizamento A camada de deslizamento é constituída por um material tipo polietileno, popularmente chamada de lona plástica, que deve ser colocado em toda a área a ser concretada, tendo a função básica de garantir a livre movimentação horizontal da placa de concreto em relação à sub-base, ocasionada pelos processos de retração hidráulica e dilatação térmica. Segundo Senefonte (2007), outras finalidades desta camada é evitar a perda de água de amassamento necessária para a hidratação do concreto para a sub-base, além de impossibilitar a ascensão de umidade do solo para o piso. Figura 14: Camada de deslizamento Fonte: Arquivo do autor 31 2.7.3 Montagem das fôrmas A montagem correta das fôrmas laterais é fundamental para a aparência e a exatidão da placa de concreto. Figura 15: Montagem das fôrmas Fonte: Arquivo do Autor As fôrmas devem apresentar as seguintes características: -Linearidade superior a 3mm em 5m; -Devem ser preferencialmente de aço com rigidez suficiente para agüentar as pressões laterais produzidas pelo concreto. -Os perfis devem apresentar furos alinhados na sua parte lateral para encaixe das barras de transferência de carga; -A ancoragem das formas ao solo pode ser feita com a utilização de concreto, que durante a desforma é então retirado;Resistência suficiente para suportar os equipamentos de adensamento tipo réguas vibratórias; -Leves para garantir o manuseio sem equipamentos pesados;Niveladas a laser ou nível ótico, para garantir maior planicidade; -Devem ser manuseadas cuidadosamente para não sofrerem empenamento, pois dificultaria o nivelamento; -Antes da concretagem devem ser untadas e limpas com óleo inerte ou desmoldante específico para garantir a desmoldagem; -Após prontas não poderão receber tráfego de veículos, recomendando-se a concretagem através do bombeamento; -As formas somente podem ser retiradas após 12 horas da concretagem, ou em período maior desde que não ultrapasse 26 horas; -Feita a desmoldagem a face exposta do concreto deve ser pintada com cal ou betume, para garantir a independência da faixa concretada com a futura; -Caso os perfis de aço não estejam disponíveis fôrmas pré-moldadas de concreto ou de madeira nobre podem ser utilizadas. 34 2.7.4.3 Posicionamento das barras de transferência e de ligação As barras de transferência devem ter uma superfície lisa e precisam ser milimetricamente posicionadas, para garantir o mecanismo de transferência de cargas. Devem trabalhar com pelo menos uma extremidade não aderida, untada com material betuminoso ou lubrificante. A prática de enrolar papel de embalagem de cimento, lona plástica ou mesmo a colocação de mangueiras na barra pode ser prejudicial ao mecanismo de transferência de esforços, pois acabam formando vazios entre o aço e o concreto, devendo ser evitada. O conjunto de barras deve ser paralela entre si, tanto no plano vertical como no horizontal, e concomitantemente ao eixo da placa. Figura 18: Posicionamento das barras de transferência Fonte: Arquivo do Autor Nas juntas serradas, eixo transversal da placa, as barras de transferência deverão ser posicionadas exclusivamente com o auxilio de espaçadores, que deverão possuir mecanismos de fixação que garantam o paralelismo desejado. Nesses casos, recomenda-se que toda a barra seja lubrificada, permitindo que, mesmo que ocorra um desvio no posicionamento do corte a junta trabalhe adequadamente. Nas juntas de construção, eixo longitudinal da placa de concreto, as barras devem ser fixadas às formas, junto às aberturas feitas no perfil metálico. 2.8 CONCRETAGEM A concretagem do piso é um processo fundamental na obtenção de um desempenho final satisfatório para pisos industriais. É função de uma má 35 concretagem o surgimento de manifestações patológicas ou defeitos como fissuras de natureza plástica, rugosidades excessivas, escamamento e baixa resistência à abrasão. Necessita-se um intenso controle executivo acompanhado do treinamento dos operários que irão executá-la, para que o processo seja adequado, evitando o déficit da resistência final de tração na flexão. A concretagem constitui-se dos seguintes processos: lançamento, espalhamento, adensamento, nivelamento, acabamento superficial e cura. Figura 19: Concretagem Fonte: Arquivo do Autor Figura 20: Controle tecnológico Fonte: Arquivo do Autor 2.8.1 Lançamento e espalhamento Segundo Chodounsky (2007) recomenda que o lançamento do concreto seja realizado diretamente pelo caminhão betoneira para pisos industriais de concreto simples e com o auxilio de bomba quando o piso possuir armadura. 36 Embora pareça simples, o processo de lançamento mal realizado pode prejudicar o desempenho do piso, quando, por exemplo, há um deslocamento involuntário da armadura. Por isso, o ideal é evitar o tráfego de equipamentos pesados sobre a armadura durante a concretagem. As seguintes dicas para o lançamento do concreto devem ser seguidas: - O tempo de lançamento de uma carga não deve ultrapassar os 90 minutos, para que não haja prejuízo ao acabamento superficial; - A altura de descarga deve ser reduzida para evitar a segregação do agregado; - O fluxo de concreto deve ser contínuo durante a concretagem de todo o pano para não haver problemas de juntas frias ou emendas de acabamento, que prejudicariam a planicidade do piso. - O processo de espalhamento inicial é feito manualmente através de enxadas, evitando o acúmulo de concreto em uma determinada região. Os operários envolvidos no processo devem estar devidamente protegidos, com botas de borracha, para evitar reações da pele com o concreto. Figura 21: Lançamento e espalhamento Fonte: Arquivo do Autor 2.8.2 Adensamento Como os pisos possuem baixas espessuras e elevadas áreas usa-se no adensamento réguas vibratórias, que devem ter a vibração ajustada em função da consistência do concreto. Quanto maior for o abatimento do concreto, menor será a vibração dá régua. 39 sentido do desempeno, com as pás no sentido horizontal. A segunda passada deve- se executar no sentido ortogonal à primeira com pás posicionadas com um determinado ângulo de inclinação, aumentando-se a pressão de contato à medida que o concreto vai ganhando resistência. Devemos ficar atentos à inclinação das pás pois um ângulo maior em um tempo indevido pode gerar o destacamento da argamassa superficial do concreto. Figura 24: Acabamento Fonte: Arquivo do Autor 2.8.5 Sistemas de endurecimento superficial Para obterem-se pisos com maior desempenho utilizamos endurecedores cimentícios os quais se aplicam sobre o piso ainda fresco, após a passagem da régua vibratória e do rodo de corte, momento em que os poros do concreto apresentam-se abertos. Utilizamos também endurecedores químicos que são solúveis em água e reagem quimicamente com o Hidróxido de Sódio, ou a cal livre do concreto. A aplicação correta desses sistemas confere aos pisos as seguintes características: - Aumento da resistência mecânica e à abrasão do concreto, proporcionando ao piso até o dobro da vida útil; - Uniformidade da coloração do piso, a fim de evitarem-se os gastos periódicos com pinturas; - Cria-se uma superfície de alta compacidade, fácil de limpar e mais resistente quanto à penetração de líquidos. 2.8.6 Cura 40 Denomina-se cura a manutenção da umidade e temperatura do concreto. Com ela evita-se uma perda de água rápida e excessiva que pode ocasionar a fissuração da placa. Esse processo deve iniciar após o a pega final do concreto utilizando-se membranas de cura, filmes plásticos ou outros meios saturados em água. Figura 25: Cura do concreto Fonte: Arquivo do Autor Segundo PENNA FIRME (2006) a cura deve se prolongar até que o concreto tenha alcançado 75% de sua resistência final onde sua baixa permeabilidade garante a manutenção da umidade para a completa hidratação do cimento. 2.8.7 Algumas patologias relacionadas à Concretagem Por tratar-se de pisos, para um dado volume de concreto a área superficial exposta, de tamanho maior, torna-se mais suscetível à fenômenos de superfície como a retração plástica e a exsudação. A exsudação é a segregação da água de amassamento do concreto que aflora à superfície e cria vazios na estrutura do concreto além de diminuir a resistência mecânica superficial. Para evitar-se a exsudação a mistura deve ser mais coesa, com maior teor de finos, a vibração não pode ser excessiva e a cura deve ser eficaz (sem incidência de ventos e sol sobre o concreto). 41 A exsudação pode gerar também fissuras que espelham a armadura do concreto em virtude do assentamento do mesmo, que não é acompanhado pela armadura. A retração plástica é uma diminuição do volume de concreto que surge durante o processo de cura em virtude da elevada evaporação da água de amassamento. Se o piso não sofrer desempenamento após o início da pega e o processo de cura inicial não for adequado surgirão fissuras paralelas entre si, com abertura elevada e baixa profundidade. Em virtude da perda de água de amassamento para a camada de sub- base podem ocorrer fissuras de retração também na parte inferior da placa de concreto. Outras fissuras que surges da retração são as craqueladas, que formam uma malha de fissuras interligadas em rede na superfície do concreto. 2.9 CONTROLE DE QUALIDADE A superfície do piso é o local que vai refletir todos os cuidados tomados durante a execução e definir o nível de desempenho junto com a capacidade estrutural do produto final. Tem-se utilizado o conceito do F-Numbers System criado pela American Society for Testing and Materials (ASTM) em 1987, que apresenta dois números distintos para a medição do perfil do piso: o F F e o L F. Esses números são definidos por Penna Firme (2006 apud ACI, 1989, p.97) da seguinte forma: O F F é o índice Face de panicidade que define a máxima curvatura permitida no piso em 600mm, calculada com base em duas medidas sucessivas de elevações diferenciais, tomadas a cada 300mm. O L F é o índice Face de nivelamento que define a conformidade relativa da superfície com um plano horizontal, medindo a cada 3m. O aparelho utilizado na medição dos F-Numbers é o Dipstick. 44 Figura 27: Esquema de atuação de cargas uniformemente distribuídas Fonte: Oliveira, 2007. Como resultado desse carregamento tem o surgimento de grandes momentos negativos nas bordas das placas ou nos corredores livres, o que pode gerar fissuras na placa. Nesses corredores podemos ter uma redução do momento na medida em que o tráfego das empilhadeiras “neutraliza” parte do momento negativo. (OLIVEIRA, 2007) Ainda segundo o autor, “outro fator importante é a possibilidade de recalques no piso devido às pressões excessivas que levam ao adensamento de camadas colapsíveis do solo de fundação. O aumento da espessura da camada de concreto não é solução para o adensamento, pois não reduz consideravelmente a pressão no solo, à medida que esta é o somatório do peso próprio do concreto e do carregamento”. 2.10.3 Cargas lineares Esse é o efeito típico que uma parede apoiada diretamente sobre o piso sem o apoio de vigas causa no pavimento. Poderia ser considerada uma carga concentrada não fosse uma dimensão de o carregamento ser muito maior que a outra. Quando a carga linear atuar no meio do pavimento o momento máximo será positivo – tração na parte inferior da placa de concreto – e quando atuar nas bordas o momento máximo será negativo – na parte superior da placa de concreto. (OLIVEIRA, 2007) 45 2.10.4 Cargas concentradas Essas são certamente as solicitações mais críticas para o dimensionamento do piso de uma fábrica. Surgem quando há uma estocagem apoiada em montantes, como mostra a figura, onde a carga pode chegar a 20t nos apoios. Figura 28: Esquema de atuação de cargas concentradas Fonte: Oliveira, 2007 Segundo Oliveira (2007), esse tipo de carregamento gera momentos máximos positivos na placa de concreto. Quando os montantes são posicionados de maneira consecutiva há uma sobreposição de esforços que podem levar a efeitos de carregamentos 100% maiores. Uma boa solução para carregamentos concentrados elevados é a utilização de armaduras na parte inferior ou a adoção de uma espessura maior da placa. 2.10.5 Cargas móveis As cargas móveis são oriundas do tráfego de empilhadeiras e transpaleteiras sendo importante a consideração não somente das cargas, mas também do número de solicitação e da posição na placa. Devido as suas pequenas dimensões são consideradas cargas concentradas, mas não tão críticas quantos as cargas concentradas dos porta pallets. 46 Segundo Oliveira (2007): A pressão imposta pelas carregadeiras é função da área de contato entre o pneu e o pavimento. Essa área de contato, por sua vez, é função da pressão de enchimento dos pneus e da carga que está sendo transportada. Quanto maior for a carga e menor for a pressão de enchimento dos pneus maior será a área de contato. Quanto às empilhadeiras com rodas rígidas a pressão será tanto maior quanto maior for a carga, visto que a área de contato é a mesma. As rodas rígidas são grandes inimigas das juntas do piso que necessitam de tratamento especial. Outro fator que agrega esforço ao pavimento é, em geral, a pequena distância entre as rodas do eixo mais carregado, podendo haver sobreposição das cargas individuais dos pontos de apoio. Neste item, serão considerados veículos dotados de pneus, isto é, com pressão de enchimento conhecida ou que possuam roda rígida. No caso destes, pode-se considerar pressão de enchimento fictícia elevada, como de 1,75 MPa ou medição real da área de contato. O dimensionamento do piso industrial, independente do método, requer o conhecimento dos seguintes parâmetros: - Carga do eixo mais carregado, formada pela carga útil somada ao peso próprio do veículo, em newtons (N); nos casos gerais, considera-se na situação mais crítica, que somente o eixo dianteiro receberá todos os esforços. - Freqüência das cargas - Tipo de rodagem, simples ou dupla; - Distância entre rodas, s e sd, em m - Carga no eixo mais carregado. A figura exemplifica empilhadeiras com rodas rígidas e pneumáticas. 49 baldrames e blocos de concreto, permitindo uma livre movimentação do piso quando da existência dos fenômenos de retração e variação térmica. A espessura da junta é de 5 a 20mm, sendo preenchida por um material compressível como isopor ou borracha. 2.11.4 Tratamento de juntas Devido ao alto tráfego de empilhadeiras, comum em pisos industriais, pode haver o esborcinamento das juntas, tornando o tráfego defeituoso e exigindo altos gastos com manutenção. Para evitar a danificação das juntas estão sendo executados os chamados lábios poliméricos, que são reforços de borda à base de resina epoxídicas e polímeros minerais de alta resistência. Esses polímeros tornam-se parte integrante das placas de concreto tornando-as uma peça monolítica de maior resistência. Os lábios poliméricos executados para os vários tipos de junta possuem um perfil típico como o ilustrado pela figura 30. 50 Figura 30: Perfis de juntas: 1(Serradas), 2 (Construção), 3 (Encontro) Fonte: Arquivo do autor 51 3 METODOLOGIA DA PESQUISA Neste capítulo estão especificados a metodologia e os procedimentos adotados com objetivo de fazer breve relato da pesquisa realizada, que estão divididos da seguinte forma: etapas, métodos, tipos e finalidade da pesquisa, qual tipo de pesquisa utilizada, caracterização da empresa onde o projeto foi executado e levantamento dos dados pertinentes aos itens já citados. No presente trabalho foram utilizados referenciais teóricos de dimensionamento de estruturas e análise de pavimentos de concreto industrial. Também foram consultadas às normas brasileiras de projeto e dimensionamento de estruturas de pavimentos de concreto industrial e procedimentos de execução, fundamentando a parte teórica do assunto proposto. As espessuras das placas de concreto e da armadura do foram obtidas através das equações de Meyerhof. 3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA Esta pesquisa foi fundamentada num estudo exploratório descritivo, com método de um estudo de caso, onde se pôde buscar uma explicação prática a partir da análise do problema, facilitando a compreensão do fator predominante do problema levantado. Foi realizada também pesquisa bibliográfica com livros do acervo particular do autor, bem como livros e periódicos de autores relacionados com o tema proposto. A preocupação com os termos analisados e entender o conceito de tudo que envolve os processos dos pisos industriais de concreto armado, fizeram parte do levantamento de dados para melhor análise desta pesquisa. 3.1.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA A empresa objeto deste trabalho faz parte da rede supermercadista em SC e conta atualmente com 10 unidades espalhadas pelo território catarinense, com um número total de 2.310 funcionários. Sua primeira loja foi fundada em 01/11/1979, 54 4 MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO 4.1 Dimensionamento de piso industrial de concreto protendido Este tipo de piso foi dimensionado por empresa especializada que nos forneceu apenas plantas executivas (conforme anexos I1, I2 e I3) e planilhas para possibilitar a análise comparativa com os demais métodos, segundo Figura 32, abaixo: Unid.Qtidade cm m2 16.126,00 v. unit. v. item v. unit. v. item m2 16.126,00 R$ 11,20 R$ 180.611,20 R$ 180.611,20 m2 16.126,00 R$ 3,80 R$ 61.278,80 R$ 61.278,80 m 713,00 R$ 10,00 R$ 7.130,00 R$ 7.130,00 m 712,00 R$ 10,00 R$ 7.120,00 R$ 7.120,00 m 1.350,00 R$ 8,50 R$ 11.475,00 R$ 11.475,00 m 80,00 R$ 60,00 R$ 4.800,00 R$ 4.800,00 m 146,00 R$ 60,00 R$ 8.760,00 R$ 8.760,00 m2 33.865,00 R$ 18.287,10 R$ 18.287,10 m2 17.740,00 R$ 4.080,20 R$ 4.080,20 m3 2.236,00 R$ 547.820,00 R$ 547.820,00 m3 112,00 R$ 27.440,00 R$ 27.440,00 Kg 41.116,00 R$ 172.687,20 R$ 172.687,20 Kg 1.370,00 R$ 32.880,00 R$ 32.880,00 pn 116,00 R$ 18.380,20 R$ 18.380,20 pn 29,00 R$ 11.780,67 R$ 11.780,67 Kg 5.000,00 R$ 17.850,00 R$ 17.850,00 Kg 6.110,00 R$ 19.674,20 R$ 19.674,20 un. 1.040,00 R$ 6.552,00 R$ 6.552,00 un. 315,00 R$ 1.102,50 R$ 1.102,50 m 1.010,00 R$ 2.484,60 R$ 2.484,60 un. 19.600,00 R$ 0,12 R$ 2.352,00 R$ 2.352,00 Kg 150,00 R$ 975,00 R$ 975,00 Kg 75,00 R$ 675,00 R$ 675,00 m3 2.348,00 R$ 21.977,28 R$ 21.977,28 un. 1,00 R$ 10.700,00 R$ 10.700,00 un. 1,00 R$ 1.500,00 R$ 1.500,00 un. 2,00 R$ 1.800,00 R$ 1.800,00 Kg 41.116,00 R$ 53.450,80 R$ 53.450,80 R$ 158,45 2.2.9 Tela Soldada Q196 (P/ reforço). 2.2.4 Concreto usinado (inc. 3% de perdas). 35MPa - armado R$ 245,00 Fibra de Vidro Alcalis - resistente R$ 24,002.2.6 R$ 4,20 R$ 6,50 Aço CA50 ø 8,0 mm (P/ reforço). Barras de transferência circular 20,0 mm x 500,0 mm. R$ 3,50 R$ 6,30 Espaçador plástico CTL 20. Espaçador soldado (treliça) c/ h = 6,0 cm. Aço CA50 ø 10,0 mm (P/ reforço). 2.3.4 Acompanhamento técnico das 2 primeiras concretagens (Trima Engenharia). R$ 900,00 Controle técnológico do concreto. Elaboração do projeto e especificações (Trima Engenharia). R$ 10.700,00 2.3.3 R$ 9,36 Consultoria na elaboração do traço do concreto (Trima Engenharia). R$ 1.500,00 2.3 Arame recozido nº 16. R$ 9,00Graxa comum. 2.2.7 2.2.8 2.3.2 2.3.1 2.2.16 2.2.12 2.2.11 2.2.14 2.2.13 2.2.10 MATERIAIS E OUTROS INSUMOS 2.2.3 Concreto usinado (inc. 3% de perdas). 4,5MPa - protendido R$ 245,00 2.2.5 Cordoalha engraxada CP190 RB7 ø 12,7 mm. Tela Soldada Q503 (P/ reforço). Serviço de protensão (incluindo ancoragens ativas, passivas e acessórios). 2.2.15 Barras de transferência quadradas 20,0 mm x 20,0 mm x 400,0 mm. R$ 972.096,75 OUTROS INSUMOS: R$ 3,57 R$ 1,30 R$ 2,46 JS: 6,0 mm x 10,0 mm. R$ 406,23 2 Proprietário Espessura: A planilha abaixo contempla os itens de mão de obra, equipamentos e materiais, com seus devidos valores unitários e totais: ITEM PLANILA DE CUSTOS TOTAIS DE PISO PROTENDIDO PISO EM CONCRETO 14 DESCRIÇÃO Terceiro MÃO DE OBRA E EQUIPAMENTOS 2.1 Valor do Item 2.3.5 R$ 77,72 Execução do piso em concreto protendido. Instalação das mantas de polietileno expandido (MPE):JE: 10,0 mm x 180,0 mm. R$ 3,22 2.1.1 2.2 JC: 6,0 mm x 10,0 mm. Tratamento das juntas c/ selante base poliuretano:2.1.3 2.1.2 Aplicação do endurecedor superficial à base de fluorsilicato. Lona de polietileno p/ cura c/ 0,09 mm. 2.2.1 Instalação de cantoneiras metálicas galvanizadas c/ grapas c/ 2" x 2" x 1/4". MATERIAIS DIVERSOS: R$ 1.253.267,29CUSTO TOTAL DO PISO PROTENDIDO 2.1.4 2.1.5 Execução de reforço de bordas (lábios poliméricos): R$ 283.527,00 Lona de polietileno p/ sub-base c/ 0,20 mm. 2.2.2 R$ 0,54 R$ 0,23 TOTAL UNITÁRIO (m2): DESCONTO MÃO DE OBRA E EQUIPAMENTOS R$ 2386,46 R$ 281.170,54 LP: 50,0 mm x 10,0 mm. 2.1.6 MÃO DE OBRA E EQUIP.: Figura 32: Planilha orçamentária de custos totais de piso protendido Fonte: ENGEL 55 4.2 Dimensionamento de piso estruturalmente armado Para o dimensionamento do layout e das cargas propostas foram adotadas as seguintes características, necessárias ao dimensionamento: • A área tem a função de armazenagem de pallets, cujas maiores pilhas chegam a 8 metros de altura. Portanto são cargas distribuídas e o próprio projeto já especifica que os produtos estocados solicitam o piso em 6tf/m². • Há o tráfego de empilhadeiras de rodas pneumáticas, com rodagem simples e carga no eixo mais carregado de 6000 K/f. A pressão de enchimento igual a 1,75Mpa, e a distância entre as rodas é de 1m. • A área total do piso é de 15.000 m² sendo considerada uma espessura inicial de 15 cm para a placa de concreto. • Foi adotado um valor de CBR na ordem de 10%. Com esse valor, consultando a tabela 1, vamos adotar uma camada de 20 cm de brita graduara como sub-base para que tenhamos um coeficiente de recalque k = 60 Mpa/m, valor esse satisfatório. • A área não está submetida ao ataque de produtos químicos. • Piso em concreto com Fck de 35Mpa e resistência à tração na flexão de Fctm, k = 4,5 Mpa. Isso resulta em um módulo de elasticidade de 33,5 GPa. • O coeficiente de Poisson do concreto é de 0,2. • Consideraremos inicialmente como sub-base uma camada de brita graduada de 20cm. • Resistência à tração na flexão do concreto igual a 4,5 MPa. • Fator de segurança de carga igual a 2, considerando tráfego ilimitado. • O coeficiente de atrito entre a placa de concreto e o subleito (brita graduada) é igual a 2. A correspondência entre os diversos valores acima citados são encontradas na Especificação Técnica ET-97 (1998), da Associação Brasileira de Cimento Portland. Equações de Meyerhof O presente trabalho fará o dimensionamento do layout proposto segundo as recomendações de Penna Firme (2006). O referido autor aconselha que sejam 56 usadas para o cálculo das espessuras da placa e da armadura de distribuição as equações de Meyerhof visto que, o método da PCA-1984 não considera as armaduras de retração com função estrutural, resultando em espessuras maiores que as necessárias e que o método dos Elementos Finitos tem utilização justificada para caso de pisos mais complexos. As expressões de Meyerhof levam em consideração as cargas atuantes em um determinado ponto analisado. As cargas são admitidas atuando no interior da placa de concreto, obrigando a presença de mecanismos de transmissão das juntas de construção e serradas. O dimensionamento é feito em relação às cargas móveis, distribuídas e concentradas. 4.2.1 Dimensionamento frente às cargas móveis O dimensionamento da espessura da placa de concreto para cargas móveis, que são impostas pelas empilhadeiras é feito segundo os seguintes passos: 1º Passo: Determinação do raio de rigidez (l) que define o diâmetro do círculo de influência que representa o quanto um determinado ponto sofre influência dos diversos carregamentos. O raio de rigidez (l) é calculado pela expressão: Onde: l é o raio de rigidez (m); E é o módulo de elasticidade do concreto (Pa); h é a espessura inicial da placa de concreto (m); µ é o coeficiente de Poisson do concreto; k é o coeficiente de recalque do subleito (Pa/m). Logo o raio de rigidez da placa de concreto, para o nosso exemplo, seria de: 59 Onde: Então, para L= 5 m: Para L=6m: Portanto, consultando a tabela de telas soldadas fabricadas pela empresa Belgo, no anexo A, recomenda-se para essa placa de concreto a tela soldada tipo M092, cuja armadura na seção longitudinal é de As =138 cm²/m, e na seção transversal é de As = 0,69 ² /m. 4.2.2 Dimensionamento frente às cargas distribuídas As expressões de Meyerhof determinam a capacidade do piso em função da superposição dos momentos negativos que ocorrem principalmente na área dos corredores. Os momentos máximos se localizarão no estreitamento de sendo l o raio de rigidez da placa de concreto. Nessas condições teremos a determinação da espessura do pavimento segundo a expressão: 60 Onde: Logo, → Momento Fletor Portanto a espessura arbitrada inicialmente de 15 cm é suficiente para resistir aos esforços oriundos das cargas distribuídas. 4.2.2.1 Dimensionamento frente às cargas montantes As cargas montantes são certamente, as decisivas para o dimensionamento da espessura da placa de concreto. As equações de Mayerhof determinam o momento atuante na placa em função de uma carga equivalente, que é o somatório de todas as cargas atuantes, considerando a solicitação imposta por 61 cada uma em um determinado ponto. Para efeito de cálculo, vamos considerar que a carga equivalente que está atuando sobre um montante, para o exemplo proposto por esse trabalho seja de PE= 4000kg, e que as dimensões das placas de apoio sejam de 15 x 15 cm. Segundo Penna Firme (2006) as placas de apoio do montante devem ter dimensões suficientemente grandes de modo que a tensão de contato não supere em 4,2 vezes o módulo de ruptura do concreto: Onde: Logo: Portanto, as dimensões da placa de apoio do montante estão adequadas. Para o cálculo do momento atuante e da espessura da placa de concreto, considerando o critério das cargas atuantes em um determinado ponto, as mesmas equações utilizadas para as cargas móveis pontuais podem ser empregadas, em função do mesmo raio de rigidez calculado anteriormente. Assim sendo, o raio da área de contato será: O momento fletor atuante será: 64 Unid. Qtidade cm m2 15.000,00 v. unit. v. item v. unit. v. item m2 15.000,00 R$ 8,00 R$ 120.000,00 R$ 120.000,00 m2 15.000,00 R$ 3,80 R$ 57.000,00 R$ 57.000,00 m 1.500,00 R$ 9,65 R$ 14.475,00 R$ 14.475,00 m 2.850,00 R$ 9,65 R$ 27.502,50 R$ 27.502,50 m 1.260,00 R$ 8,50 R$ 10.710,00 R$ 10.710,00 m 680,00 R$ 60,00 R$ 40.800,00 R$ 40.800,00 m R$ 60,00 R$ 0,00 R$ 0,00 m2 16.500,00 R$ 12.375,00 R$ 12.375,00 m2 16.500,00 R$ 9.075,00 R$ 9.075,00 m3 2.163,00 R$ 573.195,00 R$ 573.195,00 pn 1.174,00 R$ 230.667,52 R$ 230.667,52 pn 1.174,00 R$ 186.994,72 R$ 186.994,72 pn 32,00 R$ 9.063,36 R$ 9.063,36 m 18.750,00 R$ 58.500,00 R$ 58.500,00 m 37.500,00 R$ 11.250,00 R$ 11.250,00 un. 5.917,00 R$ 23.194,64 R$ 23.194,64 m 1.752,00 R$ 5.466,24 R$ 5.466,24 Kg 150,00 R$ 975,00 R$ 975,00 Kg 75,00 R$ 675,00 R$ 675,00 m3 2.163,00 R$ 23.793,00 R$ 23.793,00 un. 1,00 R$ 12.000,00 R$ 12.000,00 un. 1,00 R$ 1.500,00 R$ 1.500,00 un. 1,00 R$ 1.800,00 R$ 1.800,00 2.2.7 Espaçador soldado (treliça) p/ apoio das telas superiores c/ h = 7,0 cm. R$ 3,12 2.2.5 Tela Soldada Q92 (Inferiores ). 2 ITEM DESCRIÇÃO Tratamento das juntas c/ selante base poliuretano: 2.1 MÃO DE OBRA E EQUIP.: PISO EM CONCRETO Espessura: 2.1.5 Execução de reforço de bordas (lábios poliméricos): LP: 50,0 mm x 20,0 mm. Proprietário 15 2.2 Terceiro Valor do Item PLANILHA DE CUSTOS UNITARIOS E TOTAIS DO PISO ARMADO COM TELAS 2.1.1 Execução do piso em concreto c/ telas soldadas. 2.1.3 JS: 6,0 mm x 10,0 mm. 2.1.2 Aplicação do endurecedor superficial à base de fluorsilicato. JC: 6,0 mm x 10,0 mm. 2.1.6 Instalação de cantoneiras metálicas galvanizadas c/ grapas c/ 2" x 2" x 1/4". MATERIAIS DIVERSOS: 2.1.4 Instalação das mantas de polietileno expandido (MPE):JE: 10,0 mm x 160,0 mm. 2.2.1 Lona de polietileno p/ sub-base c/ 0,20 mm. R$ 0,75 2.2.2 Lona de polietileno p/ cura c/ 0,15 mm. R$ 0,55 2.2.3 Concreto usinado (inc. 3% de perdas). R$ 265,00 2.2.9 Barras de transferência c/ diâmetro de 20,0 mm. R$ 3,92 2.2.4 Tela Soldada Q636 (Superiores). R$ 196,48 2.2.6 Tela Soldada Q283 (P/ reforço). R$ 283,23 R$ 159,28 2.2.11Arame recozido nº 16 p/ amarração das barras de transferência. R$ 6,50 2.2.10Espaçador soldado (treliça) p/ apoio das barras transf. c/ h = 7,0 cm. R$ 3,12 2.2.8 Espaçador de argamassa p/ apoio das telas inferiores c/ h = 2,5 cm. R$ 0,30 2.2.12Graxa comum p/ isolamento das barras de transferência. R$ 9,00 2.3 OUTROS INSUMOS: 2.3.1 Controle tecnológico do concreto. R$ 11,00 2.3.2 Projeto R$ 12.000,00 2.3.3 Traço do concreto R$ 1.500,00 2.3.4 Acompanhamento técnico 2 primeiras concretagens R$ 1.800,00 MATERIAIS E OUTROS INSUMOS R$ 1.160.524,48 MÃO DE OBRA E EQUIPAMENTOS R$ 270.487,50 TOTAL UNITÁRIO (m2): R$ 95,40 CUSTO TOTAL DO PISO DE CONCRETO ARMADO R$ 1.431.011,98 Figura 33: Planilha orçamentária de custos unitários e totais de piso armado com telas Fonte: Do autor 4.3 Dimensionamento de piso de concreto com fibras Dimensionar um piso industrial com os seguintes dados: - Carga uniformemente distribuída: g = 60 kN / m2; - Empilhadeira de rodagem simples com carga de 100 kN no eixo mais carregado, conforme abaixo: 65 - Concreto: C 35 (fcka / a) - Solo: CBR = 10% - Sub-base: 20 cm em brita graduada - Módulo de reação do conjunto sub-base / sub-leito: k = 0,06 N/mm3 - Pressão de enchimento dos pneus: p = 1,75 N/mm2 Considerações iniciais - Espessura inicial adotada: 150 mm - Tamanho das placas: 6,00 m X 5,00 m - Coeficiente de Poisson: ν = 0,20 - Coeficiente de impacto: ϕ = 1,4 - Coeficiente de ponderação de cargas: γq = 1,2 (este valor é utilizado para os casos de pisos onde são levados em consideração os efeitos de temperatura e de retração). A) Momento Fletor devido à carga uniformemente distribuída 4 31502 305004 06,012 ⋅⋅ ⋅=λ = 1,37 x 10-3 1/mm 23 6 )1037,1( 1060000 168,0 − − ⋅−= x x M = 5371 Nmm/mm B) Momento Fletor devido à carga da empilhadeira 1) Raio da área de contato e raio de rigidez relativa mm p P a 84,112 75,1 500004,1 = ⋅ ⋅= ⋅ ⋅= ππ ϕ 66 2) Raio de rigidez relativo ( ) ( ) mmk hEc 22,621 06,020,0112 15030500 112 4 2 3 4 2 3 = ⋅−⋅ ⋅= ⋅−⋅ ⋅= ν l C) Momento da carga da roda 1 no interior da placa mmNmmM /00,6113 22,621 84,1122 16 50000 1,0 =             ⋅+⋅ = Acréscimo de momento em 1 devido a carga 2: s – distância da carga da roda 2 até a carga da roda 1 s / l = 1000 / 621,22 = 1,61 M / P = 0,12 M0,2 = 0,12 . 6113 = 747,00 Nmm/mm M0 = M0,1 + M0,2 = 6113 + 747 = 6860 Nmm/mm D) Momento da carga da roda 1 na borda da placa mmNmmM /5548 22,621 84,1123 15,3 500006,0 1,0 =             ⋅+⋅ ⋅= Acréscimo de momento em 1 devido a carga 2: s – distância da carga da roda 2 até a carga da roda 1 s / l = 1000 / 621,22 = 1,61 M / P = 0,12 M0,2 = 0,12 . 5548 = 665,76 Nmm/mm M0 = M0,1 + M0,2 = 5548 + 665,76 = 6213,76 Nmm/mm E) Momento devido ao montante Extraído do cálculo de pavimento estruturalmente armado M = 526,05 Lgf.m/m M = 5260,05 N.mm/mm F) Efeito da Retração Tensão e Momento Equivalente no centro da placa 69 Dosagem de fibras Utilizando a fibra de aço WIRAND – FF1 30 kg/m3 (Re3 = 64%) Utilizando a fibra de aço WIRAND – FF4 25 kg/m3 (Re3 = 74%) Adotada a fibra de aço WIRAND – FF4, conforme a tabela da MACCAFERRI - ANEXO H. 4.3.1 Dados executivos e planilha orçamentária de piso industrial de concreto com fibras Após o dimensionamento, foram elaboradas planilhas contendo dados de projeto, Tabela 4, e consumos e custos da obra, Figura 34. DADOS DE PROJETO CARGAS MOVEIS (EMPILHADEIRA) = 6.0 tf (PESO TOTAL = PESO PROPRIO + CAPACIDADE DE CARGA) CARGA DISTRIBUIDA = 6.0 tf/m2 CARGA DE MONTANTE = 4.0 tf/APOIO SUBLEITO = CBR = 10% ; EXPANSÃO = 1% fctmk = 4,5 Mpa Tabela 4: Dados de projeto Fonte: Do autor 70 Unid.Qtidade cm m2 15.000,00 v. unit. v. item v. unit. v. item m2 15.000,00 R$ 7,00 R$ 105.000,00 R$ 105.000,00 m2 15.000,00 R$ 1,30 R$ 19.500,00 R$ 19.500,00 m 1.800,00 R$ 9,65 R$ 17.370,00 R$ 17.370,00 m 1.750,00 R$ 9,65 R$ 16.887,50 R$ 16.887,50 m 1.260,00 R$ 8,50 R$ 10.710,00 R$ 10.710,00 m 1.340,00 R$ 60,00 R$ 80.400,00 R$ 80.400,00 m R$ 60,00 R$ 0,00 R$ 0,00 m2 16.500,00 R$ 12.375,00 R$ 12.375,00 m2 16.500,00 R$ 9.075,00 R$ 9.075,00 m3 2.163,00 R$ 529.935,00 R$ 529.935,00 Kg 54.075,00 R$ 343.917,00 R$ 343.917,00 pn 32,00 R$ 9.063,36 R$ 9.063,36 un. 650,00 R$ 65,00 R$ 65,00 un. 11.834,00 R$ 46.389,28 R$ 46.389,28 m 3.504,00 R$ 10.932,48 R$ 10.932,48 Kg 150,00 R$ 975,00 R$ 975,00 Kg 75,00 R$ 675,00 R$ 675,00 Kg 60.000,00 R$ 52.800,00 R$ 52.800,00 m3 2.163,00 R$ 23.793,00 R$ 23.793,00 un. 1,00 R$ 12.000,00 R$ 12.000,00 un. 1,00 R$ 1.500,00 R$ 1.500,00 un. 1,00 R$ 1.800,00 R$ 1.800,00 Terceiro Valor do Item2 PISO EM CONCRETO Espessura: ITEM DESCRIÇÃO 2.2 MATERIAIS DIVERSOS: 2.2.1 Proprietário 14 Espaçador soldado (treliça) p/ apoio das barras transf. c/ h = 7,0 cm. PLANILHA DE CUSTOS UNITÁRIOS E TOTAIS DE PISOS COM FIBRAS 2.1 MÃO DE OBRA E EQUIP.: 2.1.4 2.1.1 Execução do piso em concreto c/ fibras de aço. 2.1.3 Tratamento das juntas c/ selante base poliuretano: JC: 6,0 mm x 10,0 mm. 2.1.2 Aspersão de agregados minerais de alta resistência. Instalação de cantoneiras metálicas galvanizadas c/ grapas c/ 2" x 2" x 1/4". JS: 6,0 mm x 10,0 mm. 2.2.6 Espaçador plástico CTL 20. R$ 0,10 2.1.5 Execução de reforço de bordas (lábios poliméricos): LP: 50,0 mm x 10,0 mm. Lona de polietileno p/ sub-base c/ 0,20 mm. R$ 0,75 2.2.2 Lona de polietileno p/ cura c/ 0,15 mm. R$ 0,55 Instalação das mantas de polietileno expandido (MPE):JE: 10,0 mm x 200,0 mm. 2.1.6 2.2.7 Barras de transferência c/ diâmetro de 20,0 mm. R$ 3,92 2.2.8 2.2.3 Concreto usinado (inc. 3% de perdas). R$ 245,00 2.2.4 Fibras de Aço WIRAND FF4 R$ 6,36 R$ 3,12 2.2.10Graxa comum p/ isolamento das barras de transferência. R$ 9,00 2.2.5 Tela Soldada Q283 (P/ reforço). R$ 283,23 2.2.9 Arame recozido nº 16 p/ amarração das barras de transferência. R$ 6,50 2.2.11Agregados minerais de alta resistência ANCHORDUR PL - FOSROC (c/ frete). R$ 0,88 2.3 OUTROS INSUMOS: R$ 1.800,00 2.3.1 Controle tecnológico do concreto. R$ 11,00 2.3.2 Projeto do piso R$ 12.000,00 MÃO DE OBRA E EQUIPAMENTOS R$ 249.867,50 2.3.3 Elaboração do traço de concreto R$ 1.500,00 2.3.4 Acompanhamento das 2 primeiras concretagens CUSTO TOTAL DO PISO COM FIBRAS R$ 1.305.162,62 MATERIAIS E OUTROS INSUMOS R$ 1.055.295,12 TOTAL UNITÁRIO (m2): R$ 87,01 Figura 34: Planilha orçamentária de custos unitários e totais de piso com fibras Fonte: Do autor 4.4 Dimensionamento de piso industrial de concreto simples Será apresentado, a seguir, um exemplo de dimensionamento de piso industrial de concreto simples pelos métodos de PACKARD (1976). Dados do problema Condições gerais • Piso industrial de área igual a 30x100 metros • Equipamento: vibro-acabadora; 71 • Largura de concretagem: 6 metros • Junta longitudinal de construção: barras de ligação nas três faixas externas; • Juntas transversais com barras de transferência, a cada 5 metros. Solicitações O piso é solicitado por empilhadeiras de rodagem simples de carga máxima igual a 6tf. O eixo tem 1,00 metro de comprimento e a pressão de enchimento dos pneus pode ser considerada igual a 1,75MPa. Estão previstas áreas de carregamento distribuído com 60 kN/m2. Deverão ser utilizadas prateleiras com apoios de 15 x 15 cm e 4tf por apoio. A distancia entre os montantes é de 1,20 e 2,40 metros. Nas placas internas o tráfego previsto é de 1.000.000 de eixos. Nas placas internas, calcula-se a pesagem de 60.000 eixos. Fundação Serão adotados os seguintes valores: • CBR = 10 %; • 20 cm de sub-base granular Materiais Será utilizado concreto de resistência à tração na flexão, aos 28 dias, de 4,5 MPa. As barras de transferência serão de aço tipo CA-25, pintadas e engraxadas em metade do comprimento mais 2 centímetros. 4.4.1 Dimensionamento pelo método PACKARD 4.4.1.1 Ações móveis A tabela conforme Anexo G fornece o valor dos coeficientes de segurança, em função do número de repetições das solicitações. Para 1.000.000 repetições, o coeficiente de segurança é igual a 2. Para 10.000, o coeficiente de segurança é de 1,74. 74 • Para força na borda: Determinação da tensão de apoio: Verificação da punção Determinação da tensão de cisalhamento: Carregamento distribuído Para o carregamento distribuído será adotado coeficiente de segurança igual a 1,5. Verificação da punção, segundo Revisão da NB-1 (1999) 75 Nota-se que a verificação de punção pelo método de PACKARD (1976) é mais conservadora que a Revisão da NB-1. 4.4.1.4 Verificação da punção, segundo ACI 4.4.2 Dados executivos e planilha orçamentária de piso industrial de concreto simples Após o dimensionamento, foram elaboradas planilhas contendo dados de projeto, Tabela 4, e consumos e custos da obra, Figura 35. DADOS DE PROJETO CARGAS MOVEIS (EMPILHADEIRA) = 6.0 tf (PESO TOTAL = PESO PROPRIO + CAPACIDADE DE CARGA) CARGA DISTRIBUIDA = 6.0 tf/m2 CARGA DE MONTANTE = 4.0 tf/APOIO SUBLEITO = CBR = 10% ; EXPANSÃO = 1% fctmk = 4,5 Mpa Tabela 4: Dados de projeto Fonte: Do autor 76 Unid. Qtidade cm m2 15.000,00 v. unit. v. item v. unit. v. item m2 15.000,00 R$ 12,00 R$ 180.000,00 R$ 180.000,00 m2 15.000,00 R$ 3,80 R$ 57.000,00 R$ 57.000,00 m 4.850,00 R$ 9,65 R$ 46.802,50 R$ 46.802,50 m 0,00 R$ 9,65 R$ 0,00 R$ 0,00 m 1.260,00 R$ 8,50 R$ 10.710,00 R$ 10.710,00 m 0,00 R$ 60,00 R$ 0,00 R$ 0,00 m R$ 60,00 R$ 0,00 R$ 0,00 m2 16.500,00 R$ 12.375,00 R$ 12.375,00 m2 16.500,00 R$ 9.075,00 R$ 9.075,00 m3 3.399,00 R$ 832.755,00 R$ 832.755,00 pn 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 pn 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 pn 32,00 R$ 9.063,36 R$ 9.063,36 m 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 m 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 un. 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 m 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Kg 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Kg 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 m3 3.399,00 R$ 37.389,00 R$ 37.389,00 un. 1,00 R$ 12.000,00 R$ 12.000,00 un. 1,00 R$ 1.500,00 R$ 1.500,00 un. 1,00 R$ 1.800,00 R$ 1.800,00 2.2.7 Espaçador soldado (treliça) p/ apoio das telas superiores c/ h = 7,0 cm. R$ 3,12 2.2.5 Tela Soldada Q159 (Inferiores ). 2 ITEM DESCRIÇÃO Tratamento das juntas c/ selante base poliuretano: 2.1 MÃO DE OBRA E EQUIP.: PISO EM CONCRETO Espessura: 2.1.5 Execução de reforço de bordas (lábios poliméricos): LP: 50,0 mm x 20,0 mm. Proprietário 22 2.2 Terceiro Valor do Item PLANILHA DE CUSTOS UNITÁRIOS E TOTAIS DE PISO DE CONCRETO SIMPLES 2.1.1 Execução do piso em concreto c/ telas soldadas. 2.1.3 JS: 6,0 mm x 10,0 mm. 2.1.2 Aplicação do endurecedor superficial à base de f luorsilicato. JC: 6,0 mm x 10,0 mm. 2.1.6 Instalação de cantoneiras metálicas galvanizadas c/ grapas c/ 2" x 2" x 1/4". MATERIAIS DIVERSOS: 2.1.4 Instalação das mantas de polietileno expandido (MPE): JE: 10,0 mm x 160,0 mm. 2.2.1 Lona de polietileno p/ sub-base c/ 0,20 mm. R$ 0,75 2.2.2 Lona de polietileno p/ cura c/ 0,15 mm. R$ 0,55 2.2.3 Concreto usinado (inc. 3% de perdas). R$ 245,00 2.2.9 Barras de transferência c/ diâmetro de 20,0 mm. R$ 3,92 2.2.4 Tela Soldada Q196 (Superiores). R$ 196,48 2.2.6 Tela Soldada Q283 (P/ reforço). R$ 283,23 R$ 159,28 2.2.11 Arame recozido nº 16 p/ amarração das barras de transferência. R$ 6,50 2.2.10 Espaçador soldado (treliça) p/ apoio das barras transf. c/ h = 7,0 cm. R$ 3,12 2.2.8 Espaçador de argamassa p/ apoio das telas inferiores c/ h = 2,5 cm. R$ 0,30 2.2.12 Graxa comum p/ isolamento das barras de transferência. R$ 9,00 2.3 OUTROS INSUMOS: 2.3.1 Controle tecnológico do concreto. R$ 11,00 2.3.2 Projeto R$ 12.000,00 2.3.3 Traço do concreto R$ 1.500,00 2.3.4 Acompanhamento técnico 2 primeiras concretagens R$ 1.800,00 MATERIAIS E OUTROS INSUMOS R$ 915.957,36 MÃO DE OBRA E EQUIPAMENTOS R$ 294.512,50 TOTAL UNITÁRIO (m2): R$ 80,70 CUSTO TOTAL DO PISO DE CONCRETO ARMADO R$ 1.210.469,86 Figura 35: Planilha orçamentária de custos unitários e totais de piso de concreto simples Fonte: Do autor 4.5 Elementos comuns a todos os métodos: Barras de ligação e transferência Segundo Penna Firme (2006, p. 52) “as barras de transferência são dispositivos mecânicos empregados para transferir cargas entre placas contíguas separadas por juntas e são constituídas geralmente por barras de aço de seção circular ou quadrada, embora existam alguns modelos formados por chapas planas, mas que ainda não são empregados no Brasil”. Os pisos precisam estar dimensionados para garantir a continuidade nas juntas, utilizando mecanismos que permitam a transferência horizontal de solicitações, entre duas placas adjacentes. Estes mecanismos podem ser as barras de transferência e as barras de ligação. 79 6. CONCLUSÃO No presente estudo de caso, a opção adotada foi o uso de piso de concreto protendido, em razão das elevadas cargas de uso, do trânsito de empilhadeiras palleteiras e fundamentalmente pela qualidade, rapidez de execução, reduzindo a necessidade de juntas, o que permitiu a execução de 15.000 m2 de área com juntas de construção com comprimento total de 1.000 m no sentido longitudinal dos pavilhões (comprimento de 100 m); possibilitando que boa parte destas juntas ficasse sob as prateleiras, evitando assim o trânsito de equipamentos, proporcionando maior durabilidade e diminuindo os custos com tratamento das juntas. Os aspectos técnicos executivos aliados aos estudos comparativos de custos abaixo apresentados proporcionaram um piso industrial com excelente padrão de acabamento superficial, resistência à abrasão e com pouca necessidade de juntas. É importante ressaltar que o processo executivo, o controle tecnológico, os materiais utilizados, a cura do concreto e o acabamento, foram fatores que contribuíram para o resultado final do piso executado e são relevantes a todos os métodos. Abaixo a planilha com um comparativo entre os métodos: Tipo de piso Custo Unitário R$/m2 % Redução de Custos Comprimento de juntas (m) % maior Tempo de execução (dias) Protendido 77,72 0,00 1425,00 0,00% 10,00 Concreto Armado 90,86 14,46 4350,00 305,26% 30,00 Concreto Simples 80,70 3,70 4850,00 340,35% 40,00 Fibras 87,01 10,61 3600,00 252,63% 25,00 Tabela 5: Comparativo de Métodos utilizados Fonte: Do autor 80 Gráfico 1: Comparativo de custos unitários por m2 em função dos métodos utilizados Fonte: Do autor 10,00 30,00 40,00 25,00 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 45,00 T e m p o d e e x e c u ç ã o ( d ia s) Fibras Concreto Simples Concreto Armado Protendido Gráfico 2: Comparativo de tempo de execução em função dos métodos utilizados Fonte: Do autor 81 1425,00 4350,00 4850,00 3600,00 0,00 1000,00 2000,00 3000,00 4000,00 5000,00 6000,00 C o m p ri m e n to d e j u n ta s (m ) Fibras Concreto Simples Concreto Armado Protendido Gráfico 3: Comparativo de comprimento de juntas em função dos métodos utilizados Fonte: Do autor Observando a tabela e gráficos acima, puderam-se verificar os seguintes dados: • Os custos da solução adotada (piso protendido) foram inferiores em relação aos demais métodos em percentuais relevantes, (14,46% abaixo do piso de maior valor e 3,70% abaixo do valor mais próximo. • A quantidade de juntas da solução adotada é extremamente inferior em comprimento total aos demais métodos (340,35% abaixo do piso com maior quantidade de juntas e 252,63% abaixo do piso com quantidade de juntas mais próximo). • O tempo de execução em relação em relação aos demais métodos é bastante inferior (30 dias abaixo do piso de maior tempo e 15 dias abaixo do piso com tempo mais próximo). O método executado de piso protendido exige um traço extremamente rigoroso e que garanta resistência inicial elevada à compressão e a tração na flexão do concreto como fator preponderante para o êxito do sistema construtivo, diferenciando-se dos demais métodos, comparados, em que a resistência do concreto adotada em projeto seja atingida em 28 dias. Cabe salientar que em função do tempo de execução total do piso o método adotado fica menos exposto às variações de tempo e temperatura favorecendo a qualidade final do pavimento. 84 OLIVEIRA, P. L. Projeto estrutural de pavimentos rodoviários e de pisos industriais de concreto, SP. 2000. 246f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Estruturas) – Universidade de São Paulo, São Carlos, 2000. PITTA, M. R. Dimensionamento de pavimentos de concreto estruturalmente armados. São Paulo, 2007. 30p. RODRIGUES, Públio Penna Firme. Manual Gerdau de pisos industriais. São Paulo: PINI, 2006. 109p. RODRIGUES, Públio Penna; CASSARO, C. F. Pisos Industriais de Concreto Armado. São Paulo: 1988. 88p. RODRIGUES, Públio Penna. Projetos e critérios executivos de pavimentos industriais de concreto armado. São Paulo: 2006. 101p. RODRIGUES, Públio Penna Firme; BOTACINI, Silvia Maria; GASPARETTO, Wagner Edson. Manual Gerdau de pisos industriais. São Paulo. Pini, 2006. SENEFONTE, K. B. Diretrizes de projeto, execução e controle de pisos industriais de concreto protendido. 2007. 80f. Monografia (Especialização em tecnologia e gestão na produção de edifícios) – Universidade de São Paulo, 2007. SARZALEJO, Antonio Gallovich. ROSSI, Bruno. Manual técnico MACCAFERRI de fibras como elemento estrutural para reforço de concreto. 2000. 247p. 85 ANEXOS 86 ANEXO A – Telas soldadas para estrutura de concreto armado fabricadas pela empresa Belgo 89 ANEXO D – Tabelas de valores de k6 e k3 90 ANEXO E – Utilização de empilhadeiras de rodagem simples Adaptado de PACKARD (1976) 91 ANEXO F – Ábaco para dimensionamento de pisos industriais para carga de montantes. Adaptado de PACKARD (1976) ANEXO ll — Projeto de piso protendido 98 28. 8 1060686 65200209 95 ANEXO I2 – Projeto de piso protendido ANEXO 13 — Projeto de piso protendido pá io ujeese queen im mZho ss a , 4 : E a ES hã h LEA l virem FRONETO PRO PROTENDIDO nt
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