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Capitalismo e Religião: Max Weber vs Karl Marx, Exercícios de História do Pensamento Econômico

A análise de Max Weber sobre a origem do capitalismo e a relação com a religião protestante, em contraste com a visão de Karl Marx. O autor busca entender por que o capitalismo se desenvolveu na Europa Ocidental e América do Norte, mas não em outras partes do mundo. O texto discute a teoria da predestinação e a ética protestante como propulsores do capitalismo moderno.

Tipologia: Exercícios

2021

À venda por 13/02/2023

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Baixe Capitalismo e Religião: Max Weber vs Karl Marx e outras Exercícios em PDF para História do Pensamento Econômico, somente na Docsity! História do Pensamento Econômico Professor Edivaldo Souza Aluno (a): Iasmin Rodrigues Rosa Turma do 4° Período de Engenharia Ambiental – P1 – 29 de Abril de 2021 Descreva qual é o argumento fundamental que Max Weber apresenta em sua análise do capitalismo, na obra “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, diferenciando-o do ponto de vista de Karl Marx sobre o tema. O sociólogo e economista alemão Max Weber buscou compreender a origem do capitalismo e tentou responder por que o sistema capitalista industrial foi desenvolvido, e funcionou tão fervorosamente, justamente na Europa Ocidental e na América do Norte, mas não em qualquer outra parte do mundo. Weber identificou que uma das diferenças entre os países tidos como 'capitalistas ricos' e os tidos como 'capitalistas pobres' era a vertente religiosa. Países como Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e Canadá, capitalistas ricos, são protestantes. E países como Espanha, Brasil e Argentina, capitalistas pobres, são católicos. Sendo assim, ao montar sua obra “A ética protestante e o espírito do capitalismo” o sociólogo buscava responder cientificamente por que países protestantes eram mais capitalistas, ou mais bem sucedidos no capitalismo, que países católicos ou de outras religiões. Uma das possíveis respostas era que, no geral, os protestantes eram melhores nos negócios que os católicos, pois, no catolicismo era ensinada a recusa aos prazeres mundanos e materiais em prol da aproximação com o divino e a vida eterna. Na Igreja da Idade Média o lucro era condenado e renda deveria ser apenas o necessário para se viver. Porém, com a Reforma Protestante essa visão passa a mudar. A partir dela vem a condenação ao ócio e a ideia de que Deus agracia com riquezas aqueles que trabalham duro. Mas algo ainda mais importante foi incorporado a essa visão com o protestantismo calvinista: a teoria da predestinação. Tal teoria coloca Deus como governador único do mundo e sua vontade como inabalável, antes de vir ao mundo o homem já tivera seu destino como escolhido ou condenado traçado e ele não poderia ser alterado por suas ações na terra. Sendo assim, o livre árbitro do homem para escolher entre a prática do bem ou mal, contado pela igreja católica, se opõe à predestinação. Mas se as ações praticadas na terra não influenciam na salvação, como identificar os escolhidos? De acordo com Calvino, os escolhidos e os condenados não teriam diferenças, porém, um sinal dos escolhidos seria sucesso profissional e enriquecimento. Com isso, mais o trabalho como forma de distanciamento das tentações mundanas, os calvinistas criaram os propulsores para o capitalismo moderno. Os calvinistas acreditavam que "não é pecado ser rico; só cai em pecado quem usa de sua riqueza para satisfazer prazeres e desejos contrários aos mandamentos divinos." Daí então veio o acúmulo de capital. Em síntese, com toda essa análise Max Weber observa que a religião protestante teria norteado o surgimento do capitalismo. E é exatamente nesse ponto que ele diverge de Karl Marx: no materialismo Marxista a economia seria e estrutura que altera as outras, sendo assim, o econômico determinaria o espiritual. Já para Weber seria justamente o processo inverso, o capitalismo seria um produto do pensamento, ou da mudança do pensamento, religioso. Entretanto, vale ressaltar que Weber não encarava nenhuma das duas linhas de raciocínio como de fato verdadeiras ou falsas.
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