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Comportamento Organizacional - Resumos , Resumos de Comportamento Organizacional

Resumos de Comportamento Organizacional, nas seguintes matérias: - Papel e Processo da Gestão; - Competências da Gestão; - Motivação (c/ Teoria de Maslow); - Comunicação; - Stress no trabalho e Burnout.

Tipologia: Resumos

2021

À venda por 30/04/2024

pedro-vd-costa
pedro-vd-costa 🇵🇹

26 documentos

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Comportamento Organizacional - Resumos e outras Resumos em PDF para Comportamento Organizacional, somente na Docsity! COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL OS GESTORES: 1) O SEU PAPEL: Atualmente as organizações enfrentam dois grandes desafios: o primeiro é a capacidade de gerar um ambiente de trabalho estimulante e criativo, e o segundo é a capacidade de controlar/neutralizar os comportamentos indesejados. As responsabilidades de um gestor são múltiplas, sendo descritas da seguinte forma: o Os gestores trabalham muitas horas; o Os gestores são pessoas muito ocupadas; o Os gestores têm um trabalho fragmentado e variável; o Os gestores trabalham a maior parte do tempo com outras pessoas; o Os gestores são comunicadores. Considera-se que um verdadeiro gestor seja aquele que trabalha com os indivíduos, com o grupo e com a equipa, para atingir os objetivos. Ele focaliza os seus objetivos em duas áreas: i. Task Performance – a quantidade e qualidade do trabalho produzido ou dos serviços fornecidos por cada unidade de trabalho para o todo; ii. A Satisfação no Trabalho – a forma como as pessoas se sentem no trabalho. Tradicionalmente o trabalho dos gestores é descrito como sendo composto por quatro funções: Planear; Organizar; Liderar e Controlar. 2) PROCESSO DE GESTÃO: o PLANEAR: estabelecer objetivos e linhas de ação que permitam alcançar esses objetivos; PLANEAR ORGANIZAR LIDERAR CONTROLAR o ORGANIZAR: criação de estruturas de trabalho e de sistemas e distribuição de recursos por forma a que os objetivos e as metas sejam atingidos; o LIDERAR: dirigir, influenciar e motivar os colaboradores, a trabalharem e a manterem um bom relacionamento interpessoal; o CONTROLAR: assegurar que as atividades realizadas coincidem com as planeadas e, se necessário, implementar ações corretivas. 3) NÍVEIS DE GESTÃO: NÍVEL INSTITUCIONAL: o Predomina a componente estratégica; o Abrange a totalidade dos recursos; o Implicações a médio e a longo prazo; o Formulação de políticas globais; o Respeita ao topo da hierarquia. NÍVEL INTERMÉDIO: o Predomina a componente tática; o Elaboração de planos e programas específicos; o Respeita aos diretores funcionais; 1 2 3 NÍVEL INSTITUCIONAL NÍVEL OPERACIONAL NÍVEL INTERMÉDIO 1) PROCESSO DE MOTIVAÇÃO: o Necessidade insatisfeita (cria um desejo de preenchimento – alimentação, segurança, realização, etc.) o Comportamento orientado para os objetivos (ações para preencher as necessidades) o Satisfação da necessidade (recompensa para satisfazer aa necessidades) 2) TEORIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW: (Das mais elevadas às mais baixas) o Necessidades de Autorrealização: correspondem à possibilidade de os indivíduos serem aquilo que podem ser. Como referido pelo autor “what a men can be, he must be”. Caso as necessidades de autorrealização não sejam satisfeitas, tenderão a resultar em desordens psicológicas e emoções negativas. Cada pessoa satisfaz as suas necessidades de autorrealização de uma forma diferenciada. (ex. moralidade; criatividade; espontaneidade; aceitação de factos; etc.) o Necessidades de estima: pessoas com um emprego estável, razoavelmente renumeradas e com um relacionamento social satisfatório podem mesmo assim sentir-se frustradas. A explicação radica no facto de desejarem alcançar o respeito e a estima dos outros, o que implica a possibilidade de desenvolverem e afirmarem a autocapacidade e não experimentarem sentimentos de inferioridade ou de vulnerabilidade. (ex. autoestima; confiança; conquista; respeito pelos outros) o Necessidades de afeto e de pertença: referem-se à busca de relacionamentos interpessoais e sentimentos recíprocos, ou, como o autor afirma, “a dar e receber amor”. Embora na sua formulação inicial apenas se referisse ao amor, Maslow alargou mais tarde esta categoria para incluir as necessidades sociais. (ex. amizade, família) o Necessidade de segurança: Maslow nota que, no caso das sociedades desenvolvidas, as necessidades de segurança da maioria dos adultos estão razoavelmente preenchidas. No caso do trabalho, esta necessidade encontra expressão, por exemplo, no desejo de um emprego estável ou numa poupança bancária. Em circunstâncias sociais indesejáveis, estas necessidades podem, no entanto, ser importantes, como é o caso das sociedades violentas. (ex. segurança do corpo; do emprego; da família; da saúde; etc.) o Necessidades fisiológicas:incluem a fome e a sede, o sexo (distinguido, pelo autor, do amor e da autoestima) e o sono. Referem-se ao nível mais elementar da existência humana. Segundo Maslow, as necessidades não satisfeitas são os motivadores principais do comportamento humano, havendo precedência das necessidades mais básicas sobre as mais elevadas. Exemplificando: estando por satisfazer necessidades fisiológicas, um indivíduo não se sentirá estimulado pelas necessidades de estima, por exemplo. Por outro lado, estando satisfeitas as necessidades de um determinado nível, tornam-se ativas as necessidades do nível imediatamente seguinte, deixando as de nível anterior de ser motivadoras (ainda que continuem a necessitar de ser satisfeitas). Raramente todas as necessidades estão satisfeitas, aquilo que é possível, é investir-se em mais do que um nível em simultâneo. Em regra, só depois de as necessidades de um nível estarem satisfeitas, é que o sujeito se sente motivado a procurar um outro nível. 3) ESTRATÉGIAS DE MOTIVAÇÃO: A maior parte dos gestores acaba, na prática, por usar várias técnicas cuja relação com as teorias explicadas é evidente, de referir: o Definição, enriquecimento e alargamento dos cargos; o Renumeração ligada ao desempenho; o Participação; o Adaptabilidade dos horários de trabalho; o Partilha do posto de trabalho (part-time); o Teletrabalho. COMUNICAÇÃO: 1) COMUNICAÇÃO: A comunicação é o processo de transferência de informações, ideias, conhecimentos ou sentimentos entre as pessoas. Então, numa perspetiva organizacional, podemos afirmar que os objetivos estabelecidos por uma organização só serão atingidos se forem comunicados aos seus elementos. Uma organização humana é simplesmente uma rede comunicacional: se a comunicação falha, uma parte da estrutura organizacional também falha. Vários trabalhos empíricos sugerem que, de facto, a comunicação eficaz contribui para o sucesso gestionário e organizacional. Figura: Distribuição aproximada de tempo de comunicação do gestor. 1 2 3 COM SUPERIORES COM SUBORDINADOS COM OUTROS DEPARTAMENTOS seja, são todos os comportamentos “involuntários” por parte de um indivíduo que nos vai dar alguma informação sobre o que está a “sentir”. o Aparência: as pessoas preocupam-se com a sua aparência física e vestuário; a aparência é determinante para as primeiras impressões; as nossas roupas e adornos comunicam sempre algo acerca de nós. Através do nosso vestuário podemos exprimir emoções e sentimentos, o nível social e económico em que nos inserimos, etc. o Paralinguística: é a maneira de falar, o tom de voz e a cadência de fala. Na análise da voz temos de ter em conta que a voz deve ser projetada de modo que o interlocutor a ouça, tendo em conta a distância que se encontra; o tom não deve ser nem muito alto, nem muito baixo, deve revelar confiança e interesse; o timbre grave é o melhor; a articulação não se deve arrastar nem comer palavras. o Cinésia: é o movimento do corpo e dos membros. O rosto está em permanente mobilidade e cheio de expressão (o sorriso, o olhar, as sobrancelhas, etc.); o olhar é uma fonte imensa de mensagens; os gestos são, igualmente, um reforço da nossa mensagem não verbal; através das mãos e dos braços podemos verificar a autenticidade ou não da mensagem. Devemos ter sempre em consideração a postura com que abordamos ou comunicamos com alguém, tendo que, esta é fundamental para a eficácia da comunicação e da relação interpessoal, devendo evitar os braços cruzados, as mãos nos bolsos, entre outras coisas. 3) BARREIRAS À COMUNICAÇÃO: o Diferentes quadros de referência: as diferentes experiências, valores, sentimentos, desejos, motivações, receios, ambições, valores, expectativas das pessoas podem gerar diferentes significados; o Perceção seletiva: de entre as mensagens recebidas, as pessoas tendem a desconsiderar as que colidem com as suas perspetivas de vida ou não confirmam aquilo em que acreditam; o Incompetência em escutar: escutar implica compreender os sentimentos do interlocutor, mostrar interesse genuíno em ouvi-lo, não mostrar distração, não interromper; o Juízos de valor, estereótipos e preconceitos: a interpretação projetada sobre a mensagem é influenciada pela avaliação que se faz do emissor; o Barreiras físicas: a distância entre as pessoas, os ruídos e os problemas técnicos constroem obstáculos sérios à comunicação; o Estilos pessoais de comunicação: alguns estilos pessoas de comunicação dificultam a comunicação. Pessoas com diferentes estilos preferenciais também podem ter dificuldade em comunicar; o Papéis desempenhados; o Ruído; o Estado de saúde ou fadiga; o Sensibilidade interpessoal; o Falta de motivação; o Preocupação somente em fazer-se ouvir; o Resistência à mudança; o Etc. 4) ESCUTA ATIVA: Escutar é uma técnica de comunicação que implica que o recetor interprete e compreenda a mensagem que o emissor lhe transmite. “Saber ouvir, a chave da empatia, é também crucial para a competência na comunicação. Ser bom ouvinte – fazer perguntas inteligentes, ter espírito aberto e compreensivo, não interromper, procurar fazer sugestões – representa cerca de um terço das avaliações das pessoas sobre se alguém com quem trabalham é ou não comunicador eficaz. Compreensivamente, saber ouvir conta-se entre as capacidades comerciais mais frequentemente ensinadas.” – Goleman, 1998 A literatura também sugere que a escuta ativa é crucial em processos negociais em situações de crise, ajudando a resolver crises e sendo uma competência essencial para os negociadores. Escutar ativamente engloba: o Saber ouvir; o Demonstrar empatia; o Manifestar interesse e recetividade; o Incentivar; o Perguntar; o Evitar interromper; o Adaptar, e repetir a mensagem; o Observar a linguagem corporal; o Controlar as emoções e preconceitos. Técnicas da escuta ativa: o Parafrasear: reforçar as palavras que foram ditas, refletindo e voltando a trás. Permite demonstrar que ouvimos e que percebemos o que foi dito e leva a um novo discurso; o Refletir sentimentos: refletir sobre o que a pessoa disse, sentiu ou pareceu sentir; o Técnica do “Eco”: utilizar as últimas palavras ditas pela pessoa e proferi-las em tom de questão de forma a serem desenvolvidas; o Questões abertas: encorajar a pessoa a falar mais sobre determinado assunto/problema. São questões que não limitam a resposta; o Afirmações em tom de questão: fazer uma pergunta incitando a outra pessoa a responder/intervir; o Sumário: resumir o que foi dito, demonstrando o que se compreendeu. Existe assim a possibilidade de se corrigir ou adicionar alguma coisa; o Explorar: uso de questões específicas para aprofundar detalhes ou focar assuntos importantes; o Clarificar: significa voltar atrás e confirmar algo sempre que existam dúvidas, dando possibilidade à pessoa de se explicar com mais clareza; o Pedir Exemplos: permite demonstrar que estamos a acompanhar o discurso da outra pessoa e também permite esclarecimentos sobre o assunto; o Usar expressões de encorajamento: consiste em simples movimentos afirmativos com a cabeça, sorrisos, “hmm”, etc.; Os sinais e sintomas de stress são diferenciados pelas várias vertentes do ser humano: o Físico – aumento da PA; palpitações; dores de cabeça, pescoço e ombros; alterações do sono (insónias ou hipersónias); alteração do peso (sem apetite ou excesso de apetite); indigestão e náuseas; fadiga; o Cognitivo – dificuldade de concentração; problemas de memória; confusão mental; dificuldade em tomar decisões; autoconservação negativa; o Emocional – alteração de humor; irritabilidade; perda de controlo; sensação de sufoco/incerteza; desamparo; ideação suicida; baixa autoestima; labilidade emocional; o Comportamental – perda de interesse no trabalho e nas atividades sociais; consumo de álcool, tabaco e estupefacientes; afastamento social; desinteresse sexual; posição de conflito constante com os outros; o Espiritual – descrença em questões de fé; sensação de vazio; dúvida; sensação de desnorte. 3) CAUSAS DE STRESS Indivíduo Características intrínsecas do trabalho Papel da organização Tipo de personalidade Capacidade de lidar com as mudanças Tolerância à ambiguidade Estratégias de coping Trabalho em excesso Trabalho por turnos Pressão de tempo Condições físicas desagradáveis do trabalho Não participação nas tomadas de decisão Ambiguidade de papéis Expectativas NOTA*: uma perspetiva mais recente do stress define o stress como quando esticamos um elástico mais do que a sua capacidade de elasticidade – perspetiva interaccionista. 4) COPING Coping corresponde às respostas emitidas pelo indivíduo e, têm por finalidade diminuir a “carga” física, emocional e psicológica ligada aos acontecimentos indutores de stress. Estratégias de Coping: → Coping centrado na resolução de problemas (ex. planificação; procura de apoio instrumental) → Coping centrado na regulação emocional (ex. apoio na religião; procura de apoio social e emocional) → Coping por negação e evitamento (ex. desinvestimento comportamental e mental; uso de drogas /álcool) 5) SERÁ O STRESS SEMPRE NEGATIVO? BOM STRESS MAU STRESS Motiva Debilita Promove a clareza de pensamento Gera confusão Mantém o foco nos resultados Pensa-se somente nos esforços O trabalho é visto como um desafio Sente-se a sobrecarga do trabalho Facilita a concentração na tarefa Contribui para a distração da tarefa Liberta e expressa emoções Expressão de emoções sem sentimento de libertação Sentimento de realização Sentimento de falha Otimismo em relação ao futuro Pessimismo em relação ao futuro O stress, como visto na imagem e no quadro acima, nem sempre é negativo. Como visto na imagem, o stress passa a ser negativo quando ultrapassa a linha da fadiga para o outro lado (overload). Até é essa linha, considera-se que o stress seja um BOM stress, um stress que estimula o raciocínio, facilita a concentração, e muitas outras coisas referenciadas na tabela acima. 6) STRESS CRÓNICO vs STRESS AGUDO O stress crónico está associado às condições de vida de um indivíduo, aos papéis que o indivíduo desenvolve continuamente no trabalho e na família (ex. conflitos de conciliação do trabalho e família). Já o stress agudo está relacionado com eventos menores ou maiores, limitados no tempo, ameaçadores num momento particular da vida e por um período breve (ex. saltar de para- quedas) 7) STRESS PROFISSIONAL É a interação das condições de trabalho com as características do trabalhador, de tal modo que as exigências que lhe são criadas ultrapassam a sua capacidade em lidar com elas. Sinais/Sintomas Psicológicos: → Ansiedade ou medo; → Apatia;
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