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CONSERVAÇÃO de BENS CULTURAIS, Resumos de Sistemas de Informação

Esta publicação é parte da série “Nas Trilhas do Patrimônio Cultural”, composta por cinco volumes. O primeiro, Museologia, reflete o desejo de aproximação dos leitores a esta área de conhecimento, difundida pelo seu principal veículo de comunicação – o Museu – que, contraditoriamente, está distante da maioria da população, que deixa de usar e de se apropriar das ferramentas culturais que envolvem o campo dos museus e da museologia. O segundo volume, Museus, apresenta um panorama nacional e internacional da formação dos museus, sendo o de Alexandria o mais representativo de que se tem registro. O terceiro volume, Coleções, aborda a formação de coleções e apaixonados por elas, os colecionadores, além de algumas curiosidades sobre o tema. O quarto, Museus de Ciência e Tecnologia, chama-nos a atenção para o fato de serem instituições que visam a divulgação de conhecimentos específicos de algumas ciências exatas e/ou da natureza – como biologia, física, química, matemática, geologia, astron

Tipologia: Resumos

2015

Compartilhado em 27/06/2023

ana-carolina-s8y
ana-carolina-s8y 🇧🇷

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Baixe CONSERVAÇÃO de BENS CULTURAIS e outras Resumos em PDF para Sistemas de Informação, somente na Docsity! Repositório Institucional da Universidade de Brasília repositorio.unb.br Autorização concedida ao Repositório da Universidade de Brasília (RIUnB) sob licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. Você tem direito de: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. De acordo com os termos seguintes: Atribuição — Você deve dar crédito ao autor. Não Comercial — Você não pode usar o material para fins comerciais. Sem Derivações — Você não pode remixar, transformar ou criar a partir do material. Authorization granted to the Repository of the University of Brasília (RIUnB) under a Creative Commons Attribution 4.0 Unported International. You are free to: Share — copy and redistribute the material in any medium or format Under the following terms: Attribution — You must give appropriate credit. NonCommercial — You may not use the material for commercial purposes. NoDerivatives — You cannot remix, transform, or build upon the material. Volume VI Universidade de Brasília conservação de BeNS CULTURAIS Nas Trilhas do Patrimônio Cultural Volume V Brasília DF Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação 2015 SILMARA KÜSTER DE PAULA CARVALHO CLARA LANDIM FRITOLI conservação de Bens cULTUraIs Nas Trilhas do Patrimônio Cultural Volume V Brasília DF Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação 2015 coordenadora do curso de Museologia Profª. Dra.Ana Lúcia de Abreu Gomes coordenadora do Projeto Por muito mais que 50 anos: Salvaguarda do Patrimônio Cultural da Universidade de Brasília Silmara Küster de Paula Carvalho Projeto gráfico e diagramação: Hagnner Küster de Paula Ilustrações: Tânia Mara Pinheiro Revisão: Cleonice Fritoli Imagem da Capa: Ana Caniatti Adaptação de Texto: Almir Gomes da Silva Realização: Universidade de Brasília - FCI - Curso de Museologia Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos Ministério da Justiça - Secretaria Nacional do Consumidor Apoio: Biblioteca Central da UnB, Faculdade de Ciência da Informação, Associação dos Conservadores e Restauradores do Paraná, Caniatti Conservação e Restauro e Restauro & Papel. Agradecimento: Mario de Souza Chagas C331c Carvalho, Silmara Küster de Paula. Conservação de bens culturais [recurso eletrônico] / Silmara Küster de Paula Carvalho, Clara Landim Fritoli. – Brasília : UnB, FCI, 2015. 36 p. : il. – (Nas trilhas do patrimônio cultural ; v. 5) Documento em PDF. Inclui bibliografia. ISBN 978-85-88130-43-2. 1. Museologia. 2. Patrimônio cultural – Conservação. I. Fritoli, Clara Landim. II. Título. III. Série. CDU 008:351.711 I n T r o D U ç ã o Esta publicação é parte da série “Nas Trilhas do Patrimônio Cultural”, composta por cinco volumes. O primeiro, Museologia, reflete o desejo de aproximação dos leitores a esta área de conhecimento, difundida pelo seu principal veículo de comunicação – o Museu – que, contraditoriamente, está distante da maioria da população, que deixa de usar e de se apropriar das ferramentas culturais que envolvem o campo dos museus e da museologia. O segundo volume, Museus, apresenta um panorama nacional e internacional da formação dos museus, sendo o de Alexandria o mais representativo de que se tem registro. O terceiro volume, Coleções, aborda a formação de coleções e apaixonados por elas, os colecionadores, além de algumas curiosidades sobre o tema. O quarto, Museus de Ciência e Tecnologia, chama-nos a atenção para o fato de serem instituições que visam a divulgação de conhecimentos específicos de algumas ciências exatas e/ou da natureza – como biologia, física, química, matemática, geologia, astronomia, entre outras – e/ou de áreas da tecnologia e, por fim o quinto volume, Conservação de Bens culturais está voltado à preservação de objetos dos museus. Todos os volumes estão relacionados ao campo dos museus e da museologia como forma de divulgar a importância da preservação da nossa história e memória cultural. O Curso de Museologia da Universidade de Brasília se sente honrado em apresentar ao público juvenil a série Nas Trilhas do Patrimônio Cultural. Esta série faz parte do Projeto Por Muito mais que 50 anos: Salvaguarda do Patrimônio Cultural da Universidade de Brasília, selecionado através de edital do Ministério da Justiça/CFDD/SENACON. “No dia em que uma obra de arte é terminada, começa de certo modo a sua outra vida. Pois o tempo, esse grande escultor, se encarregará de modif icar o que o artista acabou”. Marguerite Yourcenar sabe aquela velha frase que sempre ouvimos dos nossos avós “na minha época...” ou “quando eu tinha a sua idade...”? pois é, agora está mais fácil saber do que eles estavam falando. Cada momento no tempo pode ser pre- servado de modo que finalmente poderemos entender porque somos tão diferentes dos nossos pais, mas isso não se resume apenas a eles. quem não gostaria de saber como as pessoas vi- viam numa época sem internet, celular, videogame, enfim, isso parece ser impossível hoje, porém devido às inven- ções, descobertas, inovações, criações da humanidade podemos nos sentir parte integrante da história, depen- de do olhar que cada um passará a fazer do patrimônio cultural seja local, regional ou mundial. no presente volume vamos apresentar a importância da con- servação do patrimônio cultural tangível em suas diversas formas. POR QUE PRESERVAR OS BENS CULTURAIS? O sonho da maioria das pessoas é fazer algo que entre para a história, registrar momentos que possam ser lembrados daqui a alguns anos. Uma música contagiante que fica semanas na lis- ta da Billboard ou um simples desenho que vira símbolo nacional de uma época em que as calças com lantejoulas estiveram na moda – sorte nossa sabermos que hoje nos vestimos tão bem – podem fazer parte de um sentimento do indivíduo ao coletivo, depende apenas de sua preser- vação. isso também nos inclui no pertencimento a um grupo, a uma época histórica... O conceito de conservação dos bens culturais pode ser compreendido como o conjunto de esforços para prolongar ao máximo a existência dos objetos a partir de intervenções conscientes e controladas no ambiente externo ao objeto, como também de intervenções diretas no objeto (FRONER e SOUZA, 2008). Significa que daqui a alguns anos seremos nós a usarmos a frase “na minha época...”. O Conselho Internacional de Museus, no seu comitê de conservação ICOM CC, enfatiza a importância da transmissão do patrimônio cultural tangível a futuras gerações, assegurando seu uso atual e respeitando o seu significado social e espiritual. Para o ICOM CC a tomada de decisões, no que envolva o patrimônio cultural, incluirá sempre a documentação e a investi- gação (histórica, artística, científica ou técnica), e levará em conta o contexto passado, presente e futuro do bem cultural. O mesmo comitê de conservação adota e diferencia os seguintes termos para a conservação de bens tangíveis: Conservação preventiva, Conser- vação curativa e Restauração. conservação cUraTIva e resTaUração A CONSERVAçãO CURATIVA ocorre diretamente no bem objetivando deter processos de degradação já instalados ou reforçar a estrutura desse bem, tais como: “desinfestação de têxteis, a dessalinização de cerâmicas, a desacidificação de papel, a desidratação de materiais arqueológicos úmidos, a estabilização de metais corroídos, a consolidação de pinturas murais, a remoção de vegetação invasora nos mosaicos”ABRACOR (2008, p.3). lembra-se aquele livro que você leu, releu e fez questão de indicar aos seus amigos? Então, ele também é um patrimônio cultural, e quando devidamente preservado pode durar anos, sécu- los, ou seja, seus futuros netos terão a mesma oportu- nidade que você teve de se emocionar com algo que fez parte da sua vida. quando há sujidades ou quando há grampos me- tálicos em processo de oxidação no papel, por exemplo, os livros e documentos deverão passar por algum trata- mento de conservação. REMOçãO DE GRAMPO METÁLICO Foto: Silmara Küster Projeto de revitalização do Acervo de Carlos Lacerda Biblioteca Central da UnB - Setor de Restauração A RESTAURAçãO atua diretamente em um único objeto quando este perdeu uma parte do seu significado, porém sempre respeitando o material original. O objetivo da restauração é per- mitir ao objeto novamente a função estética, pesquisa e uso. Na restauração é possível, por exemplo, a reconstituição de partes que- bradas de um objeto ou escultura, o retoque em pinturas, a remo- delação de uma cesta etc. Praticamente técnicas que gostaríamos de ter para usar naquele tablet que por acidente caiu no chão. ANTES E DEPOIS DA RESTAURAçãO Foto e Restauração: Ana Caniatti O cientista da conservação Stefan Michalski ressalta que preservar um acervo significa reduzir toda a perda futura, sen- do então necessária a verificação de quais são os possíveis agen- tes de riscos e quais os perigos que podem potencializar tais agentes a atingir o acervo agora e no futuro – num período de pelo menos 100 anos, ou seja, as instituições devem fazer uma GesTão De rIsco. Risco é compreendido como a probabi- lidade de algo negativo acontecer ao acervo a qualquer momen- to. A gestão de risco expande a ideia da conservação preventiva. Roubo, vândalos e pessoas distraídas Segundo INFOGLOBO (2013) o banco de dados da inter- nacional Ar t Loss Register apontou cerca de 300 mil obras furtadas no mundo, e no Brasil em torno de 10 mil obras. No Brasil, o Banco de Dados de Bens Culturais Procura- dos foi criado em 2007 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) com o objetivo de propiciar a rápida recuperação dos objetos culturais roubados. Este Banco de Dados faz parte da “Luta Contra o Tráfico Ilícito de Bens Culturais, cam- panha da UNESCO que foi desenvolvida pelo IPHAN em conjunto com a Polícia Federal/Interpol”. O Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) disponibiliza o Cadastro de Bens Musealizados Desapare- cidos (CBDM) cujo objetivo é reunir informações sobre acervos desaparecidos pertencentes a museus no Brasil. Incêndio - Os incêndios na maioria das vezes são de- correntes de sistemas de iluminação e elétricos inadequados, tan- to na edificação quanto em montagem de exposições e também podem atingir as instituições a partir de edificações próximas. Os acervos em sua maioria são constituídos por materiais orgânicos e mistos e a destruição pelo fogo poderá ser total. O vandalismo contra os objetos culturais também deixa marcas, muitas delas irreversíveis. Ressaltamos que o vanda- lismo é crime e além da perda para a nossa história, acarreta gastos públicos altíssimos para a recuperação dos objetos degradados. Água - Pode ser decorrente de inundações, tempestades, canalizações inadequadas. Pode provocar vários danos ao acervo como, por exemplo, a corrosão dos metais, a absorção da água pelos materiais orgânicos, lama nos materiais. Caso os objetos atingidos não sejam atendidos a tempo poderá provocar a proliferação do mofo. Pragas - Esses agentes constituem ameaça aos objetos de valor cultural em razão dos graves danos que podem causar aos acervos e coleções. Fungos e insetos se alimentam dos materiais orgânicos que constituem as obras (colas, couro, celulose, pergaminho, madeira, têxteis, etc). Assim a madeira, o papel, os têxteis se expandem quando a umidade relativa do ambiente estiver elevada e se contraem quando a umidade estiver baixa. Quando a temperatura e a umidade relativa estão com ín- dices elevados também possibilitarão a proliferação de mofo e insetos. A temperatura elevada aumentará a velocidade da degrada- ção química, catalizando os processos de envelhecimento. Segundo Ogden (1997), as reações químicas dobram a cada elevação de 10º C de temperatura e a umidade relativa elevada fornecerá “o meio neces- sário para promover reações químicas danosas aos materiais”. Os materiais inorgânicos como, por exemplo, os metais sofrem com a ação de umidade elevada, uma vez que “a água permite o transporte por difusão de numerosas substâncias dissolvidas (nos materiais de limpeza ou contato) ou em suspensão (poluição) e ativa as reações químicas de óxido-redução (corrosão)” (SOUZA, 2004, p. 6). Radiação - Os efeitos nocivos da luz são cumulativos e irreversíveis. Provocam o esmaecimento de tintas e pigmentos, amarelecimento dos papéis e aceleram o envelhecimento das obras. Quanto maior for a intensidade da luz, maior é o dano. Os objetos devem estar protegidos ou expostos apenas aos níveis mínimos de iluminação. Poluentes - Os poluentes causam inúmeros danos aos objetos. Como exemplo de fontes externas temos a poluição ur- bana, a maresia, a fuligem das queimadas. A poluição urbana, por exemplo, poderá provocar o desvanecimento da cor em alguns co- rantes utilizados em aquarelas e os particulados, como a areia, po- derão provocar a corrosão em metais. Também é importante que as instituições observem os poluentes internos como alguns tipos de materiais utilizados na embalagem das obras, pois emitem gases nocivos aos materiais. Dissociativo - Este agente recentemente acrescido à lista refere-se à perda de um item do conjunto. Por exemplo, a falta de inventário e documentação do acervo poderá contribuir para a perda de algum item de determinada coleção. Também pode ser re- lacionada a perda da informação quando os equipamentos tornam- -se obsoletos para a leitura de determinada mídia. Ressalta-se ainda o inciso IX do artigo 30 da Constituição Federal, que define como competência dos municípios “promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, obser- vando a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual” (BRASIL, 1988). A Lei Federal nº 8.159, de 1991, em seu artigo 1°, estabelece que: “É dever do Poder Público a gestão docu- mental e proteção especial a documentos de arquivos, como instrumentos de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como elemento de prova e informação”, e no artigo 25: “ficará sujeito a responsabi- lidade penal, civil e administrativa, na forma da legislação em vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou considerados de interesse público e social” (BRASIL, 1997). Para saBer MaIs... Associação Brasileira de Conservadores e Restauradores de Bens Culturais http://www.abracor.com.br/ American Institute for Conservation of Historic and Artistic works www.conservation-us.org/ Canadian Conservation Institute www.cci-icc.gc.ca/index-eng.aspx Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis www.eba.ufmg.br/cecor/cecor.html Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) www.museus.gov.br Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) - Cadastro de Bens Musealizados Desaparecidos (CBMD) http://www.museus.gov.br/desaparecidos/ Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN - Bens Culturais Procurados http://portal.iphan.gov.br/consultaPublicaBCP/index.jsf International Council of Museums - Committee for Conservation www.icom-cc.org/ _______________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ Agora é a sua vez. participe desta conversa: Afinal, o que mais despertou sua curiosida- de sobre Conservações de bens culturais? CONSELHO FEDERAL GESTOR DO FUNDO DE DEFESA DE DIREITOS DIFUSOS MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA NACIONAL DO CONSUMIDOR Faculdade de Ciência da Informação Curso de Museologia
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