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DISLIPIDEMIA, Notas de estudo de Cardiologia

DISLIPIDEMIAS, UMA DASPRINCIPAIS CAUSAS DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES.

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 02/12/2011

jiselia-cruz-de-oliveira-8
jiselia-cruz-de-oliveira-8 🇧🇷

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Baixe DISLIPIDEMIA e outras Notas de estudo em PDF para Cardiologia, somente na Docsity! INSTITUTO AVANÇADO DE ENSINO SUPERIOR DE BARREIRAS-IAESB FACULDADE SÃO FRANCISCO DE BARREIRAS JISÉLIA OLIVEIRA LUCIANA SEIXAS THAYS CARVALHO Dislipidemia BARREIRAS-BA 1 2011 Introdução As doenças cardiovasculares e doenças cerebrovasculares são as principais causa de mortalidade no Brasil. Nos últimos anos os estudos epidemiológicos definiram a dislipidemia e mais alguns fatores associados tais como: Sexo, idade, história familiar, hipercolesterolemia (LDL elevado), hipertensão, tabagismo, HDL baixo, diabetes, sedentarismo, obesidade e estresse psicossocial como os principais fatores de riscos que contribuíram para a evolução das doenças. Começaremos por explicar os principais componentes desta patologia, os lipídios e as lipoproteínas para ajudar a compreender os mecanismos de ação nas dislipidemias. Abordaremos sobre os principais tipos que se definem entre primaria que são de ordem genética e a secundaria que pode ser originada através de medicamentos, de algumas doenças ou até mesmo do alcoolismo. Definiremos as causas e as conseqüências, e os fatores de risco, que poderá ocasionar uma arteriosclerose que se refere ao espessamento e a perda de elasticidade das paredes arteriais. E são definidas em três tipos, a aterosclerose, esclerose cálcica e arteriolosclerose. Que podem ocorrer danos vascular endotelial, podendo ocasionar agregação de plaquetas que irá ocasionar formação de trombos nas aterias. Será enfatizada a terapia medicamentosa de anticoagulantes, seu mecanismo de ação que visa inibir a formação de trombos. , 2 Entre 161 e 190 mg/dL - Alto Maior que 190 mg/dL - Muito alto HDL Menor que 40 mg/dL - Baixo (ruim) Entre 41 e 60 mg/dL - Normal Maior que 60 mg/dL - Alto (ótimo) DISLIPIDEMIA Denomina-se um distúrbio caracterizado pela concentração de colesterol e triglicerídeos na corrente sanguínea. A dislipidemia pode ser primária ou secundária. DISLIPIDEMIA PRIMÁRIA Deve-se a uma combinação de dieta e genética onde englobam a hiperlipidemias e hipolipidemias. A hiperlipidemia primária resulta de metabolismo lipídico anormal decorrente de uma predisposição genética recorrente, e resultam de uma gama de anormalidades nos genes codificadores de enzimas, apoliproteínas, ou receptores envolvidos no metabolismo lipídico. A hipolipidemia diminuição de LDL-C: abetalipoproteinemia e hipobetalipoproteinemia; diminuição de HDL-C: hipoalfalipoproteinemia e deficiência familiar de apo A (doença de Tangier). 5 A OMS classifica a hiperlipidemia primária em seis tipos: Tipo Herança Características Mecanismo Hipercolesterolemia familiar Autossômica dominante Colesterol plasmático elevado LDL plasmático elevado Arco senil e xantomas tendinosos Risco elevado de ateroma Provocada por anormalidades na síntese, transporte, ligação aos receptores ou internalização do LDL, muitos genes e mutações envolvidos. Hiperlipidemia familiar combinada Autossômica dominante Colesterol plasmático elevado VLDL plasmático elevado Níveis anormalmente elevados de apo lipoproteína B produzida 6 LDL plasmáticos elevado Risco aumentada de ateroma. no fígado, presumivelmente por defeito em um gene regulador. Hipertrigliceridemia familiar Autossômica dominante VLDL plasmático elevado Risco aumentado de ateroma em alguns casos Possível polimorfismo em algunsgenes codificadores de apo A e C. Os pacientes com associações de HDL baixo desenvolvem ateroma prematuramente. Disbetalipoproteinemia Familiar Polimorfismo autossômico; Rara Quilomícrons elevados IDL elevado Xantomas erosivos Riscos elevado de ateroma. Fenótipo E2/2 de apo lipoproteína E. Alfalipoproteinemia Familiar Rara Colesterol sérico elevado HDL elevado Risco reduzido de ateroma HDL elevado Quilomicronemia Familiar Autossômica recessiva Rara Quilomícrons elevados Xantomas em alguns casos Pancreatite em alguns casos 1)Lipoproteína lípase endotelial Reduzida 2)Níveis reduzidos de apo C-II Fonte: fig.25.16. Patologia; Alan Stevens et al. 2.ed. 2002. 7 liberados no espaço intimal, perpetuando e ampliando o processo, levando finalmente a formação da placa aterosclerótica. ARTERIOSCLEROSE – refere-se ao espessamento e a perda de elasticidade das paredes arteriais. Aterosclerose é um processo patológico que afeta qualquer órgão ou tecido, que atinge as artérias que suprem o coração, o encéfalo e as pernas, as placas de ateroma que ocupam maior extensão na luz da artéria desenvolve um trombonas placas que oclui parcial ou completamente uma artéria. A hemostasia é a interrupção do sangramento de vasos sanguíneoslesados e é essencial à vida. A vasoconstrição causada pelo ferimento pode ser acompanhada de adesão e ativação de plaquetas, formação de fibrina. E são definidas em três tipos: • Aterosclerose -doença crônica que afeta a parede das artérias de grandes e médios calibres, levando a formação de placas de gordura (ateromas) que podem comprometer o fluxo de sangue através dessas artérias. O nível sérico de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) formadas a partir do catabolismo das lipoproteínas de densidades muita baixa (VLDL). O risco esta inversamente relacionada com os níveis de lipoproteínas de alta densidade (HDL), talvez pelo fato de a HDL ajudar remover o colesterol das lesões da parede vascular. • Esclerose cálcica da média –calcificação dentro da camada média das artérias pode ocorrer conjuntamente com a aterosclerose. • Arteriolosclerose –é o espessamento das paredes das pequenas artérias e das arteríolas, pode induzir lesão isquêmica. Está freqüentemente associada com hipertensão e diabetes mellitus. ANGINA PECTORIS Caracteriza-se por dor subesternal ou precordial paroxística ou desconforto em decorrência da isquemia sem infarto franco, ocorre quando o coração na está recebendo sangue suficiente. Foram descritos três padrões ligeiramente distintos de angina: Estável, prinzmetal e instável. Esses padrões são diferenciados clinicamente com base na provocação e intensidade da dor. 10 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL Entupimento ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada, e são definidas em dois tipos: Isquêmico: entupimento dos vasos que levam sangue ao cérebro; Hemorrágico: rompimento do vaso provocando sangramento no cérebro. DOENÇA DE TANGIER Distúrbio genético de metabolismo lipídico é autossômico recessivo e refere-se à síntese reduzida da apoproteína A, fazendo com que ocorra uma maciça diminuição da fração HDL no soro. Devido ao distúrbio no transporte, nas células do sistema reticulo endotelial são armazenadas grandes quantidades éster de colesterol. As células adquirem assim, uma aparência de espuma (células espumosas). INSUFICIÊNCIA VASCULAR PERIFERICA Obstrução das artérias dos membros, impedindo a chegada do sangue em quantidade suficiente para oxigenar os músculos, os ossos e a pele.Causada pela aterosclerose (deposição de placas de gordura calcificadas ou não) que à medida que aumenta acaba provocando entupimento e tromboses. TROMBOSE Trombose é a formação patológica de um tampão “hemostático” dentro da vasculatura na ausência de sangramento. A trombose arterial é caracterizada pela composição das plaquetas e leucócitos numa trama de fibrina, onde se associa à arteriosclerose causando a inibição do fluxo sanguíneo. O trombo venoso consiste na iniciação de coagulação, causam doença por dois mecanismos: • A trombose causa congestão local, edema e talvezinflamação por comprometimento da saída normal do sangue venoso. (tromboflebite, trombose venosa profunda). 11 • A trombose consiste em formação de trombosque se alojam nos pulmões a partir da consistência gelatinosa com composição parecida com do coágulo que acontece ao longo do fluxo sanguíneo, causando embolia pulmonar. O sistema da coagulação consiste em uma cascata de enzimas proteolíticas e co- fatores. Existem duas vias na cascata: a via extrínseca, que opera in vivo e a via intrínseca ou de contato que opera in vitro. Ambas as vias resultam na ativação o fator X, que então converte a protombina em trombina, a coagulação sanguínea é controlada por inibidores enzimáticos e fibrinólise. HIPERTRIGLICERIDEMIA Os triglicerídeos séricos e os componentes lipídicos ricos em triglicerídeos (quilomícras e VLDL), estão aumentados de forma isolada ou em associação com outros distúrbios, as características clínicas mais acentuadas são hepatoesplenomegalia e xantomas. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA DISLIPIDEMIA O tratamento inicial baseia-se em modificações no estilo de vida: o primeiro passo é adquirir uma dieta que seja capaz de reduzir o máximo a colesterolemia, através de uma alimentação pobre em gorduras saturadas e baixo teor de colesterol. A terapia medicamentosa é usada completamente às medidas dietéticas e a correção de outros fatores de risco cardiovascular modificáveis. As drogas utilizadas para o controle das dislipidemias são usadas para reduzir os lipídios sanguíneos, evitar ou retardar o desenvolvimento da placa aterosclerótica, essas drogas alteram a produção, o metabolismo ou retirada de lipídios e lipoproteínas. Os principais agentes usados clinicamente são: • Estatinas: inibidores da 3-hodroxi-3-metilglutaril-coenzima A (HMG-CoA) redutase • Fibratos • Inibidores da absorção do colesterol • Acido nicotínico e seus derivados • Derivados de óleo de peixe ESTATINAS 12 ÁCIDO NICOTINICO A nicotinamida inibe a produção hepática de triglicerídeos e a secreção de VLDL, com reduções dos triglicerídeos e de LDL-C, aumento de HDL-C. O mecanismo não está elucidado, mas acredita-se que seja iniciado por um efeito sobre a lipólise através de um receptor órfão acoplado à proteína G presente nas membranas de adipócitos. Apresenta alguns efeitos adversos rubor, palpitações e distúrbios gastrintestinais. TERAPIA MEDICAMENTOSA ANTICOAGULANTE As drogas anticoagulantes são administradas para evitar ou tratar a formação de novos coágulos e a ampliação de coágulos já presentes. HEPARINA É um fármaco natural produzido basicamente pelos mastócitos no tecido conjuntivo pericapilar. A heparina endógena é encontrada em vários tecidos do corpo, no fígado e nos pulmões em abundancia, a exógena e obtida da mucosa pulmonar bovina ou intestinal suína. O mecanismo de ação é associa-se à trombina III para inativar os fatores de coagulação IX, X, XI, XII, inibir a conversão de protrombina em trombina e evitar a formação de coágulos. Pode ser administrado por via intravenosa e subcutânea, o principal efeito adverso é a hemorragia. ANTAGONISTAS DA VITAMINA K – WARFARINA É um anticoagulante oral mais importante; extraído do meliloto (planta forrageira), atua no fígado para inibindo a síntese de fatores da coagulação dependentes de vitamina K. O efeitos anticoagulantes só ocorrem 3 e 5 dias após o início d warfarina porque os fatores da coagulação já presentes no sangue seguem sua via normal de eliminação, é absorvido após administração oral. São contra indicado em clientes com ulcerações GI, distúrbios sanguíneos associados à hemorragia, doença renal ou hepática grave, hipertensão grave e cirurgia recente do olho, medula espinhal ou encéfalo. Existem fatores que potencializam os anticoagulantes orais aumentando a potencialização da Warfarina. • Agentes que inibem o metabolismo hepático dos fármacos (simetidina); • Farmaco que inibe a ação plaquetária (aspirina); 15 • Fármacos que deslocam a warfarina do seu sítios de ligação da albumina plasmáticas (hidrato de cloral); • Fármacos que inibe a redução da vitamina K (Cefalosporinas); • Fármaco que diminui a disponibilidade da vitamina K (Sulfonamidas). Fatores que diminui os efeitos dos anticoagulantes orais. • Estado fisiológico/doença; • Fármacos vitamina K; • Fármacos que induzem enzimas hepáticas P450 (Rifanpicina); • Fármacos que reduzem a absorção (Colestiramina). Outras drogas anticoagulantes Danaparóide; Fondaparinux; Lepirudina; Bivalirudina; Argatrobano INIBIDORES DE TROMBOXANOS A2 – Á CIDO ACETIL SALICILICO É um fármaco analgésico/antipirético/antiinflamatório com potentes efeitos antiplaquetário que exerce ações farmacológicas por inibição da síntese de prostaglandinas impedindo a formação de tromboxano A2 e agregação plaquetária e formação de trombos. É administrado por via oral, tendo como efeitos adversos irritação no trato gastrintestinal, alterações no sangue, problema renal, renite, urticária. ANTAGONISTA DO RECEPTOR DISFOSFATO DE ADENOSINA Ticlopidina tem como mecanismo de ação a inibição da agregação plaquetária por impedimentos da ligação entre plaquetas e fibrinogênio induzida pelo ADP. A droga é indicada para acidente vascular cerebral trombótico completa. ´ É um fármaco considerado de segunda linha seus efeitos adversos neutropenia, diarreia e erupções cutâneas, é contra indicado em distúrbios hemorrágicos ativos e pode ser administrado por via oral. ANTAGONISTA DO RECEPTOR DA GLICOPROTEINA IIb/IIIa Abciximabe é um anticorpo monoclonal que impede a ligação do fibrinogênio, fator de vonWillebrand e outras moléculas aos receptores da GP IIb/IIIa em plaquetas ativadas. Essa ação inibe agregação plaquetária. É usado para remoção da placa aterosclerótica para evitar retrombose das artérias tratadas. É contra indicado em sangramentos ativos, história de acidente vascular grave. É administrado por via endovenosa, tendo possíveis 16 efeitos colaterais como: sangramento, dor nas costas, queda de pressão, náusea, dor no peito entre outros. INIBIDOR DA FOSFODIESTERASE Silostazolinibe a fosfodiesterase, uma enzima que metaboliza o monofosfato cíclico de adenosina que é mais conhecido com AMPc. A inibição aumenta o AMPc intracelular, que então inibe a agregação plaquetária e produz vasodilatação. É indicado no tratamento claudicação intermitente, seus efeitos adversos mais comuns são cefaleia. Sua administração é feita por via oral. FÁRMACOS FIBRINOLITICOS E HEMOSTÁTICOS A alteplase, reteplase e tenecteplase são ativadores do plasminogênio tecidual usado principalmente no infarto agudo do miocárdio para dissolver coágulos que obstruem as artérias coronárias e restabelecer a perfusão dos tecidos além da área de trombose. Apresenta como efeito adverso mais comum é a hemorragia que pode ser interna (intracrania, GI, geniturinária) ou externa (locais de punção venosa ou arterial, incisões cirúrgicas). São contra indicadas na presença de hemorragia, história de acidente vascular cerebral. É administrado por via intravenosa. HEMOSTÁTICOS O ácido tranexâmico inibe a ativação do plasminogênio e assim previne a fibrinólise. Pode ser administrado por via oral ou intravenosa. É usada para tratar diversas condições em que ocorre sangramento, como hemorragia excessiva, extração dentária e nos potenciais fatais após administração de trombolíticos. A aprotininainibe as enzimas proteolíticas e é usada na hiperplasninemia causada por superdosagem de agentes fibrinolíticos e em pacientes com risco de grande perda sanguínea durante cirurgia cardíaca. REFERÊNCIAS 17
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