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Discrepâncias metodológicas entre Dobb e Marx sobre a economia moderna, Slides de Evolução

Este artigo discute as diferenças metodológicas entre maurice dobb, um economista marxista, e karl marx sobre a transição do feudalismo para o capitalismo. O autor examina a perspectiva unilateral de dobb sobre o processo de transição e compara as análises de ambos sobre o papel da expansão comercial na formação da economia moderna.

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Aldair85
Aldair85 🇧🇷

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Baixe Discrepâncias metodológicas entre Dobb e Marx sobre a economia moderna e outras Slides em PDF para Evolução, somente na Docsity! . XIV CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA ECONÔMICA & 15ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE HISTÓRIA DE EMPRESAS VARGINHA, 15 A 17 DE NOVEMBRO DE 2021 1 INICIAÇÃO CIENTÍFICA Dobb, Marx e o desenvolvimento do Capitalismo Dobb, Marx and the development of capitalism Gabriel Galeti Mauro1 RESUMO: Este artigo analisa possíveis discrepâncias metodológicas entre Dobb e Marx a respeito do desenvolvimento da economia moderna. O objetivo é discutir o quão unilateral é a perspectiva do economista britânico a respeito da transição do feudalismo para o capitalismo quando comparada com a análise do comunista alemão. Palavras-chave: Dobb. Marx. Capitalismo ABSTRACT: This article analyses possible methodological divergencies between Dobb and Marx about the development of modern economy. The objective is to discuss how one-sided is the perspective of the british economist about the transition from feudalism to capitalism when compared with the analysis of the german communist. Keywords: Dobb. Marx. Capitalism INTRODUÇÃO Maurice Herbert Dobb foi um economista marxista reconhecido pelas suas teses acerca da transição do feudalismo para o capitalismo, presentes na obra Studies in the Development of Capitalism de 1946. Os argumentos do autor sobre a formação da economia moderna deram origem a um extenso debate sobre esse processo transitório. A TESE DE DOBB Nos primeiros capítulos de seus Studies, Dobb comenta que o declínio do modo de produção feudal não foi resultado da expansão mercantil que ganhava força no final da Idade Média. Apesar da importância dos movimentos do capital comercial, este não teria 1 Graduando do curso de Economia da FEA-USP. Este artigo é uma extensão de Iniciação Científica produzida pelo autor sob orientação do Prof. Dr. Alexandre M. Saes. O amparo financeiro foi realizado pela FAPESP. . XIV CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA ECONÔMICA & 15ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE HISTÓRIA DE EMPRESAS VARGINHA, 15 A 17 DE NOVEMBRO DE 2021 2 sido decisivo para dissolver o feudalismo.2 Compreender a transição exigiria reconhecer a luta de classes como o motor da transformação histórica. A articulação interna do modo de produção, com relações de servidão chocando-se contra o desenvolvimento das forças produtivas, provocaria contradições de classe explosivas que alterariam o curso da história no sentido da formação de uma nova sociedade. De fato, o autor argumenta que, num sistema de baixa produtividade como o feudalismo, a elevação do excedente nas mãos da nobreza só poderia ser alcançada aumentando extensivamente a exploração dos servos. Aumento das horas de trabalho no manso senhorial e rebaixamento das condições de vida dos produtores diretos tornavam-se frequentes nos últimos anos do medievo, sendo acompanhados de revoltas camponesas em diversos pontos da Europa. É a própria dinâmica interna do modo de produção feudal, portanto, que teria de produzir as condições para sua superação.3 No objetivo de demonstrar a correção de sua tese acerca da transição do feudalismo para o capitalismo, Dobb compara os efeitos da expansão comercial em regiões da Europa Ocidental e Oriental. Argumenta que, se o desenvolvimento dos mercados acompanhou a dissolução da economia senhorial na Inglaterra e na França, o mesmo não vale para países como Rússia e Polônia. Nessas regiões, o crescimento dos mercados teria reforçado a servidão e os laços de obrigação compulsória.4 Assim, o autor descarta a possibilidade de que as relações comerciais teriam exercido o papel decisivo na formação do capitalismo. No continente como um todo, a transição precisaria ser explicada a partir de contradições nascidas da própria dinâmica interna do feudalismo, com lutas de classes explosivas capazes de alterar o curso da história econômica europeia. Nesse sentido, Dobb comenta que é somente a partir das revoluções burguesas na Inglaterra, com a Commonwealth estabelecida na década de 1640, que foi dado o primeiro passo para a superação do feudalismo.5 2 (Dobb, 1977, p. 60) 3 (Dobb, 1977, p. 60 – 61) 4 (Dobb, 1977, pp. 56 – 57) 5 (Dobb, 1977, pp. 88 – 89)
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