Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Relação entre Cultura, História e Natureza: A Importância de Apropriação de Conceitos, Slides de Ciência Ambiental

SustentabilidadePolíticas AmbientaisCiência Social e Ambiental

Este documento discute a relação entre cultura, história e natureza no contexto da política ambiental brasileira, enfatizando a importância de aproveitar as plataformas de mídas sociais para difundir informações sobre o valor de preservar a natureza e sua relação com a cultura. O texto aborda o patrimônio cultural e histórico, informação ambiental e a importância de uma compreensão dos sistemas de informação e comunicação atuais.

O que você vai aprender

  • Qual é a importância da informação ambiental?
  • Como as mídias sociais podem ser utilizadas para difundir informações sobre a importância de preservar a natureza?
  • Qual é a importância da relação entre cultura, história e natureza?
  • Como as tecnologias de informação e comunicação influenciam a preservação da natureza?
  • O que é considerado Patrimônio cultural e histórico?

Tipologia: Slides

2020

Compartilhado em 23/08/2021

dimas-crivelente
dimas-crivelente 🇧🇷

1 documento

1 / 11

Toggle sidebar

Documentos relacionados


Pré-visualização parcial do texto

Baixe Relação entre Cultura, História e Natureza: A Importância de Apropriação de Conceitos e outras Slides em PDF para Ciência Ambiental, somente na Docsity! Patrimônios Culturais e Informação Ambiental: Uma proposta de interação entre práticas e conceitos com o auxílio das novas tecnologias de informação. Dimas Ramos Crivelente!, André Vieira de Freitas Araújo”, Lúcia Maciel Barbosa de Oliveira”, Pedro Luiz Cortês CBD5942 - Dinâmicas Culturais Contemporâneas Abstract - Currently, there is a lack of understanding in the relation between the Natural Heritage and the Cultural and Historical Heritage, which is consequential to the wrongful interpretation of the connection between them. Considering that the Cultural and Historical Heritage is in many ways a myriad of constructions, action, expressions and knowledge advent from the human interaction with nature in ways to overcome its challenges or coexist with it, It is necessary to make it clearer that there is a direct correlation between nature, culture, history and religion. In this study, a connection between the different types of Heritage is made, and a proposal for a way to communicate the values and importance ofits heritage with the general Brazilian public, using in such effort the digital social network. Keywords: Cultural Heritage, environmental information, digital social network Resumo - Atualmente, existe uma falta de entendimento na relação entre o Patrimônio Natural e o Patrimônio Cultural e Histórico, o que é uma consequência da interpretação equivocada da conexão entre eles. Considerando que o Patrimônio Cultural e Histórico é, sob muitos aspectos, uma miríade de construções, ações, expressões e conhecimentos advindos da interação humana com a natureza, de maneira a superar seus desafios ou coexistir com a mesma, é necessário esclarecer que existe uma correlação direta entre natureza, cultura, história e religião. Neste estudo, é feita uma conexão entre os diferentes tipos de Patrimônio, e uma proposta de uma maneira de comunicar os valores e a importância dos mesmos com o público geral brasileiro, utilizando para tanto a rede social digital. Palavras-chave: Patrimônio Cultural, informação ambiental, rede social digital 1 Aluno; ? Professor da disciplina; * Orientador Introdução As reservas naturais brasileiras vêm sendo cada vez mais um motivo de discussão entre entidades públicas, privadas e o governo, isso porquê atualmente, o país sofre com uma política ambiental que não tem a preservação da natureza como prioridade. Dentre as principais dificuldades encontradas na discussão da preservação dos Patrimônios nacionais, está a falta de informação quanto aos valores culturais das reservas naturais (Vieira, 1992), isso porque, conforme discutido por Menezes (2012), “O campo dos valores não é um mapa em que se tenham fronteiras demarcadas, rotas seguras, pontos de chegada precisos”. É necessário estabelecer de forma clara a relação entre natureza e cultura (Rodriguez, 2006), no entanto, atualmente no Brasil existe um distanciamento cada vez maior entre a valorização do Patrimônio histórico e do natural. Isso ocorre por diversos motivos, dentre eles a valorização do conceito de enriquecimento econômico e desvalorização do empobrecimento cultural e natural. Discutir como a depredação dos recursos naturais brasileiros acarreta em uma perda cultural nacional, e como isso por sua vez permite que a própria identidade nacional seja fragmentada, é uma proposta que visa preencher lacunas de conhecimento sobre a importância da interação entre o natural e o histórico e cultural. É possível uma difusão dos diferentes saberes com o auxílio das tecnologias da informação e comunicação atuais (Tomaél, 2006), especificamente as mídias sociais que por sua fácil acessibilidade e velocidade de transporte de informações permitem que o pesquisador e o público tenham contato direto entre si. Esse estudo se propõe a discutir e explicar a existência entre a relação existente entre cultura, história e natureza, e tendo as mídias sociais como plataforma de difusão de informações, iniciar uma conversa entre pesquisador e público sobre a importância da apropriação de tais conceitos. O Patrimônio imaterial e a natureza Em parte, a própria lida e interação com a natureza já compõem um dos principais alicerces na gênese dos Patrimônios imateriais, como por exemplo a relação da população nativa brasileira com suas terras, que ostentam uma direta dependência fisica e cosmológica em relação ao meio ambiente. O uso de plantas medicinais, as técnicas e métodos de construção de ocas, produção de utensílios ou ornamentos são exemplos de práticas indígenas que constituem Patrimônio imaterial (Souza, 2010) e estão diretamente associadas ao uso de recursos naturais. Em uma tentativa de correlação direta dos Patrimônios Naturais e Culturais, Hill (2017) aponta que existe uma fácil concepção da manifestação física da natureza como parte do Patrimônio cultural material, no entanto, a relação entre a natureza e o Patrimônio imaterial, composto dos métodos de criação, expressão e outros saberes gerados pela interação com diferentes ecossistemas ainda é um conceito elusivo para a maior parte da população. Com o advento da correlação direta entre cultura e sustentabilidade, as práticas do cidadão urbano também passam a apresentar um maior foco na preocupação ambiental, e assim as formas de expressão modos de criar, fazer e viver passam a procurar formas de coexistência e preservação da natureza, como também seu entendimento. A conversa entre a preservação do Patrimônio natural e a construção do Patrimônio imaterial é cada vez mais necessária, pois com tantos recursos naturais ameaçados, é fácil perceber que a humanidade se depara com duas principais escolhas: uma relação sustentável com os recursos naturais, ou uma relação de sobrevivência com a sua escassez (Vieira, 1992). O Patrimônio material e a natureza O Patrimônio natural é, em si, parte do Patrimônio material, conforme determinado pelo Artigo 216 da constituição federal, no entanto é importante que seja discutida a contribuição cultural dos mesmos. Considerando que é comum que a visão pública trace paralelos entre os conceitos de cultura e natureza, Zanirato (2006) discute a relação entre a preservação de recursos naturais e dos conhecimentos tradicionais, apontando a mesma como um indicador do “valor atribuido à diversidade, que advinha do conceito antropológico de cultura e da importância que esta confere à diversidade cultural da humanidade.” É impossível separar o conceito de Patrimônio e o contexto Ecológico de uma comunidade, seja ela urbana ou rural, como no caso da influência e importância de grandes árvores antigas constituintes de diferentes cenários de vivência humana (Blicharska, 2014), no entanto é necessário que o discurso de triunfo sobre a Natureza seja evitado, pois essa é uma prática equivocada, uma vez que no momento em que a humanidade de fato vencer a natureza, a mesma se condena à própria extinção. Informação ambiental e o usuário Segundo Vasconcelos (1998), a utilização governamental da informação ambiental é definida a partir do grau de desenvolvimento de um país e a política econômica adotada pelo mesmo, e dentre os principais interessados estão os órgãos governamentais formuladores de políticas e legislação, empresas privadas, grupos de pressão, organizações governamentais e não-governamentais de meio ambiente, entidades nacionais e internacionais, pesquisadores, cidadãos e a mídia. A documentação e pesquisa patrimonial é importante componente da informação ambiental, tanto considerando os Patrimônios naturais físicos, como a sua influência na criação dos antrópicos (Karpinski, 2018). Em uma pesquisa sobre o interesse público, Mattozo (2004) expõe que o mesmo é cada vez maior com relação a informações que permitam ao usuário uma análise do grau de sustentabilidade na implementação de novas medidas de produção de energia. O desafio atual é conscientizar o receptor dessas informações do valor cultural que as atuais práticas voltadas à preservação ambiental denotam. Sendo que os novos métodos de produção, expressão e criação já têm em sua gênese a necessidade de adequação as atuais necessidades impostas pela sustentabilidade. Mídias Sociais digitais enquanto sistemas de comunicação e engajamento Atualmente o grau de adesão a mídias sociais digitais em áreas urbanas, de forma direta ou indireta, é suficiente para que as mesmas possam ser consideradas tecnologias de informação muito bem sucedidas (Agostino et al. 2016, Chun et al. 2012, Bertot et al. 2012), no entanto, é possível perceber que o desenvolvimento desses dispositivos é norteado principalmente pelas necessidades de usuários diretos, e assim muitos de seus recursos permitem a difusão de informações errôneas. Ainda que apresentem deficiências, as mídias sociais digitais são atualmente as principais formas de disseminação de informações, principalmente porque seus usuários possuem maior engajamento e assiduidade do que os de outras mídias. Porém, por possuir uma maior acessibilidade, essa tecnologia acaba se mostrando mais vulnerável, e, portanto, informações sem fundamento ou que não realizam qualquer contribuição se tornam um problema frequente. Tomaél (2005) define os tipos de conhecimento movimentados pelas mídias sociais entre o explicito que é o “articulado na linguagem formal, inclusive em afirmações gramaticais, expressões matemáticas, especificações, manuais e assim por diante”, e o conhecimento tácito que é o “incorporado à experiência individual e envolve fatores intangíveis (crenças pessoais, valores e perspectivas) e é dificil ser articulado na linguagem formal.” E importante que o pesquisador, ao tentar se comunicar com o público saiba discernir os tipos de conhecimento e também como um interfere e influencia o outro. Para que seja possivel uma melhor apropriação de informações importantes para o desenvolvimento de uma cultura ambiental com ênfase em sustentabilidade e respeito histórico-social é necessário que o engajamento de entidades e representantes dos âmbitos técnico e acadêmico seja constante, e que as informações sejam devidamente discutidas de forma a priorizar não só a comunicação como também a divulgação, ou seja, os Referências Bibliográficas AGOSTINO, D.; ARNABOLDI, M. A Measurement Framework for Assessing the Contribution of Social Media to Public Engagement: An empirical analysis on Facebook, Public Management Review, v. 18, p. 1289-1307, 2016. ALONSO GONZÁLEZ, P.; GONZÁLEZ-ÁLV AREZ, D.; ROURA-EXPÓSITO, J. Exploring the Impact of Participatory Governance in the Heritage Field, APLA Newsletter, v. 41, p. 306- 318 2018. BERTOT,J.C. etal. Social Media Technology and Government Transparency, IEEE Computer Society, v 43, ed.11, p. 53-59, nov. 2010. BLICHARSKA, M.; MIKUSINSKI, G. Incorporating Social and Cultural Significance of Large Old Trees in Conservation, Conservation Biology, v. 28, p. 1558-1567, 2014 BUARQUE, C. Interação universidade/sociedade/natureza. In: SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE UNIVERSIDADE E MEIO AMBIENTE, 5. A universidade, a Conferência de 1992 e a nova ordem internacional; textos básicos. Brasília: Ibama, 1992. CHUN, S. A.; LUNA REYES, L. F. Social media in government, Government Information Quarterly, v. 29, ed. 4, p. 441-445, out. 2012. HILL, M. D.: FERNÁNDEZ-SALVADOR, C. When Cultural and Natural Patrimony Collide: Sovereignty, State Power, and Political Strategy among the Picapedreros (Stonemasons) of San Pablo, Ecuador The Journal of Latin American and Caribbean Anthropology, V. 22, No. 1, pp. 116-136, 2017. KARPINSKI C. Patrimônio natural, documentação e pesquisa. Transinformação, v. 30, n. 3, p. 314-323, 2018. DOI: 10.1590/2318-088920 18000300004. SOUZA,M.S.C.sS. A cultura invisível: conhecimento indígena e Patrimônio imaterial, Anuário Antropológico, 149-174. 2010 MATTOZO V.; CAMARGOC. C. DE B.; LAGE N. L. Jornalismo científico aplicado à área de energia no contexto do desenvolvimento sustentável. Ciência da Informação, v. 33, n. 1, 2004. MENESES, U. T. B. O campo do Patrimônio cultural: uma revisão de premissas. Fórum Nacional do Patrimônio Cultural: Sistema Nacional de Patrimônio Cultural: desafios, estratégias e experiências para uma nova gestão. v.1, p. 127-135, 2012. PEREIRA,J.P. R; SCHIAVETTI, A. Conhecimentos e usos da fauna cinegética pelos caçadores indígenas "Tupinambá de Olivença" (Bahia) Biota Neotropica, v.10, n.1, pp.175- 183, 2010. RODRIGUES A. L. C. Uma estrutura de classificação com enfoque na cultura amazônica. Ciência da Informação, v. 34, n. 2, p. 43-51, 2005. TOMAÉL.M. IL; ALCARÁ A. R.; DICHIARAI. G. Das redes sociais à inovação. Ciência da Informação, v. 34, n. 2, p. 93-104, 2005. ZANIRATO, S. H.: RIBEIRO, W. C. Patrimônio cultural: a percepção da natureza como um bem não renovável Revista Brasileira de História, v. 26, n. 51, p. 251-262, 2006. VIEIRA A. S. Meio ambiente e desenvolvimento sustentável: fontes para compreensão do discurso político-ambiental do governo brasileiro. Ciência da Informação, v. 21 (1), p. 7-13, 1992.
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved