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Guias e Dicas
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Farmaco clínica - fácil - 03 - medicamentos snc, Notas de estudo de Odontologia

FARMACOLOGIA

Tipologia: Notas de estudo

2014

Compartilhado em 25/02/2014

Gustavo_G
Gustavo_G 🇧🇷

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Baixe Farmaco clínica - fácil - 03 - medicamentos snc e outras Notas de estudo em PDF para Odontologia, somente na Docsity! Os Fatos Neste capitulo, faremos uma recapitulayao dos seguintes itens: • classes de medicamentos utilizadosno tratamento de distdrbios neurol6gicos e neuromusculares; utilizayoes e ayoes variaveis desses medicamentos; • como eles SaDabsorvidos, distribuidos. metabolizados e excretados; interayoes farmacol6gicas e reayoes adversas. Relaxantes musculares esqueleticos Os relaxantes museulares esqueletieos aliviam a dor musculoesqueletica ou 0 espasmo, bem como a espasticidade musculoesqueletica intensa (movimentos rigidos e descoordenados). Esses ffumacos sao utilizados no tratamento de dismrbios musculoesqueleticos agudos e dolorosos e na espastici- dade muscular associada a esclerose multipla (EM) (desmielinizayao progressiva da substancia branca do cerebro e da medula espinhal, produzindo disfun<;ao neurol6gica generalizada), parali- sia cerebral (disturbio da fun<;ao motora causado por lesao neurol6gica), acidente vascular cere- bral (redu<;ao do suprimento de oxigenio no cerebro, resultando em deficits neurol6gicos) e les6es da medula espinhal (les6es da medula espinhal que podem levar a paralisia ou morte). Esta se<;aoira discutir: • as duas principais classes de relaxantes musculares esqueleticos - os miorrelaxantes de a<;ao central e os miorrelaxantes de a<;aoperiferica; • 0 baclofeno e 0 diazepam, dois outros ffumacos utilizados no tratamento de dismrbios musculo- esqueleticos. 05 ciclo5 e 5eU5 problema5 A espastieidade pode ser eausada por urn padrao de/ieo de impu/sos ... Exposi<;ao ao frio intenso, deficiencia de fluxo sangiiineo para urn musculo ou esfor<;o fisico excessivo podem enviar impul- sos sensitivos ate a medula espinhal e os niveis superiores do sistema nervoso central (SNC) a partir das fibras nervosas sen- sitivas posteriores. Esses impulsos sensitivos podem causar con- tra<;ao muscular reflex a (involuntaria) ou espasmo em decorren- cia de traumatismo, epilepsia, hipocalcemia (baixos niveis de calcio) ou dismrbios musculares. A contra<;ao muscular estimula os receptores sensitivos a produzir uma contra<;ao mais intensa, estabelecendo, assim, urn ciclo. Acredita-se que os relaxantes musculares de a<;aocentral interrompem esse ciclo ao atuar como depressores do SNC. ... e os relaxantes museu/ares esqueJetieos ajudam a quebrar esse padrao. Relaxantes musculares esqueh~ticosde af;3o central Os relaxantes musculares esqueleticos de ar;iio central, que atuam sobre 0 SNC, sao utilizados ne tratamento dos espasmos agudos causados por vanas condi.;oes, como: • ansiedade; • inflama.;ao; • dor; • traumatismo. Ineficaze5 para doenya cr8nica Os relaxantes musculares esqueleticos de a.;ao central nao sao muito eficazes no tratamento do - paciente com espasticidade causada por doen.;a neurol6gica cronic a, como paralisia cerebral. Opyoe5 para tratamento d05 e5pa5m05 agudo5 o paciente com espasmos musculares agudos pode ser tratado com urn dos seguintes farmacos: _ • carizoprodol; • clorfenazina; • clorzoxazona; • ciclobenzaprina; • metaxalona; • metocarbamol; • orfenadrina. Os re/axantes museu/ares esque/etlcos de ayao central devem ser utilizados no tratamento de disturbios musculoesqueJetlcos d%rosos, junta mente com fisioterapia e multo repouso. Farmacocinetica (como os medicamentos circulam) Dispomos ainda de poucos conhecimentos sobre como os relaxantes musculares esqueleticos de a.;ao central circulam no corpo. Em geral, esses fannacos sao absorvidos pelo trato GI, distribu- em-se amplamente pelo organismo, sao metabolizados no ffgado e excretados pelos rins. A ciclobenzaprina permanece mai5 um pouco Quando esses fannacos sao administrados por via oral, podem ser necessanos 30 minutos a uma hora - para observar seus efeitos. Enquanto a dura.;ao de a.;ao da maioria desses fannacos varia de quatro a - seis horas, a ciclobenzaprina possui a maior dura.;ao de a.;ao, estendendo-se por 12 a 25 horas. Outros relaxantes museu lares esqueletieos o diazepam e 0 baclofeno sao dois outros fannacos utilizados como relax antes musculares esque- leticos. Todavia, 0 diazepam e principalmente urn medicamento ansiolftico. (Ver Diazepam como relaxante muscular esqueletico, adiante.) Essa se~ao trata apenas do baclofeno. Farmacocinetica o baeZofeno e rapidamente absorvido pelo trato GI. Possui ampla distribui~ao (porem apenas pequenas quantidades da medica~ao atravessam a barreira hematoencefalica), sofre metabolismo hepatica minima e e excretado principalmente de modo inalterado na urina. Lentamente ate parar Podem ser necessanas van as horas a semanas para que 0 paciente perceba algum efeito benefico do baclofeno. A meia-vida de elimina~ao do fannaco e de 2 1/2 a quatro horas. A interrup~ao abrupta do baclofeno pode causar alucina~6es, convuls6es e agravamento da espasticidade. A interrupyao abrupta do tratamento com baclofeno pode resultarem convulsoes! Farmacodinamica Nao sabemos exatamente como atua 0 baclofeno. Este fannaco assemelha-se quimicamente ao neurotransmissor acido gama-arninobutfrico e provavelmente atua na medula espinhal. o baclofeno parece diminuir a atividade neuronal, reduzir 0 mimero e a intensidade dos espas- mos musculares e diminuir a dor associada. Elaeticidade V6. eepaeticidade Como 0 baclofeno produz menos seda~ao do que 0 diazepam e menos fraqueza muscular perife- rica do que 0 dantrolene, constitui 0 medicamento de escolha para 0 tratamento da espasticidade. Farmacoterapia o baclofeno e utilizado principalmente no tratamento de pacientes paraplegicos ou tetraplegicos com les6es da medula espinhal, mais comumente causadas por EM ou traumatismo. Nesses paci- entes, 0 baclofeno reduz significativamente 0 mimero e a intensidade dos espasmos flexores dolo- rosos. Todavia, fora esses beneffcios, 0 baclofeno nao melhora a rigidez da marcha, a destreza manual ou a fun~ao muscular residual. Antes de dar a remedial Diazepam como relaxante muscular esqueh~tico o diazepam e um benzodiazepinico utilizado no tratamento dos espasmos musculares agudos. bem como da espasticidade causada por disturbios cr6nicos. Outras aplica~5es do diazepam incluem tratamento da ansi- edade. da abstin{mcia do alcool e das convuls5es. 0 medicamento parece agir ao promover 0 efeito inibit6rio do neurotransmissor acido gama-aminobutirico sobre a contra~ao muscular. ConseqOencias negativas: seda.,:ao e tolerancia o diazepam pode ser utilizado isoladamente ou com outros farmacos no tratamento da espasticidade. sobre- tudo em pacientes com les5es da medula espinhal e. em certas ocasi5es. em pacientes com paralisia cere- bral. Alem disso. mostra-se util para pacientes com espasmos musculares continuos e dolorosos que nao SaD muito sensiveis aos efeitos sedativos do farmaco. Infelizmente. 0 usa do diazepam e limitado pelos seus efei- tos sobre 0 SNC e pela tolerancia que surge com seu usa prolongado. Interac;oes medicamentosas o baclofeno apresenta poucas intera<;5es farmacol6gicas: • A intera<;ao farmacol6gica mais significativa consiste em aumento da depressao do SNC quan- do 0 baclofeno e administrado com outros depressores do SNC, incluindo 0 alcool. • A analgesia pode ser prolongada quando 0 fentanil e 0 baclofeno saD administrados concomi- --..., tantemente. • A administra<;ao conjunta de carbonato de lftio e baclofeno pode agravar a hipercinesia (aumen- to anormal na fun<;ao ou atividade motora). • Os antidepressivos tricfclicos e 0 baclofeno, quando administrados simultaneamente, podem ~ aumentar 0 relaxamento muscular. (Ver Rear;i5es adversas ao baclofeno.) Maiscomum • Sonolencia transit6ria Menos comuns • Nausea • Fadiga • Vertigem • Hipotonia • Fraqueza muscular • Depressao • Cefaleia Medicamentos bloqueadores neuromusculares Os medicamentos bloqueadores neuromusculares relaxam a musculatura esqueletica ao interromper a transmissao de impulsos nervosos na placa motora terminal (termina<;5es ramificadas de urn axonio de nervo motor). (Ver Placa motom terminal, adiante.) Os bloqueadores neuromusculares possuem tres indica<;5es clfnicas principais: • relaxar os musculos esqueleticos durante a cirurgia; • reduzir a intensidade dos espasmos musculares nas convuls5es induzidas eletricamente ou por farmacos; • controlar pacientes que esmo apresentando resistencia ao uso de ventila<;aopara ajudar na respira<;ao. Oua6 Cla66ificayOC6 principai6 Existem duas classes principais de agentes naturais e sinteticos utilizados como bloqueadores neuromusculares - nao despolarizantes e despolarizantes. Medicamentos bloqueadores nao despolarizantes Os medicamentos bloqueadores niio despolarizantes, tambem denorninados farmacos competiti- vos ou estabilizadores, derivam de alca16ides do curare e de compostos sinteticamente semelhan- tes. Incluem os seguintes: • atracurio; • cisatracurio; • doxacurio; • metocurina; • rnivacurio; • pancuronio; • pipecuronio; • rocuronio; • tubocurarina (ver Historia da tubocurarina, adiante); • vecuronio. Agora eu entendi! Placa motora terminal a axonio do neuronio motor divide-se para formar termina90es ramificadas, denominadas placas motoras terminais. Essas placas estilo mergulhadas nas fi- bras musculares, p0rElmseparadas das fibras pela fenda sinaptica. Competindo para impedir a contraQao A estimula9ilo do nervo provoca Iibera- 9ilo de acetilcolina na fenda sinaptica. Neste local, a acetilcolina ocupa os siti- os receptores presentes na membrana da celula muscular, despolarizando-a e produzindo contra9ilo muscular. as blo- queadores neuromusculares atuam na placa motora, competindo com a ace- tilcolina pelos receptores ou bloquean- do a despolariza9ilo. Fibra muscular esqueh~tica I Membrana da celula --1111111111 m"~"'" ~~ 111111111 .. ~~ 11111111 ··~Uiiiiil ".·~·1II11111 Farmacocinetica Como os bloqueadores nao despolarizantes sao pouco absorvidos pelo trato GI, sao adrninistra- dos por via parenteral. Prefere-se a via IV, visto que a a~ao e, neste caso, mais previsfvel. Farmacodinamica Ap6s sua administra9ao, a succinilcolina e rapidamente meta- bolizada, porem numa velocidade mais lenta do que a acetilco- lina. Em conseqtiencia, a succinilcolina permanece ligada aos receptores presentes na membrana do musculo esqueletico por urn perfodo de tempo mais prolongado. Essa maior permanen- cia impede a repolariza9ao da placa motora e resulta em parali- sia muscular. Farmacoterapia A succinilcolina constitui 0 fannaco de escolha para relaxamen- to muscular a curto prazo, como aquele necessario durante a in- tuba9ao e a TEe. Intera~oes medicamentosas A a9ao da succinilcolina e potencializada por diversos anestesi- cos e antibi6ticos. Em contraste com sua intera9ao com os blo- queadores nao despolarizantes, os agentes anticolinesterasicos au- mentam 0 bloqueio da succinilcolina. (Ver Rew;oes adversas a succinilcolina. ) Perigo! Perigo! Rea~oesadversas it succinilcolina Como a succinilcolina e administrada por via IV ou 1M, tem in/cia de ar;:ao muito rapido. As principais reayoes adversas a succinilcolina incluem: • apneia prolongada; • hipotensao. A genetica aumenta 0 risco o risco associado a succinilcolina aumenta na presenya de certas predisposiyoes geneticas. como baixos ni- veis de pseudocolinesterase e tendencia a desenvolver hipertermia maligna. Farmacos antiparkinsonianos A terapia farmaco16gica constitui uma importante parte do tratamento da doen9a de Parkinson, ~ urn disturbio neuro16gico progressivo caracterizado por quatro aspectos essenciais: • rigidez muscular (falta de flexibilidade); • acinesia (perda dos movimentos musculares); • tremores em repouso; • disturbios da postura e do equilibrio. Um defeito na via da dopamina ... A doen9a de Parkinson afeta 0 sistema extrapiramidal, que influencia 0 movimento. 0 sistema _ extrapiramidal compreende 0 corpo estriado, 0 globo palido e a substancia negra do cerebro. Na doen9a de Parkinson, ocorre deficiencia de dopamina nos ganglios da base, a via de libera- --- 9ao de dopamina que conecta a substancia negra ao corpo estriado. " ... provoca dee;equil(brio noe; neurotrane;mie;e;oree; A redu9ao da dopamina no corpo estriado perturba 0 equilibrio normal entre dois neurotransmisso---- res, a acetilcolina e a dopamina. Essa altera9ao resulta em aumento da atividade colinergica. A exci- -" ta9ao excessiva produzida pela atividade colinergica cria os dis- tlirbios do movimento que caracterizam a doen9a de Parkinson. a parkinsonismo tamMm pode resultar de certos medicamen- tos, de encefalite, neurotoxinas, traumatismo, arteriosclerose ou outros disturbios neurol6gicos e fatores ambientais. Oois tipos de farmacos A interven9ao farmacol6gica tern dois objetivos: • promover a secre9ao de dopamina (com drogas dopaminer- gicas); • diminuir os efeitos colinergicos (com drogas anticolinergicas). A deficiencia de dopamina nao e uma boa ... ela impede que eu execute norma/mente minhas tarefas. Drogas anticolinergicas as medicamentos anticolinergicos sao algumas vezes denominados agentes parassimpaticoliticos, uma vez que inibem a a9ao da acetilcolina em receptores especiais existentes no sistema nervoso parassimpatico. as agentes anticolinergicos utilizados no tratamento do parkinsonismo sao classificados em duas categorias qufmicas, de acordo com sua estrutura qufmica: • aminas terciarias sinteticas, como benztropina, cloridrato de biperideno, lactato de biperideno, prociclidina e triexifenidil; • anti-histarnfnicos, como a difenidramina e a orfenadrina. Farmacocinetica Tipicamente, os agentes anticolinergicos sao bem absorvidos pelo trato GI e atravessam a barreira hematoencefalica ate atingir 0 seu local de a9ao no cerebro. A maioria e metabolizada no ffgado, pelo menos parcialmente, com excre9ao pelos rins na forma de metab6litos e do medicamento inalterado. A distribui9ao exata desses farmacos no organismo e desconhecida. A benztropina e urn agente de a9ao prolong ada, com dura9ao de a9ao de ate 24 horas em alguns pacientes. A meia-vida da maioria dos anticolinergicos ainda nao foi determinada. Alem da via oral, alguns anticolinergicos tambem podem ser administrados por via IM ou IV. Farmacodinamica as nfveis elevados de acetilcolina produzem urn efeito excitat6rio sobre 0 SNC, podendo causar tremor parkinsoniano. as pacientes com doen9a de Parkinson devem tomar medicamentos anti- colinergicos para inibir a a9ao da acetilcolina em receptores localizados no SNC e no sistema nervoso aut6nomo, reduzindo, assim, 0 tremor. Farmacoterapia as anticolinergicos sao utilizados no tratamento de todas as formas de parkinsonismo. Mais co- mumente nos estagios iniciais da doen9a de Parkinson, quando os sintomas sao leves e ainda nao tern grande impacto no estilo de vida do paciente. Esses farmacos controlam efetivamente a sialorreia (fluxo excessivo de saliva) e tern eficacia de cerca de 20% na redu9ao da incidencia e grau de acinesia e rigidez. Durante os estagios iniciais ... AS anticolinergicos podem ser utilizados isoladamente ou com amantadina nos estagios iniciais ~ da doen~a de Parkinson . ... e nos estagios mais avanyados Os anticolinergicos podem ser uti/izados isoladamente no tr~tamento da doenga de Parkinson ... as anticolinergicos podem ser adrninistrados com levodopa durante os estagios tardios para alivi- ~ ar ainda mais os sintomas. Intera'foes medicamentosas Podem ocorrer intera~6es quando certos medicamentos sao tornados com os agentes anticolinergicos: _ • A amantadina pode induzir urn aumento dos efeitos adversos dos anticolinergicos. • A abson;ao de levodopa pode dirninuir, podendo levar a urn agravamento dos sinais e sintomas do parkinsonismo. • as antipsicoticos (como as fenotiazinas, 0 tiotixeno, 0 haloperidol, a loxapina) dirninuem a efi-_ cacia dos anticolinergicos e dos antipsicoticos. A incidencia dos efeitos adversos dos anticoli- nergicos tambem pode aumentar. • as remedios para tosse ou resfriado adquiridos sem prescri~ao medica, reguladores da dieta ~ ou analeptic os (farmacos utilizados para permanecer acordado) aumentam os efeitos anti- ~ colinergicos. • a alcool aumenta a depressao do SNC. (Ver Rearoes adversas aos anticolinergicos.) ... com administragao de levodopa quando 0 disturbio atinge estagios mais avangados. ... ou com 0 agente dopaminergico amantadina durante os estagios iniciais ... • Reten9ao urinaria • Aumento da pressao intra-ocular, visao turva, dilata9ao das pupilas e fotofobia Sao observadas rea90es adversas leves aos anticolinergicos, relacionadas com a dose, em 300/0 a 50% dos pacientes. A boca seca pode constituir uma rea9ao ao triexifenidil relacionada com a dose. Rea,,:oes comuns • Confusao • Inquieta9ao • Agita9ao e excita9ao • Sonolencia ou ins6nia • Taquicardia e palpita90es • Constipa9ao • Nausea e v6mitos Rea,,:oes relacionadas a sensibilidade • Urticaria • Rea90es alergicas Intera~oes medicamentosas Ocorrem diversas intera~6es farmacol6gicas relacionadas com os agentes dopaminergicos, inclu- indo algumas que sao potencialmente fatais: • A eficacia da levodopa pode ser reduzida com a administra~ao concomitante de piridoxina (vi- tamina B6), fenitoina, benzodiazepinicos, reserpina e papaverina. • Urn inibidor da MAO do tipo A aumenta 0 risco de crise hipertensiva. • Os antipsic6ticos, como as fenotiazinas, 0 tiotixeno, 0 haloperidol e a loxapina, podem reduzir a eficacia da levodopa e da pergolida. • Os anticolinergicos podem aumentar os efeitos anticolinergicos da amantadina e reduzir a ab- sor~ao da levodopa. • A meperidina tomada com selegilina pode causar uma rea~ao fatal. (Ver Rea~{jes adversas aos agentes dopaminirgicos.) Levodopa • Nausea e v6mitos • Hipotensao ortostatica • Anorexia • Sfndrome neuro!l§ptica maligna • Arritmias • Irritabilidade • Confusao • Taquicardia ventricular • Bradicardia • Agravamento da angina Pergolida • Confusao • Discinesia • Alucinayoes • Nauseas Amantadina • Hipotensao ortostatica • Constipayao Bromocriptina • Hipotensao ortostatica persistente Pramipexol • Hipotensao ortostatica • Tonteira • Confusao • Ins6nia Agentes anticonvulsivantes Os anticonvulsivantes inibem a transmissao neuromuscular e sao prescritos para as seguintes situa~6es: • tratamento a longo prazo da epilepsia cronica (convuls6es recorrentes); • tratamento a curto prazo das convuls6es isoladas agudas nao causadas par epilepsia, como as que ocorrem ap6s traumatismo ou cirurgia do cerebro. Alem disso, alguns anticonvulsivantes sao utilizados no tratamento de emergencia do estado epileptico (urn estado convulsivo continuo). Os agentes anticonvulsivantes podem ser divididos em cinco classes principais: • hidantoinas; • barbitliricos; • iminoestilbenos; • benzodiazepinicos; • acido valpr6ico. Os dois agentes anticonvulsivantes mais comumente prescritos - fenitofna e fenitofna s6dica- pertencem a classe das hidantoinas. As hidantofnas de uso menos comum incluem a fosfenitofna, a mefenitofna e a etotofna. Os agentes anticonvulsivantes mais comumente prescritos sao a fenitolna e a fenitolna sodica. Ambas tem 0 nome comercial de Dj/antin. Farmacocinetica A farmacocinetica das hidantofnas varia de urn farmaco para outro. A fenitofna e absorvida lentamente ap6s administra9ao oral e IM. Distribui-se rapidamente por todos os tecidos e liga-se em alto grau (90%) as protefnas. A fenitofna e metabolizada no ffgado. Os metab6litos inativos sao excretados na bile e, a seguir, reabsorvidos pelo trato GI. Todavia, 0- esses metab6litos acabam sendo excretados na urina. A mefenitofna e rapidamente absorvida ap6s administra~ao oral e liga-se apenas em grau modera- _ do (60%) as protefnas. Emetabolizada pelo ffgado a urn metab6lito ativo que se acredita exer9a os efeitos terapeuticos e t6picos atribufdos a mefenitofna. A excre~ao ocorre pela urina. A etotofna e metabolizada pelo ffgado. A etotofna, que se liga extensamente as protefnas, e - excretada na urina, principalmente na forma de metab6litos. F06fenitofna para nece66idade6 a curto prazo A fosfenitofna esta indicada para administra9ao IM oU IV a curto prazo. 0 fannaco distribui-se amplamente por todo 0 organismo e liga-se em alto grau (90%) as protefnas. A fosfenitofna e metabolizada pelo ffgado e excretada na urina. Farmacodinamica Na maioria dos casos, os anticonvulsivantes da classe das hidantofnas estabilizam as celulas ner- vosas, evitando sua excessiva excita9ao. A fenitofna parece atuar no c6rtex motor do cerebro, onde - interrompe a propaga9ao da atividade convulsiva. Acredita-se que a farmacodinamica da _ fosfenitoina, mefenitoina e etotoina seja semelhante a da fenitoina. A fenitoina tambem e utiliza- da como agente antiarritmico para controlar os ritmos cardiacos irregulares, exibindo proprieda- des semelhantes aquelas da quinidina ou da procainamida. Farmacoterapia Em virtude de sua eficacia e toxicidade relativamente baixas, a fenitoina e 0 anticonvulsivante mais comumente prescrito. Trata-se de urn dos farmacos preferidos no tratamento: • das crises complexas parciais (tambem denominadas crises psicomotoras ou do lobo temporal); • das crises tonico-clonicas. Algumas vezes, os profissionais de saude prescrevem mefenitoina e etotoina em combina~ao com outros agentes anticonvulsivantes para 0 controle das crises parciais e crises tonico-clonicas em pacientes que exibem resistencia ou into- lerancia a outros anticonvulsivantes. Intera~oes medicamentosas As hidantoinas interagem com varios outros farmacos. Aqui estao algumas intera~6es farrnaco16gicas de importancia cli- nica significativa a moderada: • Ocorre redu~ao do efeito da fenitofna quando a medica~ao e administrada com fenobarbital, diaz6xido, teofilina, car- bamazepina, rifampicina, antiacidos e sucralfato. • 0 efeito da fenitoina aumenta e 0 risco de toxicidade tambem aumenta quando 0 medicamento e tornado com alopurinol, ci- metidina, dissulfrram, fluconazol, isoniazida, omeprazol, sul- fonarnidas, anticoagulantes orais, c1oranfenicol e arniodarona. • 0 efeito das seguintes medica~6es e reduzido quando admi- nistradas com urn anticonvulsivante da classe das hidantoi- nas: anticoagulantes orais, levodopa, amiodarona, corticos- ter6ides, doxiciclina, metadona, metirapona, quinidina, teofilina, hormonio tire6ideo, anticoncepcionais orais, aci- do valpr6ico, ciclosporina e carbamazepina. (Ver Reafoes adversas as hidantofnas.) Perigo! Perigo! Rea~oesadversas as hidantoinas As hidantolnas interagem com muitos farmacos - algumas vezes, sua ayao e aumentada e, outras vezes, diminulda. As reayoes adversas as hidantofnas incluem: • sonolencia • ataxia • irritabilidade • cefalE§ia • inquietayao • nistagmo • tonteira e vertigem • disartria • nausea e v6mitos • dor abdominal • anorexia • depressao da conduyao atrial e ventricular • fibrilayao ventricular (nos estados de toxicidade) • bradicardia. hipotensao e parada cardfaca (com administrayao IV) • reayoes de hipersensibilidade. o fenobarbital, urn barbiturico de a~ao prolong ada, era antigamente urn dos anticonvulsivantes mais amplamente utilizados. Hoje em dia, e prescrito com menos freqiiencia, devido a seus efei- quinidina, fenotiazina, metronidazol, antidepressivos tricfclicos, teofilina, ciclosporina, carbama- zepina, felodipina e verapamil. Os efeitos adversos dos antidepressivos tricfclicos aumentam quando esses fannacos sao adrninistrados com barbituricos. Salba que. mesmo quando utilizada como anticonvulsivante. a .carbamazepina Ira afetar 0 humor e 0 comportamento. A carbamazepina e 0 anticonvulsivante irninoestilbeno mais comumente utilizado. Mostra-se eficaz no tratamento das seguintes condi~6es: • crises parciais e t6nico-cl6nicas generalizadas; • tipos rnistos de crises. Farmacocinetica A carbamazepina sofre absor~ao lenta e irregular pelo trato GI. Distribui-se rapidamente por to- - dos os tecidos, e 75% a 90% ligam-se as proteinas plasmaticas. 0 metabolismo ocorre no figado, _ e a carbamazepina e excretada na urina. Vma pequena quantidade atravessa a placenta, e ocorre secre~ao de uma certa quantidade no leite materno. A meia-vida da medica~ao varia acentuada- - mente. Farmacodinamica o efeito anticonvulsivante da carbamazepina assemelha-se ao da fenitoina. A a~ao anticonvulsi- - vante pode ser devida a capacidade que tern 0 farmaco de inibir a propaga~ao da atividade - convulsiva ou da transrnissao neuromuscular em geral. Farmacoterapia A carbamazepina constitui 0 fannaco de escolha, tanto em adultos quanta em crian~as, para 0 tra- _ tamento das seguintes crises: • crises t6nico-cl6nicas generalizadas; • crises simples e complexas parciais . A carbamazepina tambem alivia a dor quando utilizada no tratamento da neuralgia do trigemeo (tique doloroso, caracterizado por dor facial excruciante ao longo do nervo trigemeo). Interaffoes medicamentosas A carbamazepina pode reduzir os efeitos de varios medicamentos, incluindo anticoagulantes orais, anticoncepcionais orais, doxiciclina, felbamato, teofilina e acido valpr6ico. Outras intera~6es far- - macol6gicas tambem podem ocorrer: • Pode haver aumento dos niveis e da toxicidade da carbamazepina com a adrninistra~ao de cimeti- dina, danazol, diltiazem, eritrornicina, isoniazida, inibidores seletivos da recapta~ao da serotonina, propoxifeno, troleandornicina, anti-histaminicos nao sedativos, acido valpr6ico e verapamil. •0 litio e a carbamazepina, quando adrninistrados concornitantemente, aumentam 0 risco de efei- _ tos neurol6gicos t6xicos. • Os nlveis de carbamazepina podem dirninuir quando 0 fannaco e adrninistrado com warfarina, - barbituricos ou felbamato. (Ver Rea{:oes adversas a carbamazepina.) Perigo! Perigo! Reaffoes adversas it carbamazepina Em certas ocasioes, ocorre toxicidade hematol6gica grave. Como a carbamazepina esta relacionada estrutu- ralmente aos antidepressivos tricfclicos, pode causar efeitos t6xicos semelhantes e afetar 0 comportamento e as emoyoes. Quando se trata de jovens Podem ocorrer urticaria e sindrome de Stevens-Johnson (uma doenya inflamat6ria potenciaimente fatal em crianyas e adultos jovens). Benzodiazepi'nicos Os tres benzodiazepinicos que produzem efeitos anticonvulsivantes sao: • diazepam (na forma parenteral); • clonazepam; • clorazepato. Apenas um para 0 tratamento em curso Apenas 0 clonazepam e recomendado para tratamento prolongado da epilepsia. 0 diazepam lirni- ta-se ao tratamento agudo do estado epileptico. 0 clorazepato e prescrito como adjuvante no tra- tamento das crises parciais. Farmacocinetica o paciente pode receber benzodiazepinicos por via oral ou parenteral. Absor{:iio e distribui{:iio Os benzodiazepinicos sao absorvidos rapidamente e quase por completo pelo trato GI, porem distribuem-se com taxas diferentes. A liga~ao dos benzodiazepinicos as protein as varia de 85% a 90%. Metabolismo e excre{:iio Os benzodiazepinicos sao metabolizados no figado a diversos metab6litos e, a seguir, sao excre- tados na urina. Os benzodiazepinicos atravessam facilmente a placenta e sao excretados no leite materno. Farmacodinamica Os benzodiazepinicos atuam como: • anticonvulsivantes; • ansioliticos; • sedativo-hipn6ticos; • rniorrelaxantes. Farmacoterapia Cada urn dos benzodiazepinicos pode ser utilizado de maneira ligeiramente diferente. -Crises de aus~ncia, at{pica, att3nica o clonazepam e utilizado para 0 tratamento dos seguintes tipos de crise: • ausencia (pequeno mal); • ausencia atipica (sindrome de Lennox-Gastaut); • at6nica; • rniocl6nica. o diazepam nao e recomendado para tratamento prolongado, em virtude de seu potencial de adi- ~ao e das altas concentra~6es sericas da medica~ao necessaria para controlar as crises. o diazepam por via IV e utilizado no controle do estado epileptico. Como 0 diazepam exerce apenas efeitos a curto prazo, de menos de uma hora de dura~ao, 0 paciente tambem deve receber urn anticonvulsivante de a~ao long a, como a fenitoina ou 0 fenobarbital, durante a terapia com diazepam. o clorazepato e utilizado com outros medicamentos para tratar as crises parciais. Interac;oes medicamentosas Quando se administram benzodiazepfnicos com depressores do SNC, observa-se urn aumento dos efeitos sedativos e de outros efeitos depressores. Em conseqiiencia, podem ocorrer comprometimento - das habilidades motoras, depressao respirat6ria e ate mesmo morte com 0 uso de altas doses. A cimetidina e os anticoncepcionais arais, quando tornados com urn benzodiazepfnico, podem causar sedas;ao excessiva e depressao do SNC. (Ver Reac;i5esadversas aos benzodiazepfnicos.) - Perigo! Perigo! Reac;oes adversas aos benzodiazeplnicos Maiscomuns • Sonolencia • Confusao • Ataxia • Fraqueza • Tonteira • Nistagmo • Vertigem ·Desmaio • Disartria • Cefaleia • Tremor • Aspecto de "olhar vidrado" Menos comuns • Depressao cardfaca e respirat6ria (com altas do- ses e com administral{ao IV de diazepam) • Erupyao cutanea e reayoes de hipersensibilidade agudas Acido valpr6ico a ticido valpr6ico nao exibe nenhuma relas;ao estrutural com os outros anticonvulsivantes. As duas - medicas;oes principais da classe do acido valpr6ico sao: • valproato; • divalproex. As propriedades anticonvulsivantes do acido valpr6ico foram, na realidade, descobertas quando 0 farmaco estava sendo utilizado como vefculo para outros compostos testados pelas suas propriedades anticonvulsi- vantes. Estruturalmente. 0 acido valpr6ico difere dos outros anticonvulsivantes. Seu mecanismo de al{ao ainda nao foi total mente elucidado. Farmacocinetica a valproato e rapidamente convertido em acido valpr6ico no estomago. a divalproex e urn pre- cursor do acido valpr6ico, que libera acido valpr6ico no trato GI. a acido valpr6ico e bem absor- vido, liga-se fortemente as protefnas e e metabolizado no ffgado. as metab6litos e a substancia - inalterada sao excretados na urina. a acido valpr6ico atravessa facilmente a barreira placentaria e tambem aparece no leite materno. Farmacodinamica a mecanismo de as;ao do acido valpr6ico permanece desconhecido. Acredita-se que 0 farmaco aumenta os nfveis de acido gama-aminobutfrico (GABA), urn transmissor inibit6rio. eVer Uma feliz coincidencia.) Farmacoterapia a acido valpr6ico e prescrito para tratamento a longo prazo das seguintes crises: • crises de ausencia; • crises mioclonicas; • crises tonico-clonicas.
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