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fonomenos sociais e culturais, Esquemas de Sociologia

como a sociedade cria de tempo em tempo fenomenos socioculturais para si

Tipologia: Esquemas

2024

Compartilhado em 19/03/2024

wellington-poeta
wellington-poeta 🇧🇷

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Baixe fonomenos sociais e culturais e outras Esquemas em PDF para Sociologia, somente na Docsity! TAYLOR SWIFT E A HISTERIA DOS NOSSOS DIAS Não vou entrar nos méritos da cantora pop que é um fenômeno mundial, não conheço suas músicas, nunca ouvi uma sequer. Este texto não é uma avaliação crítica sobre gostos e gêneros musicais, e sim, um olhar reflexivo sobre a preocupante forma como enxergamos a onda de histeria coletiva que sempre toma conta dos fãs em eventos desse tipo. A “taylormania” tomou conta do público jovem no Rio, que enfrentou semanas, meses acampados a espera do show que “mudaria suas vidas.” A mobilização dos "swifties" (como se intitulam os fãs) todos dispostos a provar a sua devoção a Taylor, comoveu a cantora que foi a primeira artista a receber uma homenagem no símbolo icônico da cidade, o Cristo Redentor, que foi uma iniciativa dos fãs com apoio da prefeitura e liberação do padre reitor do santuário do Cristo. E os fãs enciumados das celebridades tupiniquins não esperam menos do que isso lá pelas ‘gringas’, quem sabe a Estátua da Liberdade espalhando a b n d a da Anitta ou a Torre Eiffel a cara da Ludmilla. Afinal, essa moda já pegou quando vestiram o Obelisco com uma camisinha rosa para promover a série Sex Education da Netflix. A turnê da cantora americana ao Brasil foi uma tragédia, teve de tudo até “sacrifício humano”. Sim, pessoas perderam a vida nesse show. Infelizmente o sacrifício para ver Taylor foi tão grande que culminou na vida de dois jovens. Não é a primeira vez que isso acontece em shows dessa magnitude. Uma adolescente de 14 anos morreu em 2003 durante uma apresentação da banda KLB em São Paulo. Cinco pessoas morreram pisoteadas em maio de 2005 durante um show da banda Calcinha Preta em Fortaleza. E em 2006 duas crianças de 11 e 13 anos e uma mulher de 38 morreram com a vinda da banda RBD ao Brasil. Esta geração que se entrega de corpo e alma aos ídolos do seu tempo. O fanatismo em escala mundial hipnotiza o público e rege a vida das pessoas, é algo tão anormal que saiu do controle. Fila de mais de 1 milhão de pessoas esperando pela liberação da venda de ingressos que se esgotaram em meia hora, pagando o equivalente entre 400, 1000 e até 5 mil reais para ver o show. Esses mesmos fãs monitoraram a vinda da cantora pelo GPS para saber em que parte do céu, do espaço em que Taylor estava. A passagem da “estrela” pelo Brasil marcado por constrangimentos e polêmicas, revela a face não latente da galera atual, pessoas vazias em busca de preencher-se por momentos coletivos de histeria e descontrole. A vida perdeu o sentido e o significado, o mundo está maluco e as pessoas que vivem nele provam isso. O que isso tem a haver comigo que sou cristão? Engana-se quem pensa que jovens cristãos não somam nos números dos incontroláveis fãs deste tipo de idolatrização de fênomes globais com milhões de seguidores. – “Mãe, eu morro se eu não for a este show”. – Ana Clara, jovem de 23 anos vítima do show deste fim de semana. As pessoas estão vivendo para quê nos dias de hoje?
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