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Fundamentos Históricos e Epistemológicos da Psicologia, Resumos de Psicologia

O que é conhecimento? Na Grécia antiga, notava-se a mitologia como forma de explicar o mundo; entre tribos indígenas, explicações místicas; entre o conhecimento popular reina a superstição; na sociedade moderna, mitos sofisticados criados pela mídia, internet, horóscopo etc.

Tipologia: Resumos

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Baixe Fundamentos Históricos e Epistemológicos da Psicologia e outras Resumos em PDF para Psicologia, somente na Docsity! Fundamentos Epistemológicos e Históricos da Psicologia Roney Gusmão Leonardo Lopes  O que é conhecimento?  Na Grécia antiga, notava-se a mitologia como forma de explicar o mundo; entre tribos indígenas, explicações místicas; entre o conhecimento popular reina a superstição; na sociedade moderna, mitos sofisticados criados pela mídia, internet, horóscopo etc.  A mitologia perdeu credibilidade, solicitando o conhecimento científico para apoiar as ideias na sociedade.  O contexto histórico revela as formas encontradas pelo homem para leitura do mundo. Psicologia: bases epistemológicas  O termo psicologia (Ψυχολογια), corresponde a psiqué (alma) + logos (lógica, estudo).  Para os antigos, alma significa sopro (fôlego) derivado de uma força mística que deveria ser melhor entendida.  Características comuns a maioria das religiões são: reconhecimento de uma força sobrenatural, a mediação sacerdotal, o uso de rituais para estabelecer uma relação com o sagrado e um senso comunitário.  Consideraremos o pensamento grego por ter sido estruturante da concepção psicológica ocidental.  Na ideia grega, corpo e alma eram entidades separadas. Vídeo: Grécia Antiga – parte I A Grécia Antiga  Fatores que estimularam o surgimento da filosofia: a vida urbana (a pólis grega), o surgimento do calendário, da escrita, dos espaços públicos, das leis, da política e da democracia, da educação por meio do discurso.  Essas características sociais despertaram o interesse por compreender o homem e sua inserção na sociedade.  As riquezas geraram crescimento que exigiam organização social.  Nesse contexto, as reflexões filosóficas introduzem o homem em suas reflexões, surgindo as primeiras tentativas de sistematizar a psicologia. Vídeo: Grécia Antiga – parte II Filósofos Pré-socráticos  Preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo através da percepção. Idealistas: a ideia forma o mundo. Materialistas: a matéria que forma o mundo já é dada para a percepção.  Os pré-socráticos se centravam nas manifestações físicas, enquanto que a alma (psiqué), sempre era transportada para um campo místico.  Pré-socráticos: Heráclito, Parmênides, Pitágoras, Demócrito  Anaxágoras (499-428 a. C.): Acreditava que “tudo está em tudo, pois em cada coisa há uma parte de todas as coisas”. A diversidade deriva da combinação dos elementos do todo. Influencia a psicologia na concepção acerca da complexidade das relações na formação dos sujeitos.  Demócrito (460-370 a. C.): Considerava o universo composto por átomos materiais indivisíveis. Considerava o pensamento humano como determinado por agentes externos (determinismo). Como uma onda Nada do que foi será De novo do jeito que já foi um dia Tudo passa, tudo sempre passará A vida vem em ondas como um mar Num indo e vindo infinito Tudo que se vê não é igual ao que a gente Viu há um segundo Tudo muda o tempo todo no mundo Não adianta fugir, nem mentir Pra si mesmo agora Há tanta vida lá fora Aqui dentro sempre Como uma onda no mar Sócrates (469-399 a. C.)  Para Sócrates, o fim da filosofia é a educação moral do homem.  Discutiu o limite que separa o homem dos animais.  Entendeu a razão como principal característica humana.  A razão permitia aos homens conterem os instintos.  Para ele, o conhecimento fundamental era o “conhece-te a ti mesmo”. Para Sócrates todo o saber deve estar dirigido para o conhecimento da realidade do homem.  Ele era capaz de achar problemas em qualquer situação e estava muito mais preocupado em questionar do que em solucionar.  Por ser filho de uma parteira, dizia-se um parteiro de ideias, um especialista em maiêutica. “Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.” sócrates A morte de Sócrates por Jacques Louis David (1787). Platão (427 – 347 a. C.)  O mundo das ideias é fixo, situado num mundo mutável;  O ideal existe apenas na imaginação do sujeito;  O mundo material é apenas uma cópia imperfeita desse mundo ideal.  Platão conclui que o mundo das ideias é o mundo real. O mundo material é imperfeito, perecível e degenerável;  O homem seria um ser dualista composto de mente x corpo.  O mundo real (sensível) é finito, enquanto que o mundo das ideias (suprassensível) transita entre gerações e se mantém dinâmico;  A concepção de bom x mau; belo x feio; digno x medíocre... Se mantém e perpassa gerações;  Esta concepção influenciou a moralidade cristã ocidental.  A alma (psiqué) está dissociada do corpo e, portanto, se eterniza, enquanto que o corpo é perecível, corruptível. Vídeo: enquadramento  Houve cristianização das ideias platônicas: negatividade da carne, concepção de pecado, imaterialidade do espírito, fugacidade da matéria...;  Em Platão, o homem tem três faculdades: a racional na cabeça, a passional ou colérica no coração e no baixo ventre como estomago que é a alma apetitiva ou concupiscível, que tem objetivo de suprir as necessidades primárias do homem;  A razão deveria controlar toda a alma apetitiva, pelo controle racional, pode-se reprimir as paixões (deixar levar-se por...);  Nesse sentido, o homem deveria se dedicar a tudo aquilo que valoriza o mundo racional e ético (Vídeo – mito das cavernas);  Este ideário influencia a própria concepção de política em Platão, ao comparar o organismo social com o corpo humano. Aristóteles (384 – 322 a. C.)  Não acreditava na existência de idéias inatas e nem no mundo das idéias. A criança, ao nascer, não traz nenhuma bagagem de conhecimento. Vem como um papel em branco – onde nada foi escrito: uma "tabula rasa".  Subordina tudo ao mundo sensível. Na ideia de Aristóteles “não há nada em nossa mente sem que antes tenha passado pelo sentido”;  Assim a base epistemológica de Aristóteles advém do mundo sensível: Primeiro olho, capturo a ideia, depois abstraio (do latim, “isolar”, “separar”);  Para ele, mente e corpo são indivisíveis.  A alma (psiqué) e o corpo compõem uma unidade, portanto, ambos são finitos. A Patrística  É a filosofia dos primeiros padres da Igreja.  A preocupação central era aluta contra o paganismo, as heresias e a defesa dos dogmas cristãos. Faziam uso do platonismo para a elucidação dos dogmas.  Entre esses encontram-se: Santo Ambrósio (340-397), Trier - Alemanha; São Jerónimo 2 (347-419), Stribo - Dalmácia; Santo Agostinho (354-430).  Destaca-se, aqui, Santo Agostinho, que distingue a presença do passado, a presença do presente e a presença do futuro. A presença do passado é coberta pela memória; a presença do presente é a própria percepção; a presença do futuro é a prospecção. No estudo da memória, fala, ainda, sobre o esquecimento, definindo-o como a "presença de uma ausência". A Escolástica  Afirma que não pode haver contradição entre as verdades provenientes da experiência dos sentidos, porta de todo o conhecimento, e as verdades da fé, pois provêm da mesma fonte: Deus.  Quanto á educação, Tomás de Aquino entende que a alma possui cinco gêneros de potência ou faculdades: a negativa, a sensitiva, a apetitiva, a locomotiva e a intelectual. Põe em relevo o papel da vontade para dominar a natureza falível do homem. No entanto, sua vitória depende da ajuda da Providência Divina, e as regras estão estabelecidas na Sagrada Escritura. Renascimento (Séc. XIII- XVII)  A burguesia, classe em ascensão, discordava do teocentrismo, valorizando o antropocentrismo;  Retoma-se elementos da cultura grega (quanto à racionalidade) e romana (no campo do direito);  Surge a noção de individualidade;  Isto não quer dizer que o cristianismo tenha sido extinto, ele perdura até os dias atuais, mas ocorre uma sobrevalorização da ótica racionalista;  Há o surgimento de uma linha de investigação crítica. O pensamento renascentista  A burguesia estimula a busca de novos caminhos ao conhecimento;  No plano geográfico, houve a expansão geográfica, devido aos grandes descobrimentos.  No plano espiritual, verificou-se a queda do dogmatismo.  No plano religioso, deu-se a Reforma e Contra-Reforma.  No plano das ciências, por exemplo, a biologia evoluiu com a dissecação dos cadáveres.  No plano literário, houve a recuperação da estética grega.  No plano da Astronomia, foi confirmado o sistema heliocêntrico.  Houve ainda mudanças no sistema econômico, com a afirmação do mercantilismo, no sistema político, com a criação dos novos Estados, e na área social, O despertar da Ciência  A ciência chegou à Idade Moderna num estágio primitivo de desenvolvimento.  A causa desse atraso deveu-se, basicamente, porque todo o conhecimento foi, na Idade Média, tutelado pela Igreja e deveria estar de acordo com a Revelação Divina contida na Sagrada Escritura.  O Renascimento veio, assim, despertar a consciência para a formação do espírito científico.  A organização do método científico foi condição para desenvolvimento das ciências.  Utilizava a observação, a experimentação e a quantificação, o que resultou na organização do método científico, cujo uso foi priorizado a partir de então. Diz-se, dos cientistas da época, que tiveram imensa paciência na observação e grande audácia na formulação das hipóteses. O empirismo crítico Os filósofos do empirismo crítico possuíam as mesmas preocupações dos filósofos gregos: desejavam saber de que era feito o mundo e como era possível, ao homem, conhecê-lo.  Investigaram a natureza dos fenômenos psíquicos e como esses se relacionam com o mundo dos objetos.  O empirismo se baseia na experiência, contrastando com o racionalismo que se baseia na razão inata.  Baseia-se na ideia René Descartes (1596-1650)  Precursor do rompimento com o dogmatismo católico.  Parte do princípio que, antes de se aceitar qualquer verdade, esta deve ser questionada.  A dúvida era, portanto, usada como método de estudo, por isso foi chamada de dúvida metódica.  Para ele, a ação do corpo tem função mecânica, no entanto, a alma pensante, que o homem possui, atua e modifica estes mecanismos.  Descartes achava que somente as ideias matemáticas e religiosas são inatas.  Descartes, filosoficamente, se mantém, entre os nativistas e empiristas, pois, ao mesmo tempo que aceita que algumas ideias sejam inatas, acredita que outras “Penso, logo, existo”. Rousseau (1712-1778)  Para Rousseau, a causa dos problemas está no surgimento da propriedade privada;  A desigualdade corrompe o indivíduo;  Fato que inibe a legitimidade do contrato social;  O contrato social só é válido se o povo consentir na sua constituição: “respeitar as leis é obedecer à vontade geral e , ao mesmo tempo, a si mesmo...”;  Vontade individual (egoísta) X Vontade coletiva;  Defendeu a democracia direta. Immanuel Kant (1724-1804)  Reconhece que o homem não é só razão pura, mas também prática. Sua consciência moral é uma realidade em que a razão atua sobre a ação.  Kant afirma que não se pode conhecer a natureza e a alma a não ser através de suas manifestações (fenômenos) e, portanto de forma empírica  Kant reconhece o poder do intelecto somente em relação à experiência, pois qualquer outro conhecimento fora dela é inválido, sem fundamento.  0 conhecimento, para ser científico, tem que ser empírico.  O conhecimento racional, do qual a psicologia faz parte, é sem base. “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.” Karl Marx (1818-1883)  Fez uso do materialismo já utilizado no período cosmológico da Grécia Clássica.  Percebe os efeitos nefastos do capitalismo que confisca o direito sociais e políticos dos cidadãos.  Propõe o socialismo como meio de viabilizar o acesso aos recursos necessários à vida.  Marca o pensamento moderno, inspirando muitos em reflexões e mobilizações contrárias ao modelo de organização desigual do sistema.  Entende que a base suficiente para a vida humana está na matéria, negligenciando aspectos subjetivos que são componentes da prática social.
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