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Jornal Lampião da Esquina: Publicação para Homossexuais no Brasil (1978-1981), Trabalhos de Jornalismo Comunitário

Este artigo analisa a criação, organização, distribuição e o relacionamento com os leitores das primeiras edições do jornal lampião da esquina, uma publicação voltada aos homossexuais que circulou durante 1978 e 1981 no brasil. Utilizando as pesquisas, bibliográfica e documental, percebemos que o lampião foi um jornal crítico, pluralista e partidário, que expôs o descaso e preconceito contra os homossexuais e as minorias sociais.

Tipologia: Trabalhos

2014

Compartilhado em 19/02/2024

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carlos-ferreira-ypq 🇧🇷

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Baixe Jornal Lampião da Esquina: Publicação para Homossexuais no Brasil (1978-1981) e outras Trabalhos em PDF para Jornalismo Comunitário, somente na Docsity! Revista ALTERJOR Grupo de Estudos Alterjor: Jornalismo Popular e Alternativo (ECA-USP) Ano 01 – Volume 01 Edição 01 – Janeiro-Dezembro de 2010 Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária, São Paulo, CEP: 05508-900 IMPRENSA HOMOSSEXUAL: SURGE O LAMPIÃO DA ESQUINA Carlos Ferreira1 RESUMO: Este artigo, através do contexto histórico da Imprensa Alternativa e da abertura política pós-Regime Militar (instalado em 1964), tem como objetivo analisar a criação, organização, distribuição e o relacionamento com os leitores das primeiras edições do jornal Lampião da Esquina, uma publicação voltada aos homossexuais que circulou durante 1978 e 1981. Utilizando as pesquisas, bibliográfica e documental, percebemos que o Lampião foi um jornal crítico, pluralista e partidário, que expôs o descaso e preconceito contra os homossexuais e as minorias sociais. PALAVRAS-CHAVE: Lampião da Esquina; Jornal Gay; Imprensa Homossexual; Imprensa Gay; Imprensa Alternativa. 1 Aluno de graduação em jornalismo da Universidade Metodista São Paulo (UMESP). Desenvolve, sob orientação da Profª Dra. Maria Cristina Gobbi, um projeto de pesquisa sobre o jornal Lampião da Esquina. Revista ALTERJOR Grupo de Estudos Alterjor: Jornalismo Popular e Alternativo (ECA-USP) Ano 01 – Volume 01 Edição 01 – Janeiro-Dezembro de 2010 Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária, São Paulo, CEP: 05508-900 2 Eu acredito é na rapaziada Que segue em frente e segura o rojão Eu ponho fé é na fé da moçada Que não foge da fera e enfrenta o leão (E vamos à luta – Gonzanguinha) Introdução Este artigo é parte inicial de uma pesquisa de iniciação cientifica desenvolvida na Universidade Metodista São Paulo, sob orientação da Profª Dra. Maria Cristina Gobbi. Mostrará como as primeiras edições do jornal Lampião da Esquina foram criadas, organizadas e distribuídas, e como a comunicação com os leitores foi estabelecida. Para isso, utilizando as pesquisas, bibliográfica e documental, obtemos informações sobre a publicação e o contexto social da época. Na primeira parte do trabalho falamos da imprensa alternativa e do contexto histórico em que nasce o tablóide, depois tratamos o número zero e a relação com as minorias que foi estabelecida pela publicação e por último a forma como o ela foi distribuída e como manteve contato com seus leitores através da editoria “Cartas na Mesa”. Para começar a falar sobre o Lampião é necessário tratar o período político no qual ele começou a ser editado. As décadas de 1970 e 1980 foram momentos muitos peculiares no Brasil; esta passagem é chamada de abertura política por conta do enfraquecimento do Regime Militar, instalado em 1964. Os movimentos estudantis e operários, que mais tarde seriam a base para as Diretas Já em 1983, um dos maiores movimentos populares brasileiro, começam a se organizar por volta dos anos de 1978. Após os mais variados tipos de censuras, com a perda dos direitos individuais e coletivos, mortes e perseguições por conta da ditadura instalada na década de 1960, os períodos seguintes se mostraram mais favoráveis às forças da esquerda que lutavam contra o regime ditatorial. A censura prévia, que teve seu auge com o AI 5 (Ato Institucional nº 5), em 1968, vai enfraquecendo durante o período da abertura. Entre os anos de 1975 e 1978 as vistorias prévias, realizadas pelos censores nos grandes jornais, foram suspensas aos poucos, como conta Nadine Habert (1996): Revista ALTERJOR Grupo de Estudos Alterjor: Jornalismo Popular e Alternativo (ECA-USP) Ano 01 – Volume 01 Edição 01 – Janeiro-Dezembro de 2010 Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária, São Paulo, CEP: 05508-900 5 do conteúdo era feira pelos conselheiros editoriais e também por convidados que variavam a cada edição. Como veremos adiante, o Lampião inicialmente estava mais preocupado em retirar o gay da margem social, abrindo também o discurso às minorias. Já em sua fase final o jornal se adapta ao gueto e torna-se mais ousado, contendo até mesmo ensaios sensuais e abordando temas mais polêmicos do que fazia em sua fase inicial. 1.1 O número zero Em seu número zero (Figura 1), edição experimental e de circulação restrita, o Lampião surge com o intuito de retirar o homossexual da clandestinidade e destruir uma imagem padrão que existia sobre o grupo. No primeiro editorial do jornal, “Saindo do Gueto”, é demonstrada a necessidade de alterar a maneira como sociedade enxergava a classe e, também é expressa a importância de se ter um veículo de comunicação para que o discurso gay passasse a integrar a realidade social: O que nos interessa é destruir a imagem padrão que se faz do homossexual, segundo a qual ele é um ser que vive nas sombras, que prefere a noite, que encara sua preferência sexual como uma espécie de maldição, que é dada aos ademanes e que sempre esbarra, em qualquer tentativa de se realizar mais amplamente enquanto ser humano, neste fator capital: seu sexo não é aquele que se desejaria ter. Para acabar com essa imagem-padrão, LAMPIÃO não pretende soluçar a opressão nossa de cada dia, nem pressionar válvulas de escape. Apenas lembrará que uma parte estatisticamente definível da população brasileira, por carregar nas costas o estigma da não- reprodutividade numa sociedade petrificada na mitologia hebraico-cristã, deve ser caracterizada como uma minoria oprimida. E uma minoria, é elementar nos dias de hoje, precisa de voz (LAMPIÃO, abril de 1978:2). O gueto é a grande preocupação do Lampião em sua fase inicial. Em um período onde as violências morais e físicas contra os homossexuais eram grandes, o principal desafio além o de se assumir para ser aceito era lutar pelo fato dos homossexuais serem seres humanos e portanto terem direitos sociais, garantidos pela própria Constituição Federal, embora esses direitos tenham ficado mais assegurados a partir da chamada Constituição Social de 1988. Revista ALTERJOR Grupo de Estudos Alterjor: Jornalismo Popular e Alternativo (ECA-USP) Ano 01 – Volume 01 Edição 01 – Janeiro-Dezembro de 2010 Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária, São Paulo, CEP: 05508-900 6 Figura 1 (Fonte: Lampião, 1978) Ao contrario do que conta Marco Lima em Breve história de imprensa homossexual4, o jornal nasce apenas com o nome “Lampião”, e a partir da edição número um, para que não houvesse problemas de propriedade industrial a equipe resolveu adotar o complemento “da esquina” (LAMPIÃO, 25/ junho de 1978:15). As pautas eram definidas em reuniões que aconteciam em São Paulo e Rio de Janeiro, cidades onde os produtores residiam. No inicio essas cidades mantinham a mesma importância, quer na mancha impressa ou na divisão de produção do conteúdo. Mas por conta de prazos de 4 Nota do autor. Neste artigo o autor Marco Lima afirma que o jornal era “inicialmente chamado Lampião da Esquina, tendo abreviado para Lampião já no segundo número”, o que na verdade não acontece. Apesar de ser conhecido entre seus leitores apenas como “Lampião” o jornal adota o sobrenome “da esquina” após a o número zero por questões comerciais. Revista ALTERJOR Grupo de Estudos Alterjor: Jornalismo Popular e Alternativo (ECA-USP) Ano 01 – Volume 01 Edição 01 – Janeiro-Dezembro de 2010 Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária, São Paulo, CEP: 05508-900 7 fechamento o Rio se tornou a principal sede do jornal, como explica João Silvério Trevisan, um dos fundadores do Lampião: No começo as reuniões eram alternadas, mas depois acabou ficando tudo no Rio mesmo porque a maioria da equipe era de lá, e o Aguinaldo (Silva) centralizava bastante o trabalho (MOTTA, maio de 2009: 41) Através de suas pautas além de se preocupar com a situação do gay, Lampião colocava em questão assuntos relacionados diretamente às minoras, mostrava a realidade que as lésbicas, os índios e os negros brasileiros enfrentavam em um período de repressão. No editorial “Nossas Gaiolas Comuns”, notamos a forte relação com os esses pequenos grupos sociais e a vontade de dar-lhes voz: As lutas das mulheres, dos negros, dos homossexuais, dos índios, dos prisioneiros – categorias historicamente silenciosas – têm nos ensinado que a História tem sujeitos e objetos, aqueles que falam e aqueles de quem se fala, mas que também os sujeitos variam durante o processo. Estas lutas têm nos ensinado que o conhecimento pode ser sinônimo de poder e que a fala torna visíveis questões concretas mas não conhecidas, não registradas, portanto sem existência histórica. Essa fala, no entanto, ao mesmo tempo que revolucionária é conservadora por ser parte de uma linguagem, desta mesma linguagem que por tanto tempo manteve invisíveis as categorias de pessoas que agora começam a tentar um autoconhecimento tentando afirma-se como sujeitos de sua própria história (LAMPIÃO, 25/maio de 1978:2). Também através de algumas capas como: “Índios, eles eram puros, saudáveis e transavam numa boa, ai chegou o homem branco e então...”, (Figura 2) “Lesbianismo, machismo, aborto, discriminação. São as mulheres fazendo política” (Figura 3) e “Negros, qual o lugar deles?” (Figura 4), podemos verificar a pluralidade dos assuntos tratados pelo jornal com relação às minorias. Revista ALTERJOR Grupo de Estudos Alterjor: Jornalismo Popular e Alternativo (ECA-USP) Ano 01 – Volume 01 Edição 01 – Janeiro-Dezembro de 2010 Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária, São Paulo, CEP: 05508-900 10 A forma com que os leitores conseguiam o jornal eram as mais diversas possíveis, por conta de sua grande abrangência os gays adquiriam a publicação nos guetos e pontos de encontro da época, Marcio Leopoldo retrata estas situações: A abrangência de circulação do jornal (...) permitiu com que cartas de diferentes procedências –várias cidades brasileiras e até algumas cartas do exterior do país – fossem enviadas para publicação. Apesar das dificuldades nos métodos de distribuição, o jornal possuía estratégias de circulação – beneficiando-se muito do “boca-a-boca” – por espaços reconhecidos como guetos homossexuais: saunas e boates, por exemplo.(...) Os leitores também colaboravam com a distribuição do jornal por diversas cidades brasileiras, indicando possíveis locais de venda .(BANDEIRA, 2006:56). A diversidade de culturas e as opiniões dos leitores eram percebidas na seção “Cartas na Mesa”, pessoas, identificadas ou não, emitiam suas opiniões através de cartas enviadas a redação, assim os produtores do jornal ficavam sabendo da realidade que cada leitor enfrentava em sua região, já que tinha equipes de redação apenas nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Através desta seção podemos perceber a dimensão da circulação. As correspondências chegavam dos grandes centros urbanos como as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Campinas, Porto Alegre. E também de cidades onde as dificuldades de circulação eram maiores como em Manaus no Amazonas, Ceara Mirim no Rio Grande do Norte, Teresina no Piauí, Campina Grande na Paraíba, Coronel Fabriciano em Minas Gerais, dentre outras. A crítica foi muito trabalhada em “Cartas na Mesa”. Nesse espaço o jornal respondia as cartas, trazendo suas tendências, justificativas e explicações. Montando assim uma imagem da própria publicação e de seu público. Mostrou-se um espaço importante onde os integrantes do Conselho Editorial faziam questão de publicar cartas favoráveis e contrarias as opiniões dos integrantes, criando assim um debate de idéias. A resposta a uma carta, publicada na primeira edição do Lampião, mostra a forma como o tablóide se posicionava perante os leitores: Publicamos a carta de Anônimo porque ela contém observações muito pertinentes. 1 -- LAMPIÃO não vai se restringir a assuntos gueis, como se notará já nesse número. 2 -- As mulheres, também já nesse número, estão perfeitamente integradas ao nosso projeto. 3 -- Reconhecemos que nosso número zero ficou mais sério do que pretendíamos. Essa é uma coisa a ser corrigida. Quanto ao prazer, cada um que trate de inventar o seu. 4 -- A carta Revista ALTERJOR Grupo de Estudos Alterjor: Jornalismo Popular e Alternativo (ECA-USP) Ano 01 – Volume 01 Edição 01 – Janeiro-Dezembro de 2010 Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária, São Paulo, CEP: 05508-900 11 de Anônimo termina com um comentário um tanto aleatório, no qual ele diz que a natureza o favoreceu bastante, quanto a um determinado detalhe anatômico. Ele não deve se impressionar com isso; fizemos uma rápida pesquisa no nosso conselho Editorial e descobrimos que vários dos seus membros mereceram o mesmo favorecimento... (LAMPIÃO, 25/maio de 1978:15) Ao mesmo tempo em que fala de assuntos importantes, como por exemplo, a inclusão de ativistas femininas no projeto, Lampião estabelece uma relação com a questão sexual, como podemos verificar no final da resposta dada ao leitor. Essas misturas de debates, esclarecimentos e questões do “mundo gay”, permeiam toda a história do jornal e do cotidiano de seus leitores. O Lampião da Esquina circulou até junho de 1981. Em suas ultimas edições o periódico se tornou mais ousado e explicito, contendo ensaios sensuais e cada vez tratando de assuntos mais polêmicos, dentre eles: masturbação, sadomasoquismo, transexualismo dentre outros. Adotou uma linguagem mais despojada, parecida com a utilizada no gueto, que até o fim de sua circulação era o lugar onde os gays se encontravam. Considerações Finais A partir das análises documentais e bibliográficas, podemos concluir que o Lampião da Esquina foi um jornal crítico, pluralista e partidário. Em seus primeiros números o tablóide com um tom muito ácido expunha uma ferida que havia na sociedade: o descaso e preconceito contra os homossexuais. Já nestas primeiras edições é possível também perceber a preocupação com os demais grupos sociais que não possuíam um discurso explicito e conhecido de todo o meio social, o jornal “deu voz” as mulheres, negros e índios, que até então estavam no gueto juntamente com os gays. A tarefa de retirar o homossexual da marginalidade não se mostrou amplamente eficaz por conta do momento político do país. O preconceito e o medo da repressão fez com que o gay se mantivesse no gueto e na escuridão, isto criou uma identidade própria para as galerias, boates, cinemas pornôs dentre outros pontos freqüentados por eles, locais onde até mesmo o Lampião se desenvolveu e aproveitou como canais de distribuição . Revista ALTERJOR Grupo de Estudos Alterjor: Jornalismo Popular e Alternativo (ECA-USP) Ano 01 – Volume 01 Edição 01 – Janeiro-Dezembro de 2010 Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária, São Paulo, CEP: 05508-900 12 O jornal se preocupa em divulgar sua causa, assume a homossexualidade e reivindica o direito de seres humanos. Renegam uma imagem padrão que existia, onde o gay deveria ter traços afeminados; e a idéia de que o homossexual é um homem frustrado por não ser uma mulher. A relação com os leitores era de forma aberta e clara, as cartas eram analisadas pelo Conselho Editorial e publicadas com um parecer. Colocavam na seção de cartas as principais críticas feitas ao jornal demonstrando assim a intenção da publicação de promover o debate de idéias. O Lampião da Esquina foi um jornal muito importante não apenas para os gays e para as minorias. Foi importante também para a sociedade que a partir daquele momento começou a escutar e olhar de outra maneira os homossexuais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BANDEIRA, Marcio Leopoldo Gomes. Será que ele é?: Sobre quando Lampião da Esquina colocou as Cartas na Mesa. Dissertação (Mestrado em História), São Paulo: PUC/SP, 2006. GONZAGUINHA. E vamos à luta. (Em GONZAGUINHA. Gonzaguinha – Perfil. São Paulo: Som Livre, 2004. 1 compact disc (ca. 53 min). HABERT, Nadine. A década de 70: apogeu e crise da ditadura militar brasileira. 3 ed. São Paulo: Ática, 2003. KOTSCHO, Ricardo. A prática da reportagem. 4 ed. São Paulo: Ática, 2005. KUCINSKI, Bernardo. Jornalistas e revolucionário: nos tempos da imprensa alternativa. São Paulo: Scritta, 1991. LAMPIÃO. “Saindo do gueto”. Lampião da esquina, Rio de Janeiro, 25/Abril de 1978, pp.2. __________ . “Nossas gaiolas comuns”. Lampião da esquina, Rio de Janeiro, no 25/Maio de 1978, pp.2. __________ . Capas das edições 0,1, 8,11 e 15, disponibilizadas nas figuras do texto. LIMA, Marcus Antônio Assis. Breve Histórico da Imprensa Homossexual no Brasil, Revista Cronos, Pedro Leopoldo, 2001, pp. 21-30. MACRAE, Edward. A construção da igualdade: identidade sexual e política no Brasil da “abertura”. Campinas: UNICAMP, 1990. MOTTA, Fábio. “À luz do Lampião”. Revista Júnior, São Paulo, no 30/Maio de 2009, pp. 40- 43.
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