Argumentos a Favor da Restrição do Comércio Parte 1
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Oi galerinha, como que vocês tão?
Nessa aula, vamo descobrir quais são alguns os argumentos a favor da restrição do comércio e como os economistas rebatem eles.
Para começar, vamo imaginar que, no Brasil, o preço de equilíbrio doméstico de carros é maior que o preço internacional.
Logo, caso esse país se abra, ele vai virar um importador.
Dessa forma, temos ganhos para os consumidores e perdas para os produtores.
Nessa situação, a primeira objeção seria o argumento do trabalho.
Oponentes do comércio defendem que a abertura comercial destrói empregos domésticos.
No nosso exemplo, haveria desemprego na indústria de carros, já que o preço no mercado ia cair, levando à diminuição de automóveis produzidos nacionalmente, e por consequência, reduzindo a quantidade de mão de obra necessária.
Economistas respondem a esse argumento dizendo que a abertura comercial cria novos empregos ao mesmo tempo que elimina outros.
Isso porque, com o desenvolvimento do comércio, trabalhadores brasileiros migrariam para indústrias que
o país possui vantagem comparativa.
De fato, a transição é difícil para os operários no curto prazo, mas eles serão realocados posteriormente e o Brasil aproveitará um maior padrão de vida.
Outro argumento contrário ao comércio é da segurança nacional.
Quando as empresas nacionais se sentem ameaçadas por companhias estrangeiras, elas, muitas vezes, dizem que o seu setor é essencial para a defesa do país.
Vamo pensar na indústria do petróleo.
As empresas nacionais podem dizer que o petróleo é necessário para a construção de estradas e para o fornecimento de gasolina.
Sendo assim, o país não deve realizar a abertura comercial já que não pode ficar dependendo de outras potências, pois, caso houvesse uma guerra, o fornecimento desse óleo pode ser comprometido.
Economistas até concordam em parte com esse argumento, mas acredita-se que as empresas nacionais utilizem ele como uma desculpinha para não enfrentar maior competição.
Eles falam isso porque, normalmente, os dirigentes dessas empresas que vão protestar e não os responsáveis por manter a segurança nacional.
Os militares podem ver essa situação de um outro jeito.
O terceiro argumento a favor da restrição do comércio é o da indústria nascente.
Nesse caso, as empresas dizem que precisam de proteção momentânea, pois estão começando agora ou porque precisam se ajustar a novas condições de mercado.
Aqui, essa proteção é somente temporária, ou seja, ela deve desaparecer a partir de certo momento e as empresas devem estar aptas a competir mundialmente.
Os economistas não gostam desse argumento porque é muito difícil de implementar essa proteção na prática.
Isso ocorre pois o governo teria que decidir quais setores precisam de proteção e quais não.
Esse processo de tomada de decisão é complicado, uma vez que ele pode ser influenciado pelo poder de negociação das empresas.
Outro problema é a escolha do tempo ideal de proteção, economistas falam que uma vez que a política é implementada, pode ser difícil de retirá-la depois.
Um exemplo na vida real foi a história da indústria de computadores no Brasil, que durante algumas décadas da segunda metade do século XX, foi protegida por restrição de importações.
Galera, esses foram os três argumentos contrários ao comércio.
Vamo falar eles pra dar uma revisada: do trabalho, da segurança nacional e da indústria nascente.
Obrigado, e até a próxima aula!