Exercício Resolvido a Consumo Intertemporal
Apenas 4% dos brasileiros poupam para a aposentadoria
Trecho de reportagem de Ana Estela de Sousa Pinto – 08/01/2017
Preocupado porque o dinheiro da aposentadoria vai secar e você não tem reservas para garantir seu nível de vida até os 80, 90 ou 100 anos?
Você não está sozinho. Em cada 100 brasileiros, só 4 separam recursos para os anos finais, o índice mais baixo das Américas e um dos piores do mundo. Em levantamento de 143 países feito pelo Banco Mundial, só 11 estão abaixo.
A imprevidência atinge até os brasileiros de renda mais alta, e não é uma questão de pobreza: o Brasil perde de nações como Congo, Maláui ou Togo, que têm PIB per capita próximo de US$ 1.000 em paridade de poder de compra, medida que permite melhor comparação entre os países.
No Brasil, o PIB per capita foi US$ 15,4 mil em 2015, semelhante ao da Tailândia, em que 60% poupam para a velhice. Os dados, de 2014, foram retrabalhados em 2016 visando especificamente a reserva para a idade avançada.
O estudo do Banco Mundial encontrou forte correlação entre a economia para a velhice e o hábito geral da poupança. Em países asiáticos, onde a maioria das pessoas faz reservas financeiras de forma regular, a porcentagem dos que poupam para os anos finais também é mais alta.
Na Tailândia, 80% da população declara ter poupado algum dinheiro nos 12 meses anteriores. No Brasil, são 28% (o décimo quarto pior índice do mundo).
Com base na notícia e em seus conhecimentos econômicos, responda ao que se pede:
a. O que se pode afirmar sobre as curvas de indiferença intertemporais do brasileiro em relação às dos moradores do Togo? Esboce ambas curvas em um gráfico.
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Pela reportagem, é possível inferir que o brasileiro tende a poupar menos que moradores do Togo.
Logo, em uma situação hipotética de dois períodos e mesma taxa de juros, o brasileiro escolheria um ponto de equilíbrio que envolve mais consumo atual em detrimento de consumo no futuro.
Podemos demonstrar algumas curvas que representam esse caso no gráfico abaixo:
Aqui, o Brasil é representado pela curva de indiferença vermelha que, no equilíbrio, tangencia a restrição orçamentária em um ponto com maior consumo no presente (eixo x) do que no futuro (eixo y).
Já o morador do Togo, representado pela curva roxa, tem mais preferência pelo consumo futuro que o brasileiro e, por isso, poupa mais.
Resposta esperada: Gráfico acima.