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Guias e Dicas
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Língua TUPI (Algumas fraseologias), Manuais, Projetos, Pesquisas de Linguística

Estudo da língua tupi guarani.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2019
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Compartilhado em 27/08/2019

myamoto-musashi
myamoto-musashi 🇧🇷

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Baixe Língua TUPI (Algumas fraseologias) e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Linguística, somente na Docsity! Língua Tupi Língua Tupi Vocabulário e Gramática UPDATED MARCH 17, 2012 - larger vocabulary O tupi antigo é uma língua SOV com posposições. Pronomes Pronome indefinido – asé Reflexivo – îe- Possessivo reflexivo de 3a. pessoa – o tatu o kûara pupé o-ker tatu 3refl toca dentro dorme “o tatu dorme dentro de sua toca”  Demonstrativos: kó – este (visível) – kó pirá (este peixe) ebokûeî – este (próximo do falante e visível) kûeî, kûe, ûĩ – aquele(remoto e visível) ‘ã, ang, i’ã, i’ang – este (invisível) aîpó, a’e, akó, akûeî – aquele (remoto e invisível)  Interrogativos mba’e-pe– o quê, que, qual abá-pe – quem mamõ-pe – onde umã-pe, umã-me-pe – onde mamõ suí-pe – de onde moîrã-pe – quando (futuro) erimba’e-pe – quando (fut ou passado) marã-pe – como marã-pe, marã-namo-pe – porquê mboby-pe – quantos Não há pronomes relativos. As orações relativas são feitas por nominalização.  Indefinidos etá – muitos (posposto) tetirûã – qualquer (pos) Posposições e Advérbios pe – em, para supé – para (dativo, só para 3ª pessoa) bo – para (1ª/2ª. pessoas) suí – de (proveniência) peró ygara suí osem (português canoa de saiu) pupé – dentro de (r)iré – depois de irũ-namo – com esebé (rs) – com (companhia) e’ym – sem ri – por, por causa de esé (rs)– sobre, a respeito de ‘ar-i – sobre, acima de ‘ar-y-bo – sobre (lugar indefinido) upi (r-, s-) – através de, ao longo de (y)py-pe – perto de enondé(rs) – antes de gentivo = possessor + possuído iké, ké – aqui ũi-me – ali îase’o – chorar îur/ura – vir kuruk – resmungar andub(-nh-) – sentir, perceber aûsub (s) – amar endub (s) – ouvir enõî (s) – chamar, nomear epîak (s) – ver ma’ẽ... resé – olhar para asem – gritar bebé – voar berab – brilhar apenhan (s) – atacar esaraî (s)... suí – esquecer-se de me’eng – dar îub(ub, r-, s-) – estar deitado asy (r-, s-) – ter dor, sofrer esabik (r-, s-) – piscar ‘ar – cair kaî (intr.) – queimar ypy (tr) – começar posanong – curar po’ir – cessar de petymbu – fumar mo’ang – pensar berameĩ – parecer kanhem – sumir nhe’engar – cantar poru – usar esquecer – esaraî (s) O verbo tupi tem uma conjugação básica dita “indicativa” que não possui um tempo específico, mas geralmente é usada em relação ao passado e ao presente. Existem outras conjugações, dando ao verbo tupi uma alta complexidade morfológica. O “infinitivo” é um substantivo verbal obtido pelo sufixo -a a menos que o tema do verbo já termine em vogal. ixé aîkuab kunumĩ kera (eu sei menino dormir = eu sei que o menino dorme). Verbos transitivos recebem o prefixo -î- entre o prefixo sujeito e o radical. Monossilábicos recebem -nho-. Na conjugação negativa, verbos em vogal recebem î no final. O prefixo pode ser na (ou n- antes de vogal) Para os adjetivos e verbos II, a negação é com na (n- antes de vogal) mais o sufixo -i (na xe porangi). Há o modo permissivo, uma espécie que exortativo, formado pelo prefixo ta-(t’-). O permissivo é usado para orações finais (para que...). Há também o modo “indicativo circunstancial”, feito por tema + -i, usado para a 1ª. e 3ª. pessoas (direto com os pronomes, sem prefixo) no caso de orações começadas por advérbios. Em tupi o tempo não é expresso pelo verbo, e sim pelo substantivo ou outros elementos da oração. O substantivo ganha -rama para o futuro, pûera para o passado, rambûera para o condicional e pûerama (raro) para o que deixará de ser. aîmonhang xe r-embi’u-rama faço minha comida-futura (faço ou farei minha comida) aîmonhang xe r-embi’u-pûera faço minha comida-passada (fiz minha comida) O futuro também pode ser expresso pelo sufixo –(y)ne ligado ao verbo ou no fim da frase: akeryne – dormirei, aker aîpó ka’a-pe ne – (durmo aquela mata em FUT) dormirei naquela mata. A cadeia verbal (auxiliar + verbo principal) é feita com a incorporação do verbo principal como objeto do auxiliar: akepotar < a + ker (dormir) + potar (querer) = quero dormir anhe’ẽnguab < a + nhe’eng (falar) + kuab (saber) = sei falar eresepîapotar nde sy < ere + s (pref. rel.) + epîak (ver) + nde sy (tua mãe) = queres ver tua mãe erekepotar < ere + ker (dormir) + potar (querer) = queres dormir Não ocorre incorporação caso o sujeito do verbo principal seja diferente do do auxiliar, como em “quero que tu durmas” = aîpotar nde kera (quero teu dormir). O sufixo verbal –a’ub indica “fazer de má vontade, fingir fazer” (akera’ub = finjo dormir; asóa’ub – vou de má vontade). O agente da ação é feito pelos sifixos -ba’e (com a 3ª p. do indicativo) ou -(s)ara (sufixado direto ao tema puro do verbo). oîukábe’e = o que mata, o matador (oîuká = ele mata) îukásara = o que mata, o matador (îuká = tema puro do verbo matar) monhangara = o fazedor (monhang = fazer) o-‘aryba’e pitanga = a criança que nasce (o’ar = nascer + y (vogal eufônica) + ab’e; pitanga = criança) Essas formas agentivas são usadas para fazer o equivalente da oração relativa. Prefixos Relacionais t-era = nome (forma absoluta) r-era = nome (forma possuída – nome de alguém, meu, teu) s-era = nome (forma genitivo da 3ª. pessoa – nome dele) kunumĩ r-era i porang menino nome é belo “o nome do menino é belo” s-era i porang “nome dele é belo” Alguns substantivos tem t- em vez de s-. Alguns não tem prefixo na forma absoluta. Alguns tem a forma absoluta em s-. ANIMAIS bicho – soó boi – karaúna borboleta – apeapé cágado – îurará cachorro – îaguara, kombaîé camarão – aratuẽ gargarejo – kororonga garganta – aseoka gêmeo – kõîa grito – asema(t) gritar – asem gordo – kyrá gordura – kaba, kagûera guloso – karu hálito – îurutimbora inchaço – aguá joelho – endypyã(t) lábio superior – apoã lábio inferior – embé(t) lágrima – esaý(t) língua – apekũ lontra – arerãîa, îakakaka macaco – kaí malária – karasy mão – pó, mbó mestruação – ekoaíba(t) morte – e’õ(t) mulher – kunhã nádegas – ebira(t) nariz – apinha nascer - 'ar olho – esá(t) ombro – atiýba pé – py pelo – aba(s) pena – aba(s) pênis – akûãîa(t) perna – etymã(t) pescoço – aîura pesadelo – keraíba seio – kama suor – ay vagina – arambá soluço – kosoka fígado – py’a osso – kanga cansado – kane’õ FAMÍLIA e SOCIEDADE família – anama casado – mendar casamento – mendara casar com – mendar aluno – emimbo’é marido – mena esposa – emirekó(t); aty criança – pitanga festa – îybaboka filha – aîyra(t,t); membyra (de mulher) filho – a’yra(t,t); membyra (de mulher) inimigo – amotare’ymbara irmã – amu irmão – ekeýra, enotara(t) mãe – sy nação – anama nome – era(s) mau olhado – esasy(t) pátria – aûpaba professor – mbo’esara dor - asy(t) ROUPAS E VESTUÁRIO roupa – aoba bolsa – aîó CONCEITOS ABSTRATOS bondade – katusaba calor – akuba (t) beleza – ekoporanga(t) conhecimento – ekokûaba(t) famoso – erapuan fama – erapuan(t) fim – apyra inteligência – akangatu intenção – ekopotara(t) mentira – emo’ema(t), mo'ema paz – katuana amor – aûsuba(t) FORMAS E ESPAÇOS abertura – biboka, ybyboka meio, metade – agûé(s) MATERIAIS E SUBSTÂNCIAS brasa – atapynha chama – ataendy(t); endy(t); endypuka(t) ácido – aîa(t) água – ‘y água escorrendo por serra – itapesyryka água que brota de pedra – itareré algodão – amaniîu cera – eiraeté fagulha – itapiririka faísca - amatiri fogo – atá fumaça – atatinga(t) fuligem – apekumã lama – tuîuka lenha – îepeaba luz – ara óleo – îandy pedra – itá pedreira – itatyba substância – eté(t) gota – tykyra CASA, ALDEIA, NATUREZA casa – oka (s) cama – inimbeba cerca – ka'aysá, ka'aysara cerca para pegar peixes – kakuri machado – îy pente – kybaba vaso – kamusi caixa – karamemûã pião – pyryryma prato – nha’ẽ TEMPO ano – kuarupe hora – ei inverno – araro’y madrugada – arasy mês – îasy noite – pytuna dia - ‘ara ontem – kûesé primavera – arapotyra CORES branco – tinga verde/azul – ‘oby vermelho – pyranga PLURIFORMES IRREGULARES tipo 1 – TRT tuba – pai (xe ruba, tuba, o uba) ta’yra - filho (xe ra’yra, ta’yra, o a’yra) tubixaba – chefe tipo 2 – 0RS oka (xe roka, soka, o oka) – casa u’uba (xe ru’uba, su’uba, o u’uba) – flecha uru – vasilha tipo 3 - (a)0RS nha’ẽ (xe ranha’ẽ, senha’ẽ, o nha’ẽ) – prato pé (xe rapé, sapé, o apé) – caminho tipo 4 – SRS sapó (xe rapó, sapó, o apó) – raiz FRASES andyrá o’u tugûy – o morcego bebe sangue andyrá rugûy - o sangue do morcego sugûy i pyrang – o sangue dele é vermelho tugûy i pyrang - o sangue é vermelho gûarini rugûy i pyrang – o sangue do guerreiro é vermelho aîmoeté xe sy rekokatu – eu honro a virtude da minha mãe abaré rera i porangeté – o nome do padre é muito bonito nde reté i nem - o teu corpo fede aîmonhang nde remimotara - eu faço tua vontade ereîpotar xe sórama - tu queres que eu vá aîpotar nde so’o îuká – quero que tu mates o animal aîpotar nde xe raûsuba – quero que tu me ames ereîkuab xe kunhã renduba - sei que eu ouço a mulher asepîak nde rura - vejo que tu vens aîpotar tura – quero que ele venha îagûara our îandé îukárama resé - a onça veio para nos matar aîkuab kunumĩ kere’yma – sei que o menino não dorme aîpotar Potyra Ka'ioby kuabe’yma - quero que Potira não conheçã Coaiobi gûyrá ybakype setá - são muitos os pássaros no céu kunumĩ ka’a koty onhan - os meninos correram para a mata nda xe rorybi - não sou feliz xe rub - tenho pai nda xe rubi - não tenho pai abá onhe’engypy - o homem começou a falar eresepîapotar nde sy - queres ver a tua mãe nd’oroepîaki – não te vejo
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