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Guias e Dicas
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Lusíadas de Luís de Camões, Resumos de Português (Gramática - Literatura)

Resumos dos cantos dos Lusíadas

Tipologia: Resumos

2021

Compartilhado em 22/12/2021

maria-martins-cy6
maria-martins-cy6 🇵🇹

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Baixe Lusíadas de Luís de Camões e outras Resumos em PDF para Português (Gramática - Literatura), somente na Docsity! Os Lusíadas Visão global Dezembro de 2007 AS/LM Meninos (as), Vou — se possível em poucas linhas — dizer-vos como podem ler «Os Lusíadas». Não pretendo uma abordagem muito científica, mas tão-só provar-vos que se trata de uma obra belíssima. A obra divide-se em 4 partes: Proposição [Plano do Poeta] (3 primeiras estrofes) em que o poeta apresenta o assunto (é de salientar que, de forma embrionária, já podem ser detetados os outros 3 Planos da Obra: o da Viagem [“As armas e os barões assinalados /que, da Ocidental praia Lusitana, / Por mares nunca de antes navegados”"]; o da História de Portugal [“ E também as memórias gloriosas / Daqueles Reis...”]; o do maravilhoso [*A quem Neptuno e Marte obedeceram"”]; Invocação, [Plano do Poeta] estrofes 4 e 5, às ninfas do Tejo, as Tágides para que estas o inspirem; Dedicatória [Plano do Poeta] (estrofes 6 a 18) a D. Sebastião (o rei que reinava na época em que Camões viveu) e Narração, a partir da estrofe 19. Como podem reparar a estrofe 19 inicia-se com o verso «Já no largo oceano navegavam,» [Plano da Viagem] o que quer dizer que os portugueses já (Advérbio de Tempo) estão sensivelmente a meio da viagem (narração in media res), sensivelmente perto da ilha de Moçambique, no Oceano Índico. O adjetivo «largo» é empregue porque para eles aquele oceano era completamente desconhecido. Paralelamente (em alternância) vai ter lugar o Consílio dos Deuses no Olimpo [Plano dos deuses/maravilhoso (que vai surgir sempre em alternância com o da viagem)] (reparem até que a estrofe 19 termina numa vírgula e a 20 começa pela conjunção «Quando». É um episódio fantástico/maravilhoso (estrofes 20 à 41). Nele, os deuses — que parecem mais humanos do que os próprios homens (têm amores, inveja, vingança...) vão decidir se devem ajudar ou não os portugueses a chegar à Índia. Vale a pena ver a descrição dos deuses (20 a 24), o discurso de Júpiter, pai de todos os deuses, (24 a 29), a posição de Baco (30 «O padre Baco ali não consentia...» até 32) com medo de ficar esquecido na Índia se os Portugueses lá chegassem; a posição de Vénus a favor dos lusitanos (33 e 34) e de Marte a favor de Vénus (por quem sempre fora apaixonado) e dos Portugueses (36 a 40) e a decisão final de aos Portugueses ser prestada ajuda na costa leste africana. É claro que Baco não vai acatar as ordens do consílio e vai fazer de tudo para prejudicar os lusos, só que Vénus neutraliza todas as intrigas de Baco (no final do Canto I [105 e 106], o poeta [Plano do Poeta] reflete sobre a condição do Homem, 1/9 AS/LM dezembro de 2007 portugueses(84 — 4 últimos versos). E a sua intervenção é uma vez mais um gesto de amor: manda as ninfas aplacarem os ventos com os seus encantos e aqueles não resistem à sedução ( 86 a 91). É claro que a tempestade desaparece e os portugueses chegam à Índia (92 - «Disse alegre o piloto melindano: terra é de Calecu se não me engano;»). No fundo a chegada à Índia é a concretização do sonho do rei D. Manuel. O Canto VI termina ( 95 a 99) com as reflexões do poeta [ Plano do poeta] sobre o verdadeiro valor da glória. Bom... e os portugueses estão na Índia. Entramos na Canto VII, a viagem está suspensa e o narrador é o poeta. Seria um pouco fastidioso contar todos os detalhes — que há muitos! — e por isso vou ser ainda mais sintético: - na barra de Calecut (1); -elogio do espirito de cruzada luso e severa invetiva contra as nações europeias que não seguem o exemplo dos portugueses na luta contra os infiéis [Plano do Poeta]; -no porto de Calecut (16); -descrição da Índia (17 a 22); -Vasco da Gama avisa o senhor da terra (O Samorim) da sua chegada (23 a 27); -Monçaide (um maometano que sabia falar português [tem sempre que haver um intérprete nestes momentos] visita a nau capitaina (do capitão) e descreve o Malabar[ 32 - «Esta província, cujo porto agora / Tomado tendes, Malabar se chama;»](28 a 41); -Vasco da Gama desembarca acompanhado de «nobres portugueses»: * receção do Catual (um regedor do Reino); a caminho do palácio do Samorim (44- 45); e visita do Samorim (57 a 59); e troca de discursos entre o Gama e o Samorim...( 60 a 66); so Catual colhe informações, junto de Monçaide, a respeito dos recém-chegados(62- 7); -Paulo da Gama (irmão de Vasco da Gama), a bordo da nau, recebe o Catual que lhe pergunta o significado das figuras desenhadas nas bandeiras de seda. Reparem que o estratagema usado por Camões para contar a História de Portugal é o mesmo que foi utilizado antes (quando o Rei de Melinde fez o pedido a Vasco da Gama), só que desta vez o narrador vai ser Paulo da Gama. Vamos entrar de novo na 4/9 AS/LM . dezembro de 2007 História de Portugal e, por isso, Camões invoca as ninfas do Tejo e do Mondego (Plano do Poeta). Uma parte do Canto VIII refere-se uma vez mais à História de Portugal que Paulo da Gama faz questão de salientar que ainda não está completa... E Baco? Que andará este deus a fazer? Ter-se-á dado por vencido? Claro que não. Baco vai uma vez mais urdir intrigas contra os portugueses junto dos indianos: aparece, em sonhos, a um «devoto sacerdote» maometano indispondo-o contra os portugueses (47 a 50). Assim nasce a revolta contra os Portugueses que, só depois de vencerem muitas dificuldades e intrigas, conseguem retomar a viagem para regressarem a Portugal (51 a 95 do Canto VIII e estrofes 1 a 17 do Canto IX). O Canto VIII termina com as reflexões do poeta sobre o poder do ouro [Plano do Poeta]. E Vénus? Onde andará a deusa do Amor e da beleza e anjo da guarda dos lusitanos? Bom ...prepara-lhes uma belíssima surpresa: o repouso merecido e UM PRÉMIO: a Tlha dos Amores (estrofes 18 a 21). -Vénus pede ajuda ao filho Cupido e este acede (22 a 50); - A armada avista a Ilha (51); (E vai seguir-se «A festa dos sentidos»: cores, perfumes, formas, sabores... Camões vai impregnar esta INSULA DIVINA de uma atmosfera de sensualidade, harmonia, beleza, perfeição...Só uma curiosidade: antes do 25 de Abril este episódio estava vedado aos alunos. É claro que «como o fruto proibido é o mais apetecido» todos o liam às escondidas. Por vezes era mesmo o único que era lido...) - Descrição da Ilha: e visão de conjunto (52 a 55); e flora( 56 a 62 — até 6º verso); efauna (62 — 2 últimos versos e 63); -mostram-se as Ninfas (64 —65): -desembarque dos portugueses (66-67): -descobrem-se as Ninfas ( 68); -exortação de Veloso (69); - a perseguição (70 a 74); -aventura de Lionardo (75-82); 519 AS/LM . dezembro de 2007 -casamentos entre Ninfas e navegantes (83-84); -Tethys, a mais bela de todas as Ninfas, explica a Vasco da Gama a razão deste maravilhoso encontro (85 —86); - no fantástico palácio de Tethys (87); - este repouso é compensação de longos trabalhos, PRÉMIO bem merecido(88); - Sentido alegórico da Ilha (89 a 92 — verso 4); [Plano do Poeta] (Um parêntesis: Camões desmonta o sentido da mitologia neste seu poema. No fundo, explica uma coisa muito simples: poesia é fingimento. É de salientar que esta obra recebeu o parecer favorável da Inquisição. A título de curiosidade transcrevo (em português atual) o parecer do censor da edição de 1572: Vi por mandado da Santa e Geral Inquisição estes dez cantos dos Lusíadas de Luís de Camões, dos valorosos feitos em armas que os portugueses fizeram em Ásia e Europa, e não achei neles coisa alguma escandalosa, nem contrária à fé e bons costumes, somente me pareceu que era necessário advertir os Leitores que o autor para encarecer a dificuldade dos navegadores e entrada dos Portugueses na Índia, usa de uma ficção dos deuses dos Gentios. (..) Todavia como isto é poesia e fingimento, e o Autor como poeta, não pretendia mais que ornar o estilo Poético não tivemos por inconveniente ir esta fábula dos deuses na obra, conhecendo'a por tal, e ficando sempre salva a verdade da nossa santa fé, que todos os deuses dos Gentios são Demónios. E por isso me pareceu o livro digno de se imprimir, e o Autor mostra nele muito engenho e muita erudição nas ciências humanas. Em fé do qual assinei aqui. Frei Bartolomeu Ferreira) -exortação àqueles que suspiram por imortalizar o seu nome (92- verso 5- a 95). [Plano do Poeta] O episódio da Ilha dos Amores continua, agora já no Canto X: -Téthis e as restantes ninfas oferecem um banquete aos navegantes (1 a 4); -uma ninfa descreve os futuros feitos (só os deuses podem prever o futuro) dos Portugueses (5 a7); 6/9 AS/LM dezembro de 2007
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