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Guias e Dicas
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LUSÍADAS.WRD1..............................., Resumos de Português (Gramática - Literatura)

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Tipologia: Resumos

2013

Compartilhado em 15/01/2022

joana-filipa-nunes
joana-filipa-nunes 🇵🇹

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Baixe LUSÍADAS.WRD1............................... e outras Resumos em PDF para Português (Gramática - Literatura), somente na Docsity! Depois do Concílio dos Deuses, a armada de Vasco da Gama chega a Moçambique onde pára para se abastecer. Aí recebe a bordo da nau alguns Mouros da Ilha. O Régulo, isto é, o chefe da Ilha, é recebido por Vasco da Gama. O Mouro, quando verifica que os Portugueses eram Cristãos, inspirado por Baco, resolve destruí-los. Quando Vasco da Gama desembarca na ilha, é atacado traiçoeiramente, mas com a ajuda dos marinheiros portugueses consegue vencer os mouros. Após o triunfo, Vasco da Gama recebe a bordo um piloto, que recebera ordens para levar os portugueses a cair numa cilada em Quíloa. Quando a armada se aproximava de Quíloa, Vénus, que descobrira a traição de Baco, afasta a armada da costa por meio de ventos contrários, anulando assim a traição. O piloto mouro tenta outras vezes aproximar a armada da costa para a destruir, mas Vénus está atenta e impede que isso aconteça. Entretanto os portugueses continuam a viagem para Norte e chegam a Mombaça, cujo rei fora avisado por Baco para receber os portugueses e os destruir O rei de Mombaça convida a armada portuguesa a entrar no porto a fim de a destruir. Vasco da Gama, por medida de segurança, manda desembarcar dois condenados portugueses, encarregados por ele de obterem informações acerca da terra. Baco disfarça-se de sacerdote cristão. Os dois portugueses são levados à casa onde ele se encontra e vêem em Baco um sacerdote cristão junto a um altar onde se representavam Cristo e os Apóstolos. Quando os portugueses regressam à armada, dão informações falsas a Vasco da Gama, convencidos de que estavam entre gente Cristã. Vasco da Gama resolve entrar com a armada no porto de Mombaça. Vénus apercebe-se do perigo e, com a ajuda das Nereides, impede os barcos de entrar no porto. Perante o espanto de todos, apesar do vento empurrar os barcos em direção à cilada, eles não avançam. O piloto mouro e os companheiros que também tinham sido embarcados na ilha de Moçambique, pensando que os seus objetivos tinham sido descobertos, fogem precipitadamente lançando-se ao mar, perante a admiração de Vasco da Gama, que acaba por descobrir a traição que lhe estava preparada e à qual escapou milagrosamente. Vasco da Gama agradece à Divina Guarda o milagre concedido e pede-lhe que lhe mostre a terra que procura. Vénus, ouvindo as suas palavras, fica comovida e vai ao Olimpo queixar-se a Júpiter pela falta de proteção dispensada pelos deuses aos Portugueses. Júpiter fica comovido e manda Mercúrio a terra para preparar uma receção em Melinde aos Portugueses e inspirar a Vasco da Gama qual o caminho a seguir. A armada continua a viagem e chega a Melinde, onde é magnificamente recebida. Vasco da Gama envia um embaixador a terra e o rei acolhe-o favoravelmente. Após várias manifestações de contentamento em terra e na armada, o rei de Melinde visita a armada portuguesa. O narrador começa por invocar Calíope, musa da poesia épica, para que lhe ensine o que Vasco da Gama contou ao rei de Melinde. A partir daqui o narrador passa a ser Vasco da Gama. Segundo ele, não contará história estranha, mas irá ser obrigado a louvar os seus, o que, segundo ele, não será o mais correto. Por outro lado, receia que o tempo de que dispõe, por mais longo que seja, se torne curto para tantos e tão grandiosos feitos. Mas obedecerá ao seu pedido, indo contra o que deve e procurando ser breve. E, para que a ordem leve e siga, irá primeiro tratar da larga terra e, em seguida, falará da sanguinosa guerra. Após a descrição da Europa, Vasco da Gama fala das origens de Portugal, desde Luso a Viriato, indicando também a situação geográfica do seu país relativamente ao resto da Europa. A partir da estância 23, começa a narrar a História de Portugal desde o conde D. Henrique até D, Fernando, último rei da primeira dinastia. Os principais episódios narrados dizem respeito aos reinados de D. Afonso Henriques e a D. Afonso IV. Relativamente ao primeiro rei de Portugal, refere as diferentes lutas travadas por ele: contra sua mãe, D. Teresa, contra D. Afonso VIl e contra os mouros, para alargamento das fronteiras em direção ao sul. São de destacar os episódios referentes a Egas Moniz (estâncias 35-41) e a Batalha de Ourique (estâncias 42-54). No reinado de D. Afonso IV, destacam-se os episódios da formosíssima Maria, em que sua filha lhe vem pedir ajuda para seu marido, rei de Castela, em virtude de o grão rei de Marrocos ter invadido a nobre Espanha para a conquistar; o episódio da batalha do Salado, em que juntos céu e os montes derribados. Na armada a situação é caótica. As gentes gritam e vêem perto a perdição, com as naus alagas e os mastros derribados. Vendo-se perdido, Vasco da Gama pede ajuda à Divina Guarda. Vénus apercebe-se do perigo em que os portugueses se encontram e, adivinhando que se trata de mais uma ação de Baco, manda as Ninfas amorosas abrandarem as iras dos ventos. Quando a tempestade se acalma (estâncias 70-85), amanhecia e o piloto melindano avista a costa de Calecut. O canto termina com a oração de agradecimento de Vasco da Gama e com uma reflexão do poeta acerca do verdadeiro valor da glória. Os portugueses, que tinham chegado à Índia ainda no Canto VI (estância 92), agora, na primeira estrofe do Canto VII entram na barra de Calecut. Na estrofe 2, o narrador faz o elogio do espírito de cruzada luso e exorta as outras nações europeias a seguirem o exemplo dos Portugueses na luta contra os infiéis (estâncias 2 a 15). Uma vez chegados a terra, pescadores em leves embarcações mostram aos portugueses o caminho para Calecut, onde vive o rei da Índia. Das estâncias17 a 22, é feita a descrição da Índia e apresentados os primeiros contactos com Calecut. Vasco da Gama avisa o rei da sua chegada e manda a terra o degredado João Martins. Este mensageiro encontra o mouro Monçaide, que já estivera em Castela e sabia quem eram os portugueses, ficando muito admirado por os ver tão longe da sua pátria. Convida-o a ir a sua casa, onde o recebe e lhe dá de comer. Depois disto, Monçaide e o enviado regressam à nau de Vasco da Gama. Monçaide visita a frota e fornece elementos acerca da Índia. Algum tempo depois, Vasco da Gama desembarca com nobres portugueses, é recebido pelo Catual, que o leva ao palácio do Samorim. Após os discursos de apresentação, o Samorim recebe os portugueses no seu palácio. Enquanto estes aqui permanecem, o Catual procura colher informações junto de Monçaide acerca dos portugueses e, em seguida, visita a nau capitaina, onde é recebido por Paulo da Gama, a quem pergunta o significado das figuras presentes nas bandeiras de seda. Das estâncias 77 até ao fim do Canto VII, Camões invoca as ninfas do Tejo e também as do Mondego, queixando-se dos seus infortúnios. Paulo da Gama continua a explicar o significado das figuras nas bandeiras portuguesas ao Catual, que se mostra bastante interessado, fazendo várias perguntas. Após a visita, o Catual regressa a terra. Por ordem do rei da Índia (estâncias 45 a 46) os Arúspices fazem sacrifícios, porque adivinham eterno cativeiro e destruição da gente indiana pelos portugueses. Entretanto, Baco resolve agir contra os portugueses. Aparece em sonhos a um sacerdote árabe (estâncias 47 a 50) incitando-o a opor-se aos portugueses. Quando acorda, o sacerdote maometano instiga os outros a revoltarem-se contra Vasco da Gama. Vasco da Gama procura entender-se com o Samorim, que, após violenta discussão, ordena a Vasco da Gama que regresse à frota, mostrando-lhe o desejo de trocar fazendas europeias por especiarias orientais. Subornado pelos muçulmanos, o Catual impede o cumprimento das ordens do Samorim e pede a Vasco da Gama que mande aproximar a frota para embarcar, com o intuito de a destruir. Vasco da Gama, astuto e desconfiado, não aceita a proposta, sendo preso pelo Catual. Com o receio de ser castigado pelo Samorim, por causa da demora, o Catual apresenta nova proposta a Vasco da Gama: deixa-o embarcar, mas terá de lhe dar em troca fazendas europeias. Vasco da Gama aceita e regressa à frota, depois de ter entregue as mercadorias pedidas. O canto acaba com as reflexões do poeta acerca do poder do «metal luzente e oiro». Dois feitores portugueses são encarregados de vender as mercadorias, mas são detidos em terra, para retardar a partida da armada portuguesa, a fim de dar tempo a que uma armada muçulmana viesse de Meca para a destruir. O Gama é informado disso pelo árabe Monçaide e, por isso, decide partir, procurando fazer com que os dois feitores portugueses regressem secretamente à armada, mas não consegue o que pretende. Como represália, impede vários mercadores da Índia de regressarem a terra e, tomando-os como reféns, ordena a partida. Por ordem do Samorim, são restituídos a Vasco da Gama os dois feitores portugueses e as fazendas, após o que se iniciou o regresso a casa (estâncias 13 a 17). Vénus decide preparar o repouso e prémio para os portugueses (estâncias 18 a 21). Dirige-se, com esse objetivo, a seu filho Cupido (estâncias 22 a 50), e manda reunir as Ninfas numa ilha especialmente preparada para os acolher. A «llha dos Amores», cuja descrição se apresenta nas estâncias 52 a 55, era uma ilha flutuante que Vénus colocou no trajeto da armada, de modo a que esta, infalivelmente, a encontrasse. Os portugueses desembarcaram na ilha e as Ninfas deixam-se ver, iniciando-se uma perseguição. Para aumentar o desejo dos portugueses, as Ninfas opuseram uma certa resistência, apenas se deixando apanhar ao fim de algum tempo, efetuando-se, então, o «casamento» entre elas e os marinheiros. Tétis, a maior, e a quem todo o coro das Ninfas obedecia, apresentou-se a Vasco da Gama, recebendo-o com honesta e régia pompa. Depois de se ter apresentado e dado a entender que ali viera por alta influição do Destino, tomando o Gama pela mão, levou-o para o seu palácio, onde lhe explicou (estâncias 89 a 91) o significado alegórico da «Ilha dos Amores»: as Ninfas do Oceano, Tétis e a Ilha outra coisa não são que as deleitosas honras que a vida fazem sublimada. O Canto IX termina com uma exortação dirigida aos que aspiram a imortalizar o seu nome. Tétis e as restantes ninfas oferecem um banquete aos navegantes e durante ele uma ninfa começa a descrever os futuros feitos dos portugueses. Entretanto (estâncias 8-9) o poeta interrompe-lhe a descrição para invocar uma vez mais Calíope. Finda a invocação, a ninfa retoma o seu discurso, falando dos heróis e futuros governadores da Índia. A partir da estância 74, onde acaba a prolepse (avanço no tempo, ou seja, previsão de factos futuros), Tétis conduz Vasco da Gama ao cimo de um monte, onde lhe mostra uma miniatura do Universo e descobre, no orbe terrestre, os lugares onde os portugueses irão praticar altos feitos. Dentro das várias profecias, Tétis narra o martírio de S. Tomé e faz referência ao naufrágio de Camões. Finalmente, Tétis despede os portugueses, que embarcam para empreenderem a viagem de regresso (estâncias 142-143), cuja viagem se efetua com vento sempre manso e favorável, chegando à foz do Tejo sem quaisquer problemas (estância 144). Que outro valor mais alto se levanta.” Métrica - Como são os versos em Os Lusíadas? Aobra foi escrita em versos, trata-se de uma grande poesia. É dividida em 10 cantos totalizando 1.102 estrofes, todas com oito versos cada uma. Os versos são decassílabos heróicos, ou seja, todos possuem dez sílabas poéticas. Isso marca o início do classicismo português. No total são 8816 versos e todos eles rimam da mesma forma: ABABABCC. Como funciona isso? O primeiro verso rima com o terceiro e com o quinto; o segundo verso rima com o quarto e o sexto; e o sétimo e o oitavo rimam entre si. Essa é a oitava-rima camoniana. E não só! Há muitas rimas internas por causa da sonoridade das vogais e aliteração com a sonoridade das consoantes. É um poema épico que imita Homero e Virgílio e elogia os grandes feitos do povo português, ou seja, uma epopéia. Mistura de episódios históricos e lendários, até com inclusões lúdicas abordando monstros e seres sobrenaturais. Os Lusíadas é o maior monumento poético de língua portuguesa. Por isso aproveite este resumo de Os Lusíadas para orientar sua leitura. Quais as principais figuras de linguagem? Influência de Homero e Virgílio em Os Lusíadas Odisseia-e-Iliada-de-Homero-e-Eneida-de-virgilio-exemplos-de-epopeia Camões adotou o estilo do poema épico. Isso quer dizer que optou por um gênero poético narrativo que envolve grandiosidade ao cantar a história de um povo. Homero em Ilíada e em Odisséia narra os acontecimentos que envolvem a Guerra de Tróia e o retorno de Ulisses pelos mares até sua casa em Ítaca, enfrentando a ira de Poseidon. Por meio de lendas ele exaltou o povo grego em seus atos mais heróicos. Já Virgílio cantou as aventuras de Enéas, para narrar a história da fundação da cidade eterna: Roma; e as origens de seu povo. Por falar em Roma, aproveite para treinar com algumas questões de vestibular sobre Roma Antiga depois que terminar de ler este resumo de Os Lusíadas. Linguagem em Os Lusíadas de Camões Muitos termos antigos são utilizados, a sintaxe é truncada. Com tantos arcaísmos do português pode haver estranhamento ao ler a obra. Ainda assim, não é difícil compreender os principais elementos porque o poema épico narra a própria história junto de feitos heróicos e mitológicos. As descrições são minuciosas, descrevendo os detalhes da paisagem, as cenas de batalha e até os trajes dos guerreiros. Mais abaixo, no resumo de Os Lusíadas você verá alguns detalhes sobre os principais acontecimentos e lugares por onde os heróis passaram. Outro autor que usava palavras antigas foi Guimarães Rosa: Resumo e análise de Grande Sertão Veredas Resumo e análise de Sagarana Narrativa em Os Lusíadas (Sobre o que fala a obra?) A narrativa tem seu início no meio da ação, ou seja, ao começar a ler você já terá uma história acontecendo, partindo do meio. Disto parte-se para a narração das ações passadas. Em latim, o nome desse estilo é in media res (em plena ação). Em outras palavras, começa-se no meio e se regride como um flash back. Os Lusíadas começa no meio da viagem de Vasco da Gama e é ele, que diante do rei de Melinde, conta a história de Portugal de forma cronológica. Quais são os elementos do texto narrativo? Censura envolvendo a epopéia camoniana Influenciado pelo gênero épico como de Ilíada e Odisséia, ressaltamos neste resumo de Os Lusíadas, que Luís de Camões demorou mais de 12 anos para concluir esta epopéia portuguesa. A temática continuou sendo a dos grandes feitos entre os ocidentais. Narra-se a vitória dos conquistadores, os acontecimentos das guerras e os grandes heróis que desbravam os lugares onde ainda não há civilização. Contudo, em alguns cantos, Camões abordou o tema dos amores carnais, das paixões luxuriosas, mesmo em um poema de louvor ao Império e à Fé. Ele retrata uma certa Ilha dos Amores no canto IX, onde os guerreiros possuem várias amantes. A obra foi censurada por causa disso? Levemente censurada. Mesmo também falando de paganismos com deuses romanos numa época em que os jesuítas eram os intelectuais em Portugal e havia inquisição, a obra não foi severamente censurada. Camões apresentou seus escritos a Dom Sebastião e obteve dele a permissão para a impressão desde que sua obra passasse pela avaliação inquisitorial. Pois bem, o responsável foi um frei dominicano chamado Bartolomeu Ferreira, que cortou pouquíssima coisa da obra. O que ele mais fez foi elogiar Camões e premiá-lo. Saiba mais sobre a ação Jesuíta neste artigo: A colonização portuguesa no Brasil Épica vs. Tragédia (qual o gênero da obra?) Ressaltamos neste resumo de Os Lusíadas que o gênero épico é diferente da tragédia. Na tragédia, para dar um exemplo específico, Édipo, o protagonista, envolve-se em uma trama tão problemática que acaba por destruí-lo. Seu destino é cruel e inevitável, de uma dor abissal. Aisso o espectador assiste, aflito. Neste exemplo acompanha o encontro inevitável de Édipo com seu destino. Ele acaba furando os próprios olhos e perambulando sem destino. Aprenda com exemplos do ENEM como começar uma redação Visão geral - Resumo curto Logo nas primeiras linhas do poema épico vemos anunciado o caminho das grandes navegações e o rumo que tomará a história cantada. Fazem-se elogios ao povo português, que superam perigos e também superam guerras para expandir o Império e a Fé. Camões narrou a conquista do novo reino, a genealogia do Portugal, as conquistas ultramarinas, o heroísmo do povo português e tudo isso no comprometimento de contar a história, caso fosse capaz de tal “engenho e arte”. A viagem à Índia representa todas as navegações dos portugueses. Em versos delineados e repetitivos acompanhamos um herói guerreiro que conta com a ajuda de alguns deuses enquanto é infortunado por outros. Contudo, com coragem, valentia e persistência ele supera cada armadilha no caminho e chega à terra onde funda um novo reino. No caso, o principal inimigo que os portugueses enfrentam se chama Baco, sempre sentindo inveja e ciúmes. Todas as ciladas que acontecem tem ele como o responsável direto ou indireto. Ele se opõe porque o feito dos portugueses diminuirá sua glória como senhor do Oriente. A deusa do amor, Vênus, e o deus da guerra, Marte ajudam os portugueses. Inclusive o deus mensageiro Mercúrio é enviado a Melinde, lugar de povo selvagem, avisando-os para que sejam hospitaleiros com os portugueses. Questões de vestibular sobre a primeira guerra Questões do ENEM sobre a Segunda Guerra Mundial Os Lusíadas (Resumo dos Cantos) 1 - Proposição (Canto |, estrofes de 1 a 3): Camões apresenta o que irá cantar: os feitios das navegações portuguesas com foco na esquadra de Vasco da Gama, junto da narração da história do povo português. 2 - Invocação (Canto |, estrofes 4 e 5): Ele faz a invocação das musas do rio Tejo para ajudá-lo. São as Tágides. Elas o inspiram a compor a obra. 3 - Dedicatória (Canto |, estrofes 6 a 18): A quem o poema é dedicado? Ao rei de Portugal, Dom Sebastião, em quem era depositada a esperança da expansão da fé católica e ampliação das conquistas portuguesas mundo afora. 4- Narração (Canto |, estrofe 19 ao canto X, estrofe 144): Aqui sim entra de fato a matéria do poema em si. Neste longo período é narrada a viagem de Vasco da Gama e a história da glória portuguesa. 5 - Epílogo (Canto X, estrofes 145 a 156 - Fim da Epopéia): Lê-se o grande lamento do poeta, que considera sua voz rouca, que não é ouvida com tanta atenção. Ele deixa o tom épico e passa a se lamentar do como Portugal se encontra depois de tantos grandes atos de heroísmo. Narração da viagem de Vasco da Gama navegacoes-de-vasco-da-gama Fazer o resumo de Os Lusíadas é fazer o resumo dessa viagem. Vasco da Gama pretendia chegar com sua frota no Cabo da Boa Esperança. De lá alcançaria a Índia pelo mar. Nesta empreitada teve ajuda da deusa Vênus e do deus Marte. Em contrapartida, foi perseguido por Baco e por Netuno. Em suas diversas aventuras os heróis lusitanos comprovam seu valor e fazem prevalecer a fé crista. Nas paradas que vão fazendo ao longo do caminho como em Melinde ou em Calicute, eles contam a história de seu povo, seus feitos heróicos. Continuando a viagem, a caravela atravessa o oceano Índico. O marinheiro Veloso conta aos companheiros o episódio dos Doze de Inglaterra, que já mencionamos. Esse episódio é uma novela de cavalaria na qual 12 cavaleiros portugueses partem para a Inglaterra com a missão de defender a honra das damas que tinham sido ofendidas por 12 cavaleiros ingleses. A luta foi sangrenta e, claro, os heróis foram os lusitanos. Aos ingleses restou a morte e a vergonha de terem sido derrotados. O que é o mito da caverna? Intrigas dos deuses Netuno-contra-os-portugueses em-os-lusiadas-de-camoes Simultaneamente, Netuno, deus dos oceanos, recebe a visita de Baco. Ele busca aliança contra os portugueses e encontra, pois convenceu Netuno de que se os portugueses fizessem tal viagem, os homens seriam inspirados a não temer os mares. Por isso Netuno atinge a embarcação de Vasco da Gama com toda a força dos ventos. Eles somente conseguiram sobreviver porque Vênus e as Nereidas (ninfas marinhas), os protegeram. Com muito custo eles chegaram a Calecute, na Índia. Estavam com o mastro partido e severas avarias no navio. Lá são envolvidos em mais uma das armadilhas de Baco que antecipadamente convenceu o líder local, Samorim, a separar Vasco da Gama dos companheiros e prendê-lo. Pagando suborno ele conseguiu escapar e neste ponto ressalte-se neste resumo de Os Lusíadas, a crítica do narrador à fraqueza do homem que se corrompe por causa do dinheiro. Aúltima aventura dos argonautas portugueses acontece na Ilha dos Amores. Foi um momento de maravilhosas surpresas preparadas por Vênus. Veja logo abaixo o que aconteceu nessa ilha... O retorno para Portugal foi tranquilo e o fim da epopéia se dá num lamento. Camões se queixa da “gente surda e endurecida” que não leva em conta a sua opinião. Segundo apresentou a Dom Sebastião, a solução para evitar a queda do Império seria organizar uma grande empresa rumo ao Oriente, para buscar a salvação de infiéis e ao mesmo tempo resgatar a glória do bravo e heróico povo lusitano. Resumo de Os Lusíadas (Principais episódios da narrativa) Em toda essa epopéia alguns episódios se destacam mais do que outros, e vamos detalhá-los agora, pois a chance de um deles estar na prova é bem alta. Ilha dos Amores (canto IX, estrofes 68 a 95) Ilha-dos-amores-em-Resumo-de-Os-Lusiadas-de-Camoes Quando a esquadra completa a viagem Vênus os recompensa com um momento de descanso na Ilha dos Amores, paraíso natural que era a imagem que se tinha do Brasil, recém descoberto. Vemos um drama amoroso. D. Pedro era casado com Constança e tinha como sua amante Inês de Castro. Sua paixão foi descoberta pela corte portuguesa e todos reprovavam sua vida de amor dupla. Por isso, ele manda Inês para um castelo distante, em Albuquerque. Com a morte de D. Constança em um trabalho de parto, D. Pedro fica livre para trazer Inês de volta, e o faz. Com ela teve 4filhos. Porém, o pai de D. Pedro, enquanto este estava fora em batalha, manda matar Inês. Seu filho ainda não tinha se casado com ela e seu pai não a queria para o filho, nem queria deixar o reina para algum dos 4 netos que já tinha. Quando D. Pedro voltou e viu sua mulher morta, mandou desenterrá-la, coroou-a e fez com que toda a corte beijasse a mão da nova rainha como forma de vingança. Veja neste resumo de Os Lusíadas o trecho em que isto é narrado: “Passada esta tão próspera vitória, Tornado Afonso à Lusitana Terra, Asse lograr da paz com tanta glória Quanta soube ganhar na dura guerra, O caso triste e digno da memória, Que do sepulcro os homens desenterra, Aconteceu da mísera e mesquinha Que depois de ser morta foi Rainha.” Adamastor (Canto V) Gigante-Adamastor-ou-Cabo-da-Boa-esperanca-ou-cabo-das-tormentas-em-os-lusiadas Adamastor é o Cabo da Boa esperança, ou Cabo das Tormentas. Por ter seduzido a ninfa Tétis, esposa do deus Peleu, foi por ele transformado em rocha como vingança. O Gigante prometeu destruir qualquer navio que passasse por ele. Por isso o local era representado com nuvem negra e tempestade. Nisso claramente vê-se a representação mitológica da obra. Quanto à lírica, é uma das passagens mais importantes, já que representa o medo dos portugueses de atravessarem o Oceano Índico e o Atlântico, representados por monstros, gigantes, penhascos e seres sobrenaturais. Vê-se também a impossibilidade do amor, já que vemos um amante rejeitado. Veja neste resumo de Os Lusíadas o lamento do gigante Adamastor: “Converte-se-me a carne em terra dura; Em penedos os ossos se fizeram; Estes membros que vês, e esta figura, Por estas longas águas se estenderam. Enfim, minha grandíssima estatura Neste remoto Cabo converteram Os Deuses; e, por mais dobradas mágoas, Me anda Tétis cercando destas águas.”
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