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Mastite e alimentacão, Notas de estudo de Agronomia

txt sobre mastite e alimentação

Tipologia: Notas de estudo

2014

Compartilhado em 02/08/2014

mateus-valdir-muller-6
mateus-valdir-muller-6 🇧🇷

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Baixe Mastite e alimentacão e outras Notas de estudo em PDF para Agronomia, somente na Docsity! Mastite - esponsável por uma redução de até 70% da produção leiteira de um rebanho, a mastite pode se manifestar de duas formas: clinicamente, quando existem sinas evidentes da doença, como edema , aumento da temperatura, endurecimento e dor na glândula mamária e/ou aparecimento de grumos, pus ou qualquer alteração anormal na composição do leite; subclinicamente, caracterizada por alterações na composição do leite, como aumento da Contagem de Células Somáticas(CCS) e diminuição dos teores de caseína, lactose e gordura. Na mastite subclínica não existem sinais evidente, portanto, não é possível diagnosticá-la sem utilização de testes auxiliares. Numa outra divisão conceitual, que leva em conta o tipo de agente causador, a mastite pode ser contagiosa ou ambiental. A primeira caracteriza-se por apresentar baixa incidência de casos clínicos e alta incidência de casos subclinicos, geralmente de longa duração, crônicos e alta contagem de CCS. É causada por patógenos cujo habitat preferencial é o interior da glândula mamaria e pele dos tetos. Por isso, a transmissão ocorre principalmente durante a ordenha dos animais. Já a mastite ambiental é provocada por agentes que vivem preferencialmente no ambiente da vaca. Caracteriza-se pela alta incidência de casos clínicos, geralmente de curta duração, com maior concentração nos momentos do pré e pós-parto. A mastite é definida como processo inflamatório da glândula mamaria, que pode ser causada tanto por um agente infeccioso quanto por traumatismos físicos. No entanto a grande maioria dos casos de mastite é efetivamente decorrente de processos infecciosos. Entre os microrganismos causadores de mastite destacam-se significativamente o grupo das bactérias, ficando numa escala menor os fungos, leveduras e algas. De forma bastante objetiva, os microrganismos causadores de mastites podem ser divididos em 2 grandes grupos, o que facilita a compreensão do processo de transmissão e estabelecimento da doença nos rebanhos, bem como a definição de estratégias de controle a serem adotadas. Desta forma, a mastite pode ser dividida em: MASTITE CONTAGIOSA: é transmitida de um animal infectado para um sadio. A transmissão ocorre principalmente e quase exclusivamente no momento da ordenha e o mecanismo de transmissão principal é a colonização da pele dos tetos. Este tipo de infecção caracteriza- se por uma grande proporção de casos subclínicos em relação aos clínicos, numa relação potencial de até 40 casos subclínicos para cada caso clínico. O quadro tende a ser de longa duração e com potencial de se tornar crônico. MASTITE AMBIENTAL: é transmitida diretamente do ambiente para um animal sadio. A transmissão ocorre principalmente no intervalo entre as no local de estabulação e ou permanência dos animais. O mecanismo de transmissão se dá através da entrada direta do patógeno para o interior da glândula mamaria e isso ocorre principalmente nos momentos imediatamente após a ordenha ou durante o período seco. Esta infecção caracteriza-se por uma grande proporção de quadros clínicos e uma proporção muito menor de casos subclínicos quando comparado com a mastite contagiosa. Algumas diferenças entre mastite clínica e subclínica: As infecções subclínicas caracterizam-se como sendo aquelas em que não ocorrem alterações visíveis no leite ou na glândula mamaria. No entanto, há decréscimo na produção de leite e alteração na composição do mesmo, e pode-se isolar o microrganismo do leite. Já a mastite clínica caracteriza-se pela aparência alterada do * Aumento dos níveis de ácidos graxos livres, acelerando o processo de ranço; * Aumento do tempo de coagulação do leite para fabricação de queijo; * Redução da Matéria Seca do leite; * Liberação de enzimas lipolíticas resistentes à pasteurização; * Na produção de leite UHT há uma redução do tempo para gelatinização; * Alterações organolépticas diversas; * Redução da durabilidade em prateleira em todos os produtos lácteos. alimentação A nutrição dos animais também exerce papel importante na capacidade de resposta às infecções. Dietas ricas em micronutrientes podem afetar a imunidade da glândula mamaria. O correto balanceamento da dieta é um instrumento de eficácia comprovada no incremento da capacidade imunológica do Os micronutrientes mais pesquisados são selênio, vitamina E, vitamina A, beta- caroteno, cobre e zinco. Mas o fornecimento adequado desses elementos não substitui a implantação de um programa de controle de mastite, já que eles são apenas ferramentas auxiliares no aumento da imunidade do animal. O selênio, por exemplo, é o componente de uma enzima antioxidante, essencial na proteção das células e tecidos contra a ação dos radicais livres. A vitamina E tem função biológica semelhante a do selênio, proporcionando maior estabilidade e agindo na biossíntese de vários mediadores da inflamação. Já a vitamina A e seu precursor, o beta-caroteno, têm sido identificados por suas funções na visão, no crescimento celular normal e na integridade de epitélios e 0 0 1 Fmu cosas. O cobre é um nutriente essencial para a síntese de hemoglobina e o zinco atua na integridade da pele, em especial da glândula mamaria. NUTRIENTES INDICADOS NUTRIENTE QUANTIDADE POR VACA/DIA Selênio(Se) 6mg Cobre(Cu) 200-500mg Zinco(Zn) 900-1200mg Vitamina A 100.000-150.000UI Vitamina E 400-800UI(vacas em lactação) Vitamina E 1.000UI(vacas secas) Fonte: Current Concepts of Bovine Mastitis, NMC. vacinas Programas de vacinação também podem ser adotados para potencializar a capacidade de resposta imune do animal. Para que uma vacina contra mastite tenha efeito, sua utilização deve atingir pelo menos um dos seguintes objetivos: prevenir o aparecimento de novas infecções intramamárias, diminuir a severidade dos casos novos 0 0 1 Fou eliminar as infecções já estabelecidas. As vacinas estuda das até agora conseguem reduzir a severidade de novos casos de mastite e aumentar a taxa de cura espontânea, mas não previnem de novas infecções. A mastite ambiental pode ser controlada por meio da vacinação, com o aumento da resistência da vaca contra os agentes. Analisando a relação custo/benefício, o uso da técnica é economicamente justificável, se a incidência de mastite clínica causada por coliformes ultrapassar 1% do rebanho. Em relação à mastite contagiosa, a vacinação é um estratégia eficiente para melhorar a capacidade de resposta imune da vaca, aumentando a concentração de anticorpos no sangue no leite contra um agente específico.
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