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Guias e Dicas
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O Câncer Infantil e o Trabalho Lúdico, Trabalhos de Enfermagem

Câncer Infantil

Tipologia: Trabalhos

2012

Compartilhado em 28/11/2012

katia-fernandes-12
katia-fernandes-12 🇧🇷

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Baixe O Câncer Infantil e o Trabalho Lúdico e outras Trabalhos em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES CURSO DE ENFERMAGEM BRUNA DA SILVA SOARES RGM: 11121100948 BRUNA YASMIM DE FREITAS RGM: 11121103424 CLAUDIA JOSÉ DE ALMEIDA RGM: 11121100768 KÁTIA AP. F.C. SANTOS RGM: 11121100214 FERNANDA DOMINGOS DIAS RGM: 11121104125 TAINÁ DE CARVALHO XAVIER RGM: 11121103827 O CÂNCER INFANTIL E O TRABALHO LÚDICO MOGI DAS CRUZES, SP. 2012 UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES CURSO DE ENFERMAGEM BRUNA DA SILVA SOARES RGM: 11121100948 BRUNA YASMIM DE FREITAS RGM: 11121103424 CLAUDIA JOSÉ DE ALMEIDA RGM: 11121100768 KÁTIA AP. F.C. SANTOS RGM: 11121100214 FERNANDA DOMINGOS DIAS RGM: 11121104125 TAINÁ DE CARVALHO XAVIER RGM: 11121103827 O CÂNCER INFANTIL E O TRABALHO LÚDICO Pesquisa apresentado à disciplina de Psicologia do Curso de Enfermagem – Bacharelado - da UMC, como parte das exigências para aprovação da disciplina. Mogi das Cruzes, SP 2012 RESUMO O objetivo do trabalho foi mostrar o que é o câncer esta doença de desordem celular tão temida pelas pessoas. Em ênfase, o câncer infantil e seus transtornos biopsicossociais sofridos pela criança e seus familiares. Mostramos também que a enfermagem, a psicologia e grupos de terapia do riso, têm em comum um papel importante na utilização do lúdico para a melhoria no tratamento dessas crianças. E o quanto o lúdico pode fazer com que estas crianças aprendam como é a vida, sem deixarem de ser crianças. vários tipos de drogas e uma das funções do pediatra oncologista é exatamente decidir quais as drogas devem ser dadas para as crianças com câncer. Radioterapia: Sua ação é simples, fontes de irradiação ionizantes do tipo dos raios- X emitem partículas de alta energia que possuem a propriedade de destruir as células tumorais. A irradiação pode ser usada isoladamente ou em combinação com cirurgia ou quimioterapia. Conseqüências do câncer infantil Mediante ao diagnóstico, confirmado a doença, saber que uma criança/adolescente está com câncer não é nada fácil, mudam–se os hábitos de vida de todos os envolvidos. Para a família, além do sentimento eminente da perda, ocorre às dificuldades que são desde as questões relativas às mudanças na dinâmica familiar até perda do trabalho. A criança passará por momentos nada confortáveis, um processo muito delicado e doloroso, conseqüentemente o período de sua infância passa a ser diferente da infância de uma criança saudável, algumas modificações e alterações serão necessárias nessa etapa do tratamento, chegando a expor a criança e sua família a diversas situações estressantes, que se somam à possibilidade de internação. Essas implicações trazem prejuízos devido a uma hospitalização prolongada, ocasionando além da dor física, a dor psicológica da separação dos amigos, dos brinquedos, da professora de escola, dos animais de estimação e ela passa a conviver com profissionais que até o momento não conhecia, colocando em suas mãos a responsabilidade de sua saúde. Além dessas conseqüências psicológicas, os tratamentos para o combate ao câncer trazem muitas conseqüências físicas para os pacientes, como feridas na boca, perda de peso, náuseas, deficiência do sistema imunológico, vômitos, dores musculares, alopecia hematomas e outros efeitos colaterais resultantes do tratamento. Através das conseqüências da doença, crianças e adolescentes com câncer conhecem a morte muito de perto, até mesmo com exemplos de algumas pessoas que faziam o tratamento com ele e que já faleceu, isso causa um impacto emocional muito grande. A reação da criança em relação ao diagnóstico dependerá da reação de seus pais. Quando uma criança é diagnosticada com câncer, são os pais os primeiros a necessitarem de ajuda, pois visto que a criança desconhece a doença, são eles que vão transmitir ao filho todos os sentimentos provocados pela descoberta do diagnóstico, e quando a família está bem orientada, os efeitos da doença são menos prejudiciais, pois os pais saberão manejar a situação da melhor maneira possível para que ela não seja tão sofrida para a criança. A criança somente se depara realmente com a doença, no momento em que ela começa a sofrer os efeitos do tratamento, pois ela passa a ter sua vida limitada, não podendo realizar as atividades que costumava fazer anteriormente. Ainda que a criança não tenha sido informada do diagnóstico ela também reagirá, não ao diagnóstico, mas a uma situação, um clima que se instalará no ambiente familiar, já que os pais sabem da existência da doença e seu comportamento falará de alguma forma que algo está errado. Os sintomas físicos resultantes da doença e do tratamento representam uma ameaça à auto-imagem da criança e à imagem que os outros têm dela, gerando reações emocionais como ansiedade, raiva, culpa ou depressão. Além disso, no que diz respeito aos aspectos comportamentais, a criança poderá isolar-se, ter seu rendimento acadêmico prejudicado ou não desejar mais freqüentar a escola. Particularidades dos momentos referentes ao tratamento da criança com câncer e todas as alterações psicossociais que estes eventos podem provocar, são eles: - Hospitalizações: provoca o distanciamento da criança tanto do ambiente familiar quanto da escola, que resulta em repercussões negativas no rendimento acadêmico e na socialização. - Procedimentos médicos: devido ao caráter invasivo e doloroso, são causadores de muito estresse e de sentimentos de impotência da criança frente ao que vem de fora. Podem provocar quadros psiquiátricos como, por exemplo, fobias. Além disso, é importante que a criança tenha a capacidade de distinguir os “pais bons” que cuidam dos “pais maus” que a obrigam a submeter-se aos procedimentos. Ao permitir que isto seja realizado os pais convertem-se em “carrascos” e temem perder o amor de seus filhos. Outro aspecto importante concernente aos procedimentos médicos é a correlação existente entre a ansiedade dos pais e a dos filhos, o que quer dizer que o nível de ansiedade dos pais irá refletir na conduta da criança diante da doença e do tratamento. A enfermagem O papel da enfermagem, no tratamento do câncer infantil, começa na atenção básica, que é história clínica e anamnese. Na atenção secundária e terciária, o enfermeiro poderá ajudar na resolutividade do caso (realização de exames), bem como o tratamento hospitalar, com a administração de medicamentos, prestando informações e apoio aos familiares; acompanhar o estado da criança; promover conforto, melhorar a adesão ao tratamento e auxiliar na diminuição de seqüela da hospitalização. Uma grande estratégia da enfermagem para melhor aceitação ao tratamento é a promoção de momentos agradáveis à criança, seus familiares e equipe de saúde. O brincar é muito importante para a recuperação da criança. O enfermeiro que atua na área da pediatria deve desenvolver estratégias de cuidado que utilizem o brincar. A utilização de recursos lúdicos, com certeza irá ajudar na melhora clinica e emocional da criança. A hospitalização da criança com câncer é uma vivência traumática, onde parecem esquecer que a criança é criança, que necessita de espaço físico, atividades e atenção apropriada à sua faixa etária. E a enfermagem pode mudar este cenário, a função do enfermeiro é promover uma atenção integral, humanizada e resolutiva para as crianças com diagnóstico de câncer. Nessa perspectiva, o desafio é que o enfermeiro aprenda a aprender, transformando o seu conhecimento em uma conduta humana relevante ao seu exercício profissional. A psicologia O desenvolvimento da criança, mesmo doente continua acontecendo e essa é uma das funções do psicólogo dentro da psico-oncologia, orientar os pais e profissionais da saúde, conscientizando que a criança possui um lado saudável e é este lado que deve ser explorado até mesmo para melhoria do quadro da doença. O riso é uma manifestação fisiológica, que ativa nervos e músculos, causando efeitos sobre a circulação, respiração e outros sistemas, libera endorfina e serotonina, substâncias responsáveis pela sensação de bem estar e alívio da dor, aumenta a pressão arterial, a freqüência cardíaca, a quantidade de oxigênio captado pelos pulmões, facilita a saída do gás carbônico, e fortalece as defesas do corpo. [...] Freud explica em “Os chistes e sua relação com o inconsciente”, que o humor é uma eliminação da censura, um mecanismo de defesa presente nas pessoas que são acarreta inúmeros benefícios às crianças hospitalizadas, como mudanças de comportamento diante da hospitalização, interação e socialização com outras crianças e melhoria da capacidade de enfrentamento durante o período de internação. A recreação terapêutica As atividades de recreação no meio hospitalar tornam-se importantes visando um trabalho humanizado, garantindo e suprindo as necessidades de desenvolvimento dos pacientes em qualquer idade. Também é garantida pela Declaração Universal dos Direitos da Criança que afirma que a criança tem direito a recreação e o mais importante para ela é o brincar, isto é, tão necessário ao seu desenvolvimento quanto o alimento e o descanso. Essa declaração vem ao encontro e confirmação dos resultados da prática hospitalar. A recreação terapêutica constitui-se em um elemento facilitador para a elaboração de ansiedades por parte dos pacientes através do favorecimento de atividades, mediante utilização de exercícios físicos e mentais que possibilitam a promoção de aceitação por parte dos pacientes, da situação muitas vezes de desconforto e estranheza referente a esse ambiente. A recreação como proposta terapêutica visa o resgate da possibilidade de vida sadia, através da estimulação da criatividade, das manifestações de alegria, energia e vitalidade conseguidas por atividades que são percebidas como lazer por parte dos pacientes. Apesar do trabalho desses grupos serem dirigido para a criança, têm efeitos extensivos aos familiares e profissionais de saúde. Esses resultados se traduzem pela diminuição do estresse no trabalho, melhora da autopercepção profissional e da imagem do hospital, bem como melhoria da comunicação entre os membros da equipe e destes com os familiares e pacientes. O ato de brincar também possibilita os profissionais vivenciarem uma relação diferente com as crianças, não lidando apenas com as incapacidades e limitações. As mães acompanhantes são parte de suma importância nesse cotidiano da criança que se encontra hospitalizada, também são beneficiadas pela presença desses grupos. O sorriso das crianças funciona como um indicador importante da recuperação física de seus filhos. Os pais também se tornam mais ativos no tratamento dos filhos, lidam melhor com a hospitalização das crianças e percebem uma alteração positiva na imagem da internação. Para estes, a mudança na condição emocional da criança, a partir da atuação dos grupos, é de importância fundamental na sua própria condição emocional. Estes trabalhos tendem a colaborar com o processo de humanização hospitalar e acelerar o processo de recuperação física e psicológica da criança em tratamento. CONCLUSÃO O câncer é uma doença tão indesejada, e quando ataca crianças passa a ser mais indesejada ainda, pois compromete todo o desenvolvimento desta criança. E tem o sofrimento que causa aos pais, ao verem seu filho sofrendo com esta doença. A criança tende a ficar internada num local estranho, ficar longe de familiares, amigos, e conviver com pessoas desconhecidas, passam por transformações dolorosas em seu corpo. O que acarreta em grandes transtornos biopsicossociais, que acaba influenciando em seu tratamento. A enfermagem pode auxiliar não só na administração de medicamentos e cuidados com o corpo, mas também com o tratamento psicológico, utilizando um trabalho humanizado, promovendo um local agradável com características de criança. A criança não precisa só do medicamento, também precisa de um sorriso, de alguém que possa lhe trazer confiança. E a enfermagem pode proporcionar isto. A psicologia pode mostrar para os pais e profissionais que eles estão lidando com crianças, que não são apenas doentes, são crianças. O lúdico passou a ser um instrumento fundamental para o tratamento dessas crianças, pois o riso mostrou ser o melhor remédio, e hoje existem muitos grupos e ONGs que trabalham em hospitais utilizando esse instrumento para melhoria do tratamento dessas crianças, melhora de vida dos familiares, melhora do trabalho dos profissionais de saúde, e levam alegria ao ambiente hospitalar. Este trabalho tende a colaborar com processo de humanização hospitalar e acelera a recuperação física e psicológica da criança em seu tratamento. O trabalho lúdico permite tratar de maneira fácil os problemas que afetam a criança, possibilitando a sua aceitação ao tratamento, dando mais força e coragem a criança com câncer, e assim possibilitar um enfrentamento melhor da doença. REFERÊNCIAS AMADOR, Daniela Doulavince; GOMES, Isabelle Pimentel; COUTINHO, Simone Elizabeth Duarte; et. al. Concepção dos enfermeiros acerca da capacitação no cuidado à criança com câncer. Texto e Contexto de Enfermagem, Florianópolis, Jan/Mar 2011; vol. 20 (1), pág. 94-101. OLIVEIRA, Roberta Ramos; OLIVEIRA, Isabel Cristina dos Santos. Os doutores da alegria na unidade de internação pediátrica: Experiências da equipe de enfermagem. Escola Ana Nery Revista de Enfermagem, Rio de Janeiro, Jun. 2008; vol. 12 (2), pág. 230-236. PEDROSA, Arli Melo; MONTEIRO, Hélio; LINS, Kelly; et. al. Diversão em movimento: um projeto lúdico para crianças hospitalizadas no Serviço de Oncologia Pediátrica do Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira, IMIP. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, Recife, Jan/Mar 2007; vol. 7 (1), pág. 99-106. MOTTA, Alessandra Brunoro; ENUMO, Sônia Regina Fiorim. Intervenção psicológica lúdica para o enfrentamento da hospitalização em crianças com câncer. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Jul/Set 2010, vol. 26 (3), pág. 445-454.
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