Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Olavo de Carvalho - A Realidade, Notas de estudo de Filosofia

Filosofia ', Olavo de Carvalho retoma o tema da irrealidade. dos modelos filosóficos correntes e da distância entre. doutrina e experiência

Tipologia: Notas de estudo

2017
Em oferta
30 Pontos
Discount

Oferta por tempo limitado


Compartilhado em 09/05/2017

rildo-nobrega-7
rildo-nobrega-7 🇧🇷

4.7

(180)

209 documentos

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Olavo de Carvalho - A Realidade e outras Notas de estudo em PDF para Filosofia, somente na Docsity! Nesta últina aula do cuso 'Histúria Esencialda Filôsófia", Olàvo de Caryaiho reroDa o tema da irlealidade dôs modelos iilosóicos corenles e da distância ente doúidna e dldiônciú. patindo de un panoramadê segúído olavo, a lilosolia desse período é formada por coÍeítes ;1áô coeúnte§ internamenie. mas tâo dit'erentes entre si e tâo distanciâdas dâ realidade da cxperiência, que se iorna dinc o diálogo ou a cônlmítàçáo enle claJ' Olavo encera o cúBo dúdo sM púpria yisáo da I I !l T I { "Olavo de Caffalho é o mais importante pensador büsileiro hoje." Wagner Carelli "Filósofo de gtande erudiçáo." Robeío Campos "Um gigânte." Bruno Tolentino "Olâvo de CâÍválh., sê destaca porque pensa, rel'lete,eédeuma honestidade intelectual que chega a ser cmel." Carlos Heitor Cony "Louvo a coÍagem e lucidez de suas idéias e a maneira admirável com que as expóe." HeÍbê o sales tiltxilil[ltfl E8tâ püblicâçáo vem acompaDhada de um DLD, que náo pode ser vendido separadâmênte. ColeÇáo lilistória Essenciâl da Filosolia A realidade - Aula 52 por Olavo de CaNalho Como eu disse paravocês naoutraaula. o panorama da filosofiano sécu lo )ax é táo vâriâdo e complicâdo que ele precisaria deum curso só para si. Umâvez eü tentei umproieto editorialsobre lilosofia no 5éculo XXi e fiz um indicc de todos os filósolos importantes, todas as obras importantes e tâI. Éu poderia até pâssar mais têrde isso parâ vocês, mas ó uma coisa simplesmente monstruosê, e náo forma ncnhumâ fi gura identificável, quer dizer, você não consegue perfilar assim grupos que estâo discutindo com quais gtupos. qs ve,,es r. arividader a que 'c ded;üum e(\es \orios g'upoc siu táo heterogêneas. qu e vocô náo tem nesmo conro confrontá-las, Mais ainda. criaram-so blocos de atividades Íilosóficas táo coerentes inter_ nâmente e táo dilêrentes do qúe os outros estáoJazendo, táo diferentes dâquilo que âcontece em torno que você cria uin sentimento de iden- tidade grupal que tornâ difÍcil até o diálogo, â comparaçáo com outros filósofos. Por exemplo, se você pegaÍ a chamâda tradiçâo de filoso- fia analiticâ que tem início aí no comeEo do sécu1o Xx com Bertrand Russell, Hans Reichenbach, Moritz Schilick, e um grupo de lilósolbs, uns ingleses outros alemáes (mas isso acabou pegando mais mesmo no mundo anglo-sâxónico), você vê que ela forma um todo completo em si, quer dizer, um todo completo e auto-suficiente. O sui€ito pode passar a vida dentro daquilo sen1 jamais s€ interessal por outÉs pers- pectivas filosóficâs fora porque a bibliografia é tão lmensa que mal dá para o sujeito absoNer aquela m€sma "tradição" nâ qual ele está, e às j Olavo dê Cdalho reierc{e ao uoiclo por elê idealizâdo .hanado Biblioleca de FihsôIiâ ó qúâl .ontou con a parccri a d a ê dnóra Recoid Três obras foEm la. qâdâs, a sâher. 'seis doenqas do cspinto contemporânêo", de ConÍantin Noica r9q§ seguid. por Arislótel6', de Eúilê Bôúhux 2000, e, porfim.'AoÍiÊer dãlincúagen' deEuEonRosenstock Htêsy,2002 Y vczcs a transposiçáo para outro univcrso difercnte seriâ tâo trabalhosâ que sc torna inviável, entáo, as pessoas se limiiaÍr a Íegislrar q0e exis- tem coisas dilerenles lorâ, Unr fcnôffeno muito intcrcssântc, por exeDrplo, é uma série da edi- tora Oxtbrd sobre os $andes iilósolos que se chamaCompanion book lo lulano de tal, AÍistóteles, Plarão, etc., etc. São livros auniliarcs para você comprc€ndcr os grandcs fiiósolbs. Evidcntenente todos os liló sofos sâo como volllmes colelivos, lem quinze, vinte, a!toÍes em cada um, iodos dentro da trâdiçáo briiânica. Sc você pcgar um livro sinlilar ptlblicado lla França ou na Espanha, vDcê \,ai encontrar ulnAristóteles tâo difcrente que você nio tem nem comlr conparâr Enlão, o diálogo iilosófico, n(is pode]nos dizer que ele só existc dcntro dc blocos defi- nidos. Um desscs blocos cvi.lcnrcmcnte é a trâdiçào marxista. quer dizcr, a bibliogalia malxista é illlens.r, e lem evidentemenie o seu vo- cabuláÍio pÍóprio. os seus cacoetes mentaG próprios, c o scu câmpo de pcrcepÇáo próprio ao qual às vczcs os nembros de outras escolês são pcrltiiamente insensíveis. Do mesmo modo vocé teria um bioco neo- escolásiico qlre de Lodos esses blocos o quen1ais procurou contato com os ouiros fomn] scmprc os nco-cscolásticos. Os neo-escolásticos sem pre tiverâm esta âmbiçâo enciclopédica de estar senpre dialogando conl as Lrlltras correntes) nas mesmo isso te linlites. O me professor, Stânislâvs Lâdusáns, nas aulas dclc, qualq cr problema que pegísse, semprc lãzia qucstão de analisaro problcna desde o pontlr de vista das várias correntes: um eíruturalisia analisada assin. um existencialista analisâriâ âsslm, um ícnomcnologista analisaria assim. un1 mar\is1â analisaria assim. etc., etc.. eniâo, ele tàzia isso desde vários ângulos a1é dar â solução que ele propunha no linal. Mas mes ro isso eviden- temenre tem linriies. Se vocês peilarem, por cxcmplo, a "História da Filosofia" do GuillcDro Fraile que era un1 jesuíta, um neo escolásiico, vocês verAo que é unla das po!cas que conseguem daÍ contâ dâ totali- llâde dâs correnies existentcs. Evidentemente se tornâ uma obra imen' sâ, sâo nove volumes de mil páginas cada unr. A narrâtiva náo tcm rLnidade. fica umâ unidâde cnciclopédica ou cxterna. Isso quer diz€r qlre umâvisâo de conjunto críticâ sobre a filosoíia do século )CX supo- riâ unl ponto de vista úpaz de articular essas várias correntes, saber por que elas sc diversiflcaranl destà nraneira, de onde elas surgirâm, e qual é o tcrreno comum onde é possível compará las Este princípio dc âriiculaçáo mc parece que náo cxiste aindâ, ele náo é impossivel, mâs náo existe ainda. entáo. os pâlloramâs ou hislórias da filosofia no século XX se dividiÍáo entre aquelas quetôrn umaperspêctiva limitada pâm poder manter uma unidade de cnfoque e aquelas q e sâcrilicâm a unidàde de enloque pela abrangênciá das perspectivas. Isto mcsnlo já caracteriza um fenômeno da lilosoliâ no século Xx. csta impossibjlidadc do diálogo e da conhontaçáo e a dn'isáo da filo- sofia em inumeráveis disciplinas que não têm nirda uma a vcr com il outra; e sobretudo a divergênciâ, ou o dcsentendimenio no qlre diz respeito à própria deliniçào do campo. de tal modo quc aquilo que um chama de tilosofia é precisamentc aquih que o outro considera náo ser lilosofia de naneirâ âlgurnâ, então, a pcrda da identidade da tilo- sotiâ, tudo isto laz parie do própÍio panorama moderno. Náo é preciso dizcr que isio náo vai poder continuar êssin por muito iempo scm gràves conscqüências paÍa a humanidade inieirâ. Uma dessâs graves conseqúências é que, com a multiplicaEáo das perspectivas e â criação permânente de novas disciplinas cientílicâs que nós nào sabemos sc sâo válidas ou náo, nâo sâbemos nem se os campos que elas assinalam parâ si mesmas exisÍem. lsso cria uma tal conlusáo que a idéiâ de 0ni_ dade do conhecimcnio se iorna evidentenenle uma utopiê, mas uma utopiâ que é muito querida para muilâs pessoâs. Você vê que dcsde os anos cinqüenta existcn incessantemente novos e novos congressos mundiais sobre â ünidade do conhecinento. Com o surginenlo desta I perspectiva holística que ela surge já 4ntes dos anos cinqúenta. mas sobrctudo nessa segunda Dretâdc do sócuio XX ela se impóe con1o Lrm pólo mlrito atmcnte, quer dizer â âmbição dc você criar unla enciclo pédia da ciência univcrsal, üma visáo êbransentc da ciôncia: visão que também é associada à idéia de giobâlização, de governo lnundiâ], dc unidade planctáriâ, d€ consciêncià ecológicâ, ctc.. etc., tudo isso enl si nlestno é uiópico cvidcntemente. mâs qlrando você qucr alcançar um ncgócio impossível, alglrIna coisa rto caminho você vâi êlcançando, c às vczcs âlgumas coisas benélicas. Eu âcho que uma das grandes re- alizações dâ seg nda meiâde do século )LX ioi quc pelâ primeira vez nós tivenos histórias da lilosoliâ que abrangem as várias civilizaçôes e ienlanl articulá-las de algum n1odo Quanrlo você vê, por exenplo. Lnna obra coDro a de Heníy Co.bin que é uma comparâÇáo sistemáiica da lilosLriia iraniana corn â curopéia, tudo isso acâba surgindo juíê mentc ncsia onda de holisnlo, de globalizâçáo, de unidade planetária, etc.. etc. Eu crcio, porém, que o iato de vocô aspirar a uma unjdâde planetária nâ eslcra administrâliva náo gârênte quc dc fâto você ienha uma perspectiva filosófica capaz dê articulâr esses vários planos. Ain- dzr se trata de uma unidade externâ. quer dizer. você tem uma unidade admiristrativa, entâo você te instiiuiça)€s de cscala plan€iária que rcúncm lilósolos e os pôenl para discutir etc.. etc Mas o tàto de você juntar mit, dois il, três mil filósoibs num congrcsso mundial, âinda a unidacte que você tem é a unictade do hotcl cm que eles esião hos nedrdo. c r unidid, do -c. inro o (l( re rcr.i,,J ú cung,c'.ô i\.o r"o garantc âbsolulâmente que o§ assuntos tcnhatn âlgo a ver uns com os ouiros. Por excmplo, estecongresso de iógica dc qLre eu devo participar nâ Suíça.láqui â pouco ó o mâior congreslo de iógica que iá exisiiu no mundo. vâi gente para caramba. mas só de propostas de novas lógicas paradoxais dcvcm ter umas quinhentas. e eu olho o prcgrana e vejo os limitei da minha cabeça, eü digo: vânos supor que eu s€ja aíoriu 8 fado o bâstanre pârà eniender irês delas, mas cntender tambón náo qucr dizcr que eu !á consegui-compará_la§ e articülá_las com outrâs pcrspcotivâs [ntáo, â gcnte vê qLLe â produçáo dc novas perspectivâs filosóficas iá ulirapassou de há muito tenpo o ponto em que clas po .lc am tcr dlgum significâdo cogniiivo real. lloje em dia produzenr-sc la)gicas como se produzem progranus de computadorl uma atrás da outra. lsso náo signil]ca mais coisa nenhumâ. Justamenie o ericcsso d.r prcdrçáo fisjcâ de tilosofias, lógicas, eic., cic., já oolocâ por si mesmo no problema.la signilicaçáo dess€ conjunio. (Aluno) Pois é- ptolessoÍ, e lrc llLguns prc\tIfiadorcs é hobby intplo' ,t ,tt c ,o\ loFtror 0ltet-rattJtt, J. p'oP)t'tto àa f,,:r r?i t Clarol (AI nq É utna biúcadeiru! Âgora. como ó que você vai pcgar essas lógicas altemalivas todas. compará-las c arliculá las umas com âs outrâs? Num congresso, lpor excmplol, câda sujcito \.ai lá preocupado coln o quc cle vai djTer e às vczcs com dois ou três e n1ais quc ele quer ouvir e ponto final. â cabcça humana náo vai além disso. cu nlesnlo vou com essa idéiâ na cabeça: ah, eu quero dizeÍ isso aqui, e veio lá no progrânra, t€m isio e isto aq i quc mc inieressâm. É uma espécic de supeülercado, e a unjdade quc têm é a unidâdc que têtn os produtos no supcrmercâdo. Nessa mes_ ma medidâ, a coisa perdc todâ a significaçâo cognitiva. lsso tudo náo signilicâ mais nada do ponto de vista cieniilico. sâo apenas produtos que c.td, rn nL rcrdo e qJc \occ r{oll,e o' .lJc \u(; qui'er nào .on lorme o seu valor cognitivo que náo pode scr alêrido nem compârêdo, mas conlbrme o interesse pessoal que vocé ienha naquilo Nunca a idéiâ de produEâo científica ou produçáo filosófica ioi táo verdadeira problema do Iean Forastjer do progresso dâ ignorânciá E se você vê, ao aumento do conhecimcnto de uma gcraçáo pârâ outra conespondc o esquecimento ou perdâ de uma qua[tidadc às vezes maior de conhe- cimento de uma geraçáo pâra outra. de modo quc tenr que haver uma permanente rcconquista. Então, esta confiança ingênua no poder dâ ciência e,{perimental. que já tinha sido vencida por Ednund Hlsserl e muitos oütros na primeira netade do século )c\, volta a ser uma rcalidade. E criiste aí â interfcrência de unl outro elemento qüe é a dos grupos de pressáo políticos que estâo interessados cm doninar dcter- minadas universidades, instituiçóes, quc se âpegam a ccrtos a€umen- tos e razóes que pâr.aeles sâo muiio cientílicos, e que tentârn criârrna espécie dc jnquisiçào proibindo as idéias contúrias, ctc. Isso acontece nitidamente com o pessoal do evolucjonismo hoje; quer dizer que você sirnplesnrente relativizar o evolucionisno hojc iá é considerado unr pecêdo conila ê ciência; quer dize! você tentar discuiir o evolucio- nismo é obscurantismo. Na vcrdade se conseguiu inverter a noçáo de obscurantismo, quer dizer, â proibição de un1ê ccrta discussão é que se tornâ ilurninada, e a discussáo é obscurantisn1o. Mas jsso sáo lênô- menos sociais que o filósolb náo deve absolutarncnte levar em conla porque sâo modas e correntes às quais as pessoas sc apegam como nftletas. Você náo pode esquccer também que as crenças das pessoâs sâo clementos em que se apóiâ a personalidadc delas, então. às vezes você nâo pode inrpugnar uma idéia porque é como vocô tilaÍ um dos pilares em que se âssenta uma personalidadc vacilarte, então, âquilo setorna uma espécic de agressáo psicológica lbra do comum. Num am- biente de pessoâs assim constilLlidas você náo tern a nenor conclição para nenhunla discussão cienríIica poÍque cadâ contesta(áo que você lêça será vivenciada como se fusse uma ameaEâ pcssoal. um perigo iminenie. E à medida qre o establishme í universitário âumenta cle tân1anho, absorve mais genle, e se popularizâ, entâo, o núnero dcsses iipos prolifcra de uma maneira absolutamente eriiraordinária. 14 Sê você pegar o que é umâ mente produzida por un1â üniversidade lx,ic ó um indivíduo que se apegou ê duas ou três crenças peúei_ Irfrcnle idiotas, mas que se identificou profundanente com €lâs c (tLrc as defendc de unhas e dentes e às vezes nem as defendc porque r,,nsidera que não existc sequer â possibilidâdc do ataque. ele apenâs sc apega aqüilo c nem sequer se lembrâria de argurnentar a favor. p()rque náo precisa, para ele âquilo sâo v€rdàdes táo evidcntes e niíl podcrn ser questionâdâs. Entâo. náo exisie â possibilidade de qüe alguém as questione e se alguém questionar o sujeiio ficârá prof n- (lalllente escandalizado e chocado. E as pessoas acrcditan qu€ esias crcnças delas são verdadcs cientificas. Entáo, ai é um panoraffa de uma nriséria intclectuâI quâse inimâginável e o grosso da populaçào univel§itária hoje é constituído dcstâs pessoas. Náo é ncccssário di zcr que o ensino Llniversitário que foi leito parâ cri uma eliie de pe§soas eÍuditas se trânsformou exatamente no contÍário, se trans_ lormou numa usina popular dc crentes. Nessas horas náo há oulra coisa a lãzer senâo vocô virar âs costas â esta instituiçâo e se apegar aos âmbientes, lugares e condiqóes onde hajâ a possibilldâde âinda de uma discussáo e ainda ondc haia pessoas que buscâm de lãto o co- nhccimento. Esie panorama não deixâ de ser aterrador porque você tern massas de fanáticos e inbecis como nuncâ houve no mundo, só que eles sào diferenies das massas de iànáticos de outras épocas. Por quô? Porque agorâ eles têm a legitimâçáo acâdêmica e eles acham que saben alguma coisa. Quer dize! o sujeito queinâdor de leiticeiras na Idâde Médiâ pclo nrenos náo tinha a pretensáo de ser cicntífico. ele sabia que ele esiava âpenas seguindo o que o padre lãlou e tal. E hoie em diâ. não. Se você vê o nÍrmero fântástico de crimes e de violência que se tez com bâse "científica" dcsde a Revoluçáo Franccsâ até hoje é unâ coisa que supera enomlemente todas as Suerrâs de religião e perseguiçoes rcligiosas dâ hlsiória humana em tLrdas as civilizaçôes. l5 Se você somâr todÂs âs vítimas da Inquisiçáo mais as do lânâlismo islâmico mais todas âs vítirras do Império Clinês. etc., tudo é brin- cadeira perto do quc a "ciôncia' fez âié hoje Evidentenente, depois de urna sangueira dessa. depois dc um mol1icinio desse, vem aquele senso de exaustão como o criminoso estuprador depois de ele matar mais uma criancinha, clc icm o senso de eraustáo e de refluxo. ele nega o qlre fez, ele se odeia a si mcsrno, c no dia seguinte ele já se sen te dilêrente. clc scnre que ele náLr é aquela mesrnâ pessoa, entáo, cvi- deÍtemenie, ele náo é rcsponsável pelo que le7. Se vocês assistiraDl "O Vâffpjro de Dusseldorf", uln filmc de Fritz Lang, se lembram do discurso final do bândido, é um assassino de crianças. clc no fim está dizendlr que ele nâo tcm culpa do qüe faz. Entáo- todos esses mo- vimentos ideológicos contemporâncos que acreditam ter uma base científica, cl€s táo logo cornenten1 mais um morticÍnio desses. no dia seguinte eles se sentcm inocentes porque aquilo que ele§ fizerân é táo horrível que náo pode ser, nâo foram eles que fizeram. Entáo. vocô vê que particulamlente o movimento rcvolucionário, sociâlista, etc., nunca sc sente responsávelpelo que ele fez, lnesmo quc clc mate milhoes de pessoâs para implantar um rcginre, €le náo encara esse regimc como umâ criaÇáo dele. mas corno um cl'eito do acaso e das circunstâncias. Sáo sempre assim. E a idéia de que todos os argumcntos cientílicos usados para la- zcr isto sáo apenas um mâu uso dâ ciência c dc qu€ a esirutura in- ierna da ciôncia náo teÍr nada â ver com isso; essa idéia mc parece âbsolutanrente inaceitável. Quer dizer, náo há como vooê ;nocentar a ciência modernâ dizendo: "Náo, aqui é a ciênciâ, o purc teÍnplo do conhecinento. mas daí vênr esses malditos nâzistâs e comunistâs € pegam e usam parâ linalidadcs que não estáo na purezà da deliniçáo de ciência." Então, â ciência depois de ter nandâdo náo sei quanios paÍa Auschwitz, não sci quô, coniinlra linipa. Ora, por que a ciôncia tcria t6 csie privilógio que e]â jârnais reconheceu a ninguém? PoÍ que você vâi rcconhecer que c)riste unl núcleo dc intenqóes puras c que iodo o mâl que se co etcu eln nome dclcs náo os compromete em nada? Você icm. nâ mclhor das hipótcscs. uma deierminada cosnrovisão, Ltma de tcnninâda visáo do nlrndo por mais bem iniencionada que elâ scja, cla leü suas limitâçaes, ela iem os seus pontos ccgos. e üa medida cn1 que ela tcn esses pontos ccgos. aLi se introduz o mal Se ela nào tem Lrnra culpa ativâ na produqáo destcs pecacios todos, ela icnl uma culpâ pnssiva. qucr dizer, ela se iorna culpâda pela sua insuliciência Nâo sei se eÍá ficando claro isto aqui. EntAo, ninguén pode dlzer: "Eu eltlru inoccnte". Na produçâo deste mâleficio todo. as ciências têm culpa, as religioes têm culpâ. as cultLrras iênl culpa, e ninguén esiá absoluta_ Drente lirnpo. Eniáo, o quc tcm que larer é você examinar criticanente quâis forâm os pontos cegos por ondc se introduzir o chamâdo nralr uslr. olr a distorçáo, etc., etc. Mas esse mau uso nâo scria possívc1 se náo houvcsse juslaÍrente o ponto cego É mâis fácil a Centc cstud,r' esscs casos em acontccinlcntos de ouirâs épocâs e náo da nossâ, por- que na nossa a gente ainda está no meio do processo e é diiícil você saber ondc vâi ter inêr, entâo. â coisa náo adquire umê iorma, ma§ se você cxamina processos similares âcontecidos em outras épocas você pcrcebe claramentc onde estava o ponto cego, onde csiavâ a limilaçáo daqlrela concepção tao bela, tâo elevada, qüe pernite que elâ sin'a de instrumento para o mal. (Alul1a) O senhot teia aLEun exemplo disso? Só paru elucíàat Um eremplo câracteríslico é o quc se pâssa com a Igreia Ca1ólica na cntrada da Modernidâcle. A pârtir de 1300 começan a surgir modifica- çóes políticâs e culturais de grande podcr explosivo nâ Europa. prin- cipâlmente a formaçáo desses vários Estâdos nacionâis. Entáo. â idéia fi dc Eslado nacionâl era totalmente esrrânhâ à Igreja ^ Igreja como se clÉmâ Igrejà Católica náo quer dizer outra coisâ senáo assembléiâ Lrniversal, entác, evidentcmenie que a Igreja Càtólica instintivament€ e por essência iendia a uma organizâçáo de tipo imperial universêI. a idéia de nação é totâlmente estranhâ, mesmo porque na Bíblia está escito que os deuses das nâçóes são demônios, entáo. de uln ponto de vista estritamente católico a divisáo da EuÍopa em naÇóes erê intrin- sccânrcnte um malj mas acontece que ninguóm na tgreja soube o que làzer com isto. Por exempio, se você tem aqui um pais qlre se for al dentro dcsse país existem bens da lgreia; a lgrejâ tem rerras, eta tem iemplo§, clatem câsâs. tcm negócios, pode ter Lrm banco, pode ter uma coisa assim. Enrâo, enquanto você estavâ numa Europa multinacional. â Igrcja tinha bens cm toda partc. Daí se ibrma um Estâdo Nacional O que o Estado 1àz corn os bens dâ Igrcja que estáo tá dentro? Assim, conro com os bens de urna nrultinâcional, por exemplo, como é que 1àz? En1ão. nâ mcdidê em que se formam esscs Estados Nacionais é ló- gico que un1a partc considerável dos bens da Igrejâ seria tomadâ. Isso é absolutamcnte inevitávci, náo ten como você evitar uma coisa des- sa. Quer dizc! ou o Estndo náo se lorma. ou \,ocê boicota a torinaçáo do Esiado Nacional, oLr você vai ier esse conflito. Entáo. csse conllito começa em 1500, quer dizer o primê]ro Estâdo Nacionat Europcü que se lbrnu ó Po{ugal. Dcsde a iormaçáo.le Poriugal até a Revoluçáo Italianâ no sécülo XIX quc forÍna à ltália, em volta esrá se formando a Alemanhâ tambóm; senpre você vai ter estc problena: o que faremos com os b€ns da lgreja? Quer dizer, durânte quatro sócülos a Isreia náo soube o que fazer con1 csse pÍobiema. (Aluna) ... ctiar, enlao, I*reias Nocia ais íoi uma das... À criaçáo de lgreias Nâcionais, nlas náo por iniciativa da própria Isreia. Il l\luna) Não. pot inicíatíüa do Í:st.tdo! Suponha que a Igrejâ durante esse período flexibilizassc a sua or- $rri7ação e deixasse foflnâr as Igrejas Nacionais. talvcz tivesse sido Lrrâ soluÇáo mclhor, rnas eia 1êz o contrário. As lgrejâs Nâcilrnais se lirfnâm conira ela, se lormam por iniciaiiva dos Estados, cntào, você ir cria Lrma Igreja Estâtal. O problcma dc cotlscrvâr os bens da lgreja llrâvcssâ quatro ou cinco séculos. â lgrejâ não quererdo ceder, e ce' (lrndlr cada vez nais. QueÍdizer, parece que ali ninguóm cntcndeu que l lrtr raçáo dos Estâdos Nacionais cra um processo histórico ineversí v.l Na mesma mcdida, o que acontece? Conlo a Igreja náo cohsegue rfolnpanhar o processo e ela nem enlende beln o processo, sflrgcm, rnlào, dols sub'prccessos dcntrc dos quais nós ainda vivemos. O pri ncim é â desespiritualização da vida estatal e política. quer dizeÍ, o llsiado pâssa a conslituir un domÍrio autônomo sobre o quâl a rcli- Biuo e. podanto. â moml religiosâ náo tem nenhuma autoridade, quer iLizer, o Estado como autoridade extra-religiosa e extrê moral é uma idóia que eln Maquiavel já está bem ioflnulada por escÍito. mas é uma coisa que já êxisiiâ historicamente. Maquiavel não faz scnáo declârâr unra coisa quc já sc faziâ Muito bem, con1o isio nâLr pode {icaÍ assin rlurante muito telnpo. o que acontece? Acontece que esta árca que ó dcsespiriluâlizada. que é extraída. tirâdâ dc dentro da csfcra espiritual hlrlnâna é ern seguida rccspiritualizada de improviso por ideologias. Qucr dizer as ideologias se tomam Lrm subslitutivo do sentido da vidâ tal como era vivenciado no cÍistlanismo. Nâ medidâ cm quc acontcce isLo, entao, nâ prirncira e1apa, a idéia de um sentido da vida e, portan- to, a idéia da integrâçáo dâ personalidade humana deniro do scntido da vidarellui pâra o donrinio pÍivado, náo tem vigência pública mais. E n.r segundaeiapa dâ "rcespiritualizaçào ' o falso sentido da vida criado pclâs idcologias é olêrecido a todâs as pessoas como sendo, ao contrá- rio. uma obdgaçao de todos e que tem plena vigência pública. 19 Ac(,rtccc quc ó disso que está parâ êlé do horizorrte, poúanto, dcssa transccndêncià, ele rcccbc a rcsposlâ dc quc clc prccis.L, isso se charra graçai x graqâ gcrâ a caridade. o anror: cstc é o amor a Deus. E esta srri.lr.lc gcra a Íói vi]cê conliâ porquc voca iá rccebeu a grâç4, isto ó irndânrcnlal, nar) urnâ ncm rluas. nruilas Entao, cstc é o conceito agostlrillnL, da /i.l.rs.drrtot( iatntúu lé fofl a.lâ pcla ctri.lade: c.1ca' rilla!ie. por sua vcz, fornrada pela itrâç4. Estc a o ccnl.{) da vida crisLai vocô.nconlrará clcllrentos cquivaLentes ctri oulras rcliilióe§ lirnrbénr, mas crlr r.r!hürna cont csta clareTa O crislianisnlo iclc csse rrróriio dc erpliLlr: Olhâ. conrLr é qur sê lrz? O quc acortcce na hom cm qut i) horrcrn sc dirigc a Ders? Isso aí Santo ^goslinho cxplicou tL(lo direl tinho. e Sao Pâ!lo já tinha cxplicado Àco|tccc qlrc csl i.léia ó iotal nrcnLc p.rdi.lâ Por quô? t'erdid:L porquc o crisli.Lf isirl() se t(x nou unru .loLrtrina. ^ doLrtrlna fode srr objcto clc discussáo no plano intelcclual. cntao. \,ocê discütc agora as idélils. vocô discutc pró ou contrâ. \tuttn I t.t,, !,It-,tt,r d, ,d,o1t t. t" IdcalizÂçao c de rcdüçao .lcsta e\periência quc por slra nalureza ó u Âberl ra pârâ un horizorte ilirritado, ó a tentativê de tmnslomlaqiL) dessa al)crtura nunra lechâdurâ, oLr scja. nurn esqLrema.loLrtriftLl dis crltÍ\,cl Ent,ro. dâli para diantc passa se a clrânrâr cristào o sujeilo quc êcieditâ nunra douir ina Sej;r pâüd€fcndcra dL,ulrlni. sejaparaalacá la. vocô cstá cscuLhambando com o crisiianisrno Por quô? Porque í condiqão ncccssárir pârâ cstâ abcrtura é justamcntc a ntlo (loutrirra Nào (eni doulrinâ. islo é uüra rcalidadc. is1o.tüe eu estou lal ndo. \,ocê s€ colocâ ali no llleio e iica âilrnto. mas âtenLo cie lâl L)rodo quc r1ão cli pâra pcnsar assim co|ro o lobo quc pressente â prcscnça do caçador, cmbor.r cle nao oLrça o caçatlor. toclos os neuúrios delc esllto ligados na perccpÇáo, nào clá parr ele pensari ou scja. o (érebn, húrnaro íunciolra dc râs maneirrs. rnra ó rcccptiva, a onira é emissiva. ou collslr'l]ti!a Ir,, o\enrpLo, sc você lechar os olhos agr)ra e corncqâr a ânolitr tfflos r)s sons quc chegâm âtó vocô, !ocê nno csiá produzln.lo rcnhunl deles. \t)ca cstá regisrrando. c es(e rugistro prcs§upae â âbcltura tolalr.ent€ t:rlsiva, atcnta. ligadíssirra. nras totalrnelle passivâ.,^gora. inraginc {LÚc alam dos soils você está ahcrio tâmbanr pa[ oüiros cstifftrlos .].) ', r'i,i iuô\ n\ qru ri\, , r r , \, i r,l' i .. rr. rr r.r ' rras knlosi c qlrc !ocô continutL abrintlo. abrindo. alír rlrcg:Lr lro lirlritc rl,, qLrc é hu àIarrcntc cogroscilcl c voca s be .luc para lti djsso rirrcla Lcnr nrais coisa, c dcpois ttm nrris coisa, c dcpols le.r nrâis coi sa o indnidLro se colocâr nesla posiça1o slrpa)c (lr,c €lc scja ctLpa, de ü llâ cenirâlidadc cogniLiva. podânto. qnc tollà.rii!idadc pcrilérilr da rIrnt., toda alividâtlc pensânlc corsLruti\'â. ctc.. seií abolidâ r\gorâ. o h(nrcln mt)clcrno quxrrdo prirtr.le pcnsâr clc dor c lilc riio tern corrccrÍrâçiior .tu.rrrdo tcnr conccnLrâção ó conccrrlração rrrnra idóia quc de rnesLro produziu tt c o Iccha ajfdr 'rrais EnttLo. clc nrlo lode tcr a cxperiÊncin.la grâçâ. fe.r da dcsgraç.r, aliís, clc frlo vai tcr ncnhunra e\pcriôncia âlanr dnquilo qtLc ele Irresrrro podc fmd zir por nxiios.luc clc conhec. o ttuc cxiste é um icchâ cnll) do scr hrrmano numir cslcrll dc cxpcriancia cleplorâvclmcnte pe.lurrà l. clriosamcnte a csse Icchamcnto s€ char ou llunrinisrlro. ELL cligol corro ilLrmilrisnro? Isso aí é o obscurantisIno total qucr .lizcr, só pocl! cxislir âquilo.Luc você pode pensar. Eu digor escuta, c o urlivers{) reall' Quêr dizcr. â posição do homcm que se coloca n.L preser,Çâ dc Dcus. ó o sujcito que esiá abcrto pira a rotâlidâcle da realidadc. Ele náo eslá pcnsando, eli'náo cslti criarrdo. clc csltl abedo não sa) pâra a i(nâlida- de do univcrso lisico, lnâs pâra llrdo o quc, estando alérrrdo trniversrl tisico concebívcl. cstrutura e dctcrlnina ê lornrâ dcstc üurdo l1]e rrá.) podc corheccr isso diretânrcntc. mts elc podc cstar âberro pâra isso Il dali clc pode reccber náo sonrcnle intuiEa)cs. coDhecinrcntos, inspi raçócs. nas rcsposlâs lsto âcontcce mesrno A cxp.riêncil hunrana nrilerar contlnn.r isnr (Alutto) O que é esse "c:iar aberÍo", ptulessor? É exatarrrente a nresma coisa qu€ o lobo quc, tcmcndo a prcscnça do caEador, está aberllr para todos os esihrulos Por exemplo. pode icr Iadrócs na suâ câsa. Dc ondc cles virão? Vocêvai percebé los pelo ouvklo, pelo olfâto. pclavisáo? Você nào sabc, então, você est,L simul tíneanenle abeflo a iLrclo A inragern do perigo fâlha, ela ó só parcial- mcntc comparável â isto porqlrc ela implica urr temLrr A presença de Dcus iambém tcm um tcnDr, mâs náo ó exatamente o lnesmo lipo de temor Náo se lem essa ei{periênciâ sem tcmof pot isso timor Daniní ptittcípiun sapientiac, o temor de Deu! é o principio da sâbedoriâ. I Esra é rlnÉ situação dc tcmor, mas clrriosancnte é um tenror tràn qüilo porque não implica aqucla saranada dc pcnsancntos que às vezes iüvade o sujeito que está com úedo. E nrais unrâ €xpectâtiva Qualqucr scr humano icm cssa cxperiência contanto que e1e lenha nnr pouquinho dc conccniraÇáo. (ALLfirc) Setia um temar da i c()l efisutáúel? Claro, lnas incomcnsurál,cl rcâ], dentro do qual ele está naquele rrolrento Normalnenle o nosso horizonte dc consciôncia não chcga ató aí, a gcntc só pegâ o ambienie imediaio- oü aquilo qüe â gente supÕe qu€ vai aconteccr amanhã. Mas sc você se colocar no centro da reâlidacle espacial inlinita, iliffitâda. c no ccntro cla linha dc tcmpo, onde \.océ está no irstante presenie. mas você sabe que lem um pâs- sado imensurável c um futuro inrcrsurável, entiio, é ali que você está qüâfido você se colocâ nâ prcscnçâ dc Deus. Prcsença de Delrs quer dizer sonente isto. você estar abeÍlo para â lnfinitüd€. PrinrciLo, o ili- rnitaclo cósmico c parâ alóm do ihnitado cósmico, o iniinito Que você náo vai pcrccbcr. vocô apcnas cstá âtcnto 'h.sarLrnÁ9l0 P,i,rripiumsrpi3ntirtnrorDon,n,iers.ic tii\â'L.lúnmpn](l!nIiJ 26 (/\L no) A pala fti'leceptiüo" e cai& nissol Enrào. istl.) é oma expcriênciâ (1\luna) Mas, prcÍessot, utlta rekt. üfi(L oruçào, àa itnl íca etn t)tditlos t41t1bént a prusença Lle Deus? CLaru. . lALuno) .. qüe aí sâo p.! satl1enlos. - \.,u.'. e Íal o t-J Ju Jrpnrr dn t, r.'r.t r" r. rr.'. r. . \ n.,u'âu rdianla, scnáo você está lâlando coln você rnesmo. Sc eu aqui: 'Ah, l)rus. mc dá isso nqüi. náo sci quê. não sei qLLê, qucro isso rnâis âqui_ l(r'. Náo l!ncional Funciora quando você sabe ond€ cstá. Porque se lLrcê apenâs tãlar, você está talando para você mesmo. você e§tá lalâr- rlo para um vizinho. você cstá làlando para urn bicho. você cslá lâlando pârâ as pa.edes. Qner di7er, você não está conscierÍe da prcsença tisra presenea é â presença dâ totalidade da e)ipcriôncia possível qu€ pelrnancccrá sempre umâ prcscnEâ potenciâl. ela náo pode se atüâlizar ''.r"lr r.rr< H.rlrr In o cqri' r,írle ,l.la rrau r ur t.t ner.epc;^ .ru. Lrma crpeciâtiva. Dai essas irumcrávci! técnicas mhiicas que exisiê]n .tu(.rn pa"" u 'rie'ro t\ôÍ.\.np.u p..r, rLlcl.,r'"rr{J/ii,rufe 'a- ,rcnto, ó issL, qlre qucrcrn dizer (Aluna) LrisleÍécnicã.-. Claro qüe erislel Pois â técnica e\istc quando as pessoâs pcrdcnr r capacidàdc para lazer lssr) nâturalmcnte, daí têm qLle invcnt.Lr uma lacnicâ pâra consertar, 'rras âs pessoits 11,o sabcrn làzer isio hoie (Aluna) EIas lutlcíor.rn, incLusiDe! Às vezcs luncion;ur, às vczcs náo. poÍque caria técnica Íoi irvcn- l.ida parâ um delefl inado tipo cle pessoâ numa cerlâ siiuaÇáo c pode 2i náo funcionar parâ oüir.r. o que interessa ó o objerivo, € o objeilvo é esiar na presença de Dcus. (Aluno) - OLaao. rccê rccotfierulou e eu li aqucLe lirro "Relâtos de u Peregrino ltusso' e sle consegue ã pLuUt (1e tn1.t i üestif,açàa.. O que é aqlrela prece perpótua quc clc faz? A prece perpétu:r só scrvc para uma coisai para o irdi\,ídlro parar dc pcnsar bcsicirâ e con seguir a centralidêde. (Aluna) E o Íerco. pot e$tfipta? A rc:a (1Í, tet!i). aocê rcpete, Epele... glsa repctiçáo ó só parâ n€utÍalizar a mente. quer dizer a ncntc ó o nosso mâior inimigo, é a partc pcnsântc. PoIqúc tuJo o que você n. \rrô q. , r.rr r\r nl Irdu. i\.u, o quc a. p. \\ô:r\ rao sêbenl. Entâo, para quc scNe esse pcnsôr? pensar serve para vocô al- canÇâr üm conhecirrenlo pLrs§ível dc coisas quc você náo conhece. Po. excmplo, cu parâ eu ver esia salit elr nâo preciso pcnsar nclâ. eu náo preciso pensâr quc vocôs esrão âqui. eu eslou percebendo. Agora. sc êu quero akrânça. unl conhecimcnto mais pÍeciso.le nlgo que nál.] está rLo alcancc da minha pêrcepção, elr conjeturo e crio un1 modelito. Mas essa não é ê únicâ mancim. você pode também en1vez dcvocê criar unr modeliio quc você cria e você projcta você pode sinplesmente adotâr a posiçâo da expectaiiya A expectâtiva é accitar o quc dcr e vier. lsto é uma enirega, rnâs é urra €nirega aiivô. Enláo, esta é a atençáo cspiri- toal mesnlo. Quândo a pessoa pcl'(le â câpacidade de làzer isso, entào, o quc sobrou da religiáo? Sobrou a doutrinal (Alüt1o) ll,ssas lealolia:: lístitas que apatecen pot aí. laú1bélfi... É, o problernâ do rito é olrtro. o problcna da prec€ é esse que eu estou tàlêndo. O problcma do riio p.ecjsaria de uma outra âula para explicar Entáo, deinê isso para lá por cnquânto. 2 (ALu o) L o entendime lo? 0 que teml (Aluno) A Bíblia ttúa que nós. . você náo pode entendcr isto aqui, isto náo épaúentende! iÍo é a rea_ Li.lade. Ela nào é u conteúdo. Você cntende conteúdos de consciência. (ALtolo) - Mas a Bíblia f.tla q e nós dezlefios alnat a Deüs iüclu' sire co l toda o nosso e Íendinento. Siln. mas isio é posredor Àos poucos as iunçÕes mentais se êde' quarao â essa experiência porqüe essa cxperiência é iâo âbrangentc c lao convincentc qne ela doma o pcnsamenio. O pensanlento se torna d(icil a essa realidade abrangcnte. tlriáo, cla passa a invcntar cada vez frais e pâssa a dizeÍ cada vez mais o que ela simplesnenle Percebeu. Tirada esiâ expcriência do horizonte d.i vida humana, o quc sobra? Sobra uma outrâ lié, esta 1õ de que a genie está lalando é a lé qlre ó a conliança criada pela caridade, que é o amor a Deus, que é criada pela grâça. Se não tcvc a grêça primeilo, nao iem caridade e também náo tc lé. Qucr dizer, a lé não é o começo, ela nâo velll do nada. Eu vou ier lé, por quê? Só porque você diz que Derls é assim. âssado? Ah. vài pâstarl Eniáo, náo é assi quc vocé laz. é o própio Deus, é a presençâ do própÍio Dcus que vai lhe dar a gÍaça, c vai ai, portanto. lhe intündir lé. o que é a ié? A fé é que se elc fez un1a vez, elc vai tàzeÍ de novo. E dc que ele setnpre esiatá ali. Eniáo, a ié nâscc da experiêncial Nasce da cxperiênciâ da graça. Agora, hoje em dia as pessoas acreditam que fé é o contrário, é âquilo de que você náo ten experiêrcia, náo teln conhe_ cimento, portanto, você âcredita. Mas note bem que a 1é é o terceiro elenento. primeiÍo a graça, depois a caridade, depois a lé. (Aluno) - M.ts isso que o setlhot está Íazenda agaq tuúbém nãa é uúa douftilo^ O.cnhd podetiã P'.rP' ?r tudo i"L. aorirrttiouna-- P nâo enr outro, cntao. cL nào é infiniral Clarol Lla não ó inlinitâ' ela é apcras ilinlitâtla EntlLo, a noção do ili itâdo ' (l\tlttL)) llimitado el11todos os scttLitlos' '4não il1 o inlinito é o qu€ niro icnl linlires ilc espécle alguinâ e scntidLr nenhllm. ncnr extcrrro. nem inlerno Tarrbén nós enicndenros quc a e\istancia de inrüliio ó uma neccssidade absolurâ Sc ráo existn iúirri- to lambénr n:]o podc eriistir finilo ncnhunl (Alu o) Utlu natrcita tle desctezrel o qttao nao'itlt'inita é a es ptlo é que e1. a ertfttfiane le liúitadL) pokqe só sào Ilüatro ditnen' \aesl Nar) sãt) ittlittiLas rLinetNÓes! Clrro. ntio sáo inliniias ditnensóes, cxiliamenicL (AIL] o) Alén tlísso, haie e 1(tid' as cosfiólaEos ! pt'ttiumenle um c()]lstltso Ele o u iliers() nà.) se e\Le de assim setn fin pdm qrtakluer 'odú,1u,,tt,at o,ú,,,tt .tr1vIt4;tt .\'c t'ltn rrntaott()pt;'t - l';rtáo. !ocê vô qlre até espaciâLnentc é Úm negócio lcchado lsso qucr dizcr se ó unr cspaÇo lechado. sc é Lrm lrxlo techado crtâo sis- nilica que o nnrcl€lo anLiilo qtlc punha a ic â no meio os planciinhas enl lorno, tlcpois o céu das cstrelas fi\as O que é o céLL das cstrelas ii\âs? ú tuclo o que nós esianros vendo, ó ttrclo o qüc nós pocl€mos !cr. Depois do céu das cstrelas li\as dai tem o lnmo dc Deus tem as esfcrâs angélicas quc sao âspectos dc Detls limiiados depois 1em o tmno tlc lleus. llstc é o rno.iclo reâl' vocô siitrc quc para âléIn dL) ilimilado e\iste o infinito l\$ é â cslrütura da reilichdcl l:nião, resume a descriç'Lo do uni \ r\.i..'\r\rl r'',, 'r"d.l',\r r|h.F-'' r'^'rr'iro'' Iri\'r- \r" vcl está colocâclo dcnlrc do inlinito De rcpentc o quc locô i:Lz? Voc' crpande â descri!ào.lo rrrrivcrso lisico e slnÍ'c'nn o iniinilo e tãL) sobra s(') o ilinritach quaniitâtivo: vocô c burreccu evidcnlcrrentc' ou .( rL. a cxtcnsao do seü conhccimento quanlitâtivÔ disso disso disso' L rr'o. (iisso, lez co que você pcr.lessc a Írcdida da realidadc' Nâ vcr .r,l \,.1; pdr'\e'i q .! . \oJr.li rrr'l'c\urr (Atuna) P()ryue \rcc, se Lí 1iÍou ape as aos aqeclos íísicas ^spcclos contá\,eisl E isso. evidcnlemc'(e, se locê se ativer ao con_ ,rvrl, cntáo, a noçío de infininr lai su]üir dâ suâ mcnie claro' vocô so l(,r! o ilimitado q antitativo. l|t o) A pessou chqa ata ac]?tlilar que aquiLo que eLa aa , t',:|.!ut tnedit ttão cxista lisLc é o pâsso seguinte. Quer.lizcr quc a evidência dâs cvidências quc I . inliniio se torla nuléria cte discuss:io: c o sujcito erige irroÍa' 'ligo' \,{ia ão po.lc.lar pro\'â nenhuna porquc islo c a basc de iodâ PÍ^Ia \l|11.1 \au o, Ji-dot1 \ auto Pi ttl' ttt'\ \ \,.cr.l,,lc u,ue io,rr.' \1"'. n"r'' 'e rr' lre\'r ' rcn'''^ 'nlur ,r) rurso clesla discüssío nos últinros de7 n1irüios nós já passârnos r)rLâ | eslira tloutrinâl E todâ c qüalquer clolrtrin or idéia que você ieLrha ntio é senao uma cxprcssao parcial simbólica e tlcliciente da ( \prriênciâ rcâl Nro se tralâ dê você conseguir conlebcr estâs idéias' rrras dc você conseguir eristenciairrrcnte rcâlnrente- sc colocar Llcnlro rlo quadro real, ondc exisrern: o lnnitado perio dc vocô o ilimjtado enr ll)lla c o infinito clepois lsso qucr cli7cr q!c qualtlucr pastor dc cabra§ rh kladc Nlédia quc corrscguia rezar c cstâr dianie dc Deus cslá mais u reâlklade do quc René Dcscrrics ou Isaírc Ne\t'ton D csses cnião' \(') caprichârun Lrn1 pouco nlais r1â mediçào 'la irealidadc porque qual .t .cr . ,... tr..lc- ' fcir"l) urr r'''- Ô .siá lirra da rcalirlâde. ó unrâ invençio 'la nrerrrc Íi dai' o que você là21' Vocô vairrocando um Drodclo por outio modclo. por oulro modclo. por olúro mo.leio: o sujejto diz: "Não, Ncwton náo lncdiu cxataDrenle, não erí assirr. era assàdol NÍâs locô cstá irocâr1do orn produlo rlrertal por outro produto rncrtal. lsso qrcr clizer qlre .l pra)pria rclação cntrc idciê e rc.rliclade nruclou. anLes a têalidadc tinhâ prioridadc. iLgor o que icrrr prioiiclacle é a idéia. (^luüo) Qando h iskttcles desc)uia Lti tia LosnabSin tlil)(tÍ;.ts esÍeru\ rcl.stes, et.. t tdl: elc cha\oul u citar as rltuetsas teu'it1s ri gc tes no épaca l)otso eslat olSanutLa. ele llatatltt co t ut paur:o de d.rsí/r?/ .ssa)^.liscrs (i(l§. tlaa em assi i| Na ta itttto de d(lsctt!rcr as .t. .a' -d al:,tttn, t t .r ,) .','-t Sirr. clcs scDiprc sâbianr qrre essas cr)isas potlcfi scr assim ou pL) dcnr nrlo sei assinr. serrpre Írberanr. Por quôl' Porque (tu"Lndo voci esrá confro]rtarlo corn unra rcâlil:lade iniinil.r !ocó nao tcr|r cscala cclta. cnião, \rccô sabc que todo o rlLrndo lísico é o nrundo da rclrtn,idtL dc. lssLr ^ristótclcs sabiâ. Aristótelcs iá cra rclaiivisla muilo antes de Einstcin. ArjsLótcles ohcga a dizcr quc o rnét(xb m.Lerrático rato a bom para rls eiências Iisicas, pt,que nadâ no rrLrndo lisico a cx.Lto..\ Dratcrráticn é uni.r coisil e a reâlidâ.lc física ó outra. quan.lo chega na llenascença os cârâs sc nrÍnarn iaro icliotas que cles acieditânr.LUc ó possivcla mcdiçào crair de ludo. e que esla medição ó qnc ó a ver.la dcira rcalidade: e esle processo se âconrpâlrha nâ csltra !plsterlológica ou giroseológica. eic v€n) iunto com a glloscologia dc l)escídes qúc diz quc âs nossas pc[ccpçóes ni{] apreenderr oblcios aprccndcm apeünS sinâi! dc otrjclos. isso qucr.lizcr quc a pcÍccpqáo. para l)escartes. ú um piocesso scmiolíigico, náo ó unr lcnômeno lisico. ou seja, eu csrotL vendo vocôs, cu nào csiou vcndo vocês. eu eslou londo âpcnas Lrnr signo dc vocós. Á ichcao rlcsic signo corn ti suâ rcâlidâclc é tolirlrnenre inaf re!rsi!.1 pâra rrinr. Só quc a sc,rtc podcritL peiguntar: rlas c cstc signo, pol Strâ vcz. \ {( a o pcrccb! târrbónr {)Lr rocó perccbc o siSno (lo signo c assnn por (lir tc indelinidamenle? Quc dizer, css.L epistcnlologia de Dcscailcs ó L Irn bcsleira. rnas unra bcsleira dcscomunal quc lrunca ninglré'r tlcvia i. prcsiâdo dois rninulos dc atcnçao nisio aí hrqLre se cu sou callaz ,1, p.rccber Lrm signo forque é Lrma prescnça física. o signo la rbónl r, nr unra cor )oralidâdc, cnl o, sc cu nlro pcrccbo re.ihncnie os corpos' ,rrs apcnâs os scns signos, cu pcrcebo urn outro corpo, e essc corpo Irrrharr náo poclc sei pcrccbiclo, elc precisâ dc uln outrc signo e ssim (lc oulro signo e assinr por dianic Erltato, esiâ idéia do Lrniverso iisicê rrnre infinilo não ó nada ais clo qLre unr ÍascÍrio hipnÚtico diantc do irfrànho do univcrso qnântitativo \lt.ut't l'.cip,\,d.,d d, n"Jtl.to t ptP.i'.1o- Ud.,tJ,,J J, l, e. n. dir rrr, " U'ir ri.' u rr .rc'r ' Jr r l ''" sao, cssa prccisáo nunca se alcanqolr Elâ ó absoluranlcnte in!iáv€l llntão, o qLrc houvc âÍ foi reâlnrcnle ünrâ queda rrr]na vlsito .lilninuí rl. .la rcalidade c rcalDerttc u$ lêscnlio lipnótico pelo i finito quân- litati\,o Agora. De\cartcs acreditava que iodo u rirLlndo dos corpos É todo ilusório. vo.ô só pcgâ signos Quâl ó a reâ1idâcle'l A rcalidade ó unr inodclito âritmótico. rratcnálico. que eü construo "Qrcr di'zcr, o Sol que !ocô cstá vendo é Lrma ilusrlo, locê cstá pegando unr siilno cle Sol. âgora, cu. rn.diantc cálculos, 1aço um n1odelo do trajeto do Sol e (ligo: estâ é à reâlidâdel Só que êstc rnodelo podc à sêr dcsenhado .lc bllha)cs .le forma5 difcrcntes e ilinritâdas formas diltrcnte§ conior mc 0 Ponto de vista Iirtáo. como é que você vaidiTerquc tudo aqriLo que vocôvê é ilusao, '.^aq i'.,..\,t< R.rr. Ur\,'rr.5. n'.rrrÔ," r' riJaJc'l "rr' nl.r dc Lurra cstupidez lora do comum l'l sáo cstâs idéias que tênr dctcrmina- ili) o curso cla !ida nos últilnos sécnlos. Pior vocô !ô qlre dc rudo isl{r só sobra uma coisa que é a el;cácia dc uln mo(leliro nrecânico conliderado enl si nresrrro. Vocô invcnta Lrmit naquininha. diz que a nriiquininha é a leidâdeim rcalidâde. ela náo é vcrdadc a rtalidade nenhumâ. n1as L) lãro é quc cla cnl si iunciona. Rcsultado: você esiá explicanckr o universo reat pelit nrâ.tuininha, osquecendo se que a rnaquiniúa é sonrcnrc mai§ unrâ coisâ quc aconlece denlm .lo mcsrlo univtrso .eâl dcntro do qual vocô já csrâva. l'htio. qual é a tcndancia? a-lvocê !ivcr ntrm universo de mrqrininhas .luc você inventolr c achar qnc aquilo é tudo \bcô lai pro .luzir onr lftxÍào de nraquininhas c cLÉ saro pitra locê a rcalidade. você csqucccu quc lodas as rnaqLrininhâs cslio dernro dâ rcalidade e que elas só tirnciorarrl porqnc clas cstào LleniIÍ) lAlt! a) Podettu5edizetqu( L\sr ind i|líd Llo LlLcttti arluilaq1rceLc ufit kt. tnas eslá etÍada LtL) que neeal Náo, porquc eb ntú eslá âlirmando âbsolulrrnerlic nadâ, a alirln Por c\enrplo, sc \,ocó ilrveft urr rel(igio para você ilniLai os ciclos flan€iários. \,?rca podoià i.ritá lo sob csta lirrma e sob rrrllhócs dc otr tras lbnnas ditercntes. voci ntio vai poder c\plicâr os ciclo§ pltrneiários pclo scu relógio. Claro quc cle e\is1€, clc iLrnclonâ. ele loi lelto cxata- rienl€ para isto Mas elc n:1o podc scr â \,crdacleira reâlidadc por triis dos ciclos plirnciá os porqLrc \,()ca conreçou por irnitá-los. En1áo. islo ó âpenas u!llâ imiraÇáo iócnicâ de unr processo quc iá exi§tia antes, quc é !rn:i d:Ls ilinitadas imllâçaes possívcis. ^gora, vocô inlcniâ as maquinirhrs c depois copiando a rcali.ladê você ir!€rtâ as maquininh s que são nrodcbs bem clirninuidos. crn segllida vocô cxplica a ieàildadc pcLas rraquininhas errr vez vocô làzcr o conirário. 14as acurLecc qtLc as nrâquininhas já eÍâvâln crplicacias pela relllidadc ântcs (le elas serem invcntadas. Por crernplo. corno hoic crn dia \,ocê len, nrodelos infornltiticos clo cérebro. Faz-n1c rjr, llJ , L,r'r)s nr)delos inloflnáticos ioram invenlados pclo córcbro c nAo ',' t,,Irrririo. Entiio. Longe de troder c\plicar o cércbro pelos rrodclos 1,, rLtilicos. você deleriâ c\plicar o nlodelo inlbrrninico pclo córc ',, \j,,ci ieri u ra invcrsáo dâ rcalida.le Agora, roda cstâ irverstto , Llir (,ndc? Dá sc dcnlro .la própriâ rcalidade na quíl vocô continua , \irLirio. cntao. corriirua cxistirldo o iillinito. continua cxistindo a li,L r( r(ir .livira, só quc \ú(ê nào síbe Ll€ ada. E a "cliâlidao", o r,, rL'irirl.rnrcnio intcrno das rracluininhas dâ Lrnr grân.ie rc.onlorto |,,,ituc dá.1 sensaçao dc sâbcr âlguma coisrL ]sLo ó absolrLtârtcnle ,,Llr(rlo lhrão. ó por isso rluc você |io.luz cadâ vcz Dlais nl quiti L, ,, ! r cadâ vcz nrais nraquininhas nrclhorcs c \.ocê iicl ca.la lcr nrais ,,,r. I \,i. ,r.,cur '. 'r],ri,rr.i, .t ,,\i.,.',, tirirforrrlrenLo tócnico crr qu.Llqucr s€lor. dâ indarsiliâ ou d vi.la l,r r rrirâ. chcga unrn c.Lrg.r de nráquinas mclhorcs c ifstrnlari.arrclltc . t urli(lirdc dos prolissionais quc li(lanr cor. ela dirriILi. Islo ú inc! j r, ! rl. a gcIi. tcnr cadâ vez marqLrirrs rr€lhorcs pâra scr rr.r!lpLrladas li! lrcssoas cadâ \,c/ nr.Lls burias, c o nÚmcro clc erro§ cres.e lornri- (,L\clnr(ntc, cu, porc\ernplo,vi issonoiomalisrlo Quandocucoolc ,, I r lral)âlhâr aindâ sc lazja a coinlosiçâo cln chunrbo nos linoiipos I ilrio, o quc o sujcilo lazia? !,lc tratiâ Iá r1âs tcclas. conll)rmc batia a le(Lr. cuia Lrn] .rolderirho conr a Ictrâ. quando co!rpleLa!â ulnâ linha. lriririrva o chunrbo dcrretido e loflllitva ürna linhâ i ltarclo aquelis l.1L:rs ao contftirio, dcpois oulra linhâ. outra linhir, outr.L Iill lrx, ouira linhâ, oulra linhir. ouirâ linha. ourro linhâ, olrira lirlra Dâi vocô ti rrvr uma prola dâquilo, corrigiâ, devolvia trara o linotipista que parà eadâ lctra crâda cle linlra quc lazcr a Iinhâ xrtcift dc Lo!o \t)ci diz: nras a cnornrmenle conirâproduccntel hl Sri quê d,rpois dc ccm ânos Llc prítica.i p€ssoâ csrava atiaLlíssjnr.r rrcssc ncgócjo. Dai \,ori diz: v. inos agora ar conrposiç,nr loiográfical Foi nos.Lfir5 60 rllàis ou mcnos. ,\h. a Lnn nralr)do âpritnoradÍssimo, nrailvilhoso. dá rarâ fazcr nruilo darealidadei vocô pcrde;r noção.lo infirito e â substiiüi pelo ilimitado qr.rantitativo que é serrpre uma sccçào. um pedaço, uma seleçllo. Então. o processo que você vê no século )ax de prolileraçâo de lógicas e de filosofias incornunicáveis ó o processlr conm acontcce em quâlqucr outro setor industrial, o rúnero de produtos é ilimilado e nào signilica absolutâmcnte nada. I do ponto de vista cognitivo nào teü iniportância algurna Por q!ê? Porqrc só un1n coisa intcrcssâ: L) conhecirncnto da realiclade E nós temos pouco ttnpo para oblêlo. nós todos morrenros. Agora, se você quiser oclrpar o tenlpo tàzcnclo modelitos, você lai nnrrrer do mesmo icito, e não é clenlro do scu n1o deljio qLre vocô vai nlorrer, é dentro dâ reâlidacie rrresnu (Alüúo) PníessoL o setlhot acha que de cetla totma esse caos Íi losólíca, isso podeset uü1a ai.prcssão deu l otilfiisno babo meu, mas as pessaas podefi percebet que ísso eslii acontece d.o e podefi rclfut àqLrcLa filosoÍia antiga. . A qualquer momento (Al 11a) ... ou t1ão. essa tendê|1cia aa caos é aüfiel1tãt' ai|làtt tnaís. o que o senhar acha? Não, qualqlrer um pode sâir disso a qualquer momento. Mas paril quc o sujeito vai fazeÍ isso? (ALuno) Potque ele esLá ilttetessaào na teaLidade alinaLde co tas! Mâs quem disse quc clc está inleressado na realidade? Estâr intc- ressado na reaLidade, meu iilho, é estar no meio de uma lloÍestâ, ou de uÍn deserto, sabcndo que o perigo pode vir de qüalquer lado, é estar dentro do ilinitado, é náo ter segurança nenhu ma, é estar inteiramente âberio à lotalidâdei e isto aí para estas pessoas é êtelrorizante. Quer dizeÍ, estâ expcriência do temor de Dcus é aterrorizante dcmais para +1 clcs. Entào, eles ilventam esses flrodclitos iustamcnte para eles se en liarenr lá deniÍo e scntir qLrc estào seguros na sua própria toca. Mâs quarüo ffais Iazcm isso nlâis lican com nredo. E têrt que lnvcntar oLrtm maquininha, e ourra. e Lrulra. e oüira. e outra, c outra. (ALuna) ()ue lilósota do sécltlo XX. au seí Lri, que o senhor ditia que lLtgiu, que eeapolt desse caos Íilosólico lodo que se potleria citaj caíto ekmpLa. Eenle que petcebeu isso e que eüitau isso alél ]êm muitos qlre pêrceberam isso. O Iturl Jaspers percebeLr: Husserl alé cerlo ponto, porquc dcpois ele talnbém invenia um modelo de idc- âlisrno filosófico que é para cncerrar 1o.las as discussóes. (ALu a) O Mátia leneia tem toisa parccid.t lcifibél11. Tâmbérnl Inv.nta um macro-sisiema que vâi encerÍar todas as dis- cussõcs, cu 1àlo: tudo isso es1á nruito bonito, só quc isso é outra má quina. Ou seja. é âqueie negócio do Vocgelin, a crítica do Voegelin, esse pessoal se oclrpa de idéias e nào da rcalidâde. Não interessâ você lãzer um modclo quc abârque â realidade. inieÍessa apenas desdc a posiÇão cm que você está iluminar aquele setor da realidadc quc csiá ao seu âl cance e deixdl aberla a peÍspectivâ infinita cnl volta. é só isso que você precisa fazer, locê náo prccisa Iocar a realidade por outra coisâ. (ALuna) Olaüa, a fiofie lo em que aacê conleçou a dat a altla aocê coLocou o seguinle, pot ewl pLa: a unidade da conhecifielllo üocê só paàe tet numa pessou, nunl i dia[duo... Clârol (Alurut) ...isso hoje au semprc? Não, s€mprel I I I v (Aluno) - Mas e cana é qLLe wcê tem.. par eiNempLa, existe ?er dades que s.to unizlersois que índependent. por exetnpLa, do que eu acho au da que üacê acha.-. Então. o que você quer dizer?... (Alúna) ...cotfioéq e uocê chega.-. EspeÍal Eu não acredito em proposiçôes que sejan válidas cm si mcsmâs. Proposiçócs jamais são verdadeirâs ou tàlsas. Só sáo veÍ- dadeiras às percepções. ^s proposiçõcs sáo símbolos dc pcrcepaõcs, co.1o símbolos elas náo poden ser nem verdadeiras, nem lãlsâs. Ou seja, ou você percebe â r€alidade e, podânlo. você percebe essa.ealida de como Lxna estrutura no ccnrro da qual vocô está naqu€le momento. sâberdo qlre outras pessoas sâo outros tantos infinitos ccntros potcn- ciais daquilo; e você, desde orde vlrcê está, entende o conjunto do que â rodcia cm círculos cadâ vez mais abrângenies até o inliniio e você .bcutLrce,r, polrIo: nu\ô.. r"ô5ihe I i.,oque e t("LIJJc Propu.irur, \(ídàdrird\. digu Í'rz-nru -ir: rr na p-upu.içjo iamais pode scr verdadeira. (Alutla) Quer dízet que por eleemplo... Por exemplo, unla doutrina Lrniversalmente válida: nâo existe ne nhuma doutrinâ uriversalmente válidâ. â única coisa que é universal mentc válida ó a rcalidadc. E a rcalidâdc é a doutrina de Deus, ele lez â redlidade, e ela é verdadeira; o que nós dizemos sâo âpcnas símbolos. lAluna) Agon, por etenplo, o Íato de locê let o se sa contum et que as pessaas, por erempla, intenqmente sabem que utna coisa é cetla ou ehada adüéÍn da percepçào da realidade qüe cada ürn lehl 16 Qüando você condensâ isso âí numa douirina, você iá comcçou a rrraÍ. Quando Deüs q er enunci umâ doutrina. Elc â enuncia cono rstá na Itíblia. de uma maneira lão obscurâ quc pernite nilhóes de inlerpretâçÕcs contbmre â siiuaçáo real. Qucr dizer, aquilo só adquirc scntido em lace da situâçáo rcâl. Por exenrplo, "náo matar": náLr malar nrLnca. nem qr.rando o sujciro esiá lá, sei lá, estmngulando a menininha dc dois anos, e vocô icm qlre natá-lo para impedir? Aí você não podc rnatar? Entào, esle "não mâtar" só âdquire seniido em funçáo da sittr âçào rcal Só existe uma vcrdadc, esta verdâde ó a rcalidadc mesnra. na srLâ torâlidade As proposiçôes nao pod€m scr vcrdâdeiras, ne lalsas .m si mesmas Deus sâbe isso. tanto quc Ele só laz proposiçócs que sáo intcrprctáveis assirn; âgora, as pcssoas úão lâzcm. O próprio Deus -^ rbl l(i. u,,'\er\:ri, r .\.. \ FriJu De.' a/ flopu.iiúi. un 'er.á ' adaptáveis, pluri'scnsas. elas .idquirenl um scntido diferente em cada siiuaÇão. Elc nào fàz unra qüe scia a mesma coisa para todas as siiua ÇÕcs Delrs náo é idiola pâra fazer isso. A verdâde final, Delrs enuncia mediante a realidadc, csia é a verdade. Agora, c os texlos sagrados? Os texios sâgrados sáo apenâs um comcntáúo que Deus fez a rcspeito dele mcsmo. O comeniário náo substilui a realidâdc. A realidade é a primeira das rev€lâqoes, ó o nêior dos textos sacros. Esse é irrevo_ gávell E o Íesto? O rcsto é condicionado â isio. Você vai ler a Biblial V)cê vai intcrpretar a Búliâ conforne o qué? Coniol]ne a rcalidadel Portanto. esse problernâ todo da noral que as pessoâs colocam hoje, âs pessoas religiosas fican chocâdas co o rclativismo. Eu digo que o relatlvismo ó incrente à vi!lÂ, ]neu Dcrs do céul O que importa é você relâtivizar de maneira coffeta. (^luno) - ht tetlha u 1a peryunta interess.tlTtc: As leis da natuÍe za Íazem patíe ala natürcza? Não, as lcis d.L n.Lturcza sao cxprcssócs que nós denús a cedâs rcgularidâdes parciait que nós obsclvanlos e lemos a carâ_dc_patr d€ chamar cle leis da naturczâ (Alutlo) Pois é! As leis da nofineztl tl.ro íazen1 patle da ofioea! Não iazern pari€ da naturcza Ela pode lunciorâr dc outro jeilo se ela qlriserl Agora, cxiste estrutura dô reâlidadc, a nâlurcza é só urr aspccto intcrno da realidâde, portanto, ela laNbénr é u'n snnbolo dâ realidade Sc r.1o eristissc nâtürczâ nenhuma. se eristissc somcnte o vê7io espaciâl. â csiruiurâ d.L realidade esiâriâ lá. porque a estruin- ra dâ realidadc. csta é a lei de Deüs, isso ó a vontâde de lleus. essa ó ctcrnai üas náo sáo leis da naturcza. Deus não âssinou ncnhtul cortr.Llo c(tr)r â nâtLrrcza quc Ele lem qrie obedcccr a natureza. Flle pode udâr â natlrrcz.L, o que l'lle não podc rnudaré Ele n1esrro Quer dizcr crisle Lrna cstrütura nrcial'ísica dâ reâlidade, esta é imuiávcl. E clrriosanrenle a essâ cstrutura metaiisica nós lenros accsso imedialo pela nossa própria cxpcriôncia. porqüe â expcriência cstá.tenlro da realidadci conr estc detâlhe de qLre â1óln dc cxperienciar â reatidadc conú lnzenr os anirnâis, nós podcnros pensá la e ernnciá-la. Só que ou a pensalnos e â cnunciâmos conllrnne o que cla diz. ou conlbmre uq-.,'^d,,.,,,^ S(r.,,,r,,rn-ela.li,... .iqu, úqLrq F q.c cu diga é apenàs sjmbólico e scrvc parâ unla oÍienlaçáo parcial das pessoas presenles. Por quô? Porque el.ts tanbém tÔm a experiência ilinirada d€niro dclas c dentro dessa erperiência ilimitadâ elas iden' tificâm o que elr estoú lalando. (^l na) Engtaçado Ítuc esÍe é qüe é o rclatiaismo qüc... Fst. ó ovdd,dcii) relâiivisnrol \ \lt,.tn) 1 Ptr ta rtona tn \ü\tatPtc ja. . ,18 Clarol Qucr di,er: o Íelativismo tao é errado. Apcnâs você ienr quc rclativizar âs coisas coniome a rclâçâo cfctiv.r qlre elâs obscl./anl na rcalidadc, e ráo conlbrlne suposiqõcs que vouê fer. (Aluna) hnbétn, nao ariianta n Sente ficat ctiticotuLo o q e tem ti lgrcja esse t otulismo sinplificadot que ten hoie. qüe eles pcgam algumas coisas e cobron Llas pessaas que he(liiefitan a lgt-ei.t Po|que u M pessoa que pocle frcqüentat a lErcÍa pode lalat "Nao, r\::o uí é apetns Lina etprcssào, eu esloü aqui na lf,rcia é pot o ttos fiali)os". Parítüe se a gelúe liur bol|ndo luiÍos d.eÍeilos taÍtbé|tl essa noralidade iliàa, a gülLe nAa Trai enotlttat nwlca nenhuma Não, o làto ó iss.r: você vai lrânslbrnlêr a moralidâdc rígidii err mais rnr nôdcllfho fechâdo. (ALLota) Exalafie Íel Vocô o inierpretâ à sua maneira e vocô diz "Só isio âqri ó vá]i dol" Quândo a própria naiLreTa dos Dcz À'Iândarnerrtos implica uüra pllrralidade de signiticados, mas náo é LrÍrâ plurâlidade lotalnentc cnr al]erio. c]â cstá condicionada à sitlração rcal cfetiva. (ALLrta) Ent.ro, üocê potle sifipLesnlcnte 1úô lel)lú a séio esvt cti!ência, essa coisa ilida tttte lem. pot ewmpLa. nos e'L)an!éIicos hoje en1 ilia isso é quase gefierulizado. eu naa sei. aLgumas defioili aqc)es padem ircluit issq nas se a pessoa Íosse escoLhet set e angé' Lico ou trão o p.l1lit disso... oll1a, toda essâ rigidez e lal impcdc que a pessoa reaja à realidade de acordo com â situaçáo efetiva. (Alüúo) \'irti utrut canisa'de'íorça. . você não vâi poder mudar a lei porque â 1ci foi dada por Deus, ntas a âplicacão ó hunanâ, cntáo, ela é faiível Agora, o número de pessoa§ que acreditam nâ aplicaçào ljieral e perleita dâ lei quc eu conhcço é lantásticol "Lcis lbram lêi1as para se rem cumpridâsl" Eu digo: náo foraml Deus cunpre as leis dcle mesmo, por quê? Porque elc tenl soluçâo parâ iudo. As leis lbran ltitas para serem âplicadas com moderação (ALtna) Pot isso q e quanto tnais leis, ru1is desobediêncict' Mas é cviderie. quanto Inais lei, mai§ desobcdiência (Aluno) Deus Íala: "nàa malat", abtiamente' Deus sabe quc \o..\.ri lc, qu( moJu'rr i âp ica Jo de'rd tu;\o \'nJoro'cndo (Aluna) Cano é que lica o ptimeio nãrulanento? Pois este ó o Íürico que é obrigâtório. Como É que vosê vai obrigar as pc§soas a cumprir issrr? Elas cstáo dciato obrigadas, não moralmcn te. elas cstâo realmenie. (AlúÍ1o) PeLa rcaLidade... Pela rcalidade. Sc você não fizeÍ isso, você tanbé não vai fazer mais nada. Esia é â realidadc. Entáo, quêr1do você pára de tazer isso, você pára dc làzer uma série de ouirâs coisas Mas você cstá fora da grâça por isso? Náol Você está lora apcnas da fé. E você nâo pariicipa dâ câridade ativamenle, mas a gÍaÇa p.rde atingi_lo âinda. Nestc sen tido você está cle alguma nrâneirâ lisado âo amo. divino v"cê não vâi cscâpaÍ dcle. Você cscapa só na esfera dâ sua âção. mas dentro do todo dâ realidâde vocô está 1á dcntro âinda. Estâ noçào de estru1üra da rcalidâde, â noçao dc inlinito, esta é â noção básica, se âs pessoas perderen isso elas esiupidilicami ncrn por isso elas sacm da reâlidêde, mas clas saem menlalnrentc E iodo o problema dcsta crise religiosâ dos últirnos qüÂtro séculos, a culpa não ó dos inimigos da religião, â culpa é dos próprios caras cla religiáo I'or- que eles achavan que baslava ierâ doutrina correla. eu lalor náo basta nnda. isso ai você nao vilr nâdâ aindâ. ^ palavra de Deus que está na llíblia é só um pedaço, o rcsto cstá na realidade. Muito antes de ele ditar aquilo para os profetas dc Israel, ele já tinhafcito arealidade. Entáo, aquilo deve ser interprctâdo §egLrn- Llo a rcalidâde e nio âo contrário. A base do confronto conl a rcâlidadc ó a âcejlação do infinito, a Âceit.tçáo da aberturâ, aceiiação dâ insegurânça, e a entrcga a lleus. Dssa entrcga é leita nâ basc da conliança Fé significa confiança, por- ianto. não há segurança. nAo há contrato. E conliança Iüesmol Então. se tâltâ esta conlianÇâ no conjulto da reali.lade, você cstá no maio sem câchorro. E nada vai podcr tiráio de lá, nenhuma douúina. nerr tcoria, nem coisa ncnhuma. Então, pot isso quc csse dâí é o prnneiro nandamento, se nâo tiver esse. de fâio você esiá no mato scm cachor ro, porquc sc você náo amar'â Dcus, nALr restou rnâis nada para você amar, você vai licar com mcdo de ludo O arror a Deus é dado pelâ graçat len â graÇa, depois ven a caridadc, dePois vem a féi cntào, primeiro precisa perceber a graÇa, parâ perceber a gmça prccisa esl{r aberlo para a totalidade, scnl galantia ne.lrtr a, vocô está exatamen te conro um hârquinho solto no occano E perguntandor por quc eu nao afundo? Você nàl, aiundâ porquc Deus náo deixa. Só cxiste este elemcnto de conl'iançâ, de confiânçâ, de amor; e ó a únicâ atilude que podc instalar o homeln na realidade é estâ, o rcsto é tudo fuga dâ rcâ- li.tade. Tenr um outro modo de instalaçâo na realidade quc tcn terror pânico, dc tudo. ai é o gnosiicismo, 'eslá tudo contrâ minll '. eu digol às vezes você senic que é assim nesmo, o universo loi feito contrâ niÍr, €ntáo. é a dcsgraçâ. Mas o gnosticismo icm a vantagem dc que ele náo é unrafugr da realidâde. cle é unrâ experiência nomentânea dâ rcalidade quc todos nós tenros. (Alu a) - A abeiuru àa alma é ülna atitude na z)erdade comum a tadas as cult rus... todas as cltltüras se utiLizanl' fias .. Todas têm isto. lodâs iêm, iodas Exprcssândo de maneira diferen- tlr, todâs lêm isto. Àgora, é eviclenic quc a ilcnte vê o caos dê§ 'ôndlrtâs hnnrânâs enl iorno dc nós, e nós quercmos botar ordem, c nós qucrenos lnandar nos oulros c dizer: Náo iaça isso, náo faça aquiloi quândo na veÍdadc 1ru pre.i\rt.r'dle- iç'u e \o c.r.irr1r o qL. DP I' en':rrn,' (Ahttlo) Cono é que Espinasa se encaíxa isso? EIe eúLende t\\o.' I \\ã 1r0n\tf'1Jt4 ;a lr pottc lu ntü11d0 d,te^ L ulttto tun\ cefidêncía? Não Íefi? Ele acredita na possibilidâdc de iÍanslbrmar csta visão de Ders numa doutrinâ lcchâda. dcduiiva, c aí ele se cstrepa iodo; e elc achâ reallncnte que as cledüçôcs a quc ele vai cheganr]o crian üm rnoc1elo mais perfeito do quc o que iinhaln os pmletas de Isrâel, etc', elc', elc considera todos âqueles camaradas corno apcnas suieitos que tivcrênr idéias. ele náo cntende â dimensáo de erperiÔncia quc tem atrás daqüi_ lo. Por isso que ele loi excomungadoi clc iân1bénl cria Üma náqüina e lêcha tudo deniro; aí não pode; qucr dizeÍ, os caras náo enlendian dircito o quc cle estava lazendo, mas sabia que estâva errado' (Aluna) Ele nao Íoi nlal iúletprutaclo...' Náo. ele fcz isso rcalmenlel Durante muito lempo cu âchci que lÔi mal interpretado, mas depois cu li o estudo qüe o Leo SÚâuss lez sobre ele, eu falei: ah, nào tenl jcito, os cârâs tinham râzaol 5ó (AIu a) - Qual do Leo struuss? 'A Criiica da Rcligiáo em Espinosa'. (Ahlno) Pelo fienos aLgum po ta positiao fio sistema dele é (tue ele alitma o inÍhita e t setltida ptóptia... Sim, isso aí ele âindà ten1l Mas e1e acredita que o Íâciocínio hu- mâno é onipotenie, eratamente como Descartcsi mas o raciocinio, tüdo o que vocô fizcr com o raciocÍnio é apen.rs um sírnbolo. você ainda cstá dentro da realidâde, nao foi você que crioü esta rcâlidade, c náo adianla você tazer o Í1odelito pedeito, gconrétrico, as pcssoas náo vão entrâr nisso Qücr dizc! a lunEáo do tllósolb náo é hzer unra jaula parâ botar as pcssoas lá dentro, nal, é Iâzer a doulina acâbâda, é devolver à rcalidâ- de. Por qllê? Porque a menie humana tendc a fcchar. (Aluno) L a Eente le a te dància lle simplilicat... Simplificar, é claro. E no lundo você náo gosta da rcalidadc, você quer subsiiiui-la por oütrâ coisâ Você náo gosta porqlre ela parece hostil, pcrigosa. etc., etc., eic.. ou seja. vocé vê o úr!ndo âtemorizânt€ quc o rodeiâ e vocé esqlrece que aquilo está dentro do nfinito c da grâça. !l dai você assüme a posição delensiva. qnândo a única delêsa contm os pcrigos do mundo ó o que está para êlén do mundo, nao o quc cstá dcntro dele. lAluno) Quer dízer qLrc Espi oset não tliferc cia o cafiitllo clo conhecimento e o catfiitlho dd expetiô cia? Nâo, para ele a experiénci.r náo vâle ada, só vale o raciocínio. N4ais ou menos corDo Descartes tambórn. Dcscartcs também. cmborâ elc valorizc a cxpcriência sob olúros aspectos, no lundo só o que vale sáo os modclinhos necânicos qlre ele cria. NÍesÍrc â naturezâ s€nsívcl l náo qlre. LlizcÍ nadâ paraelc, ó un1 coniunto dc faisidades, o Sol éíalso, p.ra ele o Sol que nós vcmos é lalso. só ó verdadeirc o Sol geomeirica_ mente dcscrito. Mas você esquece o scguinle, esta dcscriçao geomótri- ca do Sol que você cstálã/endo ó só um âspecto do Sol, ele podcriê ser visio dc rnilhôes de oütrâs mareiras. A grande dileÍença cntre a lilosofia antiga e â modema é quc os tilósolos aniigos, Áristótele5 ou Platão. qüando cles erunciâvarn um princípio gcral sobre â cspócie humana. clcs se incluíam neste prin- cipio. Quancto AÍisiótclcs diz que o homelll é unr âninal râcional, clc qucr dizer que elc. ^ristóteles. é urn animal mcional Quando cle diz que o hornem pcrcelre desla maneira. peÍcebc pelor lentidos c depois lrabâlha aqllilo na ;maginaçáo. depois abstrâi as lonnas. c depois cons_ trói os conceiios, ctc., etc., ele está qucrendo diz€r quc ele pensa c)rata_ mcnte âssirn e quc ele construiu os livros dele cxatamente âssin. A paúir de um cefio tnonenlo nâ histrjria .rté hoie, você vê que os tilósofos começam â cnLrnciar sobre a espécie hümana regras quc nào podem se aplicar a cles própÍios. Quando Kant diz que nós não conhe cemos a coisa ern si, mas sorrcnte o seu aspccto lenomên1co, nós temos o dircito de pergrntar a ele: E â filosofia de L(ani. nós â conhec€mos em si ou só nâ sua aparéncia fenomênica? Se você faz esta pcrgunta você paralisa a máquina lilosófica de ltunt. Signil'ica que a lilosofià de Kant só é \,álida se \,ocô supuser que lGrlt e§tá lora dcla conlo umâ espécic cle,De i ex nachi a. ele cstá lbr.L do mundo, e ele descrcvc o mundo. Eniáo, os filósoios antigos estavarn dentro do mlrndo. csses aqui estão fora do nrundo, estAo âcima do mundo tjntáo. é evidentc quc. o'*.p.(lir:r quc cl lle' J\.ur'r''_n umr In\h;o divina. na verdadc, todos eles Sornente uns poucos é que p€rccbe qlre esiáo dentro da re.tlidâdc c que eles náo poden dar ulna dcscriçáo complcta. exceto desdc dentro e que, portanlo, seÍá uma descriÇão cnr pcrspcctiva. desdc o ponto de !ista onde ele êÍ, 5lJ Quando Leibniz inventa o negócio das mônadâs, que câda mônâda é un1 ponto dc vista sobre o univcr.so, esse está dcntrc da realidâdc poqüe ele sàbe que cle vê assim, o outrovê de um jeito, outro vê de um jcito, e essas perspectivas todas se cruzanr de algum modo. Todas elâs esláo âbertas parâ o 1odo. mas nenhuma âbârca o todo, ele sabe disto. Então, ele eÍá dcnirc da reâlidadc. Agora, ltspinosa, Descartes estão lbrâ. QueÍdizer nem lodo mundolicou louco nos últimos sóculos. tem unas pessoas que aindâ tênl â cabeça n(] lugar (Alltüo) Sàa na]einais .. Náo, nem sempre são marginais. às vczes são liguras exponenciâis da época, mas nem sempre as suas coisas sáo aprcveiiadas O próprio relativisno do Einstein, o que elc cstá falàndo? Ele cstá lâzendo de novo as rnônadas. Qucr dizer, de cada ponto de visra que você des cobre a pcrspectiva mudâ, c clâs se encaixam cm âlgum ponro, orâs nenhuma podc scr completa lsso aí é a realidâde mcsmo (Aluno) Lsse ca ceita é r1a teoria da lísiüi, tlo éíilosólica.._ Náo, é ainda: emborn você possâ expor isso como teo.ia tísica, você eslá parlindo de conceitos que sào tirados da lilosofia cvidentemente. (Aluuo) Que co ceíto? AlinaL de conÍas. a lísica taz Wrte àa t eal.ídatu tmbéml Ela também faz pârte da realidâdc (Alutut) Poden 11Ao ser, então. naryífiais. mas gerulme te são tnal i leryrcÍados... NÍLrito rnal interprctâdos, muitol ^ cUlturâ geral absorve de mà nejra muito crrada isso ai. o tipo de relativismo qu€ â gente tern hojc que é un1 relativismo proibitivo, quc cle no tundo abolc iodâs âs pers-
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved