Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Olavo de Carvalho - Xavier Zubiri, Notas de estudo de Filosofia

Olavo de Carvalho fala sobre a filosofia de Xavier Zubiri

Tipologia: Notas de estudo

2017
Em oferta
30 Pontos
Discount

Oferta por tempo limitado


Compartilhado em 12/05/2017

rildo-nobrega-7
rildo-nobrega-7 🇧🇷

4.7

(180)

209 documentos

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Olavo de Carvalho - Xavier Zubiri e outras Notas de estudo em PDF para Filosofia, somente na Docsity! Olavo de Carvalho anrma que xavier zubiri foi "um filósolo táo gra.de quanto Âristóteles". Ese é uma afimaçào coniundenle, queencontra juíificativa nas inúmeras contribuições dese filósofo espehol do século XX. Enlre elas, está a explicaçáo de que o ser huma.o percebe o rcalidade com base em umsensaqáointelisente, paraaqualarealidade se revela em sua ioma e eséncia. Neste Drceraha, ol.vo de CaNalho moíra como o penümentode zubni §..ontràpôs aos sresos, iluminodo muitâs das qucstóes econllito$ que doninaram siande parlc dos debates dâ Escolástica. "Olavo de Carvalho é o mâis importânte pensador lillllilililllll brasileirc hoje." Wagner Carelli "Filósofo de grande Roberlo Campos "Um gigante." Bruno Tolentino "Olavo de Carvalho se destacá porque pensa, reflete,cédeuma honestidade intelectual que chega a ser crLlel." Carlos Heitor Cony "Louvo a comgem e lucidez de suas idéias e a maneira admiÉvel com que as expôe." Helherro Sales Esta publicagâo vêm acompanhade de um DVD, quê náo pode servendido separadm€ntê. Coleçáo Históda Essencial da Filosofia Xavier Zubiri e a Escolástica - Aula 16 por Olavo de Carvalho Tenho aimpressão de que náo vai ser necessário â gente se estender muito sobre Santo Tomás de Aquino, porque toda a problemática da Escolásticâ que a gente veio expondo é justamente o que conilui nesse sistema dele e ali encontra uma formulaçâo mais ou menos estáve]. É importante apenâs rcssaltar que, quândo se diz que o grande esÍorço de Tomás de Aquino foi conciliar a filosofia de Àristóteles com a religiáo cistá, as pessoas entáo imaginam que isso é um trabalho meramente externo, que náo há propriamente uma obra filosófica nisso, e aí se iludem pelo nome. Partir de duas doutrinas recebidas e encontrar seus pontos de concodância parece mais um trabalho de arquivista, de compilador Mas isso é uma impressáo brutalmente errada que setem, porque os problemas ali eram enormemente difíceis. Na verdade, muitos deles eram insolúveis. E, pensando bem. todo e qualqüer fi1ósofo náo lez nada mais do que dar um jeito em idéias que já vinham de antes. Aristóteles ;á dizia que todo conhecimento novo vem de algum conhecimento ântigo. Sempre se pode, na obra de qualquer filósofo, desmembrar os elementos herdados que chegâm até ele e que, ou ele absorve uma parte, absorve por concordância, ou absoNe sob a forma de prcblemas a resolver E, no caso de Aristóteles, ele trouxe mais problemas, naverdade, do que soluçóes. O primeiro dos prcblemas era, evidentemente, a própria questáo da etemidade do mundo. Nâo devemos esqu€cer que o conceito de Deus de Aristóteles é somente o de um pdmeiro motor imóvel - a erpressáo que até hoje é muito mal compreendida, porque se entende o motor mais ou menos no sentido mecanicístico, de uma causa físicâ, { 1 I I d ü f; s e de fâto ráo é issLr Aristótele§ explicâ quc csie pri rciro rroior inóvel rnovc tlrclo por unâ cspécie de atraçao. como sc fosse amorosa Nâo é uma ação mecânica. O primciro nrotor náo é un1â primcira bolinha' que bârc na segunda bolinha que baie na tcrceirâ bolinha Nào é assim. O pÍimciro nrotor é primciro na séric temporal. Mas náo se podc esqueo€r quc é unlâ sóric que náo é corrposta de cnti.ladcs do nresnnr gônero. o prineirc motor âbrange iudo o quc vem em scguida, c de ceÍo moLlo nada está fora dele Conlo diria Sào PaLrlo^póstolo: 'Nelc vivcmos. nos movemos e so ros". O primciro noior nào é umâ causa cficienle apcnâs. nras é o instaurador da própria realidade de tudo' Elc ó o cloador dc reâlidadc. Nesse scntido, o primelrc mott']r imóvel u< \_is'ulc e\ puJ( { iocnl.'iLi' ..' I u s. r. \1. ' 'nnru ' q' \LL; iâ lazcr p.Lra ptxar aleslc prineiro motor imarvel a doutrina dâ Trincladc, â EncaÍnaqâo. â SalvaçAo. cic.'? Tüdo islo é táo |ora do univcrso ârisiotólico que nâo loi lácil encâixâr umà coisê na outra: Um seglrndo problelnâ era o da €icrnidâdc do lnundo o lato de um mundo cxistentc rcr um primeiro motor imóvcl náo qucr dizcr que eristisse algo ante§ dcle. F,s§c -prinei.o" signilicâ prinrciLo na ordem da hierarquiâ. É a rcâlidade lundantc. mas náo nccessariamenle a r€alidacLe anterior em sentido cronológico. Àristóteles em nenhum momenlo conccbe algo anterior à existôncia do Universo tal como conhecido Enlaocsscprincirolnoioréumpdmcironotorpennâncnte, ele é o lundarncnio constanie e permânenlc de tudo o que eriÍe lsso tanbém náo sc coadunava de maneira alguma conl a icléia de ünra criaqão auiàilo, dc ulna criaçáo do nâda, o quc supõe Lrma espécic de Lrm pró-munclo divino quc scriâ anicrior a loda a exisiônciâ do Universo conhccido Isso signiüca cntão quc anoçao do Deus transcendcnte' err Sanlo lbmás. é nnensanrenle mais compLcxa do qüc em Aristóteles' Um tcrceiÍo problema cra o dauni.lade do intelecto. Arislótelcs náo tirha a menor noEão cla queslao da imortâlidade da alma individual, e isso tanrbóln colocrLvâ pam Sânto Tonás de Aquino um problenlâ teÍrificantc, que ele vâiiratar através de uma polêmica conr Averróis IlÍe subscreve lilerâlmcnte â tese de Aristótcles de que iodâ a almâ humana é noÍtal, dc que tlrdo que cristc no ser hunano ó mortâI. e de que soncnte Lr inlelecto ó imortal. Mas o irtclccto não se podc dizer proprianente que pericnçâ a este indivíduo ou àqlrele indivíduo. Aristóiclcs é. nâ veÍdadc, obscuro quanto â csse ponto. Náo é que clc afirme qlre só existe um intclccto pâra todos. Elc nâo afirma propriamentc isso deixa nrâis ou menos inplícito sem resolver o problenâ. Avcnóis interprcta isso no sentido dc urna dJirnlâçáo da rrni.lâdc do nrielecto cniáo só h:rvedâ na vcrdade lnrâ única almâ quc subsiste. e todas as outras al as sáo lnortais. Isto aÍ também náo sc .oàdrnâ en nada oon1 a doutrina cristã. e Sanio Tomás escreve toda un1â polêffica conl AverÍóis para denonslrar a impossibilidade disso A coisa característica de sânlo Tomás é iustamente o senso de urklade que ele conscgue dar a uma visão do Drundo que começa cnl Deus e qüc, através das potÔncias angélicas que ele chanrâ "substánciâs separadas', cria e move lodas âs criatlrras, inclüsivc a criatura humana, dentro de um esquema unitário no qüal o livre arbÍtrio humano sc cncâiu de umâ maneirâ quase mágica. E a coisa lnâis curiosa desse sistema dc Santo'lbmás de Aquino é â sua imensa flcxibilidade. ule pmticamente se adâpiâ a quâlqlrer inoi'âÇão cieniífica que tenha aparccido depois disso. Náo tem um único ponto do sistema de Santo Tomás de Àquino quc você possa dizer quc tal ou qual descobcrta cientifica i pugnou O negócio é dc uma flexibilidade real entc assombrosa, o quc torna aié mesmo difícil a exposiçáo do "sistema" de Santo Tomás. O sistena é ruito simples, e suas bases sáo cxatamente as mcsmas deAristóteles, só que pârâ ludo aquilo que em Àrislótelcs era problema e cra lãlhâ de repenic aparece aiguma j § § I _.-J E !I I § fl I I I ? q i Ulrl ponto quc rne parcce liaco no sistcma de Santo'lomás é su polômica coln os agosiiiiânos no concernentc à origcm clo conhccimento, cm que cle aderc à leoria arisiotólica da abstraçáo negando, €ntào, n idóia âgostinjanâ da ilu inaçáo divinâ Sânto Agostinho dizia que como nós só icmo§, pclos sentidos' accsso âo conhecirnento dc substâncias individuâis, enráo o lato de pod€rmos ter idéias universais é Lrm milâgre Você nlrnca viu uma esPécic, só vê um excmplar, outro. outro... De onde você iirâ â idóia de espócie? De onde tirâ esses universâis. a ponto de conscguir rnontêr raciocínios inteiros com eles sem ler irn€cljaianenle ncnhu âpoio na experiência. e\ceto essc apoio nruito liaco que é â nrduçao, e no final chegar â conclusocs qu. a experiênciâ confimra? Esse é urn negócio quasc niraculoso' Eniâo. entre a expcriênciâ sensível e a lormaç,to ':los univcrsais' Agostinho via a intervençâo de uma ilunrinaçáo divina Hle dizia: 'A iIrel,g.n( r th.rr"r" h-mi.r- o l"roJ( 'c tu'n'eriir rr'r"rn'rc'ir I ünivcrsais, lá é êlgo miraculoso". Sânto Tonás de Aquino náo âceiiâ isso c âpcla à ieoria trisiotólic'r da abstração. Que é isso? Significa que câda enlc, cadà subsiância individual lraz na sua p6pria prcsenqa, nâ sua própri.r nanifesiaçâo' sua própria lorma inteligível, qtlc é âlorma dà espócie. Entâo b'rstâ que nâ mcnóÍiavocê consigâ separar o que ó a prescnçâ, o substrato físicll indn,iclualizado, e pensaÍ somente nâ forma cssencial. e essa l'orlnâ c*(rL,al du:rd'\ Juu râ c a rurrra d1\rp'. ". Isso me parcce aiiâmcnte problemático. porquc, pri eiro, inrplica já nâo um milâgrc. mas dois nlilagres. Pela teoria da iluminaç'o' a inteligênciâ divinâ socorria a intcligénciâ humana luendo uma cspécie dc Pgradr, e você conscguiâ cÍiar con'eitos que estavam inlinitâmente além dâ sua expcriência. Entào o nilagÍ€ sc operava na inteligência. Mas o Íato dc que a formâ esscncial estcjâ mânilesta na próptiâ presença lísica dos entes iá é Lrm milâgre que se dá nâo nâ irlieligência, n1âs nos próprios entes. Há uma niraculosa coincidência aí de quc a inteligência, quando olha os entes. não vai captar apcnas a infinidade de acidcntes que o ccrcan: val captâr esses acidcntcs em torno de ulna lbrmê essencial. Se você pensâr bem. islo é ainda mais niraculoso. Por que nós temos que fazcr isso? Por quc a inleligênciâ vai accrtar exatamentc ncste ponio? Eu já dei o cxcmplo de quc, se você fossc obter os conceitos universâis por clrmparaaáo de substânciâs padiculares. jarnâis conseguiria. Pol(]lre vocô olhâ uma substância. ollta outrâ, olha oürrâ... ll o quc de uma i,ocô vai compârar conl o qlre dc olrtra? Por excmplo, sc você tjver uma nultidáo dc garos, no primeiro gâto vocô rcparâ na cor: no s€gundo reparâ no lbrmalo. no tcrceiro repâra no tâmanho. no quarto repara nâ posição, no quinto repara que es1á niândo, no scxto repara quc eslá nramândo na nãe, c assin po. diante. O niünero de acidentes é infinito, e nâ verdade é isto quc você recebc ,"rr,".laJ" *r,rrel l.'. q , r Lii/c' qr .. 'r ,,1 flir rc,rà\("o.cia nAo captasse diretamcnte a toÍna csscncial, nao tcria o que comparar conl o segllndo, con1 o terceiro ou com o quafto.. Enláo ó clêro que não é por comparaqãoi basta un1 único criemplâr pârâ que você pegüc r t rn " . +. nr -l \4á. i5tu ú(u,,te.. 5r rTpre' F . arn qu( n3o \u'na infinidâde de câsos, você pega apcnas os acidenics e nâo capta Ionna cssencial alguma. Percebe mais ou n1enos o que €slú acontccendo. mas náo percebc para quem cstá acontecendo, quem é o sujeito da açao. Untáo o lãio de que nâo hâia uü nilmcro rluito rnaior de erros. o fato dc que, por llm lado, os entcs mârifesten táo clârâmentc a sua lornâ cssencial, tâo ingenuêmentc. táo honestamente a suâ lonna essenciâl, ao inr,és de escondê-la, isso iá é u]n milagre. Nada impediria o mundo dc ser unr âmálgama de acidcntes c que vocô custasse muito para capt alguma forma essencial lá embaixo. E. eln segundo lugar. exist€ o milagre dc que a intcligênciâ conscgue fixâr a atcnçâo na [orma l1Júna (...) de m "au'au"-l O lato ale ela não saber os nomes náo quer dizer que ela confrnda Esse é o problema. as nossas.. ( .,) ÍAlrrtto: RecenÍemente se descobiu no íu do do fiat orgafiistkos que não se conhecia- Parccefi ser tubos EE parece coral, tfias eLes fião t)iaem de axigê\1io, eles tazeh o cicto da aida etfi torno da en aÍrc que saí das ema .rcões do (...) úutcão no tutltlo do mar' O pessoal, qüando üiu aqúila a pineba Üea, deÚe tet &chado alEufia coisa eslanha: "Camo é q e aquele otga,lisfio Ú)iae nessa rcEião?" ') Quando você diz que náo sabe o que é' consegue dizer que náo sabe a classificaçáo científica exata daquele animal' Mas você percebe clarâmente... A forma essencial está dada. ÍAllr,Ítot Nàa, é de saber q e ela é alguma coisa dilerc te, potque ufi orgafiismo aiao, denttu iLaquilo que se conhecia' não podia ÜiL'et fiaquelas col1díções, sem luz e sefi otigênio- Ele sabia que alEufia coisa diterc te ti ha, nlas não sabia o que efi l Sim, ele pode nem saber se é um animâI ou náo é um animal, mas issonáotem nadaaver como que estamos falando' veja, vocêperceber a forma essencial é uma coisa, e saber catalogar uma essência dentro de uma chave ale essência§ é outra coisa completamente diferenie' Para você poaler chegar â classificâr depois, é necessário que já tenha percebido a formâ essencial, senào vai classificar o quê? Meros estimulos sensíveis? ÍAílna: Mas até aí também a níz)el de percepção aí clepefidet do quetemdiantefuipessotttatfibém'nào é? Pot exemplo, ( ') compafido com ciança fiesfio. Nâo dá (...). Uma dianci ha üefido una coisa pela prifieira üez e um adulto üefido as caisas peLa prímeira zlez, ela üai captal tanto quantô?l Mas todo nundo é assim desde o primeiro momentol Náo, náo é. O "tânto quanto" náo tem nada que ver Ela vai captar a forma essencial. O númerc de acidentes que compôem âquilo pode ser enormemente mais rico numa pessoa do que em outra, mâs isso náo tem nada que ver Até para poder associar os acidentes à mesma coisa você prccisa ter captado a coisa. llJüno: Se ufia qiança tar ensinaà.t que cachoíro e Sato chamam tüdo "cachotro", se ele ai um gato úai chamat de cachonoll Vai chamar de cachorlo, mas sabe que sáo dois tipos diferentes de l{lúna. (...) genetica.mente anifiaL.) Náo, ele náo vai pegar geneicamente... A própria classificaçáo em animal é posterior Para você saber se uma coisâ é animal ou vegetal. precisa saber o que ela é. fÀluna: Mas, úafias dizet, o Íato de ela estat chafianda tudo de "aü-au" é porque enÍefideu que aquilo é animaL Outrc a ifial, a ifial, ela etxtefideu isso,l Olha, animal é um conceito, pelo amor de Deus! [All]na:'Animal", estou àaniLo um ane. ELa nao sabe esse none. (...)) ,t , Quanclo as pessoas querem analisaressas coisas, a grandedificuldade é a segrinte... É que você está jogando sempre com conceitos que já tem, e para remontar até â experiência vâi ter que tentar descrever aquilo sem esses conceitos. Entâovaivoltar aconceitos mais primfuios' e o conceito mais primário mesmo é o da forma essenciâl' Quer dizer' uma coisa é âquilo que elâ é. Você náo sabe classifical, náo sabe o nome daquilo, náo sabe qual é a relâção, mâs sabe que ela é aquilo que é' Náo preclsa saber "nome", náo tem nada a ver com o nome Àliás' a possibilidaale de aprendel nomes depende disto' O fato de, desde a Ántiguidaale até a Escolástica - e na verdade até hore . as pessoár tererÍ ochado que primeiro voce lem uma pe"cepcão sensível mais ou menos informe, depois guarda aqullo na memória e vai lãzer uma séÍie ale classificaçóe§, depois vai obter o conceito' isto aí criou a impossibilidâde de explicat a linguagem' por exemplo' pois você vai fazer com que a próp a percepçâo da forma sensível depenalâ da linguagem: 'Ah, você sabe que é um gato porqüe aprendeu a palavra'gato'e associa a palalaa com aquela coisa"' Como que e1e pôale aprenaler o nome da coisa se ele náo sabe identificar â coisâ antes do nome? É aí que Zubiri (ale certo modo ele é após a Escolástica' é o último escolástico) pega os problemas da Escolástica e o§ resolve' Mas resolve assim ale uma maneira radical' Ele diz: "Tudo isso qüe eles estáo falanalo iá está dado na sensação As sensações que o ser humano iem já são sensaçoes inieligentes" Esse negócio do "maierial hrüto '. como vai aiizer depois o Kani, tudo isso foi uma besteira fora do comum... Kânt estava errado, a própria Escoiásticajá estavaerradâ' e o prôprio Aristóteles já estava errado' IAluna: Mas (. .) essênci.ts, kfito'Ibntis tem essa pefipectiaa' de que nãa ten esse ( -- -) que se dti a postetioti Exatamente" ') lA]unai (...) Oenteeaessência,1 quando ele Íala sobrc a captação das essências e parque a Íotma subsíanciaL...l Ele vai explicar â coisaporum processo de abstraçáo, quândo náo é abstraçáo. Se você tem que fâzer abstraçáo, náo. A abstraçáo já é leita na memória, segunalo Aristóteles também. À âbstraçáo racionâliá é de §egunalo grau. O primeiro grau de abstração é {eito nâ memória' l{ítna Mas isso é ArisÍóteLes.l Santo Tomás também. Na memóriavocê vai separar o conjunto dos acialentes alâ forma essencial. Mas como é que você poderia fazer isso se já náo tivesse captado a forma essencial? Entáo a lorma essencial esiá dâda intuitivamente no primeilo momento. Nào é isso que ele diz. Ele segue eratamenie â teoria da abstúçáo - qJe \ocê recebe ludo i-r lo e e rd memor:a que \a: sepalar urÍ" coi'd ala outra. Mas como sepârar uma coisa da outra se você náo conhece nem uúa nem outra? Isso foi um eüo de dois mil anos, de dois mil e quatrocentos anos. qüe todo mundo caiu, mas todo mundo, até que teve um suieito que teve a cara de pâu de dizer: "lsso aí já está dado na sensaçào. Sua sensaçáoiáé sensaçáo inteligente. Náo é uma separaçáo que você operâ depois, não é uma âbstraçáo, é uma percepçâo"' I\lrl1a. Seú que isso (...) ni'el de intelíEê ctu' a questão .'?) Isso é humânol Tbdo ser humano tem a capacidâde. Até um mongolóide tem que ser capaz de fazer isso, senào nao é gente. Essa é a forma cognitiva própria do ser humano: perceber as coisas como realidade. náo como estimulidade. santô Tomás deAQUlNo, Oeíled, eisé,.i, Petróp!1is/Ri: vozes,200s. I I t lAluna: lbi isso que efitendí qre O cnte e â essônciâ. O le,lo Mas não é isso que €lc diz, por.:luc. se ele coloca a intcrferêrciâ da menrória, se vai ier um processo de abstracáo imaginailvâ, eniáo você está lidando com umê espécic de naterial n1âis ou mcnos conluso qüe vocô pega e depois vai opcrar . Abstraçâo quer dizer sepâraçào. Você vai percebcr a lbnna essenciâ] mcdianle â scp.Lração cntre â [orma irlteligívcl qlre câprou € os acidcntes quc cÍâo enr voha É assim como Aristótcles diz. c Santo Tornás náo faz mais do quc exPlicar isso com mâis delalhes. E o qlle Zubi vai dizer? Diz: -Bom. de faio é assim, só que para qlre isio seja àssiff ó necessário que tenha aconiecido umtr cojsa antes. !lneccssário qlrea percepçáo dafomrâ s ubstanciâl já estej.t dada na própria sensação . Í^funa: Na operaçttc) tle absbação üacé só estii sepãrutulo a acidente (le essê cí.t.1 Vocô cstá separando isso na slrir I]lemóda, e náo na percepção. A nremória sóagc sobre a memóriê. Você cstá esclarcccndo suâ mcmóda e câialogândo parâ poder sc recordar direito Nao é nâ memóriâ e na inaginaçáo que vocé cstá lornrando . O concciro dâ loflna do ente não é ll,nnâdo, ele já vcm na primcira percepçáo do ente l{út\a: É un Prccesso da ínÍeligitrcia e túa dã lnenótia.) Não é dâ inteligibilidâde, ó da sensaçâo À sensaçâo humana já é intcligenle l,\l'ü1t: |l1Íuiçàa set8íreL I IAluno: Ao euaú na nenória, el.e luatda.. Pot eÍenlpl(), se locê tê ui11 !,alo, anÍes tle pet§at sabrc a lnenória... Paru 3uaü14r na nle lótia lent que lLtardar qüe o ldÍo linha quatto patas.) lá precisa ier glrartlado o gato. Exalo, você t€ff quc tcr pcrcebidl) o gâto conro gâto, scnáo. como é que vocô vâi scparar o acidenle da lbrnra csscncial? É uma coisa sumamente óbvia, mas quc tciho impressáo que iropcçou num problcma. nunra dificuldade tcrminológica. \'ejâ quc tanro Àrislóleles quânto Santo lbn1ás de ^quino. e muiios outros depols dele, cstavam descrevendo náo o processo rcal do conheciúento, mas sua estruturâ lóglca. Sc i'ocê nr,L,,npu ugrLrn.r.tc \ I r"ú . \i.r( fe,c(jl."^ c\i... n.rnuril .xiste essa âbslração, cxiste istLr. isio.. Mâs sáo componentes lógicos do p.ocesso, náo componentes rcâis sobrctudo, nlLo componentcs icmporais. São os vários aspcctos nos quais logicâmcntc você pode dccompor esse prcccsso Mâs isso nalr quer dizcr que essas eiapas tod.Ls .rclrnteçâm São sinplesnenle noncs dc aspectos en1 que !ocô. a poste ai. dccompóe zrquilo. Diz: "Qual é a esirulurâ lógica da pcrccpção?" "É esia aqui.' 'l^gorâ. nluito bem, qual é a estrulura rcal?" A eslrutura rcal é â seguinler é quc, na primeira. você já p€rccbc .l forma do enle como Íeâlidadc, e nâo apenâs como cstinulidade. Significa que você lá o pcrccbe como coisa. perccbc a coisê colno coisa, náo como urr âglomerado de acidentcs ou. muito menos ainda. com{) dirá IGnt. como um câos dc scnsâçôcs infbnnes. Isto é, náo ó a inicligôncia que separa uma coisa da outra. não é â mzáo. nào é nada. ,\ inicligência, parâ podcroperar: já tem que opcrar sobre esse nlàle al prcviamenie selecionado. lAluno /]' í...) riiret nu t rtutlrlo de eslinulidade seria, 4í sim, I t { a _'Ç*- Nxo. 5cÍpre ricou et'c r<goLio de Lonrirlã' c agu:linrrno5' \empre ti,;',;,;;;; ;.',\ LaÍa' qu< nào ensoriram diíeiro e"e nesocio 0""t"".* u^ *"*t* " "les aiÚ'laficam com a iluminaçào divina' mas ,,i" r"'.'0"0. que eumaconru)au Porqrte num terro pldnovocé ;";:;;.,:;r;" ". "'"u prano \ ocê rcm 1 i'unir"cào divina' 'o que ;;;;"*;-" -*a e outra precisa ter tido isso qüe diz zübiri' que é â percepçao de realidade' lulúna, Quet dizet isso é o mais básico?l lsso é o mais básico É incrível como é qüe um problema filosóijco pode cluÍar dois mil e quâtrocentos anos e,'' llt una: RPat t \n o fi e' o so t on ?qoú' a4 / ubii c n t a o'l Realismo no sentido ra'lical? Só Zubhi Ésse é o pÍimeiro " l/lluft- Lu ào enrcnd' Oerre c a rsser(;d' e'?r'u'l Mar pÍc.la"rcncao'eledi/que\oci namemorir'opeÍad'eprracãÚ *,r" " ii.." "**"ot"o ací'lente' e aíé que você vai ' orâ' essa é a abstração imâginatival lÀluna: E lão, í ") em O ente e a essência ele fiãa ftabalha esse aspecto...l Escuta, mâs se esse negócio estivesse cm Santo Tomás de Aquino "*"tr" ,rb,.t "t* ,ercebido' ou pelo mêíos eu teria percebido' r ",,. . n"nocio ao Z'l'i"i e lao oiÍe'enre do quc !'il SanrL''lo na' dc ;;;;r. " eenre n1o I'm ne'n medidl cumum \rngu;m nunca ot],. n,J":"',* "*",a\àoiái inreligenrr: elx ii Í4" x )'paraçan e Z+ vocô já percebe a coisa com â sua forma, e isto se chama realidade". você perceber as coisas como realidâde e náo como estimulidade é o próprio do ser humâno. lAlunai Os es.oláslicos nãa z)í.Ifi a futeligência em tudo? Nia r)iafi a inteliqê cia fia-.-?) Náo, o processo de l'onnação da percepção das substâncias no scntidoque depois corresponderáa elas nâdefinição das espécies "gato", "vàca". etc.. isto, segundo Aristóteles, náo é feito pela inteligência, isto náo é dâdo na sensaçáo. A sensâçao, segundo eles, é o que o homem icm en comum com os ânimais. SensaEáo todos os ânimais têm, entao náo pode ser aí que se opera a percepçáo da forma essenciâ1. O que Zubirj diz nào é que de faio é animal. A sensaÇáo humana é animal. mas náo ótâo animal assim Elaiemun detalhe dilerente que iá está nela. A inicligênciajá está no nivel da sensaçâo, náo é uma função disiinta. l\llfiat \---) u a dicotonía, assi , a inteligência só está na aLma, tlAa estti o caryo-) \(Ihum e.colasricu aceilana isso, (..4 tepa"asào. ll.lt)no: Q er dizet que o a inal fiAa km essa capacidade de abstúi?l Ele náo tem a sensaqáo inteligcnte. lnteligente no sentido hunano, dc percepçáo... ÍAlünot Se a diÍercnÇa efitre o hofie x e animal está essa sensação itúeligefite, a ifiprcssão pelo he os que fie àá é que daLi paru cilnct podetia até set tuda íguaL, potque...1 Dali para cima oü dâli para baixo. 25 l$|rno: Se a difercnciação é aí' entáo nãa existe ('-') "'l f i.\o me"mo L I \au c que o homem Lerr umo Íuncau cup<ÍroÍ *" " i'r,'"tr. O* *'lnai'' Nao elc i" e 'uperio" desdr o interiur' E' ]Jna, ro'"e, uq,i nao 'e \ e cono pode'ia' nüm corpo qLie c con)riturdo de mâneira puramente animal' entrâÍ uma fünçáo superlol l\run" l..l O pPsçoctl rcü leito'tobalho' principalfiPnt? can ,n,i)i')" ^ ",""""'eucm rct Ln nt*t de I4t?ttP"t" ta conporau?l ou a criança de lfts anos f Com o nivel de raciocínio Mas raciocinar qualquer gato raciocinâ' náo precísa daí ser nem chimpanzé O jacaré Íâ'iocina" Nào, náo ten1 nâda que ver O processo râcional se baseia nisso. Mas. escuta,., A resposta é a seguintei é claro que náo. Porque isto inrplica que para o ser humano o mundo é eminentemenie inteligível. l{lúna: Cetío, üas nào é que os animais são totalmente sem inteLigência. No níaeL deles .. Quet dizet, há uma co-naÍuruIídade...) Neste sentido náo têm nâda. Veja, todos os probiemas de diferença (rlre rrlelgencio a1im"l e humana \e'rr dr.so P que lollo munJo partiu de que a basc animal era igual c dc que havia algo diferente que cntrava ern açáo depois ou num outro plano. Entáo, partindo do ponto lle vistâ de que o ser humano tem sensaçôes animais. você tinha que decilrar como é que ele dava um tratamento humano e racional a essas sensaçóes. Isso supunha que todo o mundo do conhecimento humano cstá na mente humana. está no cérebro humano. O que Zubiri vai dizer é que náo está no cérebro humâno. Você náo tun nem que guardar isso na memóda. Todas as vezes que você voite a ve r a coisa ela apêrecerá com a sua constituição objetivâ. Nossa memória nào está dentro de nós, elâ está no mundo. O ser humdno náo p€nsa con1 o cérebro, náo intelige com o cérebro, eie intelige com o mundo. 'lànto que um cérebro separado do seu ambiente, o cérebrc até sepêrado do seu corpo, náo vai funcionar. A idéia de você tentar encontrar no cérebro a explicaçáo do conhecimento humano já é uma idéia imbecil, porque esse cérebro só funciona se ele estiver nesse corpo, se esse corpo csiiveÍ nesse planeta, se esse planeta estive( exatamente no lugar que cstá ocupando no espaço e se as coisas l'orem exatamente como sáo. O córebro sozinho náo fâz absolutanente nâdâ. lAluna: rvas daàa a cotpotaliàade é que se pattiu de umt) abseft)aÇão do le ômena de conhecer a pattir daquilo que o homem IAluno: E cot11o é que ele vai cofihecet?) Ele conhece o estimulo Quando reconhece o mesmo esiímulo' reconhecer se ele fiãa Pode apârece o mesmo estímulo' cle jlit,r\o' Olha at o tat alo pot eiemflo' | "t olha a cobto r?reno<d " )t"iri ,., ,, *'* nào c' Lle noo rccehPu uÍ1 ?'ttt11ulo' el? noo foi picado (...).1 Preste atençáo Se você percebe' como ser humano as váÍias "orru".'.,* .olu,, n* têm carâcterísticas delat *" t^u*-""*l::l ",""*, *r,'Or*. iro 'igniÉca o 5eguinle' que \océ n;o pÍe.rsa :;;;;';;; """'' a-toraridade do que ':onhece' o mundo e d "r^ -".Uta. " U* U r) que náo acontece com o animal' l lnna. Mas ten ní eis, nao é? ( ")1 26 I t P 1 cano itslttlfietttal- ParÍNe' qüaúdo Atitlóteles coloca qüe ão 'ii^"r'ir'r" trt",,"" ,ue túo tetútt passado pelos se titlos - Ínse n,n,,,,rn,r, iotn :o'' i' ]ta 2']no\' qtt' o pto\'\'a' o\-nttita l r, ,,; , 11ú' mo\ rttti Ptr Jep"llP' ''c'to' lP ct' P'\' "f i.t't'o ',.,i*,|,i ii",r,r" " *: e ten esse aspecb (ta coÍpanlidade' e isso elt ditide con o !ê erc al1i|nãL ) À4âs ele náo tliz isso lsso ó Lrnra lonna quc invcniarâm dcpois' . . ';, ; "" ;", ,..' 'a''|' p'" ' \"'rô'erc '"' rnr' ta-J sJnrn ;":.;,;;..;;", .,,.. , '|ooJ'|r-n'lru c' " p'<'ruan'r'rrJu ,,, " ;;: ,;" ''rr'lrizunJo r'c 'r' r'ua'l'""''"'1. ,r"",rn *,."." Ot **aç'rcs hunanas já s'Ô Lliiercntes das scnsaçoes [A]una: À7rr,'] a diteretqa especíÍica Úlocada canto rcciollalidade . ) Náoc:{iste... Aclilerenqacspeciticaé to(al o homem náo se disiinglrc U"" ^trr*'. 0- "" *"çtLo' mas por sua t(rraliciadc '^ sensâçtio Llcie ó a'*..^,", " ln".Ul." n Oilerente' o funcionamen(o comoral é difercnle' o pcnsamento é 'lilerente, é iudo dilcrente' l{llit\a Lu út:ha fiafiailhaso issol) CIaÍo que é rnaravilhosoi É maravilhoso c é verdadeiro' porqüc ,ao ""i..on1o o(lt* náo ser assim' O que eL1 vejo é quc os caras ""*". ".",' dcscrever a estrutura '1o proccsso cognitivo' ."* ""rt"**" *"vam categorias lógicas Eles diziam: "vâmos ."*'".'ô,,",' são os componentes? Tenos unr componcnte ""1"",r."- n"' * '*"ificava"Ah' mas o sensiilvo o animal também ,"*, "",4" *o c(,Ll*'" à pârte animal' Depois tem ulnâ outra que c lrl r niemóriâ. que o animal tanbém iem " Dc rcpcnte chegavam nulrâ quc o animâlnão tem. Mâs isto é unrâ dccomposiEáo lógica, islo não ó lllrra lcnomenologia, não ó ümâ descriçãol A estrulura lógicâ ó unra coisa. Estruiura lógicâ sáo os elementos potcnclais nos quais você poderia subdividir tcoricamente. Agora. enr !c, dc fâzcr â subdivis,ro lcóÍicâ. lógica. vamos ver conro é quc as coisâs sc âpresentanr no fato. isto ó, no processo não lógico nàLr a cstrutrua lógica d.r proccsso. mâs â esirulum roâ1. E isso. na ver.liLcle. Zubiri toi o primciro quc fez. Zubiri é uff filósofo tâo granLle quanto Arisrótclcs. É um monstro. eu falo quc ó um lnonslrlrl l\lrno: Camo Íica a eznLltção nisso 4í? O set'hunano etttaa .t1:) podc te] ewluído una (. .)?) Zubiri aceita algo dâ leoria dâ evoluçao. Ele não afirma Lrriâtivâmente. n1as diz quc ó possivel. lAluno M"s Íicú compliuda daí íer esse salÍo. ào? A l-lspera aí, agol-a você já quer qüe o coitado do Zubiri eiplique qnrlo rluc isto aconteceu? Isto é um dos grandes vícios da mcntc lrünrana: ela n,ro aceitar um làto quando náo iem a cxplicação. Mas. se losse assim, você jamais podcriâ icr aprcendido lito rlgLlln, porquc, enquantci sua máe trazia a rnamadeila, vocô ia dizcr "Prove que isso aí é leiic". Tcm que aceitar o lato: o "o quê" prcccde o "pol quê"? Às vczcs precede de milênios. Tcm pdrreiro () "o quê", clcpois o "como", e só depois o 'por quê". Claro qrc, l()dâs as dcscobcrtas que você faça, sc pre que você encontra Uora cnplicaç,ro. essa explicação levanla outra perglrnta. Nlas. se a assim. isto cria um problema do ponto dc vista evolutivo. Acho separada dâ mâiéria, como é que poderia ser? Uma coisa nao pode ser iormalmcnte distinta aiâ outra. Porexemplo, um elefanteé formalmente distinto ala fonniguinha. náo tem possibilidade de um ser o outro ou de um estâr no outro. Àgora, a ionna do elelante iamais esiá separada do elelãnte, nem ele delâ -portanto, é âpenas unla questão funcionâl' Você se r€ferc â um ou se relerc ao outro) mas é como se Iosse o elelante' tomailo em ilistintos nívcis conforme o seu inleÍesse, conforme a sua âtençâo portà1to, é umâ distinçáo meramenre luncionâI' lÃl,r']ia: Mas a qLLesíão (la Íafi1a stlbsttt cial prcssupõe que essa coísa da intel.igêtrcia nàa seÍ' calno Üocê i|Lou"' Se tudo é sefisíÜel' pressupõe úfia ateialízação àaquito que està se do thamada de larma subslancial, o que é üma i lpossibilidade ) Claro que é posslbilidadc, porque, por excmplo' se você disser "Deus é puro espírjto sem matéria " dlgo: 'N{ás se nào tem matéria em Deus, como é que Ícm aqui?' l\lLtna: Não fiatéÍia no serlido dd nateria secur,da' potque eslou lalafida da notéria...) Matéria-prima, ftolerid secÚda, qualquer u a' Tudo isso está onde'/ l!.lllna: Onde tocê üiu algltéfi Íalar que Deus Íem matétia?l Eu estou dizendol Se Ele náo tem, como é que tem aqui? Então nós conseguimos ficar forê dele, conseguimos existir irdependentenente clele. fora dele. Náo é possivel isto LA1L.na: lsso aí não é simples assim, patque" l 3,1 ll claÍo que é simples assiml O problema é que Deus tem nâo s()nrcntc a maiéria exisienle, n1as a mâtéria por existir aindâ. E aquela (tu( nuncn vâi existir Elc também tem. Tanto fazl E. no fundo, o que isso qucr dizer! Que se Deus criou o rundo do nada, é porque estâ mêtéÍia existiâ em Deus como um nâda. .\is(ia como uma possibilidade dclcl Ou estava lora dele? Nâo estava. li)ra dele iinha o nada. entáo está nele mcsmol l{lúra F,nho Deus é uma espécie de bibLíoleca de Babel (...).) Náo, nâo brinca. Espera.rí, nós já estamos suficientemente .ncrencados sen figuras dc linguagem Estamos ientando dizer âs (r)isas com seus nomes âpropriados. 'Ah, â biblioteca de BâbeI"... lispcrâ âí, agora complicou... Al!]no: Mas (...) fião ptoüoctt y teís 1o?) Nâo, isso é o inverso do panieísmo. Porqu€ o panteísmo vai dizer r LL! tudo é Deus. Você diz: "Vocês inverierâm. Delrs é tudo mâis iLlNUffa coisa", porque a mâléria que náo existe também está nele. l^lunot Mas de quaLqud modo acaba haüendo ulfia Íüsào ou mesmo tltLlidade entrc a essêficiu de Deus e essência de cada set ctiado.l Sim. mas isso é ô,7e ?rrd\ náo é dupla via. |,,\luna: Enriio não é matétid nesse se Íida da naíéia oue lem I l.Àluna: Só /le!s r as úois..s. as coistts ntlo sào Deus.) l]. cxâtamcnlc, só Deus ó às coisas, c as coisas não sao Elc lil]no: i t:aÍta a afuis io th iicistej' Eúatt, onLle aL:ê é Deus... "Eu sou Deus. Llus Deus não é eu l "lir s(nr Deus. mâs Dcus naL, é eu " É isso lncsnio NaLh eslá fora de Dcus, Iada. E iudo qLre e\isle esiá lá. mês ain.la não o colnplcta. porqrLc o que nao c\ist!'tanrbórn ó Elc. Enlão, na verdadc, há muitos agoslinianos quc acharan1 qrre Sanio :l'omás cle Aqlriiro cstragou Luclo A hora quc aristoleli/ o ncgócio, conrplicou. lsso nao é iolâlnrcntc iusto. mas nalo.lcixa dc tcr algutrr tundâmcnto. pols:tlguns problcmas básicos do cristianismo só lomm n, r.n,l\iJ,,\!,c\r.,c,-r,Zuoi .e ., "'I J,l(. I i,. rr. r ,, r,,d,, vocô dizcr ':^ tal d.L âlrna. orde cslá? i\h. ela eslÍ ro corpo'. Nlê§ clâ cstâr no corpo Tudo quc iá foi e qLre ain.la scú. c qtte eln ouitos corpos possíveis iambóm, que vol:'ê possa ier iido cn1 Lrulra eriíôrcia. isso tlrdo é alma. xlâs ela nao está iora do oorPo. o corBr náo cstti lora dcla. Ela transcen.lc o corpo. o conceito, por.tuc o corPo só erlíc tcmporâln]ente nunr ccrto cstado. O lorpo só cstá no c§iado qüe clc estaL naquele momcnto. F. !l na? ^ rlnrà -á a.res'na â vida inteira. elà É lodos os m(nnenlos. cniáo náo é uma iúirâ coisa Porque é daí qlre vai cair nâ du.Llidade dc substânciâ clo Descartcs que e\isle um ncgócio chamado corpo c outro negócio chamâdo alnrà. Nao iem cssas coisâs. só iem rm. que é ulnâ coisa que obscurâmcntc o próprio Aristóleles dizia. que a ahna c o colpo sao u r coffposto indissolúvel L Santo Ton:1s de Aquino tân1béü Nías â própria pâlêvra "corrrposto' não é un1 conceilo, ó urna ligum dc linguagen, po.qüe pâravocô comporduas coisas ó nccessário quc clas exlstam indeDendcntcmcnie. llntAo se podc conceber a al râ tlLt)cndcnte rente clo csrado.1o corpo. mas o corpo só cxisre no , .lir(lo (tLrc elc cstá naquelc nro'lento Elc rcÍI un1a cxisiência. por ,.,1r .li1cl a(0mísiicâ liu. Por c{cnrpto Ondc cÍá o mcu corpo dos , i i ,r ü)s dc i.lade'l Não cstá mais âq'Li, 'ias a atma csl:r. Enrâo ó esse ,,,1i([) (]uc a alrrâ é .' fonna do corpo, corlro diziâ,\risríjtetes É a ,' ,,rx do corpo trnüâdo enr todos os seu! monrcni{rs da srLa crisiência L. rpossivel NlrLselanáoestiinumouitutugar.ctânãoétomrahrente 1 ,\li rlir. a apcnâs l\rnclonalmL.nle (lisrinta. | \lrna: E Nssírtl k»m l.ar assint: ':4 .tlno é a üniue^aL da ser \rx). isso é aDâklgico. nlLo ó riiloroso ^lUno Erino q a íLo na butlisno se k totlos .tqueles t'1t\t:íLinenlos téc iLos pata tktgarse a cu cana ,,isla aqui", o qua , l, \ tllocan1. ncnt há u lt1 ckaçào da úlnru tte natlei]lt akutnã I \r{r. mâs náo ó. de jeito ncnhun1. É simplesnerltc pâra the ensinar .i !t)ârâr da percepção clo momcnio Porquc dc 0nr ponto de vista rrrrfico aqrilo qlre loi âos três ânos de tdacle ó tão reat quânlo o r u. csiá serldo agora. pois ó o (orpo toffaclo nâo abstrativamcrte. ( ) ro|po que nós verno! .r cada nromcnto ó unr.L abstraçAo. \,ocô tr rrfbc? O corpo nâo ó concreto, cle é o âbstraú. porquc ó só Lün ,r,rrrcnto. Eu sír estou vcndo esses corpos lâis como etes estâo agora. rl.ria possível que eles tivcsscrn suryido ncÍe nresn1o flo relrto? Não, L t,s subcrtendem uln pâssado e Lrm fuiuro Entáo é o qlre nós Íàlamos I uc o corpo colLo perccpção sensívcl do nromenro é uma abstrâçao. () r(rpo lLrmado na slra corcrctu.le ó o coryo conr alllla. com sua ,, rLldl. "nr,ri,b. ou,, h-r..r. t,.Jô. o,,ru,.r^r (,,1u.. L que huI, r .r r rnâ invcrsáo d0 concrcto e do abÍralo. ) I I JAluno: O .orp.r co leçrt a aislit qua do lldsce e let 1i n í1e existir. qte da totrc aLt qua da se decanpõe ) Quâl o nmmenio. quando ú q c clc conreça a Lxistir ptoprianente? ll(nn, comcçr â cxisiir na hora dâ geração. Flspeta aí, nras c o cspcrmatozrii.lc que uaiu 1á, aqlrele prccisaDrcnle, clc já não cxistia antes? ll clc cra o quêl Elc cra orrirâ pcssoa? Naio. cle era locô mesnr) I,,l'.lt1(t: ltÍas e a óüuLo. ptulesso? Cotno t1. ?) Nl.Lis o óvu10. âquclc arvul0. Al.Jna: Etttão turo en ibcê.) lAl,rro: IlLes não erun a m.sna caisa l Nrlo, era voca nlesrro. Só que €ra \'ocê colro rnertL possibili.lâde bidógica. não conro rcalidade lriográlica cleliva. Nlâs rráo crâ ourrâ pcssoâ \hmos slrpor locê pegâ uma dorlâ âos viile ânos. Quando elâ tivcr vinle c scie, v.tl icr um óvolo '\" assim c assinr Está âqlri um flrlano qllc cstá coln vinte anos Quando ele tivcr vinle c novc. vai tcr unl espcnnatozóidc "x' assnrr c assiDl Quando jurrtar csses dois. vai asccr o Fulâno de lil. mâs dcsde iá clcs já são Flrlano dc Tal. A combiruçao dcste cl)ln cstc, embota cssc Ú!rrlo náo erisla ainda e cssc cspernatozói.le náo cxista airrda, iá é aqÜcla pessoa, porque náo a o!trâl E aquelâ pessoa, individualizada, é ncsse nromcnto apenas u â possibilicladc. Não é ulna realidadc. mas já ó cla. Ilssa ó â ial n. .ssêncitr inclividual '. É a tal da rdecceilds dc Duns Scot: "Olhâ. quando juntar csse espcrmatoTóidc aqui co âquele (i!nlo 1á, no âno i.,137. vâi ser o seu Fulano de Tal e nao otltrâ pes§oâ ' Isso quer.lizcr o seguintc: crisle uma série de \ icios tilosóficos que i.r vânr do lalo de que a riênciâ da lósica, a ciência do râcioctuio, â t t rciir da deduçào. sc dcscnlolveü lomidavcimcntc ârÍes d.L uiêrcia , | (lcso içl]o. llntlo. âo pcsàr os lenônenos e tratálos, vocô dâla n ( !l uiür.1 lógic.L deles. nâo suâ rcâlldâde elciiy.r. Nâo quc a cstrurürâ ,!ti.r cstivcssc crradâ. Iras ela é dilcrcntc da cstrLriura real ^ parli, do momcnro cfi que lez isso. gcra milharcs de prcblenas iir)srlticos. c d.Lí. quândo chcgârâ r os iilósoÍos modcrnos (HLrire. l\:Lrt. c1c.). eles lor.rir l'flzer uma conlLlsáo d(,s diâbos lrorquc âquilo ,t ir. jri cstavâ scparâdo loglcamente ell1 ^ristótclcs c ern Santo lblnr,Ls ! ri scparado onloloilicamcnte. eleiivamcrtc Então. âq!i, o Írrundo Ll,L! t)crccpçoes é un] câr)s, náo ó nadil I e\is(c uma niraculírsa for]na tt trioti qtLc \,ai lá e rnont.L tlrdo. ^h. dc oÍrde lir.ur cssa lbmm a i i,drll" Dai vinha o outro e conrplicâ mais o ncefuio '\4is a l'orlna a /r0i n,o é eternai a f(xrra a prioi é hislóricâ clâ vcm dâs lonlas 1, liniluagcnr que estão consolidadâs cl)r cxrla época" Entâo vocô ,lrrgr à conclusáo de qlle âs coisas tôln a l'ormâ qne lêln graçâs âos ,r1{)ics.le livros dc grârnálica l-oi o Nâpolcáo Mcndcs de Alneida .,r,. rururulldu: ^ .ô r. lu:Jô Ju h rnr , ...d -l r li "r,lp, r,, c li,/ ' ^ lirguage r nao laz absol,,itamcntc nâdal 1\)r cxcntplo, sc você. ao olhar a rcâlidadc, não lc»se capaz de l,, r')iuir r,rr. ^ ou.. ô 'ujeir, Lli,.\,ú, ,..lrc c " d(",, 'u.én.,, 1., iir dlsiinção de substantivo c vcrbo. Dizer que lui cssa distinÇão qlre ,,)u tl ontra, isso seria o lnilagrc dos milâgrcsl \l,cê eslá entenclcndol, \, flirst vcndo agaia e ali esiouverldo aitatâ dândo de nalrar para ,'. lriinhos. Sei quc uma coisa náo é a outral ^ clisilnção dc nonrc , ierbo csiá dadâ na percepEâo scnsivel. daí você criâ um sínbolo ,,,91 iíico rcmonr ilislo aí. OLr seja, toda a cstrulura da glalnática cstá lir(lir nas catcgoria, obleiivas do ser. Dai as catcgoriâs da gtrmática , ,, )irnr de uma nâncira crosscira, assim como qlralqucr dcscnho. por , i.ris ooffpl€io que seja, é grossciro crn relação à realidadc do cnte. t I I il To.lo o rnaterirl ql]c ch€g.t aló clâ é sensnrcl. NtLo tcm nada alóm dos senridos. nada. E que vocô acabâ perccbcn.lo quc isto quc você chama .lc scntidos cln si nresmo é alSo Inais do qLrc scnti.los () iamoso "cspiritual' o 'tr.Ln§cendcnte", elc. nao ê§lri âléfr dos «:nlidos i!r^lr4p:u.( in.. rrli\. p'rl< doquc l \'' u ponlo: nâo é una ouir.L laculdade que vai.rtrai dcpois parâ làzcr por abstraçào, naoi â coisl está nâ sua.ârâ. é peÍccbido nos scnti.los no primelro rnomento Aió a erislôncia dc Deus ó percebklâ assi'' l]le náo percebc por quê? R)rque n(js cstamos acosiumaclos a li.lâr LU''r .\\. 1,,,',I.ru.r rôd" ,'J rr'ô. i . d..,i "' I ''{' problenra dc toda a tisc(rástjca E sc a Escolástica nro tivcsse tornado cste ruirro, dcpois dcla náo teria hâvjclo DcscaÚes, não teria havidl) ]tun1, náo tcriâ lrâvido essa porca .Ldâ toda lAlüna: ,II.rs issa üua é prcblemu da EscoLástica lsso aí ioi . Qüando Occafi...l É un problcma da Escoltlsiicâ. sim Esse problernâ já cslá no próprio Santo l'oIrás dc,,\qlrino. Está em Santo lbmás dc Aquino. cstá enl Sânto ^lbe.io... o úl(irno suieilo no qual nao hâviâ prcblclnâs era Sânto Agostinho. Dcpois daí a coisa foi conlplicando. cornplicando' Isso quer.lircr qlre, sc for para propor unr rctorno, bom, relorno a SantL) Agosiinho lAúno:'fem duas coisas qu? ne ( .) é itlLe]'essafile comcttlat' A ptitlleim é que, quatklo o scnhat dí? que o (.) é t aís básico da que tanto Slt1/o 'n» ás quanto Alostinho esse axa ( .) Safilo Agastinl]J é que é mais básico tlo qüe Zubiri, na sentítlo de quc essa percepqAo que uai ftcando cliierc te dos {r i}nais asldtitl d dinlensào tiiai a. etLtão eshi o co hecinetlto tlc Deus (. ) Stlnta Agosíitll1o eslatia mais básico da ítLrc Zubiri, Aa é'll l,u não saberia rcsponder isso àí. Sinccrantente, não sei. O que cu r.i a o scguirte: q!ando você pega dois grancles homcns, e dois sântG, ,lrLando um deles diz uma coisâ c o outro Lliz o contrário. é pro!âvclmcnlc hrque cacla unl csiá Perccbcndo Lrm pedaÇo Quando locô vô que. fo nl Lrlo rncsno ern quc sc desenlolvc ioda a lilosofiâ cscoláslicâ. lá no rrcio daqujL, iern um sujeilo chamado Sao Bcrnardo qlre diz "olha, lLrdo rsso aí só scrve parâ icvâr as pessoâs para o lnferno".. Não é t!)ssn,cl quc €1e eíivcssc totalnrenic crrado. e unrbórr náo é possí/cl , Lrc o outro lado csrivcs se tolalmcntc cllado. então óporque te r alguma roisa ali que eslá lalhando I qnc coisa é essa, lAlrna: ,^Ias ele astu z,a se rcÍeti da a quê?) ^ toda a filosofiê. ille cra contra a lllosofia. Enlro locô tcnr ai unr llrlr)nra dc que e\istc algum problcmâ, e que o problema não scrá r.sr)lvido do dia prâ noite. talvez sc clucide séculos depois Quando na I s.olástica se consolida esse ncgócio d.L lé e da razào 'Aqui tcmos o ,,Úhcci.renio obiido pela Ió. aqui pelâ râzão' , cu semprc pcrgunlava .rssin "Olha. quandooscamarâdâsviranlJesusCristorcssuscilaÍLázaro. r l,rs !iram pela Íé ou pcla raláo? Quando lesus Cristo ressuscitou c foi llLLrr conl Lrs carâs. dizendor 'Olha, eu sou âqucle lá. eles pcrccbcranr rsso pela li ou pcl.L rarão?'. lsio é experiôncia Então isio ó básico: rrãô L. nuI fó ncln raz,to. iem algo qlre é anrcrior. E P()I isso que senrpre digo: ,,,risii.nisnro náo ó uma doutrina. ou ele é Llrr làto ou não ó nada, ( uLr Íaio .lâ ordem fisica, matcrial lcsus Cristo ressuscitou ou na{) ,rssuscitou? Ressuscilou na Íé ou na mzâo:' Nao ressuscitou nem na fó r.rn na razão, resslrscitou no plancta Tcrral iste ó o problema Na horâ rrrrcluc se corsolicla aquele negócio dc té e razáo. digo: 'lb, já complicou Ludo ' llrião ó claro que Sáo BernârLlo fala: 'lh. esse ncgócio vai dar o . . iu. l-ôd... Ll< l. I r\. n "ru . l-ii ^ puíqL I I , I ; I1!lüna: Ele j{i estaru truutnatizada co l Abelaúo. Nào seí se cle coúden ari a Safi I o'Ibtfi ais.l Ele tâmbé'r viviâ procurando heresia eü Abelârdo e náo conscguia achar Entaro clc também cstava cquivocado cstav.Lm lodos equivoc.idos. na vedaLle Por quê? Porque o problerra ela grânde dcmais e requêriâ âlguns séculosl Eles não tôm culpa dc não icrcm cnxcrgado a coisa. o snicito dá um alârmc . Um camarada cstá eslNturarLlo a relaçáo de lé e razio o lnehor que pode. e Lr oulro está direndo: "Isso aí vâl dar bocle' Os dois lados são impoÍantes. Elcs csiáo.lizcndo algurna coisa csscncial. por u,n lado c por oulro Enião, em Santo Tomás.le Aquino. você vai ver o quê? Vâi ver â eslruturâ lógica do processo cognilivo e sua lilndameniâçao lógica, a prova de por que llnciona \,lullo bern. a provâ lógica de por qlre oma coisâ furciona náo ó â mcsma coisa quc â dcscriçâo matcrial dcstâ coisa. ÍA|rfia: (- ) Esse equíiroco ( . ) eslara tnltilo ilnprcgnado do ÍLaào a alhíco da EsLalástica.| Do mo.to analilico cla Escolásiica. certamcnlel Porque eles linhanr acabado de conquistar a ciência da lógica Vejam, no séctllo imcdiâtânrcnte alrtcrior Gilbcll dc Lr Po.rc funcla â 'nova lóilica'. E quc é a nova lósica? ^ analitica. Os caras ficâram n1âravilhados com aquele negócio. Eles dizem: "Ent,ro valnos âgora eltrullrr.rr tudo de acordo conr essa nova lógica'. Bom. claro que iinham que fazcr isso, claro quc cra importantc. só quc â lógica scrve pâra qué? Para erpor a cstrutura lógicâ das coisas. À cstrlrtura lógica dâs coisas é â estrlriura de Lrln raciocínio que você lil7 a respeiio- e nao a estÍurüÍâ da coisa res ra. Alrtno: Aí o suleiÍo caneçú ú (. .): "Eu ão consigo explicat issa logicdme te. etttãa (...)".1 Aí já é un1 vÍcio secundário quc deri!â disso. Agora, a parlir dcsta dcscrição dâ esirutrm lógjca. os filósoios scguintcs começânr a discutir ' o úoÍ a ( \rr .rur:r lôgr.o j. .1 i*r , d. .ir. Nlas eles lazenisso como? També'rr logicamenle. Enrâo selaziâ análisc dr ânálise dâ ànálise dâ análisc. c no fim vâi esl:rrelâr tucto e não sobra nada E sc um cam dissei: "Hspera âí. isso quc vocôs cstáo analisíuldl) não é o ltnômcno da percepçáo, é sua eÍrutura lógicâ tâl conro loi (loscrita pelos Escolásticos". É cm cilna desu que Hume raciocina, quc Dcscâ(es raciocin.r, que todos raciocirâff1 E se locê pegar esse problcma da percepção e colejar con1 o problclna dâ rcssuffeiçáo de \osso Senhor rcsus Crisio. aí é que tic.L rnâis patcnrc ainda qLre em lo.la esia discussào á re|lid,d. fi..iú fÍ,ri lÀlrúo Eütàa quet dize] que a Íé é postetiat à percepçlia?l N,lâs que lé! O sujeitolãlâ em "ló'. cu iá tenho vontade de bater nas pcssoas. Escutâ. o sujeiio está lii. viu Jcsus Crisio resslrsciiar Lázaro. Itecisâ 1é para vcr isso? l{lltra: Ah. nids úí fiàa Íoi li Não kjgico quet1Aa. A\otu prccisa do li, potque nào Len nais. O Ídío é (lue as pessoas.. ) Nlas como nãô tcm mais? Sc não (iver êgo[L não scrvc pârâ nadal lAlun^: F.u eslaüa dizc do rtue qua da Jesus é prcse te cot seu t t[po ressurreclo. enlAo üoo prccísa tla Íi. Ago]'a, ã ]nedida em íluc a ]|»neü do século L\l tLào tet essa caisa da prese Qa. .l +i Náo, náoé. Se precisâ da fé ou se não precisa, você está confundindo com ouío problema, com o problema da salvaçáo da alma, se vocô precisa da fé ou náo para a salvaçáo da alma. Claro que precisa! Estou falando é se o problema da naturezâ do conhecimento tem algo a ver com fé e razào. Respostâi náo. Náo tem nem com fé nem com razáo. Náo é nemÍé nem razáo, é peÍcepçáo. E apercepçáo está subentendida em toda a história de Nosso Senhor Iesus Cristo, porque, se erâ para ir peta fé, entáo ele náo precisava nem vir Erâ só ele mândar um telegrama dizendo: "Olha, eu vou. Vocês acreditam ou náo?". Se era pela razáo, ele mandava uma equaçáo. E Sáo Paulo Apóstolo dizi "Mâlditos os gregos que exigem uma prova e os outros que exiSem um milagre". ÍAlünot Mas ele também Íalou uma outra coisa dessasr "Se C/islo não ressuscitou, então setia úã a ossa lé",) E ele diria: "Isso aí é o quê? Um objeto de fé ou é um objeto de razáo?".Istoéumfato. Entáo onegócio defé erazáo é muiio posterior, e certamente náo vai nos elucidar nada. Ora, toda a articulaçáo que Santo Tomás de Àquino dá ao problemâ do conhecimento está na arliculaçáo de fé e razào. E o fato? Bom, o fato ele conhecia, mas náo falou nada a respeito. l{lnna, Ma\ üeja, íé e ruzão são as Íormas hunanas de se alcançar uma aetdade, então a Íé...1 Essa coisa aqui você náo vai alcançar nem por fé nem por râzáo. Estâ aqui é impossíve1. [Alrna: Nào, a doutina qúe etplica aquiLa a un-..) 48 estti... No caso existe ü corpo teórico Nenhuma doutrina, se você pegatoda afé do mundo e toda a iazáo do mundo, vai fazer com que o iato âconteçâ. Entáo o que interessa é a Íó ou a razáo? Náo é nem um nem outrc, é o fato. Jesus Cristo veio na carne, morleu e ressuscitou. Sim ou nâo? Ou isso aconteceu. ou nâo aconteceu. Se você vai ter lé nisso, ou se vai ter uma demonstraçáo lógica de que aconteceu, isso é um problema posterior. O básico é o hio. No problema daRevelaçáo Cristá, oproblema básico é o fâio, e no problema do conhecimento também o problema básico é o fato. Entáo porque \a no. licar com esse negocio de lorma' 4 prlori. o proces§o abstrâtivo, e ficar com a teologia toda. efé e râzáo, sepodemos resolver â coisa de uma mâneira muito mais simples? lAl.Jno: São Betna o (...).1 Claro que Sáo Bernardo tinha razáol Ele tinha razáo, mâs não sabia por quê. ÍAlúnat Vou ficat calada aqui. porq e se isso 'Íosse assit t... (-..) ser santo s imediatafi ente ! l Claro que náol Que ser santo nadal Náo precisâ nada disso. Porque os caras que estavamlávendo Iesus Cristo ressuscitar Lázaro, só quem era santo viu? Náo, mas náo precisa ser santo I Se o sujeito precisâ ser. , Claro que nâol Que ser santo nada, náo precisa nada disso. Porque os carâs qu€ estavam lá vendo Jesus Cristo ressuscitar Lázaro, só quem lAlsnê.: Clarc que não!) Entáo ser santo ou náo santo é problema posierior também. Se clc quiscsse clrar o sujcito seln 1é elc nào curâda? Quanlas pcssoas senr té cle não ourou? Se não losse Ddrs' €u náo estava ncnr senradol lsso precisa da lÚ para esrar scnlado aí? A lé é, assinr, uma gcniilezâ que Dcus tenr para nót:íazcrcon] que a nossa ló ten ha algu a inlportânciâ. Pâra nâo dizcr quc nÚs ão fizemôs nâdâ' E isso mes ol QrJl . -n'rlr.t,rrr.ipJl,, " n irrnl ' úri, "'iur':r4 " 't'nn'quc rn' ' levc unr pouquinh0 de lé' ^gorâ. é cviclenie que a fé errira. Pí)r eremplo: para scr rcssuscitaalo. Láznro icve ié? Enlão. pronto, alé morto pode scr beneliciâ.tol A cxlgêncitL da tó é ulna delerência de Dcus' amabili.:lade rle Dcus para com a criatlrra. c rrada mars Adcnrais, quando ele conrcçâ a Íazcr os nlilagrcs. corncçanr a apareccr âs pcsso'Ls coln lt' Boln, rras ele iá nío cstavâ âi antes? ,\ ljncamaçáo depcndeu dc quc âlguénr rivc§se ló? Não.. Enlaio esses lânrs são biisicos o Ícsto tlrclo vell] dcplris ELr nao consigo colocal o problcma, por e\crnplo, da Encârnâqão dc Cris(o, como urn problcnà dc 1é, pois nio consigo .lrvidâr dcla n único nrinulo. Fico pensando assim: "você icn1 1é?"' ELr náo tcnho Íé dgulnâl I..l.lna. Lsse não é u t PrcbLeLna (1e la I Náo icniro ló.Llgulüâl il ribvio quc é assin. pâra mifr ó evidcnte qlre é assinl. nrio é nrâtéria dc fé Isso rliio ó unra douirina nâ qual elr aurcdito ou náo acrcdilo. a um làto. l\'le dê nreiâ razAo para duvidàr Para clü\idar vocô precisa ler unl espirito dc suspeiia porquc já \'ai ouvir aquele dcpoinrcnto evangélico com suspcila Nlas por que eu vou duvi.lar logo dcsses raras? Você podc du!klar do Lula, do Paulo MâlLrl' cte rnim. nras logo rlcsses aÍ'l Fllcs sáo ls últimâs pcssoâs das quais clr pcnsâria cm du!idar. [u não l€nho lé, ll]âs lenho boâ'tó ]intao nunca mc coloq uei o problc 'nâ de se cu âcrediiâva oü nâo ELLnunca na nrinha i1 vidâ chcguci a duv ar disso. Duvidci dc mlrjia coisa. mâs disso ntlo. À nriln scmpre ne pi$eceu urn lãto, um lato hlstórico, âcontccido nuDrn ccrta data, e cuja narâtiva sc transnlite de umâ mancira ou de ouira. l,l reni testcmunhas suficierlles pâra quc. sc você bolar urna dúvida na crbeÇa. vâi coloc Lrm problenrâ qLrc nâo pode resollcr rrais Você ráo podc voltar lá, vni scnrprc dcpendcr do testelnunho. Tudo na v .t dcpende de unr lcslcmunho alheio. riu .lu!ido mais dc um cxpcrimcnto .icntillco do.:tuc disso Porque no erpcrirncnn).ientÍtico o sujeiro tcm ifieressc cnr trapacear'. ele quer ganhâr un1 prônio. QLranlos câsos voct naí) rcm dc lalsilicâçao? Tem unr montcl IAhrna:Àg.rrd. 4u? es/u Clísla encatnada ! ele lesnú Deüs. utna lns pessoas da Santíssitta Ttindade, (lut 1.. Aí te l fi1aLétiã de li.l Para lniln isso âí nao é rnatéria de lé. não. Isso ó o sLrpremamenle t)bvio. Porque, se náo lbssc, conlo é quê elc vcio pârar aquil Vejâ, sc você expó€ isso sob fonnr douirinal vai tcr umâ espécie dc lricrârrLUia lógic.L. fl os escolásticos lãzen exâlamerlre isso. colocânl como hicrarqu;.1lógica NÍas sc vocô coloc.L cono sinrplcs nârraiiva. rrrn) ó ulna hieràrquia lógica. nrio é Llnra dedlrção lógica. nào é um.r lrânsnrissão dc causa para conseqiiôncia: ó incdiato. Não é quc prirfeir.r houvc Dcus, e.tâi IJeus logicâurcntc gerlrlr o lrilho dc Dcns, ,) FiLlrô d. Ilcrrs d,i (1n)ü o rnundo. c daí. l'udr, lsio é inrc,:liaio c silnultânco. ou enlâo nio ó,:lc jcito nenhu . ou e iáo rão a nâda. ,\ idéia qlrc o Evangclho nos transrritc é a idóiâ senl mediaiel, c fao rl€ Lrnrâ dcduqâo. Os caras decidirrm tmnspor islo sob a lorrna dc Lrna dcdnçào lógi.a pêra discuiir com outros can.Lra.las que ilostavam dc dccluções lógicâs. E.lcvctcr sido muilo úlil f a ocasião. só quc o rolo quc isso criou d€pois é imcnso. Nós. hoje em dia. cstânos ljvres desse l1)lo. gracâs €ntrc outras coisas ao lnl do Xavicr Zubiri. 55 I I I lAl\úo: Cetl.a l)ez a se hot llaz'ia coneutddo 4ue ào duÚida de neúhum Íato e;cptesso por rlenl1ufia LttirLiçoa Botn' eu Eostatiã tlc saber o seg'uiute Pt'itneio tlo Atcorao' a q estao dcl dititdadr. (1e lesus é etpticittlfilenle egdcla' tlles \am aqLLila e panto No ctistianisfio ela é aÍitttncltt cot|to Litlíca ' Elà é ncgadâ âs é negacla ambigiismentc o Alcorão tenr Lrma ânrbigüidaclc conslitutiva ccrltrâl qüc sc você pcgnr qüalqlrcr muçrInâno mandâ o sujcito direto p'trâ o hospício com csta perguntâ: 'Aqui você diz.Lue Jcsus Crisio náo é o !ilho tlc Dcus que ]cslrs Cnsro lolvcrlx,cleocus' Porollirolâdo,vocôdiTqueoÀlcorãoéo'\trbode DeLrs'. [nt,ro o Àlooráo é o Cristo ' Perguntc isso par'L um truçLrlnrânl) c o suieito lic.L apopléclico. ào sabe o qüc (lizcr Enlão locê vô quc a ncgação.la divindade dc lcsus é unranegação âmbiAua l\lLtno: Et) qtletia sober lautbét Ún oulto po ta Se a Se le pr3u. po, "r"u,pLo' no hi]1düísmo eLes ca t? tafi sobk " ' ezes 'qtre a tliztindatie abvnutu se e c'tnlou' t\í t'ít Í'átias acosioes' Lssas tanúéíL o senhot considetada íatos ou tLi é apeüas fiitol) Podem se. tàlos. lUlttno: Pol gue pold o ctistianisltLa é un e,e ta única aconleccü uli, aquilo tá é o lapo da rcalitltl'le e aquele erettto a!'on se ') Bom, qual.ti!indade sc encanrou! Se você tlisser quc o BrâhmiLlr se encanrolr-náo O quc se cncanrou lii Vishnu' íoi Shiva loi LL pedaço Jq..; i,i ,I ".uJ., r' \la\''qu! di'' ' r r ' ' : ' " i ' ' r ' ' r ' 3 u ' r' Ô'r^ próprio Deus.l)rtaLr o problema náo existe' É só você pcgara nârtttiva ,.'n i. ofa,u do qlrc ela alirmâ É prcciso pcgar assin literâlmente' lenorncnologicamente: Exatamcntc o que eÍá scndo âL\nnâdo âqui? 56 sr)u eu é quc lcio isto c(!n olhos de süjciio quc te\e a i)rrüâçl.Lo crislá r ri enten.lo, 1àço ulna analogia, lenlo lcr uma coisa âtrâvós dir ourrâ . \t, '.'ôcp r,l-r ur "c,.i,rrr'i'.'.Jdurrl', I 1rê1, uuq,rr.I , ,,rô l, -, q . r.ro r\. ,.,1r. , ut. r,ui r Ienômcnos an..rlogosl' É, tem Lrrn montc de lenômcnos. trrdo c rnilogo. N4as conro ó quc poderiâ scr dc oulra lormâ? lsso qucr,:lizcr (tuc. sc Deus criou o nundo atrâvés do Seu vcrbo, dâ Slla [ala, da Snâ lnteligôncia, e se dopois a lnteligência se encarnâ historicâmentc num dia ial, é óbvio quc tudo qüc âconteceu :IÍcs foi análogo dissL) ni Ató a cncarnâçáo dc umr.rinhôca ó.lc lerlo modo unra cncarnaçao do Vcrbo 1)ivi,ro. Conro é.luc ia fazei a ninhoca por outro mcio? ihtã.) I)cus dissc: "Fâça se a minhoca". rninhocou na rüeslrâ hora. cslá âi a rncirürâção do Verbo Divino llntão \,ocê icm milhôcs de arralogias. . N{, lnm do frâzcr, o ttno de oura,' leÍn 1á milhóes de histórias dc encanlaçóes. Todas essas cncân1açóes são pârci.Lis. eln todas elas làlta rlÍlunr ncgócio De repcnic tcnos Lrma quc digo: "Espcrâ aí. não ó nadâ nritlógico não. é o próprio". lintáo iudo que veio antcs. ilrdo quc veio rlopois. é ânálogo disso A E|carnaçio .lo vcrbo é o esclarccirnerlo dc roda a eslrLrtura da reâlidadc. fAlüno: Se Ders io encartlo d.e ?en1ãd.e, se o laío tltio O resio tambén não ocorreu. ^llrno: Se oúo»e a let'tte sabe, se t\âo ocorrcu pelo fienos Íaí Pclo menos loi excelenlc idóia, lnas rnc parecc quc náo poderia scr de outra fonna. llu náo consigo montar â estrutum dâ realidâde lut\ C.oec fi17rR. a,r,rrod.,,xí, ltiod.Jrtr.no, znbxr 1932 / -qÇ'FÚ a náo ser tolnânalo essc norrcnto como o próprio esclarecimcnto' Se náo encâmotl vai lcr que cncarlrâr nrâis dia menos dia' senÀo nós nun!â vaN)s sâbcr na.ta. l \ uI,,. l, u /,,,/" io dt tn ,' o rau " t)ttt rao ' \i\t' n"t'o na ein de hdrcr uúa po le e trc o Íinilo e a ifilittito' ()ue & E ctnttaçda ten que hazret letn que e,iisli de qualquet nta ei)a) -\gosiinho diziâ isso. quc ten qLre hâver li 'liTenr: 'NÍas c anles'?"' Espera aÍ. essc 'anlcs" ó um "ântes" puraincnte histórico' Deus já nJr , ,lri ,.irú lua.dô d- LrrJrr'"c:u' I ('rro l'r siIn. náo tcm outra snídâ Daí nós só cntendenos a lilosoliâ escolástica colno a incnsâ construçâo intelectual que lcntâ pcilar o conie'rdo ,:la ltevclaç,to c expor nurra ioÍma doutrinal lógica' Nlas a ]ógica cra L^r '.1 q,r. ' le' ri ,l- rr ni ' p'' r ln'1" "1J t'-':o ' somcnle umr clc n1lriias possivcis Scrá quc Dão pode tcr ollirâ depois ais sinrplilicadâ e mais eliciente? É claro qllc pode, serao você cstá dizendo: 'Aquilo lá foi a cxpressâo rráxinrâ ac'üou iechou ali'' l\lrnn' ltitls nao podia etist.ít nais (' ') ) Diga isto: "Colno estrutuÍa ]ógica de tato ler:hou você nào vai cnconirar'. A lógica clos escol,rslicos é insupcrável, tlrdo que vcio clcpois em nalória de lógicaó até bobageÍt, pensândo bcnl Scmpre que você conpara os supostos âvânços da lóglca posiedor' que coinparâ conr o que os escolásticos iizc|alr, elcs ganhart lAlltno: í...) PoPP?t?l o método do Plrpper o que é? O nétodo do Popper iá esiá cm Aristólelcs. só que o Popper nào sâtre. O métododo Popper óa dialóiica dc Arisióteles dila dc unlâ ouh a mâneira' 58 [ntáo, coDro eslruiura lógica. clnr]o cstruiura doutiral. âli ó illlbatí\,c]. Mas acontccc quc esta haduçáo lógico analítica ó só uma 'l s mlritas traduÇócs possivejs. e âssirn como ela ajuclon sob c.rtos rspcctos, ailapalhou sob outros. Airêpalhíru connr? Gerânclo u râ sarlc dc problenas qucjustamente vao aparcccr com Descartes, Hurüc, Lockc,l(âr1i, elc. N"ofimdasconiÂs, to.la cssa conlusao odcrnâó uma .cúâ diiicuLdâdc dc lidar co r â cÍruiLrra escolííicâ dificulclâde que rro cÍá nos coilados, cstá nâ própria estrutura cscoláslica, porqtlc se ó umâ traduçâo lógico-analitica. eniáo dc tudo você eíá cxpondL) r cstrurura lógicâ, náo â esliu{u€ fática. E se você toma a cstrulura r;gicâ como a estrutura fática, dai vai dizer quc náo é assim Depois (lc 'rilhôcs de estruums fáticâs que você dcscubra. váo bâ(€r com â (ínúurâ lógica. porquc ela estava certa mcslno. Vtimos slrpot você nunca vilr um auiomóvcl. dai vê um rulonróvcl andanclo, entáo tenta descrevcl a estruiura Iógicâ do (tüc cstá aconleccndo sem sabeÍ o funcionamenio do motor a cxplosáo. PoÍ lógica. você nio vâi chcgâr ao molor â crplosâo, val ier que erâffiná-lo para ver como é que ele lunciona. nâo é assnn? Entáo u)cô vâi descrever ullla cstrutlrra lógica quc náo conlén o mdor a cxplosâo, lnas quc nâo será desrnenrido depois pela descriÇáo. O! seiâ, ioda a llscolásrica nâo pâssa de uma das inumerávcis l(nrras dc se erpor a mcsmâ coisâ. sli quc po.leria expor tlc uma {)üira maneira por cxcnlplo. âtrâvós da arquiletúa dâs câtedrais É uma maneira dc €xpor. entáo você teria u.ra esirutura visual que corresponde mais oll mcnos àquilu. NIâs o análogo visual da coisa n,LL) a a,:lcscriç,Lo dela, ó um análogo, assirn como o conjunro da doutrinê cscolástica é um análogo. r,la é uma cspécie de obra dc ârte â1ravés de cuja contcmplacáo você pcrccbe clo que ela cstá falândo. 5') lAlLtna Deq etldo a(luíIo... Mas 'ta muúdou ntlo ler a rcslo da qüe esxi)a esctita, muita pelo co trátia I l\lllna: Não, úas pan ele aqLtílo iti tl'to ("') ) Mas se o cara tivessc dilo: "Olha, eü descobri aqui um ieiio que vâi muilo mâis direio no ponto'. . Se elc co scglrissc erplicâr aqlrilo' ia lnân.lar ler toclâ aquela coisa antes? Ele náo é sádicol DiTia: "Não precisa ler aqujlo nào. 1ô isso aqui que. prcnto' iá v'ri direto 'l l^l,:|na: 1...) clizenllo isso,lb sel1Íiàa de dizet (1 e eru paLha paftt ele, que Íí ha leito toclo \quele canifiha (" ) 'l Ai a pessoa começâ a mistificar: "É que cle âlcançou u grau dc sanlidacle".. Você não sabe sc isso que cle percebeü no finâl estíL viiculado a um grau de santidade ou loi unrâ simplcs evidência que Deus podcriâ dâr a qualquer um dc nós' lAlüna. Ah, mas a santidade Deus pade dar tl quakluet m de nós ) f,las isso não tem nÂdâ a ver co a santidâde' Ele poderia revelâr isso a un1 sânto, como poaleria revelar a outro quêlqucr O conteúdo do que o suieiio perccbeu náo está intrinsecâmenlc vinculado à suâ saniialaclc. Éniáo, pÍontol As pessoas sc âlastan e dizem: "Espera âí' isso quc ele pcrcebcu no fim é mlriio cl€vado, eniâo vou ficar só com islo âqui'. Eu cligo: "Vooê percebe o que cstá lâzendo?" ÍArllna: O qúe eu estou querelldo dizet é que as pessaas achafi que, porque kLnto'lbmás lalaü que aquilolá erc paLha pottallto' nao Íêt1l qüe estudat e ente der..) Sc ele talou que é palha, é porquc ten un oütro ieiio mclhor de lller a ncsmâ coisa, c que náo dcu tempo de cle explicar. Alrna: É clarc, o home l morrcu com quarcnta e sele a osil Se dcpois aparcce oulro camaraclê e vai direto no ponlo, digo: "l']r)dc ser islo aqui lsio aqui pode seÍ âlgo daquilo que Sânio Tomás t)crcebeu"l O que inieressa é o faio, c nào a doutrina fAluno: O set hüfial1o Íe ufia capacídade de ca fu dit tneío NossaI PorqLlesc â obrigarório cstud ar tudo aqu ilo? EuD1.Lespócie {lc idolatria tâmbém. idoLâtria por un pcrsonage histórico l^lúo: L titã sa to.l E ninglrém cstá deslâzcndo do iffcnso edilício c êdo por SantL) li)más de Aquino. náo ó cste o problcma. desfâzcr O julgamcnto que , "r," " r('fei.ô irr. ir, 'ô'a rir porq.'. (. r;u 'n. ncm a deusâ História para dizcr o que é o mais ele!âdo e muilo mcnos sou Deus propriamenle dito pêra julgar os càras, para mandáJos para ,) lnierno. Só estou tãlando de um ponto de vista pragÍnático: 'O que L,rlais fácil?". NIcu personâgem predilcro na Bíblia é aquele sujcito que chcga t)rrê lesus Crisio e diz: "olhê, esse ncgócio iodo é muito co plicado. Nilo tem uma vercào mais sinrplcs?" E Jesus diz para el€r "Cunpra o rinrciro e o segundo lnandamcntos". Gostci desse cara Esse suleito loi un1 benemérito. :tânio porque antes cram dez mândanentos (.. ). ,r negócio já complica. E os judeus, entào. quc sáo 365? Dai tanbé r . uma paralernália. Nào tenl um ieiio mais simples? Tem, está aqui. 63 I I Nâo qucr diTcr que os outros 363 nâo vâlhânl nào é cste o prcblerna' LAluno: làlt rldisr 61.1.l ^lr ..o1.'sJ,,h5pu\r.,\J' r,:i\n1Ô'!io r r'\nrg'r'\u rrau ó assitnl il um negóoio inltrnall Enl.]o. . fAluno: Se ?Írci consegrit cufilptit' na t ein dít?it1 i'i está ólil o \ Mas eniáo náo precisa nem nleiâ dúzia, só doisl Isso é dcvido à lirnitaçao da nrente humanâ Porqüc Deüs sabe tudo isso de cor e â gcntc só pârâ .lccorar já vêi rm lempào E a ll§coláslica'/ I)tâo v'trlms tcr quc ler ioclo essc fegócio. a Sunla tealóúcd' dczoiio volumes' mâis a Sür,l7 colrrz os gt ,lios, mais náo sci mais o q!ô" Uspcra aí' isso iudo ó lejlo pârâ lins n:io dâ saLvaqáo da süa alma ne da sua conquista da sabedoriâ. ls§o é ieito para fins dc ci\ilirâçào isso é pârí a socicrlade humana, é um palrimônio d.L sociedade hÜmâna' c de n,"r.r-, , !:rÍr rir qur ('r4r, 5c nDr! ar \4d\ 'r'r ' qJr r"n o' ;t ' i ''t de iudol Não. vocô nÀo precisâ dc lüdo. Por cremplo, pâra vocô ilrmâr umâ dosc de rcnlédio quantas nilharcs nao precisârâm scrlabricâdas? Vocô vai ler que lon1ar lodas? ^i peila Lrn viclinho de pcnicilina' aquclc ali resolvc nras nâo dá para Iazcr aqucle soTinho Por q!rô? Porque tlcpendc de lcr unrâ fábÍica' clcpenclc disso, clependc daquilo Então tem que lazcr rnilhóes' n1as o que você prccisa é un1 só. E como elr cnte do senrpre a filosofiâ no serrtido da unidâde do conhecitncnto. da utlidâ'le da cotlsciência' da consciênciâ reâl do indivíluo real - nâo cln lcrrnlrs dc clrltura' nâo em terÍros de patri ônio público, n1as do quc eu você' você' você pode canegâr , pcnso que o ensino da lilosoliâ ó paÍa islo Claro que cxiste o oütro lado dâ cultura filosófiü râmhérn mâs â culturâ lilosófica cstá para a filosofia coln a iábrica de penicilina csiá para a l(lricilina O que vâi c0rar você não é a lábricâ de penicllinâ não sáo nilhõcs dc closcs dc pcnicilina. ó uma. aqucla qu€ \,ocê vâi lomar Se lodo aqlrele imenso edilício da lscoláslica nao dessc parâ a !rrle chegâr e resolver aquilo.le uma aneirâ nrâis simplcs, cr bom rarcqâ nrais complicadâ porque os h,ros de Zubiri sâo mlriio mais (liliccis de Ier do que os livrus dos escolásticos, rnas depois quc locê lê !a que dá para rcsüffir cnr dcz linhas -, pâra a ilcnic prc\,âr isso não t) ccisa daqucla coisa tocla Para vocô c\plicâr é dcz linhas. Porquc .l! cslá di7en.lo, no Iinr das cont.rs: "aJllu. suâ in(eligênciâ rrio eslá .ü vocô. cla cstá nâ rcalidadc. Nao prccisa guârdar tudo nâ cabcça. (l!ando csqucccr. vocô (rha de novo' E muito mais lãcil você dormir rkr foite co.r essa idé:a lá: "\bu dor rir porqlre amanha ollrundo eíá iLi dc novo c o.:Llc cu csqucccrcu olho . ^luno: Àt,o á isJo que ersilúút t1a cscola.) Não ó isso quc crlsinam na cscola. Qucrc'r botar nâ câbcça. Daí. ( e tanto botar coisa nâ cabeça. você acabâ achando quc o nmndo es1á ,rr sua cabeça. que sto as slrâs lbrmas u plioti. ttüe é à constNçáL) lcirl da rcalidâdc. c por aí vâi. Daí vocô fica cada vcz nrais doido. li cu nâo tcnho dúviclâ de que isto nào começa no chanado desvio rr"l, n,, i*..on e.:r ,,r I \.1'1, ,ti.., ,,. ,,iu ljir(irJe\u,if(t,, l, a a doutrina c criâr urr cdifÍcio Iógico conl colrrcço. mcio c fim. ll,,rn, Da época serviu para algumâ coisâ. Prccisavâ fâzer isso. claro quc t)iec;sâv.I. Nlas você precisâ dlsso agoràl Náo é possívell l^llrna: Por que nào? Il, se l.iftir os sécuLas dc cotlÍus.ro que 1 lia ?) l'Íxquc já ficou srandc denais e já deu conrusâo clemâis. E não L.rn ulna coisâ qre os escolásiicos disser.lÍn que alguéir não tenha I I ú5 l discrÍiclo dcpois Entâo, se vocô Iê os escoiásticos. tcn quc lcr as obicçôes ialnbóm. teln quc rcspLtncler também, e vai passar o resto da vida nlrma polênica quc você po.leria matar dircto. l,\lrna:Mospotque aalel clitztu sefiler a Polê|nica. pot erclnpLa' em üínteitu l gat ll Isso ai é bcatice, isso náo pode Eu vou ler só aquj, Santo Tomás de Àquino. qlre o Pâpa nandor ler Os outros eu náo vou ler. porque são infióis." Daí ó sacanagcm, vocé rrão sâbe se sao infiéis I^:.rIá: Let uula c)bta o arigúltl\. Eu passo let "Cttt4|to expliu Tomtis de r\quino' , fias nlio é tl fiesma coísa! (...) tsonr, mas lcr o Cactano que €xplica, você icm que lêt o loào de Sáo lbmás que e{plica o Caelano, e tenr quc Lcr o ouiro que explica o Joáo dc Sâo lbrnás, c você \,âi chesâr. f^lun.l sllãrer / )l O Suárcz nAo explica nada, ó o âúor mais complicado que existel tlu icnho Lrs oito vollrme \ das Dispülações nelal^iúds.r e eu consegui Lcr i nta páginâs âlé lrojc, suando sângue Pâra ler aquilol lAluna: Ã? Se tocê nLasl1lo (..-) at)c', aprc rle que !,osla da "Lá cle vai cxplicar iudinho. Náo cxplicâ é nadal tAluna: (. ) Ell estoú dize da a seguintP tin ' S rircz tlta o João (le São Tot1lás, lia o Caela o. Não q et ài.er qúe rot:ê aa ?ai lc) patque úo hetélicas l:: palque é uma rlíscussoo que pega Súüto Ibntíis. Quol é a díticuldode? Eu Llcho qtLe é L!ma obtiEaçàa.l 1].lai? I as obieçóes que l'orâm lcitas dcpois? Você vaj Làzer unr sallo? \bcê lê Sanlo Tomás dc Aquino. vocé está em pleno século XXI, irh âpenas oilo sécLrlos. Tudo o quc acontcceu nesses oito séculos pâra !ocô náo cxiste, ê você está lá grudado cm Santo ToÍnás de Aquino. l^luna: 4 pode sej un ouÍto ttélod.a pav teLtÍat rucupemt islo NIas para qüc lazer isso! A bagunça já estava na Escolástica. esse é ilue é o ponto. Nào houvc ncnhurra bagunçaquesecriasse dcpois quc à r r.rgem já nro e!tivessc dada na própriâ círu1!m.ln }lscolástica. Senào os caras não tcriam surgido. porqlre ningLróm lcz nâl:la de sâcaDagenl \1)tê vê qlre Dcscartcs passou bons ânos estudando a Escolásticâ c chcgou à conclusáo de qlre aqLrilo lá cstava nrâis conÍuldiüdo do que u\plicando. E dâí ele terrta. só que ele oor undc nlais ÍDr pouco IssL) ÍNtjna (...) àa querctnos é lãLat que agotu (...) ) Vcja, a Escoláslicâé unr edilício lógico com conrcço, meio e liln. l,stão lii âs premissas ctais conseqüências Se lor para você transpor o Evangelho rlsta lbrma. entào a fonna quc vâi seguir é Írais ou menos essa. Só quc r lixma não a 1o1âlÍrcrrte âdequada EIes n,Lo sabiam quc nu câ ia ser totalmente adequada "Está âqui, loda a lorntr, está tudo...". Mâs se ,- r. luuo Ll<nun.rr..du. odI rt-\ p.cci 1 a e' I por.lu< \( quir di,?. r no fundo. que nâda eslá denonstradinho. Qucr dizcr que toda essa sua bcla deDonslraçâo lunciona sc o suieho iiver lé. I LFmncisc. sLnú7 lra?,rr.i.r.s rr.r,/^_i.rs Àladrid aiÍcd!s 1960 I ) [A1:.1t)o: I: se acê úé una cti a]tça mscentlo,éun njilageía thé t. Colno teue. pan aca tet:et tie nascet utna ctianÇ.l. é un mila,éreij D".1 ru \1, cnÍ,ru '.tu',l l-r .,nc^.- er,r rut,.^....,r , colocar-am cnirc o natlrrâl c o sobreuatural. isso aÍ atrapalhou Nào há nada nalural quc pudesse eristir sern ter o tundamento sobrc|atlrrâT. rada. Então o natural só inieressa âra ccl1o ponlo. A própria.lcl'iniçáo dc milagre quc. aliás. eu já pus naquele livro. O ct'inte tla lladrc lE ?s.rondc eu i'alei: -Vocôs estão chanrando de nilagrc o contrário. Vocês estáo inveúendo tudo elrcr .tizcr, urn milagre ó uma ruplura da lci natlrral '. Não. a exjstônciâ.la lei naturâl ó unr milagre. porqLro eh nâo ó âutoiundadal Se você ioma o Lrnilerso cL'nnr uDr caDrpo finito onde âcont.cem certas coisas de acordo conr certís rcgrâs, esse campo liniLo vâi sc csgorar tsso qLier djzer quc. s€ não cxisle contirLiaÍnente o influxo dâ possibitid.rde para dcnlro da rcâlicladc não lenl rcâlidacle atguffa que possa sc sustenrâr. Enlão o naturâi é uff globo quc cstá boiando dcr)iro de um nrâr de sobrenatumt Porlanto. a coisâ mris largica do nnr.clo ó o sobrenatLrrat. É uruiio mais lógico o sohrenatural do que o natural. Natural ó o nomc que vlrcê dcu pêra unl limit," hipotótico. conlencionâI. náo é vercladc? Pnr.L vocô não ver a clidência do sobrenaiural É por isso que estou muito mais com S:to Boavcntum.lo q0e conl Sanio'linnás dc Aquino. Sâo Boayentura dizià: .A p mcira co'"rrir<n... Dr.. úr.\t.erit.u. L;,:rrrrnirr rr, frr\,rquL lAlrl]|| Mas i liniile para üocê. (... ) porque ptrú ele ào é ( ..)l L-laro, mâs existen inúmeros l'atorcs civiiizacio ais c hisróricos qüe contriblriram para isso. A Escoláslic. é Lrm dcles. fAtrra: Bon, eu precíso aEaru tle uísque Eu ncio.. Ít, l.tz uínteu]tas que estou na lascoLisíica. eu botei ninhú üi.1.1 tti, pa4 ocê rcdi:et ttue isso atrupúllÍ! c... I Mâs ó claro que âtrapalhat Sc não losse a Escoiásiica não tirha iJ,,..,^r. ..,, r.. r,r,.,u d, D..:. u.JUr, i.^.,u(r,rj,,!r qu. n L ru...justiflcado fazei: rnrha que i:rcr lAlrna: Lu dchei que ia set.o naix.itno estttlat ã(tuila I'l Ju,,Ir'.q.. .1.! r\cu,rfi^Dr..ra(r..,,_Iô oqIur. _,t\. -,,problel]u cria oL]rro, é lei.:te Murph.r lt\l]na: XIas ne]1ot au...) Não. rnenor n.io podc scr nrcnor oLr podc sef mârcf. você nunca sabe. lAlLtno: Vet.t. nào a? tlcta .ü) nL)üo.l Clarol Eniào rcsoivernnr lá uns quanros protrlcnas c clcirârânlr)utros Os ouiros corl1o tcmpo cresceranr l\t,n,,-t,,.,,,t',,n "ttt,u, r,tu,t)t,l,a,,,to,,tt_l Clâro, criarâDr outros ^cho qre a idéia mcsnra cte unra tom tacao.',.' i.,r, r',r, ,,,!i. r.t.rJur, .iIJ.raIS(ti\ rro ! ur ra i.Jcir fr trcmj lr, ".r\r Pr,, . p.,lin\ t( p,,, q ,L nôi. .\ | ru\ u.1, Ju ! u.c ,rá oe GuJc,. q ..!irimosü"r quc náo crisre â demonslraçáo tógica perttira, en atgurn,,r)rlr:'rio vai ter um hiaro Bonr. quanto mais você caprichar.ncssc ....r.iu rrai. ô. Jrrtô. ,,rô,Fj,11(.r jc.I .ur.r ,tuc,. Ir.r! prorrJ ,,.,lo quc a dcrürnÍração tógica. É o quô? É o taio mcsmo. tntão a,h!ronstração tógicâ era jmporrantc nâqucte rDomcnro. dcnrro dáqueta \O ütne da Mtnk Agdnu lLuÍ16à..r1rc.:;ri)11 dhdad.. ttitlut:tt) Sào Pru o spc.(ltrrL l'r8i 'i2 í I ) discrssáo. Nlas tern âlilo que ficou encobcl1o por isso: o fâto mesnro. Tcrn algLrm jeilo dc você nroslmrtrânslucidanrenic csieiâlo? Tcm, mas ai precisa comcÇar por ver dc outra mêneira os pra)prio§ lalos simplcs da orde.r sensncl. \lr hora cm qLte você concqa a ler a ordcrn sen§ivel dc I ná ôutrâ rnaneira. cntende os lâtos diros nrirâcrlosos tambÉm dc otrtra mâncira Por quc aqueles canraradas qlre assistiam aquclcs milagies de lcliis CriÍo n,o colocâvam problemas lcó cos? Não ó ftLnlísiicol Estâva cher) dc filótulL,s all enr !oha. Por quô? hrqlre aqrclcs tatos ntio lhes parcciam enlgmas, c sirn parcciarr rcspostas: 'A gcntc cstava é com unrâ dúvida na cabcça Vcio o hrnncln aqLIi, cnlâpilJrba. respondcu. tapou nossa hoca. nós lr,o s(, os capaze§ .lc làzcr Lrnla pcrgunta a mais ' Ag(,m. passâdo! dois milônios, quilo dc laio lilou tão irmginquo tr.,.. ,r".r .u,,: Ir\nirrlr \l.r' c,,rn, .rrr'r' erlcndi-lLr OLr eieóauto'evidenle. oll os milagres .lc Cristo sáo resposias, ou \,ocê runca vai enlendê los. Ou eles te crplicarl algo. ou você nunca lrLi erlcndó-lo§. l,;r1llo, pâra se colocar nulna Pcrsfectiva cni que clcs lhc nústrcnr o qlrc são vcr.la.leitanrcntc, que cl€s são rcsposlxs, voca prccisa iàzcr a desmonlitscm civiliz.rcio al. l{lrna: A {túe pftLisa re.0 ntuiÍo I N,o sci. TLln mujla gcntc rezandr) e não chcga njsso. Eu que nlo re1o. fiLrito pouco [.\lrrnâ: Àlio lí,n ,nrgrá] ]'ezotltlo.) Náo, náo é prcciso rczar Vocô prcoistL que,cr isso. Querer ó "ma I Al:n,r: i, 11o sentido d|IltLib que ( ..).) E eu qLris isso. Quis isso por qrrê? Porque eslâ\'a cânsad(, dcssc neg{icio todol lb.lâ cssa discüssão filosólica ocidcnial clrcgolr â um p(nrto de um artificialislllo absolulÂirrcntc sulbcantc. Dcntro da prrjpria IlscolástictL chegâ nisso. NrÍas afirlal. tu qüc csttio làlando'l Na hora em quc voca vê quc csscs caras rcntaranr explicar todo o proccsso coSnitivo como alilo que se passa dclllro do scr hunüno.. trlâs qLre r )lastrlroskladcl Oncle cstá csse ser humâno, aiinal dc !!,rias? Elc naro esiá no Univcrso? N:1o €stá na próPria rcâlida(te scgundal I]Íáo o processo cognilivo ie|r que e!tar lá lora. n,to dcniro dcle.'rem que eslai Ia rcaiida(le E a rcalidade quc sc conhecc através de vocô. ^ irllcligôncia nào está cln vocé, eíá râ realidàdc. Nào é suâ csirutlra lcchada. o eu Quan(lochegou ncsscptrrro,digo: "Irspcra ai, vâD](» parar. já loi nruito lofge €ssa brincâdeirâ'. Entío, qucm sâbe sc a gcntc vir:rr o disco. eln vez dc ficar inlefrogando r) conhccimenlo humano a gcrtc interroilar a próprii rcalidadc qucm sabc luncn)t1a No firn do séc 1o Lx. que ó o séclrlo mais miserável da histÚriâ hrmana. acolltccc cntiio essc milagre cl!anâdo Zubiri o sujeito âqui cxplicar'ÉâssLrrr. assirn. assjnr" Évcrdade qu..l. tr:rl rrna dilictrlclack: lr.cnsa de c\plicar. porque clc meslno não tinhâ Lrnr vocabulário suticicntcrrenic sinples para cxpressar âquilo que csiâvâ quererdo (lizer daÍ inventa rrilhacs.te terrnos tócnicos, nrâs.lepois quc você rbsorvc isso ele cc mostra enotnrcmcnte sirnplcs. E eu jÍ sabia que eiâ assim..^nies dc clc lalrr ell iá sabia q c cra, só qüe cu mcslno nao conseguia dizcr ^gora quc cle disse complicado. agoÍa cLr consigo dizcr sir.plcs tambérn E isto tudo !olrado não parâ os lato§ si.rplcs dâ ordern scnsívcl. nias pâra essc grandc folo que inaüglrr.L o cristianismo. qllc \,ocê colncça a ver de 1lnra mânelra m ito m.Lis e!idcntc do que antcs O làto de ís pcssoas lcdlrcrn unLL explicaqão parê a Rcvclaqr,Lo \l)11 cxplicar a Rcvclaq,ol Não. oLr ela nrc cxplica ou áo vou cnlendcr t.1 I I nâdâl Nao tcnho quc cxplicá Iâ. a cla que ten quc lre explicar Enião lcia o Evangclho iodo. I você vê quc lcrn gcutc qLrc \,ô aqlrilo e lic.r louco da vidr. q!cr malar o cara, c há outros qlre lican nraiavilIados, nras rão ic irc|hrrn qrc lcvanta problenrâs lllosólicos. Elcs nâo Qlrando o Crisio di7: -Eu soLr o cânllnhL,. a verrlade c a vida', ele qücr dizcr: -Nâo c\istc nenhun car.irho lõrâ disto. c ncnhuDra vcrdade lbra .listo, e rellrurna vida lora disto. Estti tudo tLqui denlr{)' l-l ondc é quc cu vou procurar isso? Ele que rre cligâl E sc vocô não enielldcul' La connr a narraliva de algo qrc acontcccrL, porqlle sc vocô lcrl . "Espera ai. isto âqui é Lrin prodrto culturâl do " ( ) liu i,. ... .i . .,. ..ar :q 1,, , ur r,, ,r rr,r1 L ' , dilíclll Podc scr ata quc scja possível. rnâs s(i sc vocô iá cntra na leitLIra cal.Icsan.lo mihóes Llc inierprclaçarcs histarricas. sociológic.Ls. qüe lora.r ltilas dcpois. O lato a o seguinte: os q!a(ro narradorcs nâo .rprcscntam aquib como Lrnra hislóiiâ.le licção. Não aprcscntâln conlo nma cxposiEâo douirinai. aprescntarr como uma rcportagenr lAlu'la: Cotto ut íuía oria ) Sc é novo l.)u nao ó nolo cu não sci. lAluno: E ,.,,? l.eülaln cleil catn rctótica Praticatncnte sel ües simplcsnrcntc co.trnr o qne àconteceu E|táo aquclc -tsonr, agora o qlre cu vou lalcr colr csta narmtiva?"... Ênli.r. não tcm nenhurnâ coisa quc cstcja lá, dúvida quc scja slrscitada, qrc dc ccrto rodo â própriâ narrativâ n.Lo .Lcabe iesporrdendo sc vocô lcr dc novo Ou hoje.Llguérrr lê. o! oulc ató Lrm comcni.lrio teito por u r padrc. pnstor prctcsiânic, a coisa clucida. EniLo rL explicaçáo dâ Rcvclaçào a cla mcsma quc d,r E a idóia dc vocô cxpor artuilo sob â li,rna (ie u.r traiado lógico. bom. é Lrnr. idéiir mlrito posterid quc sur.ec nuurâ ..r u |r..rai..t,..r'.r "q 1 n,r .ni r.i,.rr.i, I. r:,.,, rr,...: 1!\lutlo: Há u ta 1.. ) de uma desc]içdo lena ic oLóeic ? Paryuc surdo..) O quc cu cslolr lazerdo é urrrit abor(lagenl lenL,menológica. no firr das conias. E. na vcrdadc. vocô rachândo â cabcça corn a [scol:islicà durrrle.[iito lempo. ela \,.i lhe.]ejxar todos os cnigmas quc. dc tàlo, histíricar c|rc, foranr irar)s rili.los depois. e vro acabâr surgilcb Dâ ('hcça lodas .Ls dúvidas quc surgiran1 dcpois O lilniic dâ possibi]ida.lc d.lâ já es(:i dado hisr(,icanrenre. }]lafoi até ondc podia n. daí comcÇam r sLrilir pcrgunias paÉ âs qunis elí nilo tem rcsposta, ou â resposta srrrgc nrrito tarde. Entào. por qrc rão lcr â Escolástica exâl.inrenie co'ro âquilo q e eh llil }oi Lrma tentâ1iva cle translomrar urnâ nxrrâtiva nunr sisicnrâ dcduiivo lllaloi islo Disse que iâ fazcr isto c lcz isto Nâo a âssirn? [sse sislenia dedulivo é a trackrçáo complela e perlcita da narrâtivâl' N{âs clâro quc náoL Elc ó Lrm ânálogo delà. u.r anílogo lógjcL, assnn romo umâ câtcchâl ó um análogo arquiteiôr)ico L lao o sujeilo. .sludando aiquitelura clas catedrais vai chegar ao cristianisnrol Podc .hc.eâr c podc náo chcgâr. Iilos.íia escoláslica e leologia escolástica \rio â mesma coisâ. \bcô olhando o crisiiânisnro atln!és d:rqLreln grnde (inrucptual é .L niesnrâ coisa qlre olh,L lo airavas dc rLma csirutrrâ dc unra igrcia. oLr dc rma obra dc adc criíã. Pode ser que vlrcé \'eja L) rristianisDro atrás. c podc scr quc sc pcrca no cffarânhado e nurcil rlais sâia Ii se chega lesus CrisLo na slra irente e ressuscita Lázaro? t'cln possibilidadc .lc cnga|o? Só sc !ocê lor muilo lllho da pul.r. 1,lftao. cxiste Lün âtâlho. 't sensíl)el. O corpo, eu prcciso do cotpo, mas quanào eu percebo a inteliÉência cofiprcendendo ista que é o ser em mim aiaüés do fieu cotpo, ísío não é uma caísa sensíúel.l É o corpo que percebe. sim. É, pior que é, pois você náo percebe nada disto em si mcsmo. Quando você diz que está percebendo o ato dc scr inteligência, náo está percebendo isso, está dando um nome incorpóreo a algo que você percebeu corporcamente, está lazendo uma ab.r"(an i.sn r ào e pcÍcetç;ú. i\ru < rb.rrd\ao. A minha inteligência só opera tendo matcrial, então eu vejo o que ela faz perante o material, pcrante as minhas §ensaça,es, perantc o quc percebo Íora. etc. Daí eu sepa(o, Iaço abstraçáo e digo: "Olha, âqui está o aierial e ali está o ato da inteligência". lsso é abstração. não é pcrccpção. Você nlrnca percebe a inteligêrrcia operando, só percebe coisas, sitriaçóes e Íatos, c é ali que está a inteligência. Quando a gente pcnsa que percebeu a próp a inteligência, daí a gcntc brinca de Deus: "Eu sou a /7o€sls fioesios Íne contcmplando a mim mesmo no ato de inteligir". Tudo isso é menlira. Isso só Deus faz, a gcnte não laz isso. Quando você percebe quc o quc você está contemplândo náo é inteligência, mas sáo coisas e a sua convivência cognitiva com cssas coisas coisas da vida interior ou dâ externa -, pcrccbe que a tal da inleligência náo está cm você, está na realidade. lAluna: ÀIas tocê Íaz patLe da rcaLídade, uacê também está na rcalidade.) Então eu náo percebo " â inteiigência' , a min ha inteligência fu ncionando. Náo é isso !ue elr percebo. eu só percebo coisâs e situaçôes. lAluna: Porq e isso qüe tocê estii quercfido dílet' q e é ( ") iteliTêncía sefisíúel, eu posso aíé e te der tlum (..), e não lilerulizando isso qtg aocê esÍá lakü1do. Quarl(lo o HuEo de Sáa Vítot inÍeryrcta esw coisa de que o homen é leito à imalem e scnelhança de Deus, ete diz- que o homem pode peúet a semelhança de Deus, nas iamais a ímagem, porque a senelhança ele campata com tudo aquilo que setia o prccesso amoraso Entàa o honefi pode perdet, atratés de umtt fieg,tig,ê cia da üa taile, de üln abandolTo da í)ol1tade, o aspecto amoroso, mas ele nào pade pe er a aspecto da inagem.Eéa(...)..-1 Sim. n1as tudo isso é o que o Hugo de São Vitor disse. N,ro é isso? Agora. € se cu chanâr o Hllgo de Sáo Vítor âqui e disseri 'Contenrple a suâ inteligência", cle não fârá isso. l}llúna: Ntro esíou di)endo a sua inteliSêncio, eslou dizenclo o ttío d.e ifiteLigit sohrc o...) O âto de inteligir, náo. Você só percebc unl alo dc vocé intcligirumâ deierminada coisa naquele momento lAluna: E islo é sensízrdl? A gefite àa percebe...) O ato dâ intcligência em si fiesmo não é contemplável. é um nome que você dá â umâ ... l\lrl:lâ: Operaçao. E nàa é sensíúel.) A operação considerada em si mesna náo é sensível. poÍ isso mesmo ela náo é coniempLada. Ela é uma dedLlçáo quevocêlazdepois Enahora cm que comcça a "contemplar" esses universâis âbstratos, você cstá começando a ficár müiio doialo e esiá brincando de Dcu§. O qle é i portante entendcré o seguinte:você não poderia lâzer isio e, ao mesmotcmpo. se nâo existisse esse âro, não podcria eslar làzendo o que está lazendo. lAluno: A,4, si,,fl, entào iá é uma deduçãa. NaqueLa hislótia de o suieíta percebet que üocê percebe, como um insíatlte de petcepçãa.] Essaé uma dedução Isso, acadavezquevocê percebe. vocêpercebe lAluna: Is.r.,. (.. ) a ttipla íntuiçaa de úi te a as úlrás. nAa é? Islo num ato nãa set§íúel... PatÍe do ufii?erso sensotial, potque... z)ocê esLá xiüa paru lazet isso.l Elc é todinho sensÍvel. todo ele... Mns é clarol Se nao há nenhuma êlteraçáo em vocé, você nAo peÍcebe. l{lüj]a: Mas üocê fiao percebe fiais a aLteruçào (...).) Olha, nesse sentido nós somos bichinhos mesmo. O que você entende é que no conjunto desla operaçáo existe algo que a possibilita, e esse algo que a possibilita não é você mcsmo, cntão você a percebe como um mistério. A distinAáo do material ou do imaterial inâterial no seniido inglês da pâlavra é irrelevanie, é absolulamente ilrelcvante. L qu( no. e.lomor rruilo a.o.l. naJo. a pcn.ar num negdciu q.... Você pensa enr âssuntos cspirituaG, você quer um negócio que está para além do corpo. dâ n1ente. Mas náo está além, ele está aqui o tenpo todol Você, reâlmente, não o pcrccbe, mas é claro qu€ ele esiá ali. Então isso ó a mcsmâ coisa que dizer que a lâl dâ contemplaçáo espiritlral é un1ê figurâ de linglragem, não é uma realidade. O quc vocô contenrpla é seffpre coisa matcrial, scmpre - seja maté a físicâ, sejâ matéria psíquica, algurna coisa assim. 8+ lÃlLtnà lloje en dia Lhega se a (...) Denóctito can outtos alhos. (... ) Tem níaeis de naLetialidade.l O mundo de Denócrito é um mundo tolalnente lnventâdo, é um rnlrndo de abstrações e náo de realidade. Qlrâlquer quc scja o nível de nraterialidâde. você está dentrc da matéria. Nós náo saúnos da matériâ um único minuto. T[do isso que estamos lalando. tudo isso é matcrial. As curas que Jesus Cristo fez Ioram materiâis ou náo? Se náo lbsse material, digo: "Olha, milagrcs espirituais âté eu laço". Esse é um nrilagre pensado. ó puramente espiritual. não êconteceu, só aconteceu r)o mundo do espírito. Agora. a cÍiação do mundo, a Encarnaçáo de Nosso Senhor lesus Cristo, os milagr€s de Nosso Senhor Jesus, iudo lsro é niaterial. por isso é divino. l{lunã: É nateial tambén.) Vocô entende que, neste seniido cm que estou dizendo, :r oposiçáo cntre naterialismo e espiritualisrno náo existe absolutamente. é um rome que se dá. No lundo, se você lbr materiâiisla até o fim. aivocô tem r cvidência de Deus dali por diânte, claro. Mas é que os materialistas não sào maierialisias, elcs náo levam a sério "a matéda". Eles levâm a sério ceÍtos aspcctos abstrâtos da matéria. que eles châmam de 'rnatéria". Por exen1plo, as propri€dadcs fisicas da matéria. Eu eslou lalando _nâtéria" no seniido daquilo que é inediaiamente sensível à ÍAlúnot "Maíétía" no sentid.o q e se daüa ao tetma na século XIX. .t1lào, não él AquíLo que é aprcefisítel aos sentidos.l É. Na verdade, até a palavra 'seniidírs" já é ulna abstrâçâo, percebe? Vamos dizer aquilo que é apreensível poÍ mim, côncretamente falíndo. 85 F.lr I lÁtúa ( ..) tioú quü dl.ct L) cotpo, túa c? Nada se passa sctL t) Cr)rpo c(!lo r)foslo a.ilgur)â oulra coisa tâmbónr ó abstraçáo Eu rão csiorL lalando disso. csiou hlando da c\pcriônciâ rcal Alé a .listinc.ro enlre cor|o e rrao «»po é r r!r ilr) postcr ior Ali no Evangclho, ,nrdc âpircccm os nrilag|cs. lcsus Criío ao ffcsmo tcmln) cura o sujcito c o absolvc dc scus pccados. pcrccbc'? Elc ntio.listinguc cnlrc Lr.ra coisr c oulrr ll a nclilla coisa Üe diz: 'Olhll aqüi cstá a sLra docnqâ c lá. scpârâdos. cstão os scus pccâdos"? Nâo, ó tudo uma coisa só. B é âssirr quc âs coisâs sc dào na rcâlidâ(le. ^sora. quândo tcntamos vcr cslnrlura l(')gici.lo froccsso, I(')s o di!i.liirx)s cllr corrcitos dilcrcnl.s. c às !czcs nâo clrtcndcnros quc a di!isáo ncsscs âspcctos dilcrentcs é mcramcntc 1(igicr c. po11an1o, cramenlc lLLncional. linttro. se vouê peryrftal ir!sirr: 'Deus on corpr)?'. vocô vâi dizcrl "Dcns nao tcm r1)rpo'. Coita.lo. Elc cstá privâclo dc rgir ro nundo nraLcriâ1. coitâclol Dcus tcnr (o.lo! os rorpos. c\islenl.s c nio crislenrcs Quando você cslá lahndo.le inlinilo. Ia escala de irfiniio. não 1àz scniir:lo â distrnção cntrc cspiritual c mâicrial. lnlinitLrdc. onipotêr1cia. voca !âi transpor mâtcrial c espiritlral pâra laL'l Que brincadeirâ é es(â? Você lenr a renliditde apenâs l]rlao. qu.rn.lo você cl,: 'Dcusópuro '\ IIi . rfi l.r,, rllii.r 1d, .ri r,".r. 'r,,....rr ,,,r' ir,' fil(xófico rigorrso'. lÁ1ri!: L o dta rle. . aqueLú di|ristlo ptl euada Escolástica. DLus Ai jti rrrelhora u.r poucl) N,las ludo â.trilo quc cristc crn potônciâ . Sc DcLis ó âio puro, Dr1ls não tcm potônciâ. E as potôn(ias to.lâs on.le ó quc cs1ào'l Íile é.Lto plro H ftLo porque nele nio hâja polênciâ. rnâs por!ue te.r todrs as polêllcias. li).:las essas qlreslôcs surscm dc qlrc. qunf(lo lcnús os cscolásiiros. ,r âtó os âlriorc\ qlre lhes succdcrarr. nós scr.pre est.Lnnrs tornando d(iutruas lÍigicas conro se losseur cstrrturâs iáiicâs Digo de ourro rr)do: esLânros tomêndo LLnrx distlncâo clc nomcnclaiura c(nr!) se ,,ssc disiincão de coisrLs ietLis Essas disiincares. tlr.lo quc ó líisico, r i7 rcspriito â cslrutrLrâçao do discur$. mcu Dcus Llo Céu. ntio à .s1ruluraçiro dâ rcalidâdc Poda to. a estruturâçàÍr do .liscrry) tenl ,tuc cíar conrinu.úreirle sendo corrigida para dar contx da rcali.lâdc (JLrrlquer unlâ qrL. vr)cô laça vili ser precáriâ Qucr dilei qlre. parâ rlarr do disclrso. voca sâl)c algurra coisa hssa coisâ âin.lx rrao é (lizllcl nrLnr c.rt{) nronrenlo. mas nrLnr oulro lIsraILe §c torna dizÍ!cl lii l,o os câras quc diziàrn (tuc DeLrs é puro cspirito.. Bollr. é Lnn nrodo d! direr Você sabe quc lrtur ó pcrl.ilr) este modo d. dizcr. nras pol1lue rocô podc direr assnnl Porquc no instairic crn !Lre está dizcn.lo assirr. jairc pâra alóm do qLrc csiá.li7en.io. \/ocô sâbc qüc csla dellfjçaro a Lnrp.rlcita Vorô cslá qucrcrdo diz.i "lrle é puro cspiriir), r.ls de tal nrcdo qLrc io.l)s os corpos cÍcjam collidr)s. e nao puro cspÍriiír Io !r.li(io.le .!tar totalmcntc seprrrn.lo e scm corpo' Coilado cle lleus. nào tcnr ncnr corpol Se voca partc par.l isso. qlral c â solucao? A rinica s0lucâo ó a gnósli.âr o corPo nrlo ó also quc vr)cê rir a mais. ó âlgo que u,cê (enr a mcnos. O corpo é üma privârão. Nós l(,ros cofdenâdos ao ci)rpo alue sa(:aragcn1l nrdo islo !cn do quê? l)â dcliniçao de t,eus co]lro puro cspirilo Se vocô dcfinc DrLrs rolro puro cspiriro, crijo o Dcus não rcrir corpo oii sej.L. nós tcnnrs al.qo a üris . ou o colpo ó unra condcnxçao qur sr rcocbcu, ó urna priv.tcaro ,\!ora. se o prinrcrro sujcito quc dissc Delrs é pL[o cspiriio iilcssc rlito qul. Dcüs ó puro espírito. mas rráo no scllido estrii0. c sinr no .. ri,luCr,Iclbi ". r,J, . Lrt,..t...r\, ',.r,,!i i'.. r,r,. os inrp()ssívei§. ttLlvcz nào tivcssc iil:lo rerL gnosticisllro. â tcnlat iva dc csrapar da prisão nnrrr conccito dc Dcus corlÍ) puro espÍrito
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved