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Origem e composição da lã, Notas de estudo de Agronomia

ORIGEM E COMPOSIÇÃO DA LÃ

Tipologia: Notas de estudo

2014

Compartilhado em 05/08/2014

mateus-valdir-muller-6
mateus-valdir-muller-6 🇧🇷

4.6

(177)

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Baixe Origem e composição da lã e outras Notas de estudo em PDF para Agronomia, somente na Docsity! ORIGEM E COMPOSIÇÃO DA LÃ. As formas ancestrais dos ovinos domésticos eram essencialmente rústicas, de modo que possuíam caracteres e atributos bem diferente dos atuais. Com a domesticação pelo homem foi modificando-se a característica e a aptidão. Os ovinos primitivos possuíam uma pelagem formada por duas camadas de fibras: uma predominante mostrava pelos longos, grossa e áspera; a outra apresentava fibras muito finas curtas e frisadas. Esses dois tipos de fibra tinham o objetivo de proteger o animal contra os rigores do clima. A lã foi substituindo os pelos gradualmente ao longo das gerações de acordo com a evolução da pele nas diversas regiões do corpo, pela ordem: parte da cabeça, pescoço, peito, espátula, parte inferior do costado, cruz, dorso, lombo, garupa, coxas, extremidade dos membros, face e cauda. COMPOSIÇÃO DA LÃ As proporções dos diversos componentes da lã bruta, sem lavar, apresentam grande variação, resultante da influencia de fatores do ambiente, em torno das seguintes médias: Lã pura 51% Sarda 22% Água 17% Matérias terrosas 6% Matérias vegetais 4% O componente básico da lã pura é a queratina, um composto protéico cuja fórmula é: C42 157 O15 N5 S15 Dentre estes elementos, o N só é encontrado nas fibras de origem animal e o enxofre S somente na lã. Aliás, são atribuídas as presenças das as resistências e as elasticidades próprias da fibra de lã. A fibra pura de lã é uma proteína complexa, composta pelos elementos abaixo, nas seguintes proporções médias: Cristina 13.1 Ácido glutânico 12.9 Leucina 11.5 Arginina 8.7 Glicínia 6.5 Tirocina 4.8 Alanina 4.4 Prolina 4.4 Fenilanina 4.0 Valina 2.8 Lisina 2.3 Triptofano 1.8 Histina 0.6 Serina 0.1 PROPRIEDADE FÍSICA DA LÃ A fibra de lã apresenta algumas propriedades físicas que lhe conferem características não encontradas nas demais fibras têxteis. Tais propriedades, resumidas a seguir, podem ser apreciadas pelas vistas, pelo tato ou então medidas com instrumentos adequados. Finura-Esta propriedade representa pelo diâmetro das fibras, é importante para a classificação da lã e varia com as raças, pois oscila entre 12 a 20 micros no Merino e 50 a 60 nas raças de lã grossa. Quanto a idade, o diâmetro de lã aumenta até que o ovino alcance a idade de 2 anos, depois estaciona e começa a diminuir a partir da idade de 6 anos. O VELO O velo é formado pela camada de lã que cobre o corpo dos ovinos com exceção da cabeça, barriga e extremidades dos membros. Na apreciação do velo são considerados os seguintes pontos: As mechas, a extensão, o peso, a uniformidade, a limpeza, a puresa e os defeitos. As mechas - Graças as secreções glandulares da pele e às ondulações das fibras de lã que formam o velo são reunidas em mechas. A extensão - A maior extensão do velo pode decorrer do maior tamanho do animal, do maior número de rugas e da maior quantidade de lã nas regiões da barriga e dos membros. Peso - Sendo o velo de boa qualidade é conveniente economicamente que tenha bom peso, em decorrência da extensão, densidade e comprimento das mechas. Uniformidades- É dada pelo grau da igualdade entre as diferentes propriedades físicas da lã nas diversas partes do velo, incluindo a finura e comprimento da mecha, assim como ondulação da fibra e cor da lã. Limpeza - Ausência de impurezas no velo é altamente conveniente, porque tem reflexo direto sobre o rendimento na industrialização. Pureza – O velo não pode apresentar lã medulada e pêlos. Também não pode haver fibras coloridas. Defeitos – Os velos podem apresentar, entre outros, defeitos que dão à lã as seguintes denominações. Lã com sarna, mostrando fibras prejudicadas pela descamação da pele; Lã acapachada, que mostra fibras emaranhadas; Lã fraca, sem resistência, por causa da subnutrição ou enfermidade; Lã manchada, apresentando manchas amarelas devidas à suarda anormal ou de outras cores, causadas por medicamentos ou bactérias; Lã empastada, mostrando crostas, causadas por ataque de um fungo. CLASSIFICAÇÃO DA LÃ Classificação brasileira da lã de ovinos, abrangendo as diversas categorias, classe tipos e defeitos: 1. Lã de velo; 2. Lã de borrego; 3. Lã de retosa; 4. Lã de pelego; 5. Lã de desborde; 6. Lã de pata e barriga; 7. Lã de capacho; 8. Lã de campo; 9. Lã preta ou moura; 10. Resíduo de lã. IMPORTANTE Durante a gestação o ritmo de crescimento da lã diminui, provavelmente, como conseqüência da hiperatividade adrenal. O efeito pode ser agravado quando a gestação avança coincide com o inverno, época em que o ritmo de crescimento lanar é naturalmente menor. A má nutrição nesta época pode exagerar esses efeitos e provocar redução tal do diâmetro da fibra de lã produzidas que originará velos que se rompem. Em casos mais extremos, o crescimento cessa completamente em algumas fibras. O entrelaçamento resultante por permanecerem algumas fibras livres, somando a outros fatores, originará velos feltrados ou capachos. A produção de velos classificados como capacho, na safra lanígera Rio Grandense é em torno de 5% (aproximadamente 1,4 milhões de kg). É cifra respeitável. Provavelmente a causa de ser procurada junto à combinação hibernal, com inadequada época da aparição.
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