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Guias e Dicas
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Os Lusíadas- resumo, Redação de Português (Gramática - Literatura)

Uma exposição sobre a obra d’Os Lusíadas, de Luís de Camões.

Tipologia: Redação

2021

Compartilhado em 25/01/2021

matilde-pacheco
matilde-pacheco 🇵🇹

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Baixe Os Lusíadas- resumo e outras Redação em PDF para Português (Gramática - Literatura), somente na Docsity! Disciplina de Português Ano letivo 2019-2020 Os Lusíadas Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões é um poema épico publicado em 1572. Foi inspirado nas epopeias clássicas de Homero e Virgílio e traduz em verso toda a história do povo português e suas grandes conquistas, sendo a ação central a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama. A ação é épica, com grandeza e solenidade, de modo a expressar heroísmo e verifica-se a presença do maravilhoso de forma a embelezar o poema. Quanto à estrutura externa, esta epopeia assume o género narrativo, com oitavas em versos decassilábicos, num total de 10 cantos e segundo um esquema de rima cruzada nos primeiros seis versos e emparelhada nos últimos dois. No que diz respeito à estrutura interna, Os Lusíadas respeitam a organização das epopeias clássicas, apresentando a Proposição (Canto I, est.1-3) onde há a apresentação do assunto, a Invocação (Canto I, est. 4-5) ,ou seja, uma súplica de inspiração às musas, a Narração (a partir da est. 19 do Canto I) que é feita “in media res” e, ainda, n’Os Lusíadas é incluída uma Dedicatória (Canto I, est.6-18) na qual o poeta oferece a obra a D. Sebastião. O poema camoniano integra quatro planos: o plano da Viagem, o plano da História de Portugal, o plano Mitológico e o plano das considerações do Poeta. Na Proposição, o poeta afirma que se propõe a cantar o povo português, como conseguimos aferir na expressão “peito ilustre Lusitano”, sendo que esta metonímia mostra a coragem e alma dos mesmos, os Portugueses que realizaram grandes feitos, que são vistos como heróis e canta também os feitos que lhes deram esse estatuto: os navegadores que, navegando por mares desconhecidos, venceram obstáculos que estavam para além “do que prometia a força humana” e construíram um “novo Reino”(o Império português no Oriente), os reis portugueses que espalharam a fé católica e o império português e todos os homens que, graças aos seus feitos extraordinários, se tornaram imortais, já que se libertaram da “lei da morte”- o esquecimento. Depois de o comparar com os heróis míticos da Antiguidade, o poeta pede que se calem tais epopeias pois considera que a que ele canta é mais valiosa. O herói desta epopeia é, assim, um herói coletivo e real que supera os heróis da Antiguidade. Na Proposição já são indicados os quatro planos estruturais da narração: o plano da Viagem (est.1), o plano da História de Portugal (est.1), o plano das considerações do Poeta (est.2, v.7-8) e o plano dos deuses (est.3). Na Invocação, o poeta recorre à 2ª pessoa do plural (“vós”, est.4-v.1), à apóstrofe (“Tágides minhas”, est.4-v.1) e à anáfora do verbo no imperativo (“Dai-me”, est.4 e 5) e dirige-se às ninfas do Tejo, as Tágides, pedindo-lhes inspiração para concretizar, num estilo adequado – “grandíloco” e eloquente - a tarefa grandiosa a que se propôs anteriormente, que esteja à altura do herói, ao contrário do estilo rude e simples da poesia lírica. A invocação é mais um processo de engrandecimento do seu herói pois exige um estilo grandioso e superior que se equipare á grandiosidade do assunto. Na Dedicatória, o recetor, D. Sebastião, é caracterizado como o garante da independência de Portugal e da expansão da fé cristã, bravo, jovem, superior, sendo que os próprios deuses reconhecem, e uma fonte de esperança, sendo utilizadas a apóstrofe (“Vós”, est.6-8), a metáfora (est. 6-8) e a sinédoque (est.6, v.5). O poeta acredita que D. Sebastião devesse ficar orgulhoso por ser rei de Portugal e mostra o seu amor patriótico. Afirma, ainda, que as ações dos Portugueses são verdadeiras e grandiosas e por isso são superiores às de qualquer outra epopeia. Refere alguns dos autores dessas obras, dando a conhecer algumas personagens portuguesas de grande importância. Um último apelo é deixado a D. Sebastião na estância 15, para que dê continuidade aos feitos grandiosos dos Portugueses.
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