Baixe Patrimônio Cultural do ES: Convento e Igreja da Nossa Senhora da Penha, Sobrados Coloniais e outras Resumos em PDF para Sociologia, somente na Docsity! PATRIMÔNIO CULTURAL DO ESPÍRITO SANTO . O Espírito Santo, assim como outros lugares, possui características culturais de uma sociedade que o distinguem de outras, temos saberes, fazeres, expressões, práticas e produtos que remetem à história, à memória e à identidade deste povo e que são passadas através do tempo como uma herança familiar. Cria-se então o conceito de patrimônio cultural que é constituído pelos bens materiais e imateriais: O patrimônio material consiste, segundo o Decreto-Lei nº 25/1937 da Constituição Federal Brasileira, no conjunto de bens culturais móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico. Já o patrimônio imaterial, por sua vez, é definido pela UNESCO como as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos os indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. Através do entendimento desses conceitos, a identificação dos patrimônios culturais do estado do Espírito Santo fica mais simples. Convento e Igreja de Nossa Senhora da Penha: Em Vila Velha, município região metropolitana de Vitória, está o conjunto do Convento e Igreja de Nossa Senhora da Penha (construído entre 1650 e 1659). O Convento é um dos santuários mais antigos do Brasil, tombado em 1943, e pode ser visto de diversos pontos da cidade. É formado por edificações construídas em diferentes épocas, integradas a um patrimônio natural em uma montanha de 154 metros de altura e com vasta vegetação. Antes da construção do Convento, no local havia duas ermidas e as romarias eram constantes e havia abrigos onde os romeiros descansavam após a subida. Sobrados coloniais: Dos antigos sobrados do centro de Vitória, capital do Estado do Espírito Santo, restam apenas os dois sobrados geminados da Rua José Marcelino, que são os únicos remanescentes da arquitetura do período colonial, na Cidade Alta. O Iphan - Espírito Santo funciona no sobrado número 203 (sobrado à direita), desde 2006, quando adquiriu o imóvel localizado no ponto de ocupação mais antigo de Vitória – meados do século XVI –, no local onde antes havia a Igreja Matriz. O Instituto restaurou e adaptou esse sobrado, preservando as suas características, adaptando-o para o novo uso e, ao mesmo tempo, dotando os espaços internos de condições de segurança, conforto e acessibilidade exigidas pela legislação atual. Igreja da Nossa Senhora da Assunção: Construída em 1579, no aldeamento de Reritiba fundado pelo padre José de Anchieta, é um dos símbolos da presença jesuíta no Brasil. Após a expulsão dos jesuítas em 1759 o aldeamento passou a se chamar Vila Benevente, atual cidade de Anchieta e sede do município localizado no litoral do Estado do Espírito Santo. Na Igreja, também está o Museu Padre Anchieta, inaugurado em 1997. A sua capela mor possui pintura em figuras geométricas datada do século XVIII, e um acervo significativo de imaginária barroca, distribuída entre a Igreja e o Museu, que também abriga o sítio arqueológico aberto à visitação pública e peças dos respectivos achados. Paneleiras de Goiabeiras: O saber envolvido na fabricação artesanal de panelas de barro foi o primeiro bem cultural imaterial reconhecido pelo Iphan. Esse ofício foi inscrito em 2002, no Livro do Registro dos Saberes. A produção é feita no bairro de Goiabeiras Velha, em Vitória, e emprega técnicas tradicionais e matérias-primas provenientes do meio ambiente. A atividade é repassada pelas artesãs paneleiras, às suas filhas, netas, sobrinhas e vizinhas, no convívio doméstico e comunitário. Fazer panelas de barro continua sendo um ofício familiar, doméstico e profundamente enraizado no cotidiano e no modo de ser da comunidade de Goiabeiras Velha, e continua sendo o meio de vida de muitas famílias. Moqueca capixaba: Famosa internacionalmente, a moqueca capixaba é o prato mais conhecido da culinária do Espírito Santo. O nome "moqueca" designa um estilo de preparar o alimento que consiste no cozimento sem água, apenas com os vegetais e frutos do mar e, ao contrário da moqueca baiana, a capixaba não recebe azeite de dendê e nem leite de coco. Jongo do Sudeste: O Jongo envolve canto, dança e percussão de tambores. De origem africana, chegou ao Brasil através dos negros escravos. Está presente tanto no norte do Espírito Santo, nos municípios de São Mateus e
