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Guias e Dicas
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PORTUGUES CLASSES DE PALAVRAS, Manuais, Projetos, Pesquisas de Português (Gramática - Literatura)

CLASSE DE PALAVRAS PARA ESTUDAR PARA PROVA E AJUDAR NOS CONCURSOS

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

Compartilhado em 18/11/2021

jonathas-marques-2
jonathas-marques-2 🇧🇷

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Baixe PORTUGUES CLASSES DE PALAVRAS e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Português (Gramática - Literatura), somente na Docsity! ] Estratégia Se Gramática e Interpretação de texto ESA - 2022 Morfologia Il Classificação e flexão das palavras (substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção, [oie [If (o conectivos e formas variantes). Prof2. Celina Gil AULA 05 16 DE OUTUBRO DE 2020 WWW.ESTRATEGIAMILITARES.COM.BR ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO La Sumário 1 — CLASSES DE PALAVRAS E SUAS ESTRUTURAS 3 1.1 - Palavras variáveis 4 1.2 — Palavras invariáveis 15 2- Flexão Nominal 18 3- EXERCÍCIOS a 3.1 — Exercícios 2 3.2 -Gabarito 53 3.3 - Exercícios comentados 54 CONSIDERAÇÕES FINAIS 97 AULA 05 — Morfologia Il 2 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO FIQUE ATENTO! Tanto o aumentativo quando o diminutivo podem denotar apreciação ou depreciação. “Aquelas mulherzinhas”, por exemplo, pode ser utilizado em tom pejorativo. Fique sempre atento ao contexto das construções. Adjetivo Palavra que se relaciona ao substantivo caracterizando-o, podendo expressar um modo de ser, qualidade, aspecto ou estado. Deve sempre concordar com o substantivo a que se refere. Assim como o substantivo, o adjetivo pode ser simples ou composto; primitivo ou derivado. Simples — grande, doce etc. Composto — amoroso, acelerado etc. Primitivo — claro, brasileiro etc. Derivado — castanho-escuro, ítalo-americano etc. Locuções adjetivas? Ao invés de um adjetivo, podem aparecer as chamadas locuções adjetivas: expressões formadas de uma palavra ou mais com função de adjetivo Ex.: meia de bolinhas, roupa sem costura, luz do sol, jornal de hoje etc. As locuções não possuem necessariamente um adjetivo correspondente. Solar se equivale a do sol, mas sem costura, por exemplo, não possui correspondente. São formadas por: Preposição + substantivo Preposição + advérbio y AULA 05 — Morfologia Il 5 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Quanto ao grau dos adjetivos e seus significados mais frequentes: Comparativo Superlativo Denota qualidade inferior, superior ou Denota alto grau de qualidade (superior ou equivalente entre seres ou em relação a si inferior). mesmo. Pode se apresentar de dois modos: Ela é mais inteligente que ele. Absoluto: Ela é inteligentíssima (sufixo Ele é menos inteligente do que bonito. íssimo/Íssima/érrimo/érrima) Eles são tão bonitos quanto inteligentes. Relativo ou analítico: Ele é o menos inteligente da sala (artigo + gradação) Artigos Palavra que antecede o substantivo para determiná-lo. Pode indicar se o nome a que se refere é específico/conhecido ou geral/desconhecido, sendo denominado definido ou indefinido, respectivamente. Veja o quadro a seguir para entender melhor: Artigo definido Artigo indefinido Forma ou definição precisa: o/a; os/as. Forma ou definição imprecisa: um/uma; O menino / a menina denota tratamento uns/umas. específico. Uns meninos / umas meninas denota tratamento generalizante. ACORDE! 8 Por vezes, um artigo pode preceder uma palavra que supostamente seria um adjetivo. Estes casos são chamados de substantivação do adjetivo, pois há uma mudança de função. Ex: O dourado do sol (dourado funciona como substantivo, mesmo sendo normalmente adjetivo). Outras classes de palavras também podem ser substantivadas pelo emprego de um artigo na frente: Substantivação do numeral: “Os dois entraram em casa” Substantivação do verbo: “O amar é essencial” Substantivação do advérbio: “O sim me deixou feliz” y AULA 05 — Morfologia Il 6 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Numerais Palavra que indica quantidade ou posição de algo em uma série. Relaciona-se ao substantivo. Também pode indicar uma multiplicação ou uma divisão de algo. Cardinal Ordinal Multiplicativo Fracionários Indica quantidade determinada. Ex.: um, dois, três etc. Indica posição em uma série. Ex.: primeiro, segundo, Indica quantas vezes algo foi multiplicado. Ex.: dobro, triplo etc. Indica em quantas partes algo foi dividido. Ex.: metade, terço etc. terceiro. Não confunda o artigo um com o numeral um. O artigo denota indefinição enquanto o numeral denota uma quantidade precisa. Você saberá quando a palavra pertence a cada classe dependendo do contexto. Ex.: Um homem ligou e deixou um recado. Artigo indefinido Numeral cardinal Pronomes DESPENCA NA PROVA! e O pronome é uma das classes de palavras mais pedidas no vestibular. Preste bastante atenção aqui! É uma palavra que se relaciona a um substantivo de modo a substituí-lo. Um pronome também pode acompanhar um substantivo de modo a determinar-lhe uma extensão de significado. Quando agem para substituir são chamados pronomes substantivos e quando agem para adicionar significado, de pronomes adjetivos. Ex.: Alguns alunos passaram no vestibular, outros não. Alguns determina o substantivo “alunos”; outros assume o valor da palavra “alunos”, ali suprimida. y AULA 05 — Morfologia Il 7 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Pronomes possessivos Os pronomes possessivos são palavras que acrescentam a ideia de posse de algo por alguém: Pessoa Pronomes Possessivos SINGULAR 12 pessoa meu, minha, meus minhas 22 pessoa teu, tua, teus, tuas 32 pessoa seu, sua, seus, suas PLURAL 12 pessoa nosso, nossa, nossos, nossas 23 pessoa VOSSO, VOSSA, VOSSOS, vossas 32 pessoa seu, sua, seus, suas rque ATENTO! Os pronomes possessivos concordam em pessoa com quem possui e gênero e número com a coisa possuída. Ex.: Eu trouxe meus amigos. Meus é 12 pessoa (eu) do plural (amigos) masculino (amigos). Pronomes demonstrativos Os pronomes demonstrativos são palavras responsáveis por posicionar no tempo e no espaço o nome a que se referem. Eles podem apresentar formas variáveis ou invariáveis (neutras em gênero e número): Pronomes Pronomes demonstrativos variáveis | demonstrativos Espaço Tempo : i4uai invariáveis Masculino Feminino Neutro Perto do emissor Presente do emissor este / estes esta / estas isto Perto do receptor Presente do receptor esse / esses essa / essas isso Longe de ambos Tempo vago a ambos aquele / aqueles | aquela / aquelas aquilo Todos os pronomes demonstrativos podem se combinar com de e em formando, por exemplo: - deste (e variáveis) / disto; desse (e variáveis) / disso; daquele (e variáveis) / daquilo - neste (e variáveis) / nisto; nesse (e variáveis) / nisso; naquele (e variáveis) / naquilo. y AULA 05 — Morfologia Il 10 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO USOS NO TEXTO Muitos alunos têm dúvida sobre como usar os pronomes demonstrativos na produção textual. Vamos ver alguns os principais usos que serão essenciais para uma escrita alinhada com a norma culta. - Este (esta, isto) são usados para chamar a atenção para algo que vamos dizer. Ex.: Estes são os meus amigos: Ana, Pedro e Julia. - Esse (essa, isso) são usados para retomar algo que já dissemos. Ex.: Não voltou a sair; isso fazia parte de seu passado. - Este (esta, isto) são usados para se referir ao texto em si. Ex.: Neste capítulo, vamos aprender Classes Gramaticais. - Esse (essa, isso) são usados para se referir a algo dito pelo interlocutor. Ex.: - Vamos sair? - Isso está fora de questão. - Expressões de uso fixado, ou seja, que independem do seu sentido básico: Além disso, isso é, isto de, nem por isso, nisso (no sentido de então), por isso. Pronomes relativos Os pronomes relativos representam nomes que já foram mencionados anteriormente. Ex.: O menino que encontrei é muito legal. RJ A mesa sobre a qual coloquei o livro é branca. 42 Dividem-se os pronomes relativos da seguinte maneira: Pronomes demonstrativos variáveis Pronomes demonstrativos invariáveis Masculino Feminino Neutro o qual / os quais a qual / as quais que cujo / cujos cuja / cujas quem quanto / quantos --—* / quantas onde *neste caso, quanto vale para masculino e feminino y AULA 05 — Morfologia Il 1 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Atenção — casos específicos em pronome relativo - Quanto: se usa no masculino e no feminino. Ex.: Tentou tudo quanto possível; Aplicou tanta força quanto pôde. - Cujo: concorda com o termo que vem depois, não com o antecedente (como os outros relativos). Ex.: O autor cujas obras estudei. - Quem: vem precedido de preposição. Ex.: A pessoa a quem me dirijo é você. - Onde pode vir na forma preposição a + onde. Isso ocorre quando o verbo da oração exige preposição a. Ex.: Aonde ela vai? (ir exige preposição a) Não esqueça: frases com verbos são chamadas de orações. Pronomes interrogativos Os pronomes interrogativos são aqueles usados para denotar perguntas diretas ou indiretas. Os principais pronomes interrogativos são: Invariáveis: Que: Que história é essa? / Ela quis saber que horas eram. Quem: Quem fará o trabalho? / Eu não sabia quem faria o trabalho. Vari s: Qual: Qual o seu nome? / Eu não sabia quais livros comprar. Quanto: Quanto custa? / Eu perguntei quantas horas ia demorar a consulta. Pronomes indefinidos Os pronomes indefinidos são os que possuem significado vago. São sempre acompanhados de verbos na 32 pessoa. y AULA 05 — Morfologia Il 12 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO 1.2 — Palavras invariáveis Advérbios O advérbio é uma palavra que descreve a circunstância em que ocorreu uma ação (verbo). Pode também intensificar ou reforçar o sentido de um adjetivo ou de um outro advérbio. Ex.: Choveu hoje. Ele está muito mal. Ela está muito feliz. A gradação do advérbio pode se dar da seguinte maneira: Comparativo Superlativo Aspecto inferior, superior ou equivalente entre ações | Pode se apresentar de dois modos: ou em relação a si mesmas. Ela aprendeu rapidíssimo (sufixo íssimo/Ííssima) Se aprende mais rápido português que física. Ele aprendeu muito rápido.(soma de dois advérbios) Se aprende menos rápido português que física. Tão rápido se aprende português quanto física. Alguns advérbios que não possuem gradação: aqui, ali, lá, hoje, amanhã, mensalmente, anualmente e semelhantes. Um advérbio pode se apresentar principalmente nos seguintes modos: Afirmação Negação Dúvida Ex.: Sim, certamente, Ex.: Não, tampouco Ex.: Talvez, acaso, realmente. porventura Intensidade Ex.: Bastante, demais, mais, menos AULA 05 — Morfologia Il 15 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Interjeição São palavras que buscam expressar sentimentos, normalmente de modo vivo. Costumam aparecer sozinhas na frase, ou antecedendo períodos. Viva! Ah, que bom! Uma interjeição pode representar advertência (Cuidado!), afastamento (Fora!), agradecimento (Grato!), alegria (Viva!), alívio (Ufa!), animação (Oba!), aversão (Xi!), concordância (Claro!) ou desacordo (Ora!), desejo (Tomara!), dor (Ai!), espanto (Ah!), pena (Oh!), saudação (Oi!), medo (Ui!), etc. Perceba que as interjeições são palavras que pertencem também a outras classes, porém seu significado e modo como são usadas as agrupam nesta classe. Agora é muito importante que você preste bastante atenção! Vamos entrar em duas classes de palavras que aparecem com grande frequência nos exercícios: as preposições e as conjunções, também chamadas muitas vezes de conectivos. Mais do que decorar os nomes de cada subdivisão, é importante que você entenda seu valor semântico, ou seja, aquilo que elas significam, que querem dizer. Isso será essencial para que você no futuro possa realizar a análise sintática com facilidade! PRESTE MAIS ATENÇÃO! &s> e Nos aprofundaremos mais nesse assunto em nossas aulas de sintaxe! Por enquanto, só não se esqueça das nomenclaturas desse campo de estudos: Frase — Conjunto de palavras que forma sentido. (Ex.: Que coisa boa!) Oração — Frase construída em torno de um verbo. (Ex.: Eu estudei hoje.) Período — Conjunto de orações formando um todo com sentido. (Ex.: Eu corri na esteira e fiz abdominais na academia). y AULA 05 — Morfologia Il 16 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Preposição A preposição é uma palavra invariável que relaciona dois termos de uma oração, de modo que o sentido do primeiro termo é explicado pelo segundo. Vamos ver alguns exemplos: Vamos, a São Paulo Falamos, sobre política Quarto de, Maria As preposições podem ser essenciais ou acidentais: Essenciais: sempre são preposições. Ex.: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. Acidentais: às vezes são consideradas preposições. Ex.: afora, conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, não obstante, que, salvo, segundo, senão, visto. Conjunção A conjunção é uma palavra invariável que relaciona duas orações ou termos semelhantes. As conjunções podem estabelecer relações de coordenação — quando as duas orações ligadas são independentes; ou subordinação — quando uma oração determina ou completa o sentido de outra. Vamos ver alguns exemplos: Coordenativas: O menino leu o livro e assistiu ao filme. As orações têm seu sentido completo dentro de si: O menino leu o livro. //O menino assistiu ao filme. A conjunção, neste caso, apenas liga as duas orações que possuem cada uma ação e quem a realizou. Subordinativas: Eu espero que ele chegue logo. A primeira oração (Eu espero) precisa de um complemento para fazer sentido (Espero o quê?). O que dá sentido a essa oração é a conjunção + segunda oração (Espero o quê? Que ele chegue logo.) y AULA 05 — Morfologia Il 17 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Terminados em “m” mudam para “ns” Montagem - Montagens Terminados em “r” e “z” acrescentam “es” Senhor — Senhores / Sagaz - Sagazes Terminados em “al”, “el”, “ol”, “ul” trocam o “|” pelo Canal — Canais / Anel — Anéis / Girassol — “is” Girassóis / Azul - Azuis Terminados em “il” trocam por “is” (oxítonas) ou Juvenil — Juvenis / Inútil — Inúteis “eis” (paroxítonas) Terminados em “ão” trocam por “des”, “ães” ou Doação — Doações / Cão — Cães / Cidadão — “ãos (paroxítonas)” Cidadãos OBS: Substantivos terminados em “s” ou “x” são invariáveis. Ex.: Férias, córtex. Há ainda outros casos importantes de formação do plural que precisam ser considerados: a dos substantivos compostos. Substantivos compostos Exemplo Não separados por hífen: acrescenta-se o “s' Pontapé - pontapés Separados por hífen: variam conforme o caso. | substantivo + substantivo: couve-flor — couves- Variam ambos flores. substantivo + adjetivo: obras-primas adjetivo + substantivo: más-línguas numeral + adjetivo: sexta-feira Separados por hífen: variam conforme o caso. segundo termo é determinante do primeiro: Varia o primeiro banana-prata - bananas-prata segundo termo é ligado por preposição: pé-de-cabra — pés de cabra Separados por hífen: variam conforme o caso. primeiro termo é verbo ou palavra invariável: Varia o segundo guarda-chuva — guarda-chuvas; vice-presidente- vice-presidentes. y AULA 05 — Morfologia Il 20 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Exercícios olá! Aqui você encontra muitos exercícios, tanto da instituição a que esse material se refere quanto demais escolas militares. Pratique muito! Esse tema é muito importante. Vamos lá? 3.1 — Exercícios 1. (Estratégia Militares 2020) Os termos destacados em “Tendemos a exagerar a velocidade com que a transformação tecnológica se tornará evidente” são, respectivamente, classificados, quanto à morfologia, como a) substantivo, conjunção integrante e substantivo. b) substantivo, pronome relativo e substantivo. c) substantivo, conjunção integrante e adjetivo. d) adjetivo, pronome relativo e adjetivo. E) adjetivo, conjunção integrante e substantivo. 2. (Estratégia Vestibulares — 2020) Escrevo-te estas mal traçadas linhas meu amor Porque veio a saudade visitar meu coração Espero que desculpe os meus erros, por favor Nas frases desta carta que é uma prova de afeição Talvez tu não a leias, mas quem sabe até dará Resposta imediata me chamando de meu bem (A Carta, Renato Russo) A palavra em destaque é classificada como: a) Interjeição b) Numeral c) Conjunção d) Advérbio AULA 05 — Morfologia Il 21 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO e) Preposição 3. (Estratégia Militares - 2020) Pepys e Morley nos fazem sorrir porque eram criaturas alegres, vivendo uma vida feliz; enquanto a pobrezinha de Anne e a favelada Carolina nos contam uma história terrível que numa delas é medo, na outra é fome, e em ambas é a crueldade dos homens, supostamente irmãos. Quanto a sua classe de palavra, os termos destacados no enunciado podem ser entendidos no contexto como a) pertencentes à mesma classe, ambas substantivos. b) pertencentes à mesma classe, ambas adjetivos. c) substantivo e adjetivo, respectivamente. d) adjetivo e substantivo, respectivamente. e) complementos nominais ambas as palavras. 4. (Estratégia Militares - 2020) Amelia amava voar e amava fazer coisas que ninguém havia feito antes. Seu maior desafio foi ser a primeira mulher a dar a volta ao mundo voando. Os termos destacados constituem, respectivamente, a) um artigo, uma preposição e uma preposição. b) um artigo, um pronome e uma preposição. c) um artigo, uma preposição e um artigo. d) um pronome, um artigo e uma preposição. e) uma preposição, uma preposição e um artigo. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS QUESTÕES: Passeio à Infância Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegaremos dois pequenos carás dourados. E como faz calor, veja, os lagostins saem da toca. Quer ir de batelão, na ilha, comer ingás? Ou vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa? Não catemos AULA 05 — Morfologia Il 22 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO 7. (Efomm - 2019) Na minha adolescência você seria uma tortura. (8º parágrafo) Assinale a opção que apresenta uma circunstância sublinhada diferente daquela presente no fragmento acima. a) Mas eu a levarei para beira do ribeirão, na sombra fria do bambual (...). b) Uma vez vi uma urutu junto de um tronco queimado (...). c) O menino da roça que pela primeira vez vê as algas do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra. d) (...) um cardume de peixes dourados avançando, saltando ao sol, na piracema; um bambual com sombra fria, onde ouvi silvo de cobra (...). e) Mas você é como se houvesse demasiadas cigarras cantando numa pobre tarde de homem. 8. (Efomm - 2019) Assinale a opção em que o adjetivo sublinhado, quanto ao gênero, é uniforme: a) Não catemos pedrinhas redondas para atiradeira, porque é urgente subir no morro (...). b) (...) os sanhaços estão bicando os cajus maduros. c) (...) meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino feio do segundo ano primário (...). d) (...) são humildes coisas, e você é tão bela e estranha! e) Mas o que sei lhe ensino; são pequenas coisas do mato (...). 9. (Efomm - 2019) Assinale a opção em que a expressão sublinhada NÃO tem valor de um adjetivo. a) Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora, que achou horrível nosso pobre doce de abóbora e coco. b) Lembre-me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando tiros (...). c) O menino da roça que pela primeira vez vê as algas do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra. d) Mas o que sei lhe ensino; são pequenas coisas do mato (...). e) Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do brejo no meio dos dedos dos pés. AULA 05 — Morfologia Il 25 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO TEXTO PARA AS PRÓXIMAS QUESTÕES: O homem deve reencontrar o Paraíso... Rubem Alves Era uma família grande, todos amigos. Viviam como todos nós: moscas presas na enorme teia de aranha que é a vida da cidade. Todos os dias a aranha que é a vida da cidade. Todos os dias a aranha lhes arrancava um pedaço. Ficaram cansados. Resolveram mudar de vida: um sonho louco: navegar! Um barco, o mar, o céu, as estrelas, os horizontes sem fim: liberdade. Venderam o que tinham, compraram um barco capaz de atravessar mares e sobreviver tempestades. Mas para navegar não basta sonhar. É preciso saber. São muitos os saberes necessários para se navegar. Puseram-se então a estudar cada um aquilo que teria de fazer no barco: manutenção do casco, instrumentos de navegação, astronomia, meteorologia, as velas, as cordas, as polias e roldanas, os mastros, o leme, os parafusos, o motor, o radar, o rádio, as ligações elétricas, os mares, os mapas... Disse cero o poeta: Navegar é preciso, a ciência da navegação é saber preciso, exige aparelhos, números e medições. Barcos se fazem com precisão, astronomia se aprende com o rigor da geometria, velas se fazem com saberes exatos sobre tecidos, cordas e ventos, instrumentos de navegação não informam mais ou menos. Assim, eles se tornaram cientistas, especialistas, cada um na sua — juntos para navegar. Chegou então o momento de grande decisão — para onde navegar. Um sugeria as geleiras do sul do Chile, outro os canais dos fiordes da Noruega, um outro queria conhecer os exóticos mares e praias das ilhas do Pacífico, e houve mesmo quem quisesse navegar nas rotas de Colombo. E foi então que compreenderam que, quando o assunto era a escolha do destino, as ciências que conheciam para nada serviam. De nada valiam, tabelas, gráficos, estatísticas. Os computadores, coitados, chamados a dar seu palpite, ficaram em silêncio. Os computadores não têm preferências — falta-lhes essa sutil capacidade de gostar, que é a essência da vida humana. Perguntados sobre o porto de sua escolha, disseram que não entendiam a pergunta, que não lhes importava para onde se estava indo. Se os barcos se fazem com ciência, a navegação faz-se com sonhos. Infelizmente a ciência, utilíssima, especialista em saber como as coisas funcionam, tudo ignora sobre o coração humano. É preciso sonhar para se decidir sobre o destino da navegação. Mas o coração humano, lugar dos sonhos, ao contrário da ciência, é coisa preciosa. Disse certo poeta: Viver não é preciso. Primeiro vem o impreciso desejo. Primeiro vem o impreciso desejo de navegar. Só depois vem a precisa ciência de navegar. Naus e navegação têm sido uma das mais poderosas imagens na mente dos poetas. Ezra Pound inicia seus Cânticos dizendo: E pois com a nau no mar/ assestamos a quilho contra as vagas... Cecília Meireles: Foi, desde sempre, o mar! A solidez da terra, monótona/ parece- nos fraca ilusão! Queremos a ilusão do grande mar / multiplicada em suas malhas de perigo. E Nietzsche: Amareis a terra de vossos filhos, terra não descoberta, no mar mais distante. AULA 05 — Morfologia Il 26 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Que as vossas velas não se cansem de procurar esta terra! O nosso leme nos conduz para a terra dos nossos filhos... Viver é navegar no grande mar! Não só os poetas: C. Wright Mills, um sociólogo sábio, comparou a nossa civilização a uma galera que navega pelos mares. Nos porões estão os remadores. Remam com precisão cada vez maior. A cada novo dia recebem novos, mais perfeitos. O ritmo da remadas acelera. Sabem tudo sobre a ciência do remar. A galera navega cada vez mais rápido. Mas, perguntados sobre o porto do destino, respondem os remadores: O porto não nos importa. O que importada é a velocidade com que navegamos. C Wright Mills usou esta metáfora para descrever a nossa civilização por meio duma imagem plástica: multiplicam-se os meios técnicos e científicos ao nosso dispor, que fazem com que as mudanças sejam cada vez mais rápidas; mas não temos ideia alguma de para onde navegamos. Para onde? Somente um navegador louco ou perdido navegaria sem ter ideia do para onde. Em relação à vida da sociedade, ela contém a busca de uma utopia. Utopia, na linguagem comum, é usada como sonho impossível de ser realizado. Mas não é isso. Utopia é um ponto inatingível que indica uma direção. Mário Quintana explicou a utopia com um verso: Se as coisas são inatingíveis... ora!/ não é um motivo para não querê-las... Que tristes os caminho, se não fora/ A mágica presença das estrelas! Karl Mannheim, outro sociólogo sábio que poucos leem, já na década de 1920 diagnosticava a doença da nossa civilização: Não temos consciência de direções, não escolhemos direções. Faltam-nos estrelas que nos indiquem o destino. Hoje, ele dizia, as únicas perguntas que são feitas, determinadas pelo pragmatismo da tecnologia (o importante é produzir o objeto) e pelo objetivismo da ciência (o importante é saber como funciona), são: Como posso fazer tal coisa? Como posso resolver este problema concreto em particular? E conclui: E em todas essas perguntas sentimos o eco intimista: não preciso de me preocupar com o todo, ele tomará conta de si mesmo. Em nossas escolas é isso que se ensina: a precisa ciência da navegação, sem que os estudantes sejam levados a sonhar com as estrelas. A nau navega veloz e sem rumo. Nas universidades, essa doença assume a forma de peste epidêmica: cada especialista se dedica com paixão e competência, a fazer pesquisas sobre o seu parafuso, sua polia, sua vela, seu mastro. Dizem que seu dever é produzir conhecimento. Se forem bem-sucedidas, suas pesquisas serão publicadas em revistas internacionais. Quando se lhes pergunta: Para onde seu barco está navegando?, eles respondem: Isso não é científico. Os sonhos não são objetos de conhecimento científico. E assim ficam os homens comuns abandonados por aqueles que, por conhecerem mares e estrelas, lhes poderiam mostrar o rumo. Não posso pensar a missão das escolas, começando com as crianças e continuando com os cientistas, como outra que não a da realização do dito poeta: Navegar é preciso. Viver não é preciso. É necessário ensinar os precisos saberes da navegação enquanto ciência. Mas é necessário apontar com imprecisos sinais para os destinos da navegação: A terra dos filhos dos meus filhos, no mar distante... Na verdade, a ordem verdadeira é a inversa. Primeiro, os AULA 05 — Morfologia Il 27 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO foi precisamente isso que aconteceu. A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas ideias começaram a estourar como pipoca. Percebi, então, a relação metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisível. A pipoca se revelou a mim, então, como um extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se pôs a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela. Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem. Para os cristãos, religiosos são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, não é vida...). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas. Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do candomblé baiano: que a pipoca é a comida sagrada do candomblé... A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido. Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos graúdos aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto de vista do tamanho, os milhos da pipoca não podem competir com os milhos normais. Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a ideia de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os grãos amolecessem e pudessem ser comidos. Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia ter imaginado. Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças. É muito divertido ver o estouro das pipocas! E o que é que isso tem a ver com o candomblé? É que a transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa - voltar a ser crianças! Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosas. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão — sofrimentos cujas AULA 05 — Morfologia Il 30 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO causas ignoramos. Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação. Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: pum! - e ela aparece como uma outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante. Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro. “Morre e transforma-te!” - dizia Goethe. Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. Meu amigo William, extraordinário professor-pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia as explicações científicas não valem. Por exemplo: em Minas “piruá” é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: “Fiquei piruá!” Mas acho que o poder metafórico dos piruás é muito maior. Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. Ignoram o dito de Jesus: “Quem preservar a sua vida perdê-la-á.” A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo. Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira... Disponível em http://www .releituras.com/rubemalves pipoca.asp. Acessado em 31 de mai. 2016. Obs.: O texto foi adaptado às regras do Novo Acordo Ortográfico. Para enfatizar ou reforçar uma ideia, o autor se vale de uma locução expletiva. Esse tipo de locução se encontra na opção: a) Pois o fato é que, sob o ponto de vista do tamanho, os milhos da pipoca não podem (...) b) Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve (...) c) E o que é que isso tem a ver com o candomblé? AULA 05 — Morfologia Il 31 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO d) É que a transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação (...) e) O milho da pipoca não é o que deve ser. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS QUESTÕES: FELICIDADE CLANDESTINA Clarice Lispector Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como “data natalícia” e “saudade”. Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia. Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração AULA 05 — Morfologia Il 32 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO e) Não há atitude bastante para resolver o problema. 18. (ESPCEX - 2018) Analise as duas frases abaixo: Il. Os ladrões estão roubando! Prendam-nos! Il. Somos os assaltantes! Prendam-nos! Assinale a alternativa cuja descrição gramatical dos termos sublinhados está correta. a) Em, “nos” é pronome pessoal oblíquo da 12 pessoa do plural. Em Il, “nos” é pronome pessoal oblíquo da 32 pessoa do plural. b) Ambos são pronomes pessoais oblíquos referentes à 12 pessoa do plural. c) Em, “nos” é pronome reto da 32 pessoa do plural. Em II, “nos” é pronome reto da 12 pessoa do plural. d) Em |, “nos” é pronome pessoal oblíquo da 32 pessoa do plural. Em Il, “nos” é pronome pessoal oblíquo da 12 pessoa do plural. e) Ambos são pronomes pessoais retos referentes à 12 pessoa do plural. 19. (ESPCEX - 2017) Assinale a alternativa em que o particípio sublinhado está utilizado de acordo com a norma culta. a) O policial tinha pego o bandido. b) O condenado foi prendido por dez anos. c) A pena fora suspendida pelo juiz. d) Foiterrível o juiz ter aceitado aquela denúncia. e) O preso tinha ganho a liberdade. 20. (ESPCEX - 2017) Assinale a opção que contém um pronome relativo: a) O que esperar de um sistema desses? b) O sistema nada oferece para que tal situação realmente aconteça. c) Uma cultura sinistra, mas que diverte muitas pessoas. d) A pena será prorrogada até que a reintegração dos presos seja comprovada. e) Dessa forma, o detento deve provar que pode ter o direito de exercer sua liberdade. 21. (EsPCEX - 2015) AULA 05 — Morfologia Il 35 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Assinale a alternativa em que o uso dos pronomes relativos está em acordo com a norma culta da Língua Portuguesa. a) Busca-se uma vida por onde a tolerância seja, de fato, alcançada. b) Precisa-se de funcionários com cujo caráter não pairem dúvidas. c) São pessoas com quem depositamos toda a confiança. d) Há situações de onde tiramos forças para prosseguir. e) José é um candidato de cuja palavra não se deve duvidar. 22. (EsPCEX- 2015) Assinale a alternativa em que o pronome grifado não apresenta vício de linguagem. a) Quando Ana entrou no consultório de Vilma, encontrou-a com seu noivo. b) Caro investidor, cuide melhor de seu dinheiro. c) O professor proibiu que o aluno utilizasse sua gramática. d) Aída disse a Luís que não concordava com sua reprovação. e) Você deve buscar seu amigo e levá-lo em seu carro até o aeroporto. 23. (EsPCEX - 2015) Assinale a única opção em que a palavra “a” é artigo. a) Hoje, ele veio a falar comigo. b) Essa caneta não é a que te emprestei. c) Convenci-a com poucas palavras. d) Obrigou-me a arcar com mais despesas. e) Marquei-te a fronte, mísero poeta. 24. - (ESPCEX - 2014) Assinale a alternativa em que há o correto emprego da palavra sublinhada. a) Tens recursos bastante para as obras? b) Nesta escola, formam-se alunos melhores preparados. c) Nas ocasiões difíceis é onde sobressai o verdadeiro líder. d) O homem foi atendido mais bem do que esperava. e) Ainda não tinha visto redação mais mal escrita. AULA 05 — Morfologia Il 36 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO 25. (ESPCEx - 2011) Identifique a alternativa correta quanto à classificação das palavras em negrito e sublinhadas, na ordem em que aparecem, presentes no trecho de O Apólogo, de Machado de Assis: “Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela.” [...] a) conjunção integrante, conjunção integrante, conjunção final. b) conjunção integrante, conjunção integrante, pronome relativo. c) conjunção condicional, conjunção causal, conjunção integrante. d) pronome relativo, conjunção integrante, conjunção integrante. e) conjunção condicional, pronome relativo, pronome relativo. 26. (ESPCEX - 2011) Assinale a única alternativa em que o pronome relativo onde está corretamente empregado. a) Criou-se uma situação embaraçosa, onde as pessoas não sabiam o que dizer diante da presença do presidente da empresa. b) O arqueólogo relatou uma crença, onde se acredita que alguns homens possuem o poder de se transformar em jaguares durante a noite. c) Durante o evento, as pessoas respiravam uma tal felicidade, onde até o mal humorado do chefe contagiava-se. d) Não gosto de cidades onde faltam aspectos básicos como abastecimento regular de água e de eletricidade. e) O professor nos apresentou uma condição onde o trabalho não terá sentido. 27. (ESPCEX - 2011) Leia o trecho abaixo: “(Isto é talvez ridículo aos ouvidos De quem, por não saber o que é olhar para as cousas, Não compreende quem fala delas Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)” Fernando Pessoa, O Guardador de Rebanhos AULA 05 — Morfologia Il 37 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO O destemido tenente, no seu primeiro dia como comandante de uma fração de tropa, vendo que alguns de seus combatentes apresentavam medo e angústia diante da barbárie da guerra, gritou, com firmeza, para inspirar seus homens a enfrentarem o grupamento inimigo que se aproximava: — Ou mato ou morro! Ditas essas palavras, metade de seus homens fugiu para o mato e outra metade fugiu para o morro. No texto acima, considerando os aspectos morfológicos da Língua Portuguesa, a construção do humor se efetua, principalmente, pela a) falta de capacidade linguística dos combatentes que, ao confundirem as palavras do tenente, no contexto, atribuíram valores de advérbios aos verbos pronunciados pelo tenente. b) ausência de interpretação plausível por parte dos combatentes que, ao ouvirem as palavras, confundem suas classes gramaticais, atribuindo a elas valores inadmissíveis na Língua Portuguesa. c) capacidade que os combatentes tiveram de interpretar as palavras pronunciadas, confundindo verbos com substantivos, justificando, com isso, a vasta flexibilidade de sentidos de uma língua em sua situação de uso. d) capacidade de os combatentes trocarem, propositalmente, as classes morfológicas das palavras pronunciadas pelo tenente, justificando o medo deles e a rigidez de significados e inflexibilidade de sentidos de tais palavras. 34. (EEAR — 2018) Leia o texto a seguir e responda ao que se pede. Chamas de louco ou tolo ao apaixonado que sente ciúmes quando ouve sua amada dizer que na véspera de tarde o céu estava uma coisa lindíssima, com mil pequenas nuvens de leve púrpura sobre um azul de sonho. (Rubem Braga) Assinale a alternativa correta referente ao adjetivo destacado no texto. a) Caracteriza o substantivo tarde e está no grau superlativo absoluto sintético. b) Caracteriza o substantivo amada e está no grau superlativo absoluto analítico. c) Caracteriza o substantivo coisa e está no grau superlativo absoluto sintético. d) Caracteriza o substantivo véspera e está no grau superlativo absoluto analítico. 35. (EEAR — 2018) Leia: O homemjulga que é superior à natureza, por isso o homem danifica a natureza, sem pensar que a natureza é essencial para a vida do homem. AULA 05 — Morfologia Il “0 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Assinale a alternativa em que os pronomes substituem, respectivamente, os substantivos destacados no texto acima. a)ele-a-—ela—sua b)ele-ela-a-—sua c) este — sua — ela — daquele d) este — ela — sua — daquele 36. (EEAR — 2018) Assinale a alternativa que apresenta o adjetivo negros no grau comparativo. a) Iracema tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna. b) Aqueles são os cabelos mais negros de toda a tribo. c) Iracema tinha os cabelos muito negros! d) Que lindos e negríssimos cabelos! 37. (EEAR — 2018) Marque a alternativa em que o substantivo em destaque forma o plural com a terminação - ãos. a) A peça era um dramalhão. (Machado de Assis) b) O capitão Vitorino Carneiro da Cunha tinha cinco mil réis no bolso. (José Lins do Rego) c) Eu preparo uma canção / Que faça acordar os homens / E adormecer as crianças. (Carlos D. de Andrade) d) ... ele, monge ou ermitão, (...) ia acordando da memória as fabulosas campanhas do dia. (Cruz e Sousa) 38. (EEAR - 2017) Leia: “Você é exatamente o que eu sempre quis/ Ela se encaixa perfeitamente em mim”. O trecho apresenta um fragmento de uma canção, de autoria de Sorocaba. Em relação ao uso dos pronomes, marque a alternativa correta, de acordo com a gramática normativa. a) O pronome “ela” indica com quem se fala no discurso. b) O pronome “você” indica a pessoa que fala no discurso. AULA 05 — Morfologia Il 41 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO c) O pronome “você” não indica, gramaticalmente, a mesma pessoa indicada por “ela”, no texto exemplificado. a” d) O pronome “você” se refere, gramaticalmente, à mesma pessoa descrita pelo pronome “ela”, no texto exemplificado. 39. (EEAR - 2017) Em qual das alternativas abaixo o advérbio em destaque é classificado como advérbio de tempo? a) Não gosto de salada excessivamente temperada. b) Ele calmamente se trocou, estava com o uniforme errado. c) Aquela vaga na garagem do condomínio finalmente será minha. d) Provavelmente trocariam os móveis da casa após a mudança. 40. (EEAR — 2017) Marque a alternativa que apresenta, em destaque, palavra com valor gramatical de substantivo. a) O amor é o dom supremo. b) Como primeiro aluno da classe, não sabia o que fazer. c) O viver é dádiva do criador. d) O porquê de tudo isso, ninguém sabia. 41. (EEAR— 2017) Assinale a alternativa com a sequência correta quanto à classificação das conjunções e da locução conjuntiva em destaque no texto abaixo. “A medida que os anos passam, a minha ansiedade diminui. Embora eu perceba a agilidade do tempo, não serei arrastada pela vida como uma folha ao vento.” a) causal, comparativa, temporal b) consecutiva, causal, comparativa c) proporcional, concessiva, comparativa d) condicional, conformativa, proporcional 42. (Esc. Naval - 2016) Sobre o mar e o navio Na guerra naval, existem ainda algumas peculiaridades que merecem ser abordadas. AULA 05 — Morfologia Il 42 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO tem seu celular hoje em dia? Crianças, cada vez mais crianças, lidam, e bem, com ele. Apenas uns poucos retrógrados, avessos ao progresso tecnológico. A força consumista do aparelho foi crescendo com a possibilidade de suas crescentes utilizações. Me poupem de enumerá- las, pois só sei de algumas. De fato, ele faz hoje em dia de um tudo. Diria mesmo que o celular veio a modificar as relações do ser humano com a vida e com as outras pessoas. Até que não custei tanto assim a aderir a este telefoninho! Nem posso deixar de reconhecer que ele tem me quebrado uns galhos importantes no corre-corre da vida. Mas me utilizo dele pouco e apenas para receber e efetuar ligações. Nem lembro que ele marca as horas, possui calendário. É verdade, recebi uns torpedos, e com dificuldade, enviei outros, bem raros. Imagine tirar fotos, conectá-lo à internet, ao Facebook! Não quero passar por um desajustado à vida moderna. Isto não! No computador, por exemplo, além dos e-mails, participo de rede social, digito (mal), é verdade, meus textos, faço lá algumas compras e pesquisas... Fora dele, tenho meus cartões de crédito, efetuo pagamentos nas máquinas bancárias e, muito importante, sei de cabeça todas as minhas senhas, que vão se multiplicando. Haja memória! Mas, no caso dos celulares, o que me chama mesmo a atenção é que as pessoas parecem não se desgrudar dele, em qualquer situação, ou ligando para alguém, ou entrando em contato com a internet, acompanhando o movimento das postagens do face, ou mesmo brincando com seus joguinhos, como procedem alguns taxistas, naqueles instantes em que param nos sinais ou em que o trânsito está emperrado. Não há como negar, contudo, que esta utilização constante do aparelhinho tem causado desconfortos sociais. Comenta a Danuza Leão: “Outro dia fui a um jantar com mais seis pessoas e todas elas seguravam um celular. Pior, duas delas, descobri depois, trocavam torpedos entre elas.” Me sinto muito constrangido quando, num grupo, em torno de uma mesa, tem alguém, do meu lado, falando, sem parar, pelo celular. Pior, bem pior, quando estou só com alguém, e esta pessoa fica atendendo ligações contínuas, algumas delas com aquela voz abafada, sussurrante... Pode? É frequente um casal se sentar a uma mesa colada à minha, em um restaurante e, depois, feitos os pedidos aos garçons, a mulher e o homem tomam, de imediato, os seus respectivos celulares. E ficam neles conversando quase o tempo todo, mesmo após o início da refeição. Se é um casal de certa idade, podem me argumentar, não devia ter mais nada para conversar. Afinal, casados há tanto tempo! Porém, vejo também casais bem mais jovens, com a mesma atitude, consultando, logo ao se sentarem, os celulares para ver o movimento nas redes sociais, ou enviando torpedos, a maior parte do tempo. Clima de namoro, de sedução, é que não brotava dali. Talvez, alguém parece ter murmurado, em meu ouvido, assim os casais encontraram uma maneira eficiente de não discutirem. Falando com pessoas não presentes ali. A tecnologia a serviço do bom entendimento, de uma refeição em paz. Mas vivencio sempre outras situações em que o uso do celular me prende a atenção. Entrei em um consultório médico, uma senhora aguardava sua vez na sala de espera. Deu para perceber que ela acabava de desligar seu aparelho. Mas, de imediato, fez outra chamada. Estava sentado próxima a ela, que falava bem alto. A ligação era para uma amiga bem íntima, estava claro pela conversa desenrolada, desenrolada mesmo. Em breves minutos, não é por nada não, fiquei sabendo de alguns “probleminhas” da vida desta AULA 05 — Morfologia Il 45 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO senhora. Não, não vou aqui devassar dela, nem a própria me deu autorização para tal... Afinal, sou uma pessoa discreta. Não pude foi evitar escutar o que minha companheira de sala de espera... berrava. Para não dizer, no entanto, que não contei nada, também é discrição demais, só um pequeno detalhe, sem maior surpresa: ela estava a ponto de estrangular o marido. O homem, não posso afiançar, aprontava as suas. Do outro lado, a amigona parecia estimular bem a infortunada senhora. De repente, me impedindo de saber mais fatos, a atendente chama a senhora, chegara a sua hora de adentrar ao consultório do médico. Não sei como ela, bastante exasperada, iria enfrentar um exame, na verdade, delicado. Não deu para vê-la sair pela outra porta. É, os celulares criaram estas situações, propiciando já a formação do que poderá vir a ser chamado de auditeurismo, que ficará, assim, ao lado do antigo voyeurismo. (UCHÔA, Carlos Eduardo Falcão. Os celulares. In: . Avidae o tempo em tom de conversa. 12 Ed. Rio de Janeiro: Odisseia, 2013. P. 150-153.) Texto 2 O reinado do celular De alto a baixo da pirâmide social, quase todas as pessoas que eu conheço possuem celular. É realmente um grande quebra-galho. Quando estamos na rua e precisamos dar um recado, é só sacar o aparelhinho da bolsa e resolver a questão, caso não dê pra esperar chegar em casa. Pra isso — e só pra isso — serve o telefone móvel, na minha inocente opinião. Ao contrário da maioria das mulheres, nunca fui fanática por telefone, incluindo o fixo. Uso com muito comedimento para resolver assuntos de trabalho, combinar encontros, cumprimentar alguém, essas coisas realmente rápidas. Fazer visita por telefone é algo para o qual não tenho a menor paciência. Por celular, muito menos. Considero-o um excelente resolvedor de pendências e nada mais. Logo, você pode imaginar meu espanto ao constatar como essa engenhoca se transformou no símbolo da neurose urbana. Outro dia fui assistir a um show. Minutos antes de começar, o lobby do teatro estava repleto de pessoas falando ao celular. “Vou ter que desligar, o espetáculo vai começar agora”. Era como se todos estivessem se despedindo antes de embarcar para a lua. Ao término do show, as luzes do teatro mal tinham acendido quando todos voltaram a ligar seus celulares e instantaneamente se puseram a discar. Para quem? Para quê? Para contar sobre o show para os amigos, para saber o saldo no banco, para o tele-horóscopo?? Nunca vi tamanha urgência em se comunicar à distância. Conversar entre si, com o sujeito ao lado, quase ninguém conversava. O celular deixou de ser uma necessidade para virar uma ansiedade. E toda ânsia nos mantém reféns. Quando vejo alguém checando suas mensagens a todo minuto e fazendo ligações triviais em público, não imagino estar diante de uma pessoa ocupada e poderosa, e sim de uma pessoa rendida: alguém que não possui mais controle sobre seu tempo, alguém que não consegue mais ficar em silêncio e em privacidade. E deixar celular em cima de mesa de restaurante, só perdoo se o cara estivar com a mãe no leito de morte e for ligeiramente surdo. AULA 05 — Morfologia Il 46 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Isso tudo me ocorreu enquanto lia o livro infantil O menino que queria ser celular, de Marcelo Pires, com ilustrações de Roberto Lautert. Conta a historia de um garotinho que não suporta mais a falta de comunicação com o pai e a mãe, já que ambos não conseguem desligar o celular nem por um instante, nem no fim de semana — levam o celular até para o banheiro. O menino não tem vez. Aí a ideia: se ele fosse um celular, receberia muito mais atenção. Não é história da carochinha, isso rola pra valer. Adultos e adolescentes estão virando dependentes de um aparelho telefônico e desenvolvendo uma nova fobia: medo de ser esquecido. E dá-lhe falar a toda hora, por qualquer motivo, numa esquizofrenia considerada, ora, ora, moderna. Os celulares estão cada dia menores e mais fininhos. Mas são eles que estão botando muita gente na palma da mão. (MEDEIROS, Martha. O reinado do celular. In: |. Montanha Russa; Coisas da vida; Feliz por nada. Porto Alegre, RS: LPM, 2013. p. 369-370.) Em ambos os textos, ocorre o uso da palavra “aparelhinho”. Considerando seu significado no contexto de cada ocorrência, assinale a opção correta. a) Nos dois textos, os autores usam a palavra no diminutivo pejorativamente. b) No texto 1, o significado é pejorativo; no texto 2, o diminutivo indica o tamanho. c) No texto 1, o significado atribuído é afetivo, no texto 2, pejorativo. d) Nos dois textos, o diminutivo faz referência ao tamanho do celular. e) Em ambos os textos, os autores atribuem ao diminutivo significados afetivos. 45. (Esc. Naval —- 2014) TEXTO DE APOIO SUPRIMIDO Em que opção houve mudança de classe gramatical do termo destacado? a) “Era um oásis a caminhar.” (2º parágrafo) b) “E o irmão lá atrás, respeitoso, era a sentinela, [...].” (3º parágrafo) c) “[...] convertendo a arma em caneta ou lápis [... ” (3º parágrafo) d) “[...] que na mesa interior marulhavam lembranças [...].” (4º parágrafo) e) “O mar é um morrer sucessivo e [...].” (8º parágrafo) Leia o texto abaixo e responda às próximas questões. VELHO MARINHEIRO Homenagem aos marinheiros AULA 05 — Morfologia Il 47 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO e) “Sofisticado, limpíssimo, nas mãos de uma tripulação que só pode ser muito competente para mantê-lo pronto.” (ref. 35) — uniforme 47. (Esc. Naval - 2013) Na epígrafe, “Homenagem aos marinheiros / de sempre... e para sempre.”, qual o valor semântico estabelecido pelas preposições destacadas? a) Tempo e finalidade. b) Restrição e direção. c) Conseguência e temporalidade. d) Propriedade e destinação. e) Especificação e instrumento. 48. (Esc. Naval - 2013) Em “[...] vocês já perceberam que marinheiro velho dificilmente baixa a terra [...].” (ref. 22), a posição do adjetivo é importante, pois, se escrevêssemos “velho marinheiro”, o valor semântico seria outro. Em que opção a troca de posição dos termos implicou uma mudança semântica? a) Os marinheiros, em seus uniformes brancos, destacam-se nas paradas militares. / Os marinheiros, em seus brancos uniformes, destacam-se nas paradas militares. b) Os alunos gostavam de ouvir as narrativas tradicionais sobre os perigos do mar. / Os alunos gostavam de ouvir as tradicionais narrativas sobre os perigos do mar. c) Depois de muito tempo longe de casa, os homens do mar sentem falta de uma comida gostosa. / Depois de muito tempo longe de casa, os homens do mar sentem falta de uma gostosa comida. d) Os navios e seus homens preparavam-se para cumprir um longo percurso, de acordo com a derrota traçada. / Os navios e seus homens preparavam-se para cumprir um percurso longo, de acordo com a derrota traçada. e) Antigamente, o recebimento de uma mensagem simples aplacava as saudades dos marinheiros. / Antigamente, o recebimento de uma simples mensagem aplacava as saudades dos marinheiros. 49. (AFA - 2019) O uso do conectivo em destaque está corretamente justificado em: a) “...um espetáculo de caráter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominação, cuja função era o reforço(...) das relações de poder." (ref. 13) — Conecta oração, estabelecendo uma relação de posse. AULA 05 — Morfologia Il 50 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO b)“...a violência se insere, sob diversos vieses, nas relações de poder...” (ref. 6) - Acrescenta aspecto locativo. c) “Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses.” (ref. 11) — Introduz sentido de alternância. d) “Como nem tudo se limita às questões políticas e às guerras, o livro ainda analisa as formas que a violência assume...” (ref. 24) — Estabelece conexão temporal. 50. (AFA - 2018) REDES SOCIAIS E COLABORAÇÃO EXTREMA: O FIM DO SENSO CRÍTICO? Eugênio Mira Conectados. Essa palavra nunca fez tanto sentido quanto agora. !Quando se discutia no passado sobre como os homens agiriam com o advento da aldeia global (...) não se imaginava o quanto esse processo seria rápido e devastador. (...) quando McLuhan apresentou o termo, em 1968, ?ele sequer imaginaria que não seria a televisão a grande responsável pela interligação mundial absoluta, e sim a internet, que na época não passava de um projeto militar do governo dos Estados Unidos. 3A internet mudou definitivamente a maneira como nos comunicamos e percebemos o mundo. Graças a ela temos acesso a toda informação do mundo à distância de apenas um toque de botão. “E quando começaram a se popularizar as redes sociais, “um admirável mundo novo abriu-se ante nossos olhos. Uma ferramenta colaborativa extrema, que possibilitaria o contato imediato com outras pessoas através de suas afinidades, fossem elas políticas, religiosas ou mesmo geográficas. Projetos colaborativos, revoluções instantâneas... Tudo seria maior e melhor quando as pessoas se alinhassem na órbita de seus ideais. /O tempo passou, e essa revolução não se instaurou. Basta observar as figuras que surgem nos sites de humor e outros assemelhados. Conhecidos como memes (termo cunhado pelo pesquisador Richard Dawkins, que representaria para nossa memória o mesmo que os genes representam para o corpo, ou seja, uma parcela mínima de informação), *essas figuras surgiram com a intenção de demonstrar, de maneira icônica, algum sentimento ou sensação. *Ao fazer isso, a tendência de ter uma reação diversa daquelas expressas pelas tirinhas é cada vez menor. Tudo fica branco e preto. 1ºOu se aceita a situação, ou revolta-se. Sem chance para o debate ou questionamento. (...) A situação é ainda mais grave quando um dos poucos entes criativos restantes na internet produz algum comentário curto, espirituoso ou reflexivo, a respeito de alguma situação atual ou recente... Em minutos pipocam cópias da frase por todo lugar. “Copia-se sem o menor bom senso, sem créditos. Pensar e refletir, e depois falar, são coisas do passado. O importante agora é 2copiar e colar, e depois partilhar. “As redes sociais desfraldaram um mundo completamente novo, e o uso que o homem fará dessas ferramentas é o que dirá o nosso futuro cultural. Se enveredarmos pela partilha de ideias, AULA 05 — Morfologia Il 51 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO gestando-as em nossas mentes e depois as passando a outros, será uma estufa mundial a produzir avanços incríveis em todos os campos de conhecimento. Se, no entanto, as redes sociais se transformarem em uma rede neural de apoio à preguiça de pensar, a humanidade estará fadada ao processo antinatural de regressão. O advento das redes sociais trouxe para perto das pessoas comuns os amigos distantes, os ídolos e as ideias consumistas mais arraigados, mas aparentemente está levando para longe algo muito mais humano e essencial na vida em sociedade: o senso crítico. Será uma troca justa? http://obviousmag.org/archives/2011/09/redes sociais e colaboracao extrema O fim do senso critico-.htm. Adaptado. Acesso em: 21 fev 2017. Assinale a alternativa em que a mudança de lugar do vocábulo em destaque NÃO provoca modificação no sentido da frase. a) “Graças a ela temos acesso a toda informação do mundo (...)” = Graças a ela temos acesso à informação toda do mundo (...) b) “...um admirável mundo novo abriu-se ante nossos olhos...” = ...um admirável novo mundo abriu-se ante nossos olhos... c) “As redes sociais desfraldaram um mundo completamente novo...” = As redes sociais desfraldaram um mundo novo completamente... d) “...trouxe para perto das pessoas comuns os amigos distantes...” > ...trouxe para perto das pessoas comuns os distantes amigos... AULA 05 — Morfologia Il 52 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Comentários Alternativa A: incorreto. A interjeição exprime uma ordem, uma emoção, uma sensação, o que não é o caso da palavra destacada. Alternativa B: incorreto. Não se trata de um numeral, mas de uma conjunção. Alternativa C: correto. Realmente trata-se de uma conjunção adversativa. Alternativa D: incorreto. O advérbio, no caso, é a palavra “mais”. Alternativa E: incorreto. Preposição liga dois elementos em uma frase, o que não corre na oração em destaque. Gabarito: C 3. (Estratégia Militares - 2020) Pepys e Morley nos fazem sorrir porque eram criaturas alegres, vivendo uma vida feliz; enquanto a pobrezinha de Anne e a favelada Carolina nos contam uma história terrível que numa delas é medo, na outra é fome, e em ambas é a crueldade dos homens, supostamente irmãos. Quanto a sua classe de palavra, os termos destacados no enunciado podem ser entendidos no contexto como a) pertencentes à mesma classe, ambas substantivos. b) pertencentes à mesma classe, ambas adjetivos. c) substantivo e adjetivo, respectivamente. d) adjetivo e substantivo, respectivamente. ) e) complementos nominais ambas as palavras. Comentários: A alternativa A está incorreta, pois apenas “pobrezinha” funciona como substantivo aqui. A alternativa B está incorreta, pois apenas “favelada” funciona como adjetivo aqui. A alternativa C está correta, pois em “a pobrezinha de Anne” a palavra “pobrezinha”, tradicionalmente entendida como um adjetivo, aqui se encontra substantivada. No contexto, ela foi usada como substantivo, precedida do artigo “a”. É diferente do caso de “a favelada Carolina”, em que há apenas uma mudança na ordem direta e a palavra “favelada” segue sendo um adjetivo. Perceba que é possível alterar a ordem dos termos com manutenção do sentido: “a Carolina favelada”. O mesmo não ocorre em “a de Anne pobrezinha”. A alternativa D está incorreta, pois a primeira palavra funciona como substantivo e a segunda como adjetivo. A alternativa E está incorreta, pois a questão pergunta sobre a classe de palavras, não sobre a função sintática. Gabarito: C y AULA 05 — Morfologia Il 55 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO 4. (Estratégia Militares - 2020) Amelia amava voar e amava fazer coisas que ninguém havia feito antes. Seu maior desafio foi ser a primeira mulher a dar a volta ao mundo voando. Os termos destacados constituem, respectivamente, a) um artigo, uma preposição e uma preposição. b) um artigo, um pronome e uma preposição. c) um artigo, uma preposição e um artigo. d) um pronome, um artigo e uma preposição. e) uma preposição, uma preposição e um artigo. Comentários: O primeiro termo destacado é: “Seu maior desafio foi ser a primeira mulher”. Aqui o “a” é um artigo, antecipando o termo feminino “primeira mulher”. O segundo termo destacado é “primeira mulher a dar”. Aqui, o “a” é uma preposição, antecipando o termo verbal “dar”. O primeiro termo destacado é: “dar a volta ao mundo”. Aquio “a Gabarito: C é um artigo, antecipando o termo feminino “volta”. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS QUESTÕES: Passeio à Infância Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegaremos dois pequenos carás dourados. E como faz calor, veja, os lagostins saem da toca. Quer ir de batelão, na ilha, comer ingás? Ou vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa? Não catemos pedrinhas redondas para atiradeira, porque é urgente subir no morro; os sanhaços estão bicando os cajus maduros. É janeiro, grande mês de janeiro! Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no capim até a beira do açude. Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval y AULA 05 — Morfologia Il 56 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO é só no mês que vem, vamos apanhar tabatinga para fazer formas de máscaras. Ou então vamos jogar bola-preta: do outro lado do jardim tem um pé de saboneteira. Se quiser, vamos. Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas magras e vamos passear nessa infância de uma terra longe. É verdade que jamais comeu angu de fundo de panela? Bem pouca coisa eu sei: mas tudo que sei lhe ensino. Estaremos debaixo da goiabeira; eu cortarei uma forquilha com o canivete. Mas não consigo imaginá-la assim; talvez se na praia ainda houver pitangueiras... Havia pitangueiras na praia? Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia. Iremos catar conchas cor-de-rosa e búzios crespos, ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim. Quer? Agora devem ser três horas da tarde, as galinhas lá fora estão cacarejando de sono, você gosta de fruta-pão assada com manteiga? Eu lhe vou aipim ainda quente com melado. Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora, que achou horrível nosso pobre doce de abóbora e coco. Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual; ali pescarei piaus. Há rolinhas. Ou então ir descendo o rio numa canoa bem devagar e de repente dar um galope na correnteza, passando rente às pedras, como se a canoa fosse um cavalo solto. Ou nadar mar afora até não poder mais e depois virar e ficar olhando as nuvens brancas. Bem pouca coisa eu sei; os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe. Lembro-me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando tiros, e havia uma mulher do outro lado do rio gritando. Mas como eu poderia, mulher estranha, convertê-la em menina para subir comigo pela capoeira? Uma vez vi uma urutu junto de um tronco queimado; e me lembro de muitas meninas. Tinha uma que para mim uma adoração. Ah, paixão da infância, paixão que não amarga. Assim eu queria gostar de você, mulher estranha que ora venho conhecer, homem maduro. Homem maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você estava distraída, meus olhos eram outra vez daquele menino feio do segundo ano primário que quase não tinha coragem de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco. Adoração de infância. Ao menos você conhece um passarinho chamado saíra? É um passarinho miúdo: imagine uma saíra grande que de súbito aparecesse a um menino que só tivesse visto coleiros e curiós, ou pobres cambaxirras. Imagine um arco-íris visto na mais remota infância, sobre os morros e o rio. O menino da roça que pela primeira vez vê as algas do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra. Ardente da mais pura paixão de beleza é a adoração da infância. Na minha adolescência você seria uma tortura. Quero levá-la para a meninice. Bem pouca coisa eu sei; uma vez na fazenda rira: ele não sabe nem passar um barbicacho! Mas o que sei lhe ensino; são pequenas coisas do mato e da água, são humildes coisas, e você é tão bela e estranha! Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do brejo no meio dos dedos dos pés. Linda como a areia que a onda ondeou. Saíra grande! Na adolescência e torturaria; mas sou um homem maduro. Ainda assim às vezes é como um bando de sanhaços bicando os cajus de meu cajueiro, um cardume de peixes dourados avançando, saltando ao sol, na piracema; um bambual com sombra fria, onde ouvi um silvo de cobra, e eu quisera tanto AULA 05 — Morfologia Il 57 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO A alternativa D está incorreta, pois na piracema (sendo piracema o período de reprodução dos peixes) apresenta a mesma circunstância temporal da expressão do enunciado. A alternativa E está incorreta, pois numa pobre tarde de homem apresenta a mesma circunstância temporal da expressão do enunciado. Gabarito: A 8. (Efomm - 2019) Assinale a opção em que o adjetivo sublinhado, quanto ao gênero, é uniforme: a) Não catemos pedrinhas redondas para atiradeira, porque é urgente subir no morro (...). b) (...) os sanhaços estão bicando os cajus maduros. c) (...) meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino feio do segundo ano primário (...). d) (...) são humildes coisas, e você é tão bela e estranha! e) Mas o que sei lhe ensino; são pequenas coisas do mato (...). Comentários: Um adjetivo uniforme quanto ao gênero é aquele que não flexiona caso o gênero do termo ao qual se refere seja flexionado. Para efeitos práticos de verificar cada item, basta substituir os substantivos por outros de mesmo sentido, porém com a flexão de gênero. Assim sendo, têm-se as alternativas. A alternativa A está incorreta, pois, substituindo-se pedrinhas (redondas) por cascalhos, o adjetivo é flexionado quanto ao gênero: cascalhos redondos. A alternativa B está incorreta, pois, substituindo-se cajus (maduros) por frutas, o adjetivo é flexionado quanto ao gênero: frutas maduras. A alternativa C está incorreta, pois, substituindo-se menino (feio) por menina, o adjetivo é flexionado quanto ao gênero: menina feia. A alternativa D está correta, pois, substituindo-se coisas (humildes) por assuntos, o adjetivo NÃO é flexionado quanto ao gênero: humildes assuntos. A alternativa E está incorreta, pois, substituindo-se coisas (pequenas) por assuntos, o adjetivo é flexionado quanto ao gênero: pequenos assuntos. Gabarito: D 9. (Efomm - 2019) Assinale a opção em que a expressão sublinhada NÃO tem valor de um adjetivo. a) Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora, que achou horrível nosso pobre doce de abóbora e coco. b) Lembre-me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando tiros (...). c) O menino da roça que pela primeira vez vê as algas do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra. d) Mas o que sei lhe ensino; são pequenas coisas do mato (...). y AULA 05 — Morfologia Il 60 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO e) Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do brejo no meio dos dedos dos pés. Comentários: A alternativa A está incorreta, pois a expressão de fora caracteriza o substantivo menina, sendo uma locução adjetiva, ou seja, tendo valor de um adjetivo. A alternativa B está correta, pois a expressão de canoa exerce função de advérbio, com valor de transporte ou meio, indicando o meio utilizado pelos soldados enquanto atiravam. Assim sendo, não possui valor de um adjetivo. A alternativa C está incorreta, pois a expressão do mar caracteriza o substantivo algas, sendo uma locução adjetiva, ou seja, tendo valor de um adjetivo A alternativa D está incorreta, pois a expressão do mato caracteriza o substantivo coisas, sendo uma locução adjetiva, ou seja, tendo valor de um adjetivo A alternativa E está incorreta, pois a expressão do brejo caracteriza o substantivo lama, sendo uma locução adjetiva, ou seja, tendo valor de um adjetivo Gabarito: B TEXTO PARA AS PRÓXIMAS QUESTÕES: O homem deve reencontrar o Paraíso... Rubem Alves Era uma família grande, todos amigos. Viviam como todos nós: moscas presas na enorme teia de aranha que é a vida da cidade. Todos os dias a aranha que é a vida da cidade. Todos os dias a aranha lhes arrancava um pedaço. Ficaram cansados. Resolveram mudar de vida: um sonho louco: navegar! Um barco, o mar, o céu, as estrelas, os horizontes sem fim: liberdade. Venderam o que tinham, compraram um barco capaz de atravessar mares e sobreviver tempestades. Mas para navegar não basta sonhar. É preciso saber. São muitos os saberes necessários para se navegar. Puseram-se então a estudar cada um aquilo que teria de fazer no barco: manutenção do casco, instrumentos de navegação, astronomia, meteorologia, as velas, as cordas, as polias e roldanas, os mastros, o leme, os parafusos, o motor, o radar, o rádio, as ligações elétricas, os mares, os mapas... Disse cero o poeta: Navegar é preciso, a ciência da navegação é saber preciso, exige aparelhos, números e medições. Barcos se fazem com precisão, astronomia se aprende com o rigor da geometria, velas se fazem com saberes exatos sobre tecidos, cordas e ventos, instrumentos de navegação não informam mais ou menos. Assim, eles se tornaram cientistas, especialistas, cada um na sua — juntos para navegar. Chegou então o momento de grande decisão — para onde navegar. Um sugeria as geleiras do sul do Chile, outro os canais dos fiordes da Noruega, um outro queria conhecer os exóticos mares e praias das ilhas do Pacífico, e houve mesmo quem quisesse navegar nas rotas de Colombo. E foi então que compreenderam que, quando o assunto era a escolha do destino, as ciências que conheciam para nada serviam. De nada valiam, tabelas, gráficos, estatísticas. Os computadores, coitados, chamados a dar seu palpite, ficaram em silêncio. Os computadores não têm preferências — falta-lhes essa AULA 05 — Morfologia Il 61 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO sutil capacidade de gostar, que é a essência da vida humana. Perguntados sobre o porto de sua escolha, disseram que não entendiam a pergunta, que não lhes importava para onde se estava indo. Se os barcos se fazem com ciência, a navegação faz-se com sonhos. Infelizmente a ciência, utilíssima, especialista em saber como as coisas funcionam, tudo ignora sobre o coração humano. É preciso sonhar para se decidir sobre o destino da navegação. Mas o coração humano, lugar dos sonhos, ao contrário da ciência, é coisa preciosa. Disse certo poeta: Viver não é preciso. Primeiro vem o impreciso desejo. Primeiro vem o impreciso desejo de navegar. Só depois vem a precisa ciência de navegar. Naus e navegação têm sido uma das mais poderosas imagens na mente dos poetas. Ezra Pound inicia seus Cânticos dizendo: E pois com a nau no mar/ assestamos a quilho contra as vagas... Cecília Meireles: Foi, desde sempre, o mar! A solidez da terra, monótona/ parece- nos fraca ilusão! Queremos a ilusão do grande mar / multiplicada em suas malhas de perigo. E Nietzsche: Amareis a terra de vossos filhos, terra não descoberta, no mar mais distante. Que as vossas velas não se cansem de procurar esta terra! O nosso leme nos conduz para a terra dos nossos filhos... Viver é navegar no grande mar! Não só os poetas: C. Wright Mills, um sociólogo sábio, comparou a nossa civilização a uma galera que navega pelos mares. Nos porões estão os remadores. Remam com precisão cada vez maior. A cada novo dia recebem novos, mais perfeitos. O ritmo da remadas acelera. Sabem tudo sobre a ciência do remar. A galera navega cada vez mais rápido. Mas, perguntados sobre o porto do destino, respondem os remadores: O porto não nos importa. O que importada é a velocidade com que navegamos. C Wright Mills usou esta metáfora para descrever a nossa civilização por meio duma imagem plástica: multiplicam-se os meios técnicos e científicos ao nosso dispor, que fazem com que as mudanças sejam cada vez mais rápidas; mas não temos ideia alguma de para onde navegamos. Para onde? Somente um navegador louco ou perdido navegaria sem ter ideia do para onde. Em relação à vida da sociedade, ela contém a busca de uma utopia. Utopia, na linguagem comum, é usada como sonho impossível de ser realizado. Mas não é isso. Utopia é um ponto inatingível que indica uma direção. Mário Quintana explicou a utopia com um verso: Se as coisas são inatingíveis... ora!/ não é um motivo para não querê-las... Que tristes os caminho, se não fora/ A mágica presença das estrelas! Karl Mannheim, outro sociólogo sábio que poucos leem, já na década de 1920 diagnosticava a doença da nossa civilização: Não temos consciência de direções, não escolhemos direções. Faltam-nos estrelas que nos indiquem o destino. Hoje, ele dizia, as únicas perguntas que são feitas, determinadas pelo pragmatismo da tecnologia (o importante é produzir o objeto) e pelo objetivismo da ciência (o importante é saber como funciona), são: Como posso fazer tal coisa? Como posso resolver este problema concreto em particular? E conclui: E em todas essas perguntas sentimos o eco intimista: não preciso de me preocupar com o todo, ele tomará conta de si mesmo. Em nossas escolas é isso que se ensina: a precisa ciência da navegação, sem que os estudantes sejam levados a sonhar com as estrelas. A nau navega veloz e sem rumo. Nas universidades, essa doença assume a forma de peste epidêmica: cada especialista se dedica AULA 05 — Morfologia Il 62 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO A alternativa C está correta, pois a presença do artigo o (o todo) faz um processo de substantivação do termo todo, o qual, usualmente, é usado como pronome indefinido, mas na oração da alternativa atua como substantivo. A alternativa D está incorreta, pois o termo tudo é um pronome indefinido (generaliza o que se sabe), assim como Um. A alternativa E está incorreta, pois o termo nada é um pronome indefinido (generaliza os tópicos em que as ciências não serviam), assim como Um. Gabarito: C 12. (Efomm - 2018) A partir da análise da função que os mecanismos coesivos exercem na construção do texto, assinale a opção INCORRETA. a) Assim, eles se tornaram cientistas, especialistas, cada um na sua (...). O termo destacado caracteriza-se como uma coesão sequencial, indicando conclusão em relação ao que foi dito na oração anterior. b) Perguntados sobre o porto de sua escolha, disseram que não entendiam a pergunta (...). A palavra destacada é um pronome relativo que dá sequência ao texto. c) Primeiro vem o impreciso desejo (...). Só depois vem a precisa ciência de navegar. Os termos destacados assinalam sequências temporais relacionadas à organização textual. d) Sugiro aos educadores que pensem menos nas tecnologias do ensino — psicologias e quinguilharias — (...). Os termos destacados estabelecem uma coesão referencial, ou melhor, ele retorna a expressão tecnologias do ensino. e) Resolveram mudar de vida: um sonho louco: navegar. Há um termo elíptico no fragmento que estabelece uma coesão referencial, isto é, o termo elíptico retorna aos integrantes da família. omentários: A alternativa A está incorreta, pois o termo Assim é uma conjunção conclusiva, caracterizando uma coesão sequencial, na qual a oração subsequente conclui a ideia expressa anteriormente. Assim, o que é afirmado é certo. A alternativa B está correta, pois o termo que não é um pronome relativo, como afirmado na alternativa, mas sim uma conjunção integrante, que inicia uma Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta (“que não entendiam a pergunta”). Assim, a afirmação da alternativa está incorreta. A alternativa C está incorreta, pois ambos termos são advérbios de tempo, que estabelecem uma sequência temporal na organização do texto. Com isso, a afirmação está correta. A alternativa D está incorreta, pois ambos termos estabelecem uma explicação em torno da expressão tecnologias do ensino, agindo como elementos de coesão referencial. Portanto, a afirmação contida na alternativa está correta. A alternativa E está incorreta, pois a partir do trecho “Era uma família grande, todos amigos. Viviam como todos nós: moscas presas na enorme teia de aranha que é a vida da cidade. Todos os dias a aranha que é a vida da cidade. Todos os dias a aranha lhes arrancava um pedaço. Ficaram cansados. Resolveram mudar de vida: um sonho louco: navegar!” observa-se que a oração contida na alternativa tem, de fato, um sujeito elíptico que faz referência à família grande, ou seja, aos integrantes da família (devido ao verbo no plural). Logo, a afirmação da alternativa está correta. y AULA 05 — Morfologia Il 65 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Gabarito: B 13. (Efomm - 2017) A PIPOCA Rubem Alves A culinária me fascina. De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais competente com as palavras que com as panelas. Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-me a algo que poderia ter o nome de “culinária literária”. Já escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nóbis, picadinho de carne com tomate feijão e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos. Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o filme A festa de Babette, que é uma celebração da comida como ritual de feitiçaria. Sabedor das minhas limitações e competências, nunca escrevi como chef. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e teólogo — porque a culinária estimula todas essas funções do pensamento. As comidas, para mim, são entidades oníricas. Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu. A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas ideias começaram a estourar como pipoca. Percebi, então, a relação metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisível. A pipoca se revelou a mim, então, como um extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se pôs a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela. Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem. Para os cristãos, religiosos são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, não é vida...). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas. Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do candomblé baiano: que a pipoca é a comida sagrada do candomblé... A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido. Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos graúdos aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto de vista do tamanho, os milhos da pipoca não podem competir com os milhos normais. Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a ideia de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os grãos amolecessem e pudessem ser comidos. Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia ter imaginado. Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças AULA 05 — Morfologia Il 66 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças. É muito divertido ver o estouro das pipocas! E o que é que isso tem a ver com o candomblé? É que a transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa - voltar a ser crianças! Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosas. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão — sofrimentos cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação. Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: pum! - e ela aparece como uma outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante. Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro. “Morre e transforma-te!” - dizia Goethe. Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. Meu amigo William, extraordinário professor-pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia as explicações científicas não valem. Por exemplo: em Minas “piruá” é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: “Fiquei piruá!” Mas acho que o poder metafórico dos piruás é muito maior. Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. Ignoram o dito de Jesus: “Quem preservar a sua vida perdê-la-á.” A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. AULA 05 — Morfologia Il 67 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados. Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler! E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: “E você fica com o livro por quanto tempo quiser.” Entendem? Valia mais do que me dar o livro: “pelo tempo que eu quisesse” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer. Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo. Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante. 14. (Efomm - 2016) Assinale a opção em que a expressão sublinhada estabelece uma circunstância que se DISTINGUE das demais. a) Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria (...) b) Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde (...) c d ) Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa (...) o Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo (...) RAR 05 — Morfologia Il 70 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO e) (...) pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã (...) Comentários: A alternativa A está incorreta, pois a circunstância estabelecida é de tempo, conforme as demais alternativas, com exceção da C. A alternativa B está incorreta, pois a circunstância estabelecida é de tempo, conforme as demais alternativas, com exceção da C. A alternativa C está correta, pois a circunstância estabelecida é de lugar. A alternativa D está incorreta, pois a circunstância estabelecida é de tempo, conforme as demais alternativas, com exceção da C. A alternativa E está incorreta, pois a circunstância estabelecida é de tempo, conforme as demais alternativas, com exceção da C. Gabarito: C 15. (Efomm - 2016) Assinale a opção em que a expressão sublinhada NÃO tem valor de adjetivo. a) (...) continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia. b) (...) o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. c) (...) entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. d) Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. e) (...) eu nadava devagar num mar suave (...) Comentários: A alternativa A está incorreta, pois a expressão qualifica o substantivo livros, tendo valor de adjetivo. A alternativa B está incorreta, pois a expressão qualifica o substantivo ruas, tendo valor de adjetivo. A alternativa C está incorreta, pois a expressão qualifica o substantivo /oja, tendo valor de adjetivo. A alternativa D está correta, pois a expressão qualifica o verbo chupando, estabelecendo uma circunstância de modo, de modo que tem valor de advérbio. A alternativa E está incorreta, pois a expressão qualifica o substantivo mar, tendo valor de adjetivo. Gabarito: D 16. (Efomm - 2016) Assinale a opção em que a palavra sublinhada PERTENCE a uma classe diferente de pronome. a) Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter (...) b) Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria (...) c) (...) disse-me que havia emprestado o livro a outra menina (...). d) (...) andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. e) Acho que eu não disse nada. Comentários: A alternativa A está incorreta, pois o termo destacado é um pronome indefinido. y AULA 05 — Morfologia Il n ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO A alternativa B está correta, pois própria qualifica o substantivo esperança, configurando um adjetivo. A alternativa C está incorreta, pois o termo destacado é um pronome indefinido. A alternativa D está incorreta, pois o termo destacado é um pronome indefinido. A alternativa E está incorreta, pois o termo destacado é um pronome indefinido. Gabarito: B 17. (ESPCEX - 2019) Marque a alternativa na qual a palavra destacada funciona como adjetivo. a) Os canudos poluem bastante. s ) ) Ações individuais são bastante significativas. Algumas pessoas preferem ou necessitam bastante dos canudos. o ) ) Foi encontrada uma lista bastante grande de espécies afetadas. o e) Não há atitude bastante para resolver o problema. Comentários: A alternativa A está incorreta, pois “bastante” atua como advérbio de intensidade, podendo ser substituído por “muito”. A alternativa B está incorreta, pois “bastante” atua como advérbio de intensidade, podendo ser substituído por “muito”. A alternativa C está incorreta, pois “bastante” atua como advérbio de intensidade, podendo ser substituído por “muito”, modificando o verbo necessitam para “necessitam muito”. A alternativa D está incorreta, pois “bastante” modifica o adjetivo “grande”, sendo advérbio de intensidade: “lista muito grande”. A alternativa E está correta, pois “bastante” modifica o substantivo “atitude”, atuando como adjetivo. Gabarito: E 18. (ESPCEX - 2018) Analise as duas frases abaixo: Il. Os ladrões estão roubando! Prendam-nos! Il. Somos os assaltantes! Prendam-nos! Assinale a alternativa cuja descrição gramatical dos termos sublinhados está correta. a) Em, “nos” é pronome pessoal oblíquo da 12 pessoa do plural. Em Il, “nos” é pronome pessoal oblíquo da 32 pessoa do plural. b) Ambos são pronomes pessoais oblíquos referentes à 12 pessoa do plural. c) Em, “nos” é pronome reto da 32 pessoa do plural. Em II, “nos” é pronome reto da 12 pessoa do plural. d) Em |, “nos” é pronome pessoal oblíquo da 32 pessoa do plural. Em II, “nos” é pronome pessoal oblíquo da 12 pessoa do plural. e) Ambos são pronomes pessoais retos referentes à 12 pessoa do plural. Comentários: AULA 05 — Morfologia Il 72 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO c) Convenci-a com poucas palavras. d) Obrigou-me a arcar com mais despesas. e) Marquei-te a fronte, mísero poeta. Comentários: Alternativa A é errada: o funciona como preposição. Alternativa B é errada: é um pronome demonstrativo (tente substituir por “aquela”) Alternativa C é errada: é um pronome pessoal oblíquo átono. Alternativa D é errada: é uma preposição. Alternativa E é correta: é possível perceber que “a” concordar com ele em gênero e número. Gabarito: E “a” é um artigo por preceder o substantivo “fonte” e 24. - (ESPCEX - 2014) Assinale a alternativa em que há o correto emprego da palavra sublinhada. a) Tens recursos bastante para as obras? b) Nesta escola, formam-se alunos melhores preparados. c) Nas ocasiões difíceis é onde sobressai o verdadeiro líder. ) d) O homem foi atendido mais bem do que esperava. e) Ainda não tinha visto redação mais mal escrita. Comentários: Alternativa A é errada: o adequado seria “suficientes”, “bastantes”. Alternativa B é errada: deveria ser “melhor”, por se tratar de um advérbio. Alternativa C é errada: deveria ser “quando” porque “onde” não se refere a um lugar físico. Alternativa D é errada: deveria ser “melhor”. Alternativa E é correta: o uso do “mais” demonstra que foi uma das piores redações, sendo o uso correto nesta frase. Gabarito: E 25. (ESPCEx - 2011) Identifique a alternativa correta quanto à classificação das palavras em negrito e sublinhadas, na ordem em que aparecem, presentes no trecho de O Apólogo, de Machado de Assis: “Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela.” [...] a) conjunção integrante, conjunção integrante, conjunção final. y AULA 05 — Morfologia Il 75 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO b) conjunção integrante, conjunção integrante, pronome relativo. c) conjunção condicional, conjunção causal, conjunção integrante. d) pronome relativo, conjunção integrante, conjunção integrante. e) conjunção condicional, pronome relativo, pronome relativo. Comentários: Alternativa A está incorreta, pois o segundo “que” é um pronome relativo, substituindo “baronesa”. As demais classificações estão corretas, pois os termos iniciam orações coordenadas, atuando como conjunções integrantes. Alternativa B está correta, pois todas as palavras estão classificadas corretamente. Alternativa C está incorreta, pois todas as classificações estão erradas. Alternativa D está incorreta, pois a primeira e terceira palavra negritada estão classificadas de forma errada. Alternativa E está incorreta, pois a primeira e terceira palavra negritada estão classificadas erradas. Gabarito: B 26. (ESPCEX - 2011) Assinale a única alternativa em que o pronome relativo onde está corretamente empregado. a) Criou-se uma situação embaraçosa, onde as pessoas não sabiam o que dizer diante da presença do presidente da empresa. b) O arqueólogo relatou uma crença, onde se acredita que alguns homens possuem o poder de se transformar em jaguares durante a noite. c) Durante o evento, as pessoas respiravam uma tal felicidade, onde até o mal humorado do chefe contagiava-se. d) Não gosto de cidades onde faltam aspectos básicos como abastecimento regular de água e de eletricidade. e) O professor nos apresentou uma condição onde o trabalho não terá sentido. Comentários: Alternativa A está incorreta, pois “onde” é usado quando se refere a um local e uma situação não é um local. Alternativa B está incorreta, pois “uma crença! não é um local e o pronome “onde” se refere à palavra “crença”. Alternativa C está incorreta, pois o pronome “onde' está se referindo à felicidade, mas felicidade" não é um local, por isso está errado. Alternativa D está correta, pois o pronome “onde' se refere a palavra “cidade”. Alternativa E está incorreta, pois o pronome “onde' se refere a palavra “condição”, que não é um local, por isso está errado. y AULA 05 — Morfologia Il 76 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Gabarito: D 27. (ESPCEX - 2011) Leia o trecho abaixo: “(Isto é talvez ridículo aos ouvidos De quem, por não saber o que é olhar para as cousas, Não compreende quem fala delas Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)” Fernando Pessoa, O Guardador de Rebanhos A preposição com pode assumir diferentes significados, de acordo com sua função na frase. Assinale a alternativa em que o sentido de com equivale ao do que se verifica no 4º verso da estrofe acima. a) No princípio de 1869, voltou Vilela da província, onde casara com uma dama formosa e tonta; abandonou a magistratura e veio abrir banca de advogado. (Machado de Assis, A Cartomante) b) D. Antônio tinha cumprido o seu juramento de vassalo leal; e, com a consciência tranquila por ter feito o seu dever, (...) vivia feliz no seio de sua pequena família. (José de Alencar, O Guarani) c) Era, porém, preciso assustar os sertões com o monstruoso espantalho de aço, ainda que se pusessem de parte medidas imprescindíveis. (Euclides da Cunha, Os Sertões) d) E, pois, despediram-se amuados. Fabrício queria ainda demorar-se e mesmo ficar com Augusto, mas Leopoldo e Filipe o levaram consigo, à força. (Joaquim Manuel de Macedo, A Moreninha) e) Quando o esculto saiu, levantei os tijolos de mármore do meu quarto, e com as mãos cavei aí um túmulo. (Álvares de Azevedo, Noite na Taverna) Comentários: A alternativa A está incorreta, pois “com” indica companhia. A alternativa B está incorreta, pois “com” indica uma característica abstrata do indivíduo. A alternativa C está incorreta, pois “com” indica companhia. A alternativa D está incorreta, pois “com” indica companhia. A alternativa E está incorreta, pois “com” indica a ferramenta “mãos”. Gabarito: B 28. (EEAR — 2020) Relacione as colunas e, em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta dos substantivos coletivos. 1 — inimigos, soldados () turma 2 — plantas de uma região () atilho 3 —trabalhadores, alunos () flora y AULA 05 — Morfologia Il 77 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO A alternativa B está correta, pois, ainda que o pronome cujo indique uma relação de posse, não se trata de um pronome possessivo (meu, seu, nosso, entre outros), mas sim de um pronome relativo. Logo, a classificação está inadequada. A alternativa C está incorreta, pois o pronome faz parte da estrutura de uma frase interrogativa indireta, ou seja, em que a pergunta está implícita, e não é demarcada pela interrogação. A alternativa D está incorreta, pois o pronome tudo, tal como utilizado, se relaciona com o substantivo gerando sentido de indefinição, generalização, imprecisão, o que configura um pronome indefinido. Gabarito: B 33. (EEAR - 2019) O lema da tropa O destemido tenente, no seu primeiro dia como comandante de uma fração de tropa, vendo que alguns de seus combatentes apresentavam medo e angústia diante da barbárie da guerra, gritou, com firmeza, para inspirar seus homens a enfrentarem o grupamento inimigo que se aproximava: — Ou mato ou morro! Ditas essas palavras, metade de seus homens fugiu para o mato e outra metade fugiu para o morro. No texto acima, considerando os aspectos morfológicos da Língua Portuguesa, a construção do humor se efetua, principalmente, pela a) falta de capacidade linguística dos combatentes que, ao confundirem as palavras do tenente, no contexto, atribuíram valores de advérbios aos verbos pronunciados pelo tenente. b) ausência de interpretação plausível por parte dos combatentes que, ao ouvirem as palavras, confundem suas classes gramaticais, atribuindo a elas valores inadmissíveis na Língua Portuguesa. c) capacidade que os combatentes tiveram de interpretar as palavras pronunciadas, confundindo verbos com substantivos, justificando, com isso, a vasta flexibilidade de sentidos de uma língua em sua situação de uso. d) capacidade de os combatentes trocarem, propositalmente, as classes morfológicas das palavras pronunciadas pelo tenente, justificando o medo deles e a rigidez de significados e inflexibilidade de sentidos de tais palavras. Comentários: A alternativa A está incorreta, pois, independente do julgamento do dito na alternativa em “falta de capacidade linguística”, a alternativa segue incorreta, uma vez que a interpretação dada pelos combatentes a “mato” e a “morro” os classificam como substantivos. A alternativa B está incorreta, pois a interpretação feita pelos combatentes é plausível, tanto em relação à classificação morfológica quanto em relação ao sentido, dado que interpretaram as expressões como substantivos. y AULA 05 — Morfologia Il 80 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO A alternativa C está correta, pois o humor surge devido às diferentes classes gramaticais com que se pode classificar as expressões “mato” e “morro”, produzindo sentidos diferentes. Na fala do tenente, ambas têm valor de verbo, sendo flexões do verbo morrer, enquanto na compreensão dos combatentes, têm valor de substantivo, referindo-se a lugares que possam servir de esconderijo. A alternativa D está incorreta, pois não há “rigidez de significados e inflexibilidade de sentidos de tais palavras”. Ao contrário, o humor surge devido à multiplicidade de sentidos associada aos termos. Gabarito: C 34. (EEAR — 2018) Leia o texto a seguir e responda ao que se pede. Chamas de louco ou tolo ao apaixonado que sente ciúmes quando ouve sua amada dizer que na véspera de tarde o céu estava uma coisa lindíssima, com mil pequenas nuvens de leve púrpura sobre um azul de sonho. (Rubem Braga) Assinale a alternativa correta referente ao adjetivo destacado no texto. a) Caracteriza o substantivo tarde e está no grau superlativo absoluto sintético. b) Caracteriza o substantivo amada e está no grau superlativo absoluto analítico. c) Caracteriza o substantivo coisa e está no grau superlativo absoluto sintético. d) Caracteriza o substantivo véspera e está no grau superlativo absoluto analítico. Comentários: Alternativa A é errada: Para achar o núcleo substantivo de “lindíssima” é preciso analisar a frase, assim será possível perceber que ele se refere ao substantivo “coisa”. Alternativa B é errada: o substantivo é “coisa” e “lindíssima” é um superlativo formado por um sufixo, sendo, então, superlativo absoluto sintético. Alternativa C é correta: o substantivo está correta e o grau também. Alternativa D é errada: o substantivo não está ligado a “lindíssima” e o grau é sintético. Gabarito: C 35. (EEAR — 2018) Leia: O homemjulga que é superior à natureza, por isso o homem danifica a natureza, sem pensar que a natureza é essencial para a vida do homem. Assinale a alternativa em que os pronomes substituem, respectivamente, os substantivos destacados no texto acima. a)ele-a-—ela—sua b)ele-ela-a-—sua c) este — sua — ela — daquele d) este — ela — sua — daquele Comentários: y AULA 05 — Morfologia Il 81 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Alternativa A é correta: em gênero e pessoa todos os termos podem ser substituidos por esses. Alternativa B é errada: o uso de “a” no terceiro termo fica inadequado, como podemos ver em “sem pensar que a a é essencial para a vida do homem”. Alternativa C é errada: o uso de “este” indica referência a um termo do discurso que ainda não foi falado. Caso se queira fazer referência a um termo anteriormente abordado, deve-se usar “esse”. Alternativa D é errada: o mesmo da alternativa anterior ocorre aqui. Além disso, há o pronome possessivo “sua” que não pode substituir um núcleo substantivo (natureza). Gabarito: A 36. (EEAR — 2018) Assinale a alternativa que apresenta o adjetivo negros no grau comparativo. a) Iracema tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna. b) Aqueles são os cabelos mais negros de toda a tribo. c) Iracema tinha os cabelos muito negros! d) Que lindos e negríssimos cabelos! Comentários: Alternativa A é correta: O adjetivo “negros” está no grau comparativo de superioridade (“mais negros que”). Alternativa B é errada: o adjetivo está no grau superlativo. Alternativa C é errada: o termo não está em grau comparativo, referindo-se apenas aos cabelos de Iracema. Alternativa D é errada: o adjetivo está em grau superlativo absoluto. Gabarito: A 37. (EEAR — 2018) Marque a alternativa em que o substantivo em destaque forma o plural com a terminação - ãos. a) A peça era um dramalhão. (Machado de Assis) b) O capitão Vitorino Carneiro da Cunha tinha cinco mil réis no bolso. (José Lins do Rego) c) Eu preparo uma canção / Que faça acordar os homens / E adormecer as crianças. (Carlos D. de Andrade) d) ... ele, monge ou ermitão, (...) ia acordando da memória as fabulosas campanhas do dia. (Cruz e Sousa) Comentários: Alternativa A está incorreta, pois o plural de “dramalhão” é 'dramalhões”. Alternativa B está incorreta, pois o plural de capitão é capitães. Alternativa C está incorreta, pois o plural de “canção” é “canções”. Alternativa D está correta, pois o plural de 'ermitão” é 'ermitãos”. Gabarito: D 38. (EEAR - 2017) Leia: y AULA 05 — Morfologia Il 82 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Na guerra naval, existem ainda algumas peculiaridades que merecem ser abordadas. Uma delas diz respeito ao cenário das batalhas: o mar. Diferente, em linhas gerais, dos teatros de operações terrestres, o mar não tem limites, não tem fronteiras definidas, a não ser nas proximidades dos litorais, nos estreitos, nas baías e enseadas. Em uma batalha em mar aberto, certamente, poderão ser empregadas manobras táticas diversas dos engajamentos efetuados em área marítima restrita. Nelas, as forças navais podem se valer das características geográficas locais, como fez o comandante naval grego Temístocles, em 480 a.C. ao atrair as forças persas para a baía de Salamina, onde pôde proteger os flancos de sua formatura, evitando o envolvimento pela força naval numericamente superior dos invasores persas. As condições meteorológicas são outros fatores que também afetam, muitas vezes de forma drástica, as operações nos teatros marítimos. O mar grosso, os vendavais, ou mesmo as longas calmarias, especialmente na era da vela, são responsáveis por grandes transtornos ao governo dos navios, dificultando fainas e manobras e, não poucas vezes, interferindo nos resultados das ações navais ou mesmo impedindo o engajamento. É oportuno relembrar que o vento e a força do mar destruíram as esquadras persa (490 a.C.), mongol (1281) e a incrível Armada Espanhola (1588), salvando respectivamente a Grécia, o Japão (que denominou de kamikaze o vento divino salvador) e a Inglaterra daqueles invasores vindos do mar. O cenário marítimo também é o responsável pela causa mortis da maioria dos tripulantes dos navios afundados nas batalhas navais, cujas baixas por afogamento são certamente mais numerosas do que as causadas pelos ferimentos dos impactos dos projéteis, dos estilhaços e dos abalroamentos. Em maio de 1941, o cruzador de batalha britânico HMS Hood, atingido pelo fogo da artilharia do Bismarck, afundou, em poucos minutos, levando para o fundo cerca de 1.400 tripulantes, dos quais apenas três sobreviveram. Aliás, o instante do afundamento de um navio é um momento crucial para a sobrevivência daqueles tripulantes que conseguem saltar ou são jogados ao mar, pois o efeito da sucção pode arrastar para o fundo os tripulantes que estiverem nas proximidades do navio no momento da submersão. Por sua vez, os náufragos podem permanecer dias, semanas, em suas balsas à deriva, em um mar batido pela ação dos ventos, continuamente borrifadas pelas águas salgadas, sofrendo o calor tropical escaldante ou o frio intenso das altas latitudes, como nos mares Ártico, do Norte ou Báltico, cujas baixas temperaturas dos tempos invernais limitam cabalmente o tempo de permanência n'água dos náufragos, tornando fundamental para a sua sobrevivência a rapidez do socorro prestado. O navio também é um engenho de guerra singular. AO mesmo tempo morada e local de trabalho do marinheiro, graças à sua mobilidade, tem a capacidade de conduzir homens e armas até o cenário da guerra. Plataforma bélica plena e integral, engaja batalhas, sofre derrotas, naufraga ou conquista vitórias, tornando-se quase sempre objeto inesquecível da história de sua marinha e país. AULA 05 — Morfologia Il 85 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO (CESAR, William Carmo. Sobreomar eo navio. In: . Uma história das Guerras Navais: o desenvolvimento tecnológico das belonaves e o emprego do Poder Naval ao longo dos tempos. Rio de Janeiro: FEMAR, 2013. p. 396- 398) Assinale a opção que indica corretamente o referente do elemento coesivo destacado. a) “Uma delas diz respeito ao cenário das batalhas [...]” (2º parágrafo) — linhas gerais b) “[...] são outros fatores que também afetam [...] as operações [...],” (4º parágrafo) — as condições meteorológicas c) “[...] cujas baixas por afogamento são certamente mais numerosas [...].” (5º parágrafo) — batalhas navais d)“[...] cerca de 1.400 tripulantes, dos quais apenas três sobreviveram.” (5º parágrafo) — três e) “[...] tornando-se quase sempre objeto inesquecível da história de sua marinha e país.” (7º parágrafo) — o navio Comentários: Alternativa A está errada: o termo sublinhado da frase se refere a “peculiaridades”. Alternativa B está errada: o “que” se refere a “outros fatores” porque são eles que também afetam as operações nos teatros marítimos. Alternativa C está errada: “cujas” se refere ao termo “batalhas navais” já que podemos reescrever “ as baixas por afogamento das batalhas navais são certamente mais numerosas...” Alternativa D está errada: o termo que “dos quais” se relaciona é “1.400 tripulantes” porque de todos esses tripulantes somente três sobreviveram. Alternativa E é correta: O que se tornou quase sempre objeto inesquecível foi, de fato, o navio. Gabarito: E 43. (Esc. Naval - 2015) Considere o uso da palavra “mesmo” nos trechos a seguir: “Diria mesmo que o celular veio a modificar as relações do ser humano com a vida e com as outras pessoas.” (1º 8) “A ligação era para uma amiga bem íntima, estava claro pela conversa desenrolada, desenrolada mesmo.” (5º 8) Assinale a opção em que os valores morfossintáticos e semânticos das palavras em destaque são idênticos aos das palavras sublinhadas acima, respectivamente. a) Ensinei-lhe, e ele fez o mesmo. / A advogada era mesmo corajosa. b) Mesmo o amigo não quis ajudá-lo. / Você está mesmo falando a verdade? c) Amanhã mesmo lhe envio o documento. / O menino mesmo consertou a bicicleta. AULA 05 — Morfologia Il 86 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO d) Ele encontrou mesmo o irmão mais novo. / Mesmo atarefado, assumiu o compromisso. e) Elas trabalhavam no mesmo país. / Mesmo antes do nascimento, já amava meu filho. Comentários: Alternativa A é errada: “mesmo” na primeira frase não possui a ideia de inclusão da primeira sentença do enunciado. Você pode substituir por “inclusive” e verificar que não fica adequado. Alternativa B é correta: o termo na primeira frase possui o sentido de inclusão que podemos ver ao tentar substituir o “mesmo” pelo “até” ou pelo “inclusive”. Na segunda frase, a ideia do enunciado continua presente, a confirmação de algo por meio da palavra “mesmo”, que pode ser substituído por “realmente” sem perda de sentido. Alternativa C é errada: a primeira frase não traz sentido de inclusão. Alternativa D é errada: o “mesmo” na segunda frase traz ideia de concessão, podendo ser substituído por “ainda que” ou por “embora”. Alternativa E é errada: na primeira sentença, “mesmo” atua como adjetivo, uma ideia de “igua não está presente em nenhuma das frases do enunciado Gabarito: B que 44. (Esc. Naval - 2015) Texto 1 Os celulares Resolvi optar pela forma de plural, pois vejo tanta gente agora com, pelo menos, dois. O que me pergunto é como se comportaria a maioria das pessoas sem celular, como viver hoje sem ele? Uma epidemia neurótica grave atacaria a população? Certamente! Quem não tem seu celular hoje em dia? Crianças, cada vez mais crianças, lidam, e bem, com ele. Apenas uns poucos retrógrados, avessos ao progresso tecnológico. A força consumista do aparelho foi crescendo com a possibilidade de suas crescentes utilizações. Me poupem de enumerá- las, pois só sei de algumas. De fato, ele faz hoje em dia de um tudo. Diria mesmo que o celular veio a modificar as relações do ser humano com a vida e com as outras pessoas. Até que não custei tanto assim a aderir a este telefoninho! Nem posso deixar de reconhecer que ele tem me quebrado uns galhos importantes no corre-corre da vida. Mas me utilizo dele pouco e apenas para receber e efetuar ligações. Nem lembro que ele marca as horas, possui calendário. É verdade, recebi uns torpedos, e com dificuldade, enviei outros, bem raros. Imagine tirar fotos, conectá-lo à internet, ao Facebook! Não quero passar por um desajustado à vida moderna. Isto não! No computador, por exemplo, além dos e-mails, participo de rede social, digito (mal), é verdade, meus textos, faço lá algumas compras e pesquisas... Fora dele, tenho meus cartões de crédito, efetuo pagamentos nas máquinas bancárias e, muito importante, sei de cabeça todas as minhas senhas, que vão se multiplicando. Haja memória! Mas, no caso dos celulares, o que me chama mesmo a atenção é que as pessoas parecem não se desgrudar dele, em qualquer situação, ou ligando para alguém, ou entrando em contato com a internet, acompanhando o movimento das postagens do face, ou mesmo brincando com seus joguinhos, como procedem alguns taxistas, naqueles instantes em que param nos sinais ou em que o trânsito está emperrado. AULA 05 — Morfologia Il 87 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO c) No texto 1, o significado atribuído é afetivo, no texto 2, pejorativo. d) Nos dois textos, o diminutivo faz referência ao tamanho do celular. e) Em ambos os textos, os autores atribuem ao diminutivo significados afetivos. Comentários: Alternativa A é errada: nos dois textos, o uso do diminutivo não tem sentido pejorativo, porque eles relacionam o tamanho do telefone (pequeno) com o uso do diminutivo. Alternativa B é errada: nenhum dos textos possui um significado pejorativo. Alternativa C é errada: nenhum dos textos possui um significado pejorativo. Alternativa D é correta: ambos os textos associam o diminutivo ao tamanho do aparelho. Alternativa E é errada: os textos não trazem um sentido de afeto por parte dos autores para com o telefone. Gabarito: D 45. (Esc. Naval —- 2014) TEXTO DE APOIO SUPRIMIDO Em que opção houve mudança de classe gramatical do termo destacado? a) “Era um oásis a caminhar.” (2º parágrafo) b) “E o irmão lá atrás, respeitoso, era a sentinela, [...].” (3º parágrafo) “ c) “[...] convertendo a arma em caneta ou lápis [...].” (3º parágrafo) d) “[...] que na mesa interior marulhavam lembranças [...].” (4º parágrafo) e) “O mar é um morrer sucessivo e [...].” (8º parágrafo) Comentários: Alternativa A é errada: a classe de “caminhar” continua sendo um verbo. Alternativa B é errada: a classe de “sentinela” ainda é substantivo. Alternativa C é errada: “caneta” ainda é um substantivo. Alternativa D é errada: o termo “marulhavam” ainda é um verbo. Alternativa E é correta: “morrer” é um verbo tradicionalmente, mas, nesse caso, é usado como um substantivo. Comentários: E Leia o texto abaixo e responda às próximas questões. VELHO MARINHEIRO Homenagem aos marinheiros de sempre... e para sempre. Sou marinheiro porque um dia, muito jovem, estendi meu braço diante da bandeira e jurei lhe dar minha vida. Naquele dia de sol a pino, com meu novo uniforme branco, senti-me homem de verdade, como se estivesse dando adeus aos tempos de garoto. Ao meu lado, as vozes de outros y AULA 05 — Morfologia Il 90 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO jovens soavam em uníssono com a minha, vibrantes, e terminamos com emoção, de peitos estufados e orgulhosos. Ao final, minha mãe veio em minha direção, apressada em me dar um beijo. Acariciou-me o rosto e disse que eu estava lindo de uniforme. O dia acabou com a família em festa; eu lembro-me bem , fiquei de uniforme até de tarde... Sou marinheiro, porque aprendi, naquela Escola, o significado nobre de companheirismo. Juntos no sofrimento e na alegria, um safando o outro, leais e amigos. Aprendi o que é civismo, respeito e disciplina, no princípio, exigidos a cada dia; depois, como parte do meu ser e, assim, para sempre. A cada passo havia um novo esforço esperando e, depois dele, um pequeno sucesso. Minha vida, agora que olho para trás, foi toda de pequenos sucessos. A soma deles foi a minha carreira. No meu primeiro navio, logo cedo, percebi que era novamente aluno. Todos sabiam das coisas mais do que eu havia aprendido. Só que agora me davam tarefas, incumbências, e esperavam que eu as cumprisse bem. Pouco a pouco, passei a ser parte da equipe, a ser chamado para ajudar, a ser necessário. Um dia vi-me ensinando aos novatos e dei-me conta de que me tornara marinheiro, de fato e de direito, um profissional! O navio passou a ser minha segunda casa, onde eu permanecia mais tempo, às vezes, do que na primeira. Conhecia todos, alguns mais até do que meus parentes. Sabia de suas manhas, cacoetes, preocupações e de seus sonhos. Sem dar conta, meu mundo acabava no costado do navio. A soma de tudo que fazemos e vivemos, pelo navio, é uma das coisas mais belas, que só há entre nós, em mais nenhum outro lugar. Por isso sou marinheiro, porque sei o que é espírito de navio. Bons tempos aqueles das viagens, dávamos um duro danado no mar, em serviço, postos de combate, adestramento de guerra, dia e noite. O interessante é que em toda nossa vida, quando buscamos as boas recordações, elas vêm desse tempo, das viagens e dos navios. Até as durezas por que passamos são saborosas ao lembrar, talvez porque as vencemos e fomos adiante. É aquela história dos pequenos sucessos. A volta ao porto era um acontecimento gostoso, sempre figurando a mulher. Primeiro a mãe, depois a namorada, a noiva, a esposa. Muita coisa a contar, a dizer, surpresas de carinho. A comida preferida, o abraço apertado, o beijo quente... e o filho que, na ausência, foi ensinado a dizer papai. No início, eu voltava com muitos retratos, principalmente quando vinha do estrangeiro, depois, com o tempo, eram poucos, até que deixei de levar a máquina. Engraçado, vocês já perceberam que marinheiro velho dificilmente baixa a terra com máquina fotográfica? Foi assim comigo. Hoje os navios são outros, os marinheiros são outros - sinto-os mais preparados do que eu era - mas a vida no mar, as viagens, os portos, a volta, estou certo de que são iguais. Sou marinheiro, por isso sei como é. Fico agora em casa, querendo saber das coisas da Marinha. E a cada pedaço que ouço de um amigo, que leio, que vejo, me dá um orgulho que às vezes chega a entalar na garganta. Há pouco tempo, voltei a entrar em um navio. Que coisa linda! Sofisticado, limpíssimo, nas AULA 05 — Morfologia Il 91 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO mãos de uma tripulação que só pode ser muito competente para mantê-lo pronto. Do que me mostraram eu não sabia muito. Basta dizer que o último navio em que servi já deu baixa. Quando saí de bordo, parei no portaló, voltei-me para a bandeira, inclinei a cabeça... e, minha garganta entalou outra vez. Isso é corporativismo; não aquele enxovalhado, que significa o bem de cada um, protegido à custa do desmerecimento da instituição; mas o puro, que significa o bem da instituição, protegido pelo merecimento de cada um. Sou marinheiro e, portanto, sou corporativista. Muitas vezes a lembrança me retorna aos dias da ativa e morro de saudades. Que bom se pudesse voltar ao começo, vestir aquele uniforme novinho - até um pouco grande, ainda recordo - Jurar Bandeira, ser beijado pela minha falecida mãe... Sei que, quando minha hora chegar, no último instante, verei, em velocidade desconhecida, o navio com meus amigos, minha mulher, meus filhos, singrando para sempre, indo aonde o mar encontra o céu... e, se São Pedro estiver no portaló, direi: - Sou marinheiro, estou embarcando. (Autor desconhecido. In: Língua portuguesa: leitura e produção de texto. Rio de Janeiro: Marinha do Brasil, Escola Naval, 2011. p. .6-8) GLOSSÁRIO Portaló - abertura no casco de um navio, ou passagem junto à balaustrada, por onde as pessoas transitam para fora ou para dentro, e por onde se pode movimentar carga leve. 46. (Esc. Naval - 2013) Em que opção o termo a que se refere o pronome sublinhado está indicado corretamente? a) “A cada passo havia um novo esforço esperando e, depois dele, um pequeno sucesso.” (ref. 23) — passo b) “[...] é uma das coisas mais belas que só há entre nós, em mais nenhum outro lugar.” (ref. 14) — marinheiros c) “Até as durezas por que passamos são saborosas ao lembrar, talvez porque as vencemos [...].” (ref. 16) — viagens d) “Hoje os navios são outros, os marinheiros são outros — sinto-os mais preparados [...].” (ref. 34) — navios e) “Sofisticado, limpíssimo, nas mãos de uma tripulação que só pode ser muito competente para mantê-lo pronto.” (ref. 35) — uniforme Comentários: Alternativa A está incorreta, pois “dele” se refere a “novo esforço”. Alternativa B está correta, pois a associação é entre “nós”, os “marinheiros”. Alternativa C está incorreta, pois o artigo definido “as” se refere à palavra “durezas”, acompanhando-a. y AULA 05 — Morfologia Il 92 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Conectados. Essa palavra nunca fez tanto sentido quanto agora. !Quando se discutia no passado sobre como os homens agiriam com o advento da aldeia global (...) não se imaginava o quanto esse processo seria rápido e devastador. (...) quando McLuhan apresentou o termo, em 1968, ele sequer imaginaria que não seria a televisão a grande responsável pela interligação mundial absoluta, e sim a internet, que na época não passava de um projeto militar do governo dos Estados Unidos. 3A internet mudou definitivamente a maneira como nos comunicamos e percebemos o mundo. Graças a ela temos acesso a toda informação do mundo à distância de apenas um toque de botão. “E quando começaram a se popularizar as redes sociais, “um admirável mundo novo abriu-se ante nossos olhos. Uma ferramenta colaborativa extrema, que possibilitaria o contato imediato com outras pessoas através de suas afinidades, fossem elas políticas, religiosas ou mesmo geográficas. Projetos colaborativos, revoluções instantâneas... Tudo seria maior e melhor quando as pessoas se alinhassem na órbita de seus ideais. /O tempo passou, e essa revolução não se instaurou. Basta observar as figuras que surgem nos sites de humor e outros assemelhados. Conhecidos como memes (termo cunhado pelo pesquisador Richard Dawkins, que representaria para nossa memória o mesmo que os genes representam para o corpo, ou seja, uma parcela mínima de informação), *essas figuras surgiram com a intenção de demonstrar, de maneira icônica, algum sentimento ou sensação. ?Ao fazer isso, a tendência de ter uma reação diversa daquelas expressas pelas tirinhas é cada vez menor. Tudo fica branco e preto. !ºOu se aceita a situação, ou revolta-se. Sem chance para o debate ou questionamento. (...) A situação é ainda mais grave quando um dos poucos entes criativos restantes na internet produz algum comentário curto, espirituoso ou reflexivo, a respeito de alguma situação atual ou recente... Em minutos pipocam cópias da frase por todo lugar. “Copia-se sem o menor bom senso, sem créditos. Pensar e refletir, e depois falar, são coisas do passado. O importante agora é copiar e colar, e depois partilhar. 2As redes sociais desfraldaram um mundo completamente novo, e o uso que o homem fará dessas ferramentas é o que dirá o nosso futuro cultural. Se enveredarmos pela partilha de ideias, gestando-as em nossas mentes e depois as passando a outros, será uma estufa mundial a produzir avanços incríveis em todos os campos de conhecimento. Se, no entanto, as redes sociais se transformarem em uma rede neural de apoio à preguiça de pensar, a humanidade estará fadada ao processo antinatural de regressão. O advento das redes sociais trouxe para perto das pessoas comuns os amigos distantes, os ídolos e as ideias consumistas mais arraigados, mas aparentemente está levando para longe algo muito mais humano e essencial na vida em sociedade: o senso crítico. Será uma troca justa? http://obviousmag.org/archives/2011/09/redes sociais e colaboracao extrema O fim do senso critico-.htm. Adaptado. Acesso em: 21 fev 2017. Assinale a alternativa em que a mudança de lugar do vocábulo em destaque NÃO provoca modificação no sentido da frase. AULA 05 — Morfologia Il 95 » ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO a) “Graças a ela temos acesso a toda informação do mundo (...)” = Graças a ela temos acesso à informação toda do mundo (...) b) “...um admirável mundo novo abriu-se ante nossos olhos...” = ...um admirável novo mundo abriu-se ante nossos olhos... c) “As redes sociais desfraldaram um mundo completamente novo...” = As redes sociais desfraldaram um mundo novo completamente... d) “...trouxe para perto das pessoas comuns os amigos distantes...” > ...trouxe para perto das pessoas comuns os distantes amigos... Comentários: A alternativa A está incorreta, pois a mudança implica modificação de significado: na frase original, toda é um pronome indefinido, e tem sentido de qualquer informação, enquanto na frase modificada, todo é um adjetivo, com sentido de completude das informações. A alternativa B está correta, pois novo é um adjetivo em ambas construções, e o sentido é preservado mesmo com a alteração. Contextualmente, a frase admirável mundo novo é o título da obra de Orwell, e a mudança da posição do adjetivo desfaz o valor de título. Contudo, sob o ponto de vista exclusivamente gramatical, não há alteração de sentido. A alternativa C está incorreta, pois a mudança implica modificação de significado: na frase original, o adjetivo novo é qualificado pelo advérbio completamente, de modo que se estabelece o sentido de uma novidade presente no mundo, enquanto, na alteração, o advérbio completamente passa a qualificar o verbo desfraldaram, estabelecendo a descoberta completa de um mundo novo. A alternativa D está incorreta, pois a mudança implica modificação de significado: na frase original, distantes é um adjetivo que qualifica o substantivo amigos, formando um sentido de amigos conhecidos que se distanciaram, enquanto, na mudança, distantes passa a ser um substantivo qualificado pelo adjetivo amigos, formando o sentido de pessoas distantes que são amigáveis. Gabarito: B y AULA 05 — Morfologia Il 96 ESTRATÉGIA MILITARES — REDAÇÃO Considerações finais Qualquer dúvida estamos à disposição no fórum ou nas redes sociais. Prof.2 Celina Gil Prof. Wagner Santos Professora Celina Gil Qprofessoracelinagil OQ Professor Wagner 0] Qwagnerliteratura Santos Oprofwagnersantos EE Data Modificações E 18/12/2020 | Primeira versão do texto. E 15/03/2021 Correção - Formatação exercícios AULA 05 — Morfologia Il 97 »
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