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Guias e Dicas
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Positivismo na construção do Brasil República, Manuais, Projetos, Pesquisas de História

Artigo Científico

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

Antes de 2010

Compartilhado em 10/11/2009

peter-ferreira-11
peter-ferreira-11 🇧🇷

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Baixe Positivismo na construção do Brasil República e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para História, somente na Docsity! Positivismo: o seu papel e fundamentos na Construção do Brasil República: Peter Danilo Ferreira* José Humberto Rodrigues (Orientador) ** Resumo: Esse artigo apresentado abrirá uma questão sobre a “construção” do Brasil- República, desde sua implantação até os conceitos para fundamentá-la nesse modelo com a linha positivista, levantando-se algumas questões para reflexão e conclusão. Palavras Chave: República, Brasil, Positivismo, Positivista, Construção, Regime Político. Introdução: Em estudos demonstrados que a partir da Proclamação da República, em 15 de Novembro de 1889, fica demonstrado que foi nula a participação de um movimento popular para tal finalidade, a queda do modelo imperial e a incorporação do tema em questão. O governo republicano significaria para alguns correntes tanto base libertária (governo popular) quanto como o governo da lei e ordem. Nesse caso, a linha filosófica na construção deveria compreender um amplo campo, definindo o público como a soma dos interesses individuais, a complementação da atuação do mesmo em prol de uma visão. A linha positivista veio a agregar esses fundamentos, conseguindo manipular a classe popular até os nossos dias, sendo que alguns tabus ao longo dos anos foram caindo através de estudos e análises dos fatos que buscavam ligar essa identidade com a construção republicana no Brasil. O importante é que nessa análise, serão delimitados pontos que ajudaram a inserir o modelo republicano, causas, etc. ________ Aluno graduando do curso de História do Centro Universitário de Belo Horizonte – Uni-BH. Desenvolvimento: Partindo do estudo sobre o tema, podemos destacar pontos fortes sobre as causas e quais foram às conseqüências que levaram a tais medidas do Marechal Deodoro da Fonseca e seus apoiadores nesta dita “revolução”. Nesse período do Séc. XIX (logo após a Guerra do Paraguai), já havia manifestações com ideais republicanos para gerar protestos contra a monarquia imperial brasileira, respectivamente. Podemos subdividir esses pontos em dois grupos: • Três linhas filosóficas para a República: Um dos instrumentos para a implantação de um modelo político, quer seja com fundamentos elitistas ou populares, a base dessa legitimação de regimes políticos modernos (que entra nesse tema da análise) é a própria ideologia, a justificativa e como o poder vai influenciar nesse campo. Mesmo essas ideologias ou modelos republicanos, as suas justificativas poderiam tomar caráter utópicos e visionários. Antes das concepções da mentalidade republicana no Brasil, havia três correntes filosóficas atuantes para uma “definição completa” para essa natureza: o Liberalismo (influência deixada após a Guerra de Secessão Americana – 1861-1865), o Jacobinismo (defendiam mudanças mais radicais, eram contrários à Monarquia e queria implantar uma República com base populista), e o Positivismo. No caso do jacobinismo, a sua base ideológica atuante seria a democracia clássica, que na qual, seguia um modelo direto como governo e a participação de todos. Já no liberalismo, a visão era contrária, na qual o governo não era interventor e a sociedade era composta por indivíduos autônomos, sendo o mercado com um papél de importância neste cenário. No positivismo, as ideologias eram mais abrangentes. Ela postulava como uma futura “idade do ouro”, e que aqueles que as classes populares iriam se realizar plenamente neste modelo. Os primeiros republicanos brasileiros, analisando essas ideologias positivistas, se voltam o seu olhar para a esses ideais, com uma riqueza de materiais discursivos para se inspirar. No caso do positivismo, a visão linear dos Tiradentes a um homem de cabelo e barba grande e comprida, como Cristo na sua época. A imagem de alienação criada por Joaquim Norberto de Souza e Silva, que escreve o livro História da Conjuração Mineira, não aceita que Xavier teria um papel secundário, colocando nesse patamar e mitificando previamente o “herói nacional”, que como era religioso transformou Tiradentes em peça de sacrifício para honrar a república que estava a se constituir. A imagem feminina em alguns aspectos políticos, principalmente na república e francesa e após a brasileira, foram muito usados para representar algum ideal de liberdade. A busca dessa visão teria resgate através da antiguidade grega, em que as deusas eram a representações da imagem perfeita feminina, como as deusas Atena, Afrodite, etc. Mas essa imagem feminina no Brasil teria sido de certa forma rejeitada, mesmo com aqueles positivistas com ligação nas idéias francesas. A imagem feminina era muito usada em pinturas, estátuas e bustos, mas ainda não gerou uma forte ligação ao imaginário coletivo. A escolha da mulher como imagem perfeita da liberdade é citada por José Murilo de Carvalho na seguinte parte: “Na escala dos valores positivistas, em primeiro lugar vinha à humanidade, seguida pela pátria e pela família. (...) A mulher representava a idealmente a humanidade.” (Carvalho, p. 81). A imagem perfeita para tal concepção seria a da virgem-mãe, que por acreditar que além de possuir outras imagens mais usadas, essa figura cada vez mais entre os positivistas, por sugerir que a humanidade fosse capaz de reproduzir sem interferências externas. Uma das imagens que marca qualquer nação patriótica seria a bandeira e o hino. Essas imagens ganham tanta força que chega a ser quase de uso obrigatório, tornando-se uma das identidades mais marcante em qualquer nação. A história das bandeiras e hinos avança no sentimento patriota, colocando e exclamando algo que o país possui de abundante ou aquilo é importante e coloque esse sentimento em destaque. No Brasil, os positivistas colocam a importância e a riqueza do Brasil estampados na bandeira, além de ressaltar do sonoro hino que se constitui ainda no verso “antes de amar, tem que sonhar”. A escolha inicial para a bandeira da república seria a uma adaptação aos dos inconfidentes, com referencial ao herói Tiradentes, mas os positivistas colocaram as idéias de Auguste Comte em ação, conservaram alguns detalhes da bandeira imperial, conservando a estampa verde, o losango amarelo e a esfera azul, mas anexando a dita frase “Ordem e Progresso”, em uma faixa representando o zodíaco que cruzava da esquerda para a direita. O lema “ordem e progresso” teriam uma característica comum, com embasamento na confraternização universal e ligação com o antigo com o novo, com um mundo divido em ordem na sua estrutura e a progresso para crescimento. Não abriremos discussões para justificar o lema positivista, pois podem se ter inúmeras interpretações sobre sua ligação a república. Para citarmos a questão do hino, marca uma vitória na tradição popular (mesmo que a constituição da república não tenha sido popular). O hino escrito por Medeiros e Albuquerque foi adotado pelos republicanos como sendo hino do partido, mas eles procuravam musicar a letra que era ainda inacada por não possuir uma harmonia sonora através de concursos. Feita a melodia que interligava a letra com o sentimento nacionalista, a busca de ligar esse hino com a fonte patriota, ainda mesmo que se voltou para as tradições culturais profundas é que se caracteriza a popularização do hino ligado a qualquer tema, que no caso do Brasil, possuem algumas, como o caso do Hino Nacional, da Independência, da própria Proclamação da República, dentre outras. Conclusão: A partir das análises feitas, podemos constar que na concepção da República, houve uma preocupação em montar alguns aspectos que ligasse a classe popular e elitista com os fatos decorrentes daqueles dias de queda do modelo imperial. Como foi citado na frase de Aristides Lobo (que o episódio ganhou uma figura cômica e respeitada), responde como foi à implantação da república no conceito derivado de impulsionador. Mas a partir desse estudo e montagem do artigo, fica clara a contradição de ideais que os membros da organização teriam em fundamentar esse modelo político no Brasil. Ainda abordando nas montagens, agora na busca da identidade com os fatos decorrentes (consolidação da república no imaginário das pessoas), essas características exprimem o sentimento nacionalista a ponto de mitificar e construir uma perspectiva linear, reflexões esporádicas e errôneas de algo que seria comum a alguns. Nas analises de cada ponto que identidade patriótica é demonstrada, levanta-se uma questão bastante comparativa, que de todo modo, pode ou não ser respondida: - Como seria a República nos dias de hoje se abandonássemos tais figuras positivistas, como a mitificação de Origem e do Herói? A questão é que o positivismo está tão presente em nosso cotidiano que qualquer tentativa de derrubar esses mitos, a sociedade brasileira perderia algo com que se identificasse que nesta questão, essas ideologias ainda ficam embutidas na consciência do brasileiro. Referências: • Carvalho, José Murilo de. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. 3 ed. São Paulo : Companhia das Letras, 1987. 196 p.
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