Baixe Processo e definições nas obtenções das bebidas e outras Esquemas em PDF para Ciência e Tecnologia de Alimentos, somente na Docsity! Aula 6 — Bebidas destiladas
Objetivos
Descrever o processo de obtenção das bebidas fermento-destiladas.
Distinguir os vários tipos de bebidas destiladas e as respectivas ma-
térias-primas.
Descrever os processos para elaboração das bebidas destiladas.
Reconhecer a cachaça como produto típico brasileiro.
6.1 Considerações iniciais
Como vimos anteriormente na Aula 2 (Bebidas não alcoólicas x bebidas al-
coólicas), as bebidas fermento-destiladas (ou bebidas destiladas) são obtidas
por meio da concentração, por destilação, do etanol obtido durante a fer-
mentação alcoólica. A bebida originada de uma fermentação seguida por
destilação tem várias denominações: spirits (em inglês), spiritueux ou eaux-
de-vie (em francês) e acquaviti (em italiano).
A concentração do álcool obtido por fermentação é realizada em colunas de
destilação ou alambiques. Nesta operação, são destiladas substâncias que
acompanham o álcool — as impurezas voláteis. Estas impurezas contribuem
para conferir características aromáticas e gustativas diferenciadas aos desti-
lados que podem ser intensificadas durante o envelhecimento.
As bebidas fermento-destiladas possuem graduação alcoólica que varia de
38º a 54º GL.
Mundialmente, as bebidas destiladas apresentam uma ampla diversidade em
função das matérias-primas utilizadas para a produção do etanol na etapa de
fermentação ou em função de etapas específicas em determinados proces-
sos. No Brasil, conforme a legislação vigente, a diversidade de matéria-prima
está relacionada com a presença de açúcares ou substâncias amiláceas, de
Aula 6 — Bebidas destiladas 107
“GL: grau Gay-Lussac que
refere o percentual de
álcool volume-volume.
e-Tec Brasil
origem animal (mel de abelha) ou vegetal, susceptíveis a sofrer transforma-
ção por ação de leveduras, produzindo principalmente etanol. Desta forma,
estas matérias-primas podem ser classificadas conforme sua origem:
Essa classificação pode sofrer alterações em função da origem do produto
ou de sua importância regional.
Segundo a legislação vigente, o destilado alcoólico pode ser:
* simples: não deve conter aditivos em desacordo com a legislação vigente
e recebe a denominação conforme a matéria-prima da qual é originado.
Além disso, pode obter maior complexidade aromática e gustativa em
função do envelhecimento em barris de carvalho ou de outras madeiras;
e retificado: destilados que passam por processos de purificação para re-
moção de impurezas, elevando o teor alcoólico.
Assim, iniciaremos o conhecimento de diversas bebidas fermento-destiladas
e seus diferenciais em termos de matéria-prima e técnicas de produção.
Pesquise no mercado o teor alcoólico das diferentes bebidas destiladas e
identifique-as como simples ou retificadas.
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6.2.3 Tiquira
Destilado simples e artesanal de mandioca (Figura 6.2), com graduação alco-
ólica para 36 a 54% em volume, produzida em alguns estados do nordeste
do Brasil, principalmente no Maranhão. Este destilado era uma bebida ge-
nuinamente produzida pelos índios na forma fermentada, passando a ser
destilada após a colonização portuguesa.
Figura 6.2: Plantação de mandioca
Fonte:http://3.bp.blogspot.com/. wUXnikirGUTQEWtaHynhI/AAAAAAAAACAICSSVCIGAD 1 Y/S1600/26-04-2008 11 47 21. .jpg
Para sua elaboração, as raízes são lavadas e separadas da película; em segui-
da, raladas e prensadas até obtenção de uma massa com 50% de umidade
e baixa concentração de substâncias cianídricas de elevada toxicidade. Esta
massa é distribuída uniformemente em chapas aquecidas, nas quais o amido
gomificado forma um bloco coeso e seco chamado de beiju.
Os beijus são armazenados em condições propícias (umidade e temperatura)
para o desenvolvimento de fungos (Neurospora sitophila, Aspergillus oryzae e
Aspergillus niger) na sua superfície. Com alguns dias de desenvolvimento, os mi-
célios penetram na massa e causam sacarificação da massa por atividade enzi-
mática. Neste momento, os beijus são levados à fermentação em tachos de ma-
deira que, após adição de água e agitação por algumas horas, são deixados em
repouso por 2 a 3 dias. A destilação do mosto fermentado após filtração ocorre
em alambiques de fogo direto que confere características empireumáticas ou
dispositivos indiretos. O engarrafamento é realizado sem envelhecimento.
6.2.4 Grappa ou Bagaceira
Bebida obtida pela destilação do bagaço de uva fermentado ou do bagaço
ou borra da produção de vinho até graduação alcoólica entre 48 e 54% de
álcool em volume. A grappa não sofre envelhecimento, conservando o aroma
refrescante e frutado que lembra o tipo de uva utilizada. A designação grappa
é de origem italiana e a marc de origem francesa.
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6.2.5 Brandy
Destilado envelhecido de vinho, no qual a etapa de destilação é realizada de
forma que a bebida tenha o aroma e o sabor dos elementos naturais voláteis
contidos no mosto fermentado ou provenientes da destilação. O envelheci-
mento ocorre em barricas de carvalho (Figura 6.3) ou madeira similar para
um maior refinamento aromático e gustativo e maior intensidade de cor.
Figura 6.3: Barris de carvalho para envelhecimento
Fonte: <wwnwturismo.1s.gov.brimultimidia/max 122659945 IMiolo>. Acesso em: 24 jun. 2011.
A legislação vigente estabelece os seguintes limites de impurezas, por 100
mL de álcool anidrido: 0,1 g de acidez volátil expressa em ácido acético; 0,2
g de ésteres expressos em acetato de etila; 0,02 g de aldeídos em etanal;
0,005 g de furfural, 0,3 g de álcoois superiores e 0,5 mL de metanol.
Na elaboração do brandy, as uvas são colhidas, prensadas e fermentadas e
o líquido obtido destilado em alambiques na presença de cascas e sementes.
Desta forma, as características gustativas e aromáticas são mais evidentes.
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O líquido destilado pode ser dividido em três frações:
Em função do local de elaboração, a bebida adquire características específi-
cas e nomes diferenciados, vejamos:
a) Cognacs: brandy famoso e fino produzido nas proximidades da cidade de
Cognac (França), seguindo rígidas normas de produção, envelhecimento e co-
mercialização. Para a destilação e redestilação, só é permitido o uso de vinhos
elaborados nos limites geográficos de Charente e Charente Inférieure, com a
cidade de Cognac ao centro. A elevada qualidade da bebida encontra-se rela-
cionada ao processo de destilação e à combinação de solo, clima e sistema de
cultivo das uvas. O envelhecimento é conduzido em barris de carvalho de Li-
moges com capacidade de 500L. Durante esta etapa, o teor alcoólico diminui
cerca de 1% ao ano e a bebida sofre mudanças na coloração, sabor e aroma.
Os melhores lotes, escolhidos para longos períodos de envelhecimento, são le-
vados para barris usados que transferem menos aromas agressivos da madeira.
Conforme o envelhecimento e a seleção, os cognacs são classificados em:
Very Superior (V.S.) — envelhecimento mínimo de 2 anos em barris;
Very Superior Old Pale (V.S.O.P) — mínimo de 4 anos de envelhecimento
em barris;
Extra Old (E.O.) — envelhecimento mínimo de 6 anos em barris.
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e-Tec Brasil
* envelhecimento — o destilado produzido passa por barris de carvalho
branco americano, novos e usados, com capacidade entre 100 e 500 L.
Dependendo da região de produção, o uísque possui características diferen-
ciadas, como você poderá ver a seguir.
A qualidade do uísque não
depende essencialmente do
tempo de envelhecimento, mas
da procedência dos produtos
utilizados na mistura. Dessa
forma, a qualidade está muito
mais associada ao degustador
que realiza a mistura anterior
ao envelhecimento.
Pela legislação brasileira, o uísque ou whisky é uma bebida fermento-destila-
da com 38 a 54% de álcool em volume, sem especificação se é puro malte,
blend ou qualquer outra classificação, elaborado com destilados importados
adicionados de água para diminuir o teor alcoólico. Os uísques ditos “nacio-
nais” geralmente são uma mistura de uísque de malte importado com des-
tilado alcoólico simples de cereais ou cana-de-açúcar de elevada qualidade.
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Pesquise como é realizada a falsificação de uísque no Brasil.
6.2.8 Cachaça (aguardente de cana-de-açúcar)
A cachaça ou aguardente de cana-de-açúcar é a bebida mais popular do
Brasil, com volume de produção de aproximadamente 1 bilhão de litros ao
ano. Como existem muitas destilarias artesanais espalhadas pelo país, fica
difícil precisar estatisticamente o volume produzido.
Além da importância econômica, o consumo da cachaça no Brasil tem raízes
históricas. No início de sua produção, período anterior à Il Guerra Mundial, a
aguardente de cana-de-açúcar era elaborada em pequenos engenhos rurais
providos de alambique para destilação. A agricultura familiar da cana-de-
açúcar era a força motriz para elaboração do destilado que depois de produ-
zido era engarrafado e comercializado pela própria família.
Estas cachaças apresentavam variadas características aromáticas e gustati-
vas e não ofereciam padrão de produção, de qualidade e regionalidade.
O envelhecimento não ocorria como forma de melhorar as características
organolépticas da bebida, mas como consequência do armazenamento por
períodos longos devido ao baixo volume de comercialização.
Após a Segunda Guerra, com o aumento populacional e consequentemente
de consumo, houve um aumento nas áreas de plantação de cana-de-açúcar
e do estabelecimento de destilarias com maior capacidade de produção, in-
clusive com a utilização de colunas de destilação com fluxo contínuo. Como
consequência da produção e consumo, muitos investimentos em tecnologia
e pesquisas foram e vêm sendo incentivadas da plantação da cana (matéria-
prima) até o produto final no copo do consumidor.
Diante desses fatos, a elaboração da aguardente de cana-de-açúcar será
detalhada a seguir.
6.2.8.1 Recepção da cana-de-açúcar
No campo, existem diversas formas de trabalhar a matéria-prima com o in-
tuito de aumentar rendimento e qualidade. Neste sentido, avanços tecnoló-
gicos têm permitido que a produção nos canaviais aumente de 50 t/ano para
85 toneladas no mesmo período.
A quantidade de sacarose é um dos principais parâmetros para escolha da va-
riedade, por encontrar-se diretamente relacionada com o rendimento industrial.
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A cana-de-açúcar recém colhida, perfeitamente madura e sem apresentar
alterações fitossanitárias é inspecionada com relação as suas características
em amostragem realizada no caminhão ou nas esteiras de recepção. Em
seguida, é lavada para remoção de sujidades — folhas, pedras etc. — e para
reduzir a carga microbiana natural da superfície. A cana-de-açúcar passa por
um sistema de facas rotatórias ou por desfibriladores que a preparam para a
moagem, destruindo a estrutura dos colmos.
6.2.8.2 Extração do caldo de cana-de-açúcar
Na sequência, a cana-de-açúcar é submetida aos ternos de moendas. As
destilarias artesanais, em função do volume de cana, trabalham com um
terno apenas, já nas usinas com maior volume de produção, utilizam-se,
normalmente, três ternos. O importante é garantir um maior rendimento
na extração da sacarose presente no mosto. O processo de moagem deve
ocorrer em, no máximo, 36 horas após a colheita para evitar a proliferação
de microrganismos indesejáveis que diminuem o rendimento e a qualidade
da cachaça.
6.2.8.3 Preparação do mosto
Devido à presença de pequenas partículas de fibra da cana (bagacilho), o
mosto é submetido à filtração ou decantação. Em seguida, caso necessário,
o mosto deve ser submetido a correções para que apresente as seguintes
características: baixa concentração inicial de microrganismos e adequada
concentração de açúcares fermentescíveis.
Na tentativa de adequação microbiológica, o mosto irá ter menor conta-
minação inicial se as boas práticas de fabricação dentro da indústria forem
aplicadas, tais como: manter limpas as mesas, as esteiras, as unidades es-
magadoras de cana, os depósitos, as dornas, as bombas e as canalizações
postas em contato direto com o caldo de cana.
Além do controle microbiológico, as usinas utilizam as seguintes formas
de correção:
e diluição: de forma geral, a concentração de sólidos solúveis no mosto
deve ser de 12º a 18ºBrix. Concentrações superiores de açúcares pro-
porcionam teores elevados de álcool que dificultam ou impedem a ação
metabólica das leveduras. Concentrações inferiores a 12ºBrix demons-
tram falta de maturação da cana-de-açúcar e muitas vezes inviabilidade
de utilização nas usinas;
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6.2.8.7 Engarrafamento
Manual ou automatizada, a etapa de engarrafamento depende da cacha-
çaria e da qualidade da bebida a ser engarrafada. A escolha da embalagem
—vidro, plástico, cerâmica, madeira e outros — também está relacionada com
a qualidade da cachaça. Entretanto, em função da concorrência, é sempre
considerada a melhor forma de apresentação, principalmente observando-se
a facilidade de manuseio, volume de ser consumido e preservação da quali-
dade do produto final.
O rendimento da cachaça é sempre expresso em litros produzidos por peso
de cana moída ou volume de mosto destilado. Entretanto, ambos necessi-
tam de correções, pois, como vimos, o teor de açúcar no caldo de cana é o
maior parâmetro de rendimento do processo.
Identifique as principais características de produção e da bebida quando
comparamos cachaças artesanais e industrializadas.
6.3 Bebidas fermento-destiladas retificadas
Agora conversaremos um pouco sobre as bebidas fermento-destiladas que
passam por novas destilações ou processos para diminuição das impurezas
nelas presentes.
6.3.1 Vodca
A vodca é uma bebida destilada, elaborada a partir de cereais (trigo, aveia
e cevada) ou tubérculos (batata e beterraba). Entretanto, os tubérculos têm
a desvantagem de gerar uma quantidade maior de resíduos a ser removida.
Segundo a legislação brasileira vigente, deve apresentar graduação alcoólica
de 36 a 54% em volume a 20ºC.
Na sua produção, a destilação é seguida de retificação com remoção de subs-
tâncias voláteis indesejáveis, aumentando a graduação alcoólica e filtração,
opcional, em filtros de carvão ativo como forma de diminuir as características
aromáticas e gustativa da matéria-prima. Além disso, a bebida pode ser adicio-
nada de aromatizantes naturais de origem vegetal e açúcares até 2g/L.
6.3.2 Gim
O gim é uma bebida de origem holandesa que data do século XVII, sendo
definida como uma aguardente de cereais de elevada pureza, não envelheci-
da e aromatizada com bagas de zimbro, fruta que cede óleos essenciais que
levam à caracterização sensorial do destilado.
Aula 6 — Bebidas destiladas 121
A vodca originária da
Europa Ocidental é
obtida pela destilação de
mosto de trigo até uma
concentração de álcool
de 75% em volume,
filtrada em carvão ativo
e diluída com água até
a graduação alcoólica
de engarrafamento,
aproximadamente 50%.
Esse destilado não possui
sabor pronunciado,
apenas ardente pelo
elevado teor alcoólico.
Quando aromatizado
com ervas (zubrowka) na
região de origem, passa
a ser conhecida como
Zubrowka.
Apresenta denominações diferenciadas em função do país de produção —
Genever na Holanda, Geniêvre na França, Steinhaeger na Alemanha, Borovi-
czka na Hungria e Kranenitter na Áustria. A tradução para o português seria
gim, mas a legislação registrou a bebida como gin, que se refere ao termo
em inglês utilizado na Inglaterra e nos Estados Unidos da América.
Além da nomenclatura diferenciada, as etapas de produção sofrem alterações
em função do local de produção, conforme exemplificado a seguir.
Na Alemanha: elabora-se uma aguardente de zimbro por meio da des-
tilação do mosto de bagas frescas ou secas — esmagadas, tratadas com
água quente e inoculadas com leveduras — que fermenta por 10 a 14
dias. O óleo residual presente em elevada quantidade no destilado é se-
parado por filtração. E o destilado final é um produto de elevada quali-
dade, utilizado para aromatizar o álcool retificado na proporção de 1:10,
produzindo o Steinhaeger.
Na Inglaterra: o gim é geralmente elaborado com um mosto fermentado
composto por 75% de milho, 15% de cereal maltado e 10% por cereais
diversos. Após destilado e retificado, apresenta graduação alcoólica de
90ºGL, sendo diluído com água até 60ºGL para que seja redestilado em
alambique na presença de bagas de zimbro ou mistura delas com se-
mentes de coentro, anis, amêndoas amargas, erva-doce, alcaçuz, casca
de laranjas doces e amargas etc. Esse destilado aromatizado tem sua
concentração alcoólica corrigida para 60ºGL com água destilada.
Na Holanda: a elaboração desse destilado prevê a adição de bagas de
zimbro moídas ao malte. Esse malte pode ser constituído apenas de ceva-
da maltada ou de 70% de cereais não maltados (milho e centeio) e 30%
de malte. O destilado obtido possui graduação alcoólica de 45 a 48ºGL
e elevado coeficiente congênere (elevada concentração de não álcool), o
que justifica a diferenciação entre o Genever e o gin na nossa legislação.
Na França: o destilado é obtido a partir do mosto fermentado de 75%
de centeio e 25% de cevada maltada. A fermentação ocorre em duas
etapas: primeiro uma fermentação lática da cevada pré-sacarificada por
cozimento, seguida de uma fermentação alcoólica. Na coluna de desti-
lação são acoplados dispositivos por onde os vapores irão passar. Nesses
dispositivos estão as bagas de zimbro destinadas à aromatização.
122 Tecnologia de Bebidas
e Nos Estados Unidos: o gin é elaborado pela destilação de álcool neutro
de cereais. Durante o processo de destilação os vapores passam por aro-
matizantes, tais como, zimbro e cascas de laranjas.
As bebidas destiladas apresentam teor alcoólico mais elevado e podem ser
provenientes dos mais diferentes mostos fermentados, adquirindo assim ca-
racterísticas específicas e típicas das regiões de produção.
Encerramos aqui o nosso passeio pelo mundo das bebidas ressaltando a
importância destes produtos para a sociedade em termos de satisfação de
necessidades fisiológicas e prazer.
Resumo
Nesta aula, finalizamos o passeio pelo mundo das bebidas abordando as
bebidas fermento-destiladas, também chamadas de destiladas ou aguarden-
tes. Nelas, a concentração alcoólica é elevada pela destilação até 38 e 54%
em volume. Entendemos também como a matéria-prima e as variações no
processo levam à elaboração de bebidas destiladas simples, como o rum, o
uísque e a cachaça. Além disso, vimos os destilados retificados que sofrem
etapas de purificação, como a vodca e o gim.
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