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Guias e Dicas
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Psicologia do Desenvolvimento da Criança, Resumos de Psicologia

Resumo de Psicologia do Desenvolvimento da Criança iscte

Tipologia: Resumos

2018
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Compartilhado em 13/08/2018

vinales185
vinales185 🇵🇹

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Baixe Psicologia do Desenvolvimento da Criança e outras Resumos em PDF para Psicologia, somente na Docsity! 1+Psicologia do Desenvolvimento da Criança e do Adolescente Desenvolvimento Humano ✓ Envolve o estudo de variáveis afectivas, cognitivas, sociais e biológicas, em todo o ciclo de vida. ✓ Áreas de conhecimento: Biologia, Medicina, Sociologia, Antropologia e Educação. ▪ Mudanças quantitativas: modificações no número ou quantidade de qualquer coisa, como o peso, altura ou o número de palavras que uma criança é capaz de utilizar. ▪ Mudanças qualitativas: modificações de estrutura e organização do indivíduo, como a natureza da inteligência, o funcionamento intelectual. Características do desenvolvimento ➢ Integrativo: tem como base as experiências e aquisições anteriores. ➢ Direccional: desenvolve-se uma complexidade de cada vez. ➢ Global: as mudanças não ocorrem isoladamente, dependem umas das outras. ▪ Variáveis internas: ligadas à maturação orgânica do indivíduo, as bases genéticas do desenvolvimento. ▪ Variáveis externas: ligadas à influência do ambiente no desenvolvimento. Conceitos ▪ Crescimento: mudança física, exemplo: aumento de peso e estatura. ▪ Maturação: mudanças nas estruturas neurológicas e glandulares. ▪ Aprendizagem: mudança relativamente estável no potencial de comportamento, atribuível a uma experiência. ▪ Desenvolvimento: mais abrangente que aprendizagem; implica crescimento, maturação e mudança no comportamento, estruturas psicológicas e traços de personalidade (mudanças que demonstrem manter uma certa permanência e uma sequência regular). ▪ Filogenia: mudanças ao longo da história e evolução das espécies. ▪ Ontogenia: mudanças ao longo da história pessoal do indivíduo. ▪ Epistemologia: Teoria do conhecimento científico. ▪ Objecto e método da ciência: o cientista parte de factos científico para chegar às teorias. ▪ Objectos e eventos externos: independentes do sujeito pensante. ▪ Factos: descrições que implicam abstracções do sujeito pensante. ▪ Teorias: conjuntos de enunciados de pressuposições, constructos observáveis, leis e hipóteses, relacionados entre si e internamente consistentes, testáveis e de base empírica comprovada, cobrindo uma área científica de razoável extensão. ▪ Hipóteses: enunciados provisórios acerca de relações entre eventos, objectos ou variáveis. ▪ Facto: dado da experiência ou uma hipótese confirmada. ▪ Lei: consiste num enunciado comummente aceite, relacionando determinados factos. ▪ Pressuposições, axiomas e postulados: são princípios não demonstrados. Teorias do Desenvolvimento Factores determinantes do desenvolvimento ▪ Hereditariedade ▪ Meio cultural ▪ Experiência individual. Modelo dos sistemas bioecológicos – Bronfenbrenner O desenvolvimento ocorre num conjunto de sistemas ecológicos que se sobrepõem e centra-se na relação de um indivíduo dentro do seu contexto social. Componentes: ➢ Pessoa: as características individuais ➢ Processo: processos proximais – os “motores do desenvolvimento” ➢ Contexto: vários níveis de contexto (microssistema, mesossistema, exossistema e macrossistema) ➢ Tempo: o cronossistema (situando a pesquisa no seus espaço histórico); fazer pesquisa longitudinal. PESSOA ✓ Características individuais: ➢ Força: características instigantes do desenvolvimento (crenças directivas, nível de actividade, índole, objectivos e motivações). ➢ Recursos: experiências, inteligência, habilidades. ➢ Demanda: características de “estímulo pessoal” (idade, cor de pele, género) PROCESSO ✓ Processos proximais: ➢ Interacções entre um humano biopsicológico activo em evolução e as pessoas, objectos e símbolos no seu ambiente, que se vão tornando mais complexas. ➢ As interacções diferem de acordo com as características individuais e do contexto. CONTEXTO ✓ Microssistema: ➢ Padrão de actividades, papéis sociais e relações interpessoais experienciados pela pessoa em desenvolvimento num dado ambiente, com características físicas, sociais e simbólicas. ➢ Implica o contacto directo com as pessoas por um período significativo de tempo. ➢ Exemplo: Família, pares, escola, trabalho, vizinhança. ✓ Mesossistema: ➢ Interligações e processos que acontecem entre 2 ou mais ambientes que contém a pessoa em desenvolvimento. ➢ Exemplo: relações entre a escola e família, a família e os vizinhos. Explicação para evolução mental ▪ Maturação (sistema nervoso e sistemas endócrinos) ▪ Experiência ▪ Interacções e transmissões sociais ✓ Equilíbrio/equilibração: auto-regulação ➢ Compensações do sujeito em resposta às perturbações exteriores. ➢ Permite as mudanças efectivas no pensamento ✓ Equilibração: ➢ Processo de regulação entre a assimilação e a acomodação ➢ Através do qual uma nova aquisição se deve equilibrar com as anteriormente adquiridas. ➢ Permite a adaptação do indivíduo ao meio, proporcionando uma progressão no sentido de um pensamento cada vez mais complexo. Factores de desenvolvimento ▪ Hereditariedade e maturação interna: ➢ A maturação depende fundamentalmente de factores genéticos, mas a estimulação do meio pode acelerar/retardar o processo. ▪ Experiência física ➢ A acção exercida sobre os objectos desenvolve a motricidade da criança promovendo o desenvolvimento intelectual (a inteligência nasce do contacto com os objectos sólidos, desde o nascimento). ▪ Transmissão social ➢ Um meio mais estimulante favorece um desenvolvimento equilibrado. ➢ Mas só tem resultado se houver uma assimilação activa do sujeito. ▪ Equilibração Domínio da interioridade Domínio da exterioridade Conhecimento lógico-matemático Conhecimento físico Génese da inteligência Construção do real Abstracção reflexiva Abstracção empírica Coordenação de várias acções Construção de acções que o sujeito exerce sobre os objectos Ex. Ex. Estádios de desenvolvimento: ➢ Conjunto de novos comportamentos que correspondem a um conjunto de novas estruturas cognitivas  novos comportamentos, que por sua vez, desenvolvem novas estruturas cognitivas… ➢ Características próprias ➢ Ordem de sucessão constante (podem existir diferenças cronológicas) ➢ Evolução integrativa (as novas aquisições são integradas na estrutura anterior) ✓ Mudanças qualitativamente distintas ➢ Formas operativas de resolver problemas por intermédio da dimensão psicológica em jogo (e.g., inteligência) e que são qualitativamente diferentes (i.e., mais diferenciadas, integradas e complexas) das que emergem antes. ✓ Mudanças integrativas ➢ Os níveis mais avançados e diferenciados de desenvolvimento devem integrar e ultrapassar os níveis anteriores e mais elementares ✓ Sequência invariante ➢ Ordem de emergência deve ser a mesma em todos os sujeitos, com as aquisições mais elementares aparecendo primeiro que as mais evoluídas. ▪ Estrutura de conjunto ➢ Designa a forma geral e típica que o sujeito utiliza para estruturar o seu meio ou resolver determinadas questões.  O desenvolvimento inicia-se no período intra-uterino e vai até aos 15/16 anos.  Construtivismo sequencial: Construção da inteligência dá-se em etapas sucessivas com complexidades crescentes, encadeadas umas às outras 1. Estádio sensório-motor (0-18/24 meses) ▪ Dos reflexos inatos à construção da imagem mental, anterior à linguagem ▪ Coordenação dos meios e fins ▪ Permanência do objecto ▪ Invenção de novos meios, imagem mental e formação de símbolos. 2. Estádio pré-operatório (2-7 anos) ▪ Inteligência representativa ▪ Egocentrismo – centração ▪ Pensamento mágico/animismo: dar características humanas a seres inanimados ▪ Realismo: a realidade é construída pela criança, materializa as suas fantasias ▪ Finalismo: existe uma relação entre o finalismo e a causalidade 3. Operações concretas (7-11/12 anos) ▪ Reversibilidade mental ▪ Pensamento lógico, acção sobre o real ▪ Operações mentais: contar/medir/classificar/seriar ▪ Conservação da matéria sólida/líquida/peso/volume ▪ Conceitos de tempo, espaço, velocidade 4. Operações formais (11-15/16 anos) ▪ Pensamento abstracto ▪ Operar sobre operações, acção sobre o possível ▪ Raciocínios hipotético-dedutivos ▪ definição de conceitos e valores ▪ Egocentrismo cognitivo Conceitos da Teoria de Piaget Críticas: ✓ Cognitivista ✓ Extensiva e compreensiva ✓ Assume uma concepção forte de desenvolvimento ✓ Marcadamente desenvolvimentista ✓ Construtivista ✓ Referencial teórico e empírico para muitas teorias ✓ Sistemática e integrativa Inova em termos metodológicos ✓ Subestima a competência de bebés e crianças ✓ Estabelece normas de idades que estão erradas ✓ Caracteriza a competência da criança de modo negativo ✓ É uma teoria de pura competência ✓ Desvaloriza os factos sociais ✓ Prevê sincronia desmentida pelos factos ✓ Descreve, mas não explica ✓ Paradoxal ao avaliar o pensamento pela linguagem ✓ Pára o desenvolvimento da adolescência ✓ Utiliza modelos lógicos inapropriados TEORIA DO PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO ✓ Abordagem que caracteriza várias teorias ▪ Metáfora do computador (descrever o trabalho interno da mente) ➢ A actividade cognitiva do sujeito pode ser descrita em termos de processos ou operações mentais que ocorrem entre certos inputs e outputs. ➢ A mente manipula o sistema de símbolos, que opera on e é convetido em output (respostas, conclusões e soluções para os problemas) ➢ Hardware da mente – cérebro e sistema nervoso periférico ➢ Software – processos mentais, como atenção, percepção, memória e estratégias de resolução de problemas. CICLO DE VIDA (LIFE-SPAN) ▪ Desenvolvimento cognitivo: processo longo e contínuo ao longo de todo o ciclo de vida. ▪ Multidireccionalidade do desenvolvimento: implica a ocorrência conjunta de ganhos e progressões, mas também custos e declínio: ▪ Inteligência fluida (teórica, processa rapidamente a informação) – declínio a partir do final da adolescência) ▪ Inteligência cristalizada (sintetizada, pragmática) – progressão ao longo da vida ▪ Multidimensionalidade do desenvolvimento O que muda com o desenvolvimento cognitivo? ▪ Assume-se o desenvolvimento enquanto cognição, ou a existência de mudanças de tipo qualitativo estrutural – mudanças na forma de conhecer (= Piaget). ▪ Implica mudanças cumulativas (aquisição de conhecimento factual, procedimental ou reflexivo). ▪ Mais ênfase nas mudanças na vida adulta e concebe-as mais em termos de inteligência prática, social ou pragmática. ▪ Proposta de um estádio pós-formal no desenvolvimento cognitivo. ▪ Contextualismo – importância do contexto no desenvolvimento. Críticas: ✓ Confusão entre desenvolvimento e mudança; desenvolvimento e aprendizagem; desenvolvimento e socialização. TEMAS NO ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO Principais controvérsias ▪ Nature/Nurture: importância relativa de predisposições biológicas (nature) e as influências ambientais (nurture) como determinantes do desenvolvimento humano. ➢ Genética e biologia são os principais determinantes do desenvolvimento ou a experiência é o principal determinante do desenvolvimento? ▪ Activo/Passivo: se as crianças são contribuintes activos do seu próprio desenvolvimento ou receptores passivos da influência ambiental. ➢ As crianças influenciam o seu próprio desenvolvimento ou o desenvolvimento é uma função da influência do ambiente? ▪ Continuidade/Descontinuidade: se as mudanças no desenvolvimento são quantitativas e contínuas ou qualitativas e descontinuas (estádio). ➢ O desenvolvimento é principalmente uma matéria de crescimento e aperfeiçoamento ou o desenvolvimento prossegue através de uma série de estádios qualitativamente distintos? ▪ Holístico/Modular: todas as áreas do desenvolvimento são interdependentes ou segmentadas, processos separados. ➢ Os desenvolvimentos biológico, cognitivo e social interagem ou cada aspecto do desenvolvimento é considerado separadamente? Teoria Criança Activa vs Passiva Desenvolvimento Contínuo vs Descontínuo Nature vs Nurture Desenvolvimento Holístico vs Modular Psicanalítica Activa Descontínuo Ambos Modular Aprendizagem Passiva Contínuo Nurture Modular Cognitiva de Piaget Activa Descontínuo Ambos Holístico Etológica Activa Ambos Nature Holístico Processamento da informação Activa Contínuo Ambos Modular Sociocultural de Vygostsky Activa Contínuo Ambos Holístico Sistemas ecológicos Ambos Ambos Ambos Holístico DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL Emoções ▪ Tendência de um organismo a aproximar-se ou afastar-se de um objecto, acompanhada de alterações somáticas, reflectindo o estado pessoal e a sua relação ao objecto. ▪ Investigação é guiada por 3 grandes pontos de vista: 1. Behaviorismo e teoria da aprendizagem social (Watson e Bandura) ➢ A criança é uma tábua rasa. ➢ Condicionamento clássico, as reacções emocionais a novos estímulos podem ser aprendidas (Albert). ➢ Condicionamento operante, influente nas emoções das crianças – o sorriso, o vocalizo e o choro pode ser alterado pelo uso de reforço ou punição, por parte dos cuidadores. ➢ Teoria da aprendizagem social enfatiza a modelagem das reacções emocionais dos outros. 2. Teoria da discrepância cognitivo-desenvolvimental (Hebb, 1946/1949) ➢ Emoções são produtos do processamento cognitivo. ➢ A reacção de uma criança a um estímulo novo é determinada pelo grau de semelhança entre o estímulo e um esquema de um objecto familiar, com o qual o estímulo é comparado. ➢ Pouca discrepância  angústia muito reduzida (vice-versa). ➢ Discrepância muito elevada: o estímulo já não pode ser assimilado e a reacção de angústia diminui. Baixo Baixo Alto Alto Nível de sofrimento emocional (estreita correspondência entre um estímulo novo e o esquema actual) (pouca ou nenhuma semelhança entre um estímulo novo e o esquema actual) Nível de discrepância cognitiva 3. Abordagem funcionalista ➢ Emoções como central – forças de adaptação em todos os aspectos da actividade humana – processamento cognitivo, comportamento social e saúde física. ➢ Funções das emoções: a forma como organizamos e regulamos a experiência em cada uma destas 3 áreas (processamento cognitivo, comportamento social e saúde física). ✓ Processamento cognitivo: ▪ Reacções emocionais podem levar à aprendizagem. ▪ Relação entre a emoção e cognição é bidireccional. ✓ Comportamento social: ▪ Sinais emocionais da criança (sorrir e chorar) afectam o comportamento das outras pessoas. ▪ Reacções emocionais dos outros regulam o comp. social da criança. ✓ Saúde física: ▪ As emoções influenciam a saúde física. ✓ Outras: ▪ As emoções são importantes no aparecimento da auto-consciência. ▪ Na adaptação aos seus mundos físico e social, as crianças têm que, gradualmente, ganhar controlo voluntário sobre as suas emoções. ▪ As expressões emocionais vão se tornando socializadas à medida que a criança aprende as circunstâncias em que é aceitável comunicar sentimentos, no seu grupo social. Emoções básicas: ➢ São inferidas directamente das expressões. ➢ Presentes no nascimento ou emergem durante o 1º ano de vida. ➢ Biologicamente programadas. ➢ Alegria, interesse, surpresa, medo, raiva, tristeza e descontentamento). ✓ Alegria: ▪ As crianças sorriem e riem quando conquistam novas habilidades, expressando o seu contentamento no domínio cognitivo e motor. ▪ O sorriso encoraja os cuidadores para serem afectuosos e estimulantes. ▪ A alegria vincula mãe e bebé num relacionamento próximo, de apoio, que promove o desenvolvimento da competência da criança. ✓ Raiva e tristeza: ▪ Os recém-nascidos respondem com um descontentamento generalizado a uma variedade de experiências desagradáveis. ▪ Os bebés mostram raiva em diversas situações, por exemplo, quando um objecto interessante é retirado ou o cuidador se vai embora. ▪ Raiva é adaptativa e um poderoso sinal social. ▪ Tristeza ocorre em resposta a estímulos dolorosos, retirada de um objecto e separações breves, mas são menos frequentes que a raiva. ▪ Tristeza é comum quando a comunicação cuidador-criança é fortemente disfuncional. Teoria Ideia básica Teórico/teoria Biológica (ou traço) Comportamento é determinado: ▪ Capacidades herdade ▪ Experiência passada Psicologia constitucional (Sheldon) (Gordon Allport, Raymond Cattel) Psicanálise Comportamento é determinado: ▪ Experiências passadas (infância)  influência as suas percepções dos acontecimentos actuais Teoria psicanalítica do desenvolvimento psicossexual (Freud) (Alfred Adler, Erikson, Carl Jung) Aprendizagem (social) Comportamento resulta: ▪ Aprendizagem passada ▪ Percepção actual ▪ Processos de pensamento e organização Teoria do reforço (Dollard & Miller) (Bandura, Skinner) Humanista Comportamento é entendido em: ▪ Termos de percepções internos da pessoa e dos outros para a realização pessoal Teoria centrada na pessoa (Rogers) (Maslow) Psicanálise ▪ Baseada no pressuposto que existem 2 elementos centrais no qual se baseia a personalidade: ➢ Energia psíquica (libido) ➢ Inconsciente ▪ ID  Ego e Superego ▪ Instintos de vida e morte mostram um equilíbrio entre agressão e busca do prazer. Aprendizagem social ▪ Skinner: princípios do condicionamento operante para explicar o desenvolvimento e manutenção da personalidade ▪ Bandura: interacção do comportamento, meio e visão de auto-eficácia explica a personalidade. Biológica (Traço) ▪ Variável dependente: traços ▪ Traços: atributos duradouros e estáveis ou características ▪ Traços de personalidade: ➢ Tendências relativamente estáveis na forma de pensar, sentir e agir. ➢ Subjacentes ao que é característico da conduta. ➢ Modos de se comportar em diversas situações. ➢ Honesto, ansioso, excitável, impulsivo, etc. – tendências que dominam traços de personalidade ▪ Big Five (Modelo de personalidade com 5 factores) ➢ Socialização (agreeableness) ➢ Conscienciosidade (conscientiousness) ➢ Extroversão (extraversion) ➢ Neuroticismo (neuroticism) ➢ Abertura à experiência (Openness to experience) A personalidade é formada por dois factores básicos: ▪ Hereditários: ➢ Factores determinados desde a concepção do bebé. ➢ O que o bebé recebe de herança genética dos pais. ➢ Estatura, cor dos olhos, da pele, temperamento, reflexos musculares, etc. ▪ Ambientais: ➢ Factores relativos à cultura, hábitos familiares, grupos sociais, escola, responsabilidade, moral e ética, etc. ➢ As experiências vividas pela criança darão suporte e contribuirão para a formação da sua personalidade. Características que diferenciam temperamento e personalidade: 1. Temperamento: biologicamente determinado Personalidade: produto do ambiente social 2. Características temperamentais: identificadas cedo, na infância Personalidade: moldada durante os períodos de desenvolvimento infantil 3. Características temperamentais: ansiedade, extroversão e introversão observadas em animais Personalidade: prerrogativa de seres humanos 4. Temperamento: apresenta aspectos estilísticos Personalidade: apresenta aspectos do comportamento 5. Personalidade: refere-se à função de integrativa do comportamento humano Self: ▪ Permite que o indivíduo adopte uma postura particular a partir da qual vê o mundo ▪ Fonte de referencia que medeia a experiência social e que organiza o comportamento em relação aos outros ▪ Construído através da experiência (com outras pessoas) As primeiras relações: teorias do attachment 1. Bowlby: efeitos da privação de cuidados maternos na disrupção do attachment (vinculação) 2. Ainsworth: observação de bebés e mães em contextos naturalista e laboratorial 3. Mary Main: elaboração de entrevista biográfica e de tipo clínica Adult Attachment Interview 4. Actualidade: abordagens múltiplas BOWLBY ▪ A separação prolongada da mãe ocorrida durante a infância estava associada a um tipo especifico de psicopatia – “vazio de afecto”. ▪ Sequência de comportamentos a partir dos 6 meses, em resposta à separação – protesto, desespero e desapengo/desvinculação. ▪ Teses: ➢ Os fundamentos da personalidade do adulto são construídos a partir das ligações sócio- afectivas precoces. ➢ As ligações precoces repousam sobre necessidades e fundamentos biológicos. ➢ O attachment é uma tendência primária para estabelecer laços afectivos. ➢ A vinculação independente de outras necessidades básicas, incluindo a de alimentação. AINSWORTH Contribuições: 1. Nível metodológico ▪ Abordagem “multi”: ➢ Contextos (casa, laboratório, jardim infantil, recreios, escolas) ➢ Métodos (observação, entrevistas, questionários de auto e hetero relatos), ➢ Observadores (criança, pais, pares, professores, psicólogos) 2. Nível conceptual ▪ Papel da figura de vinculação na construção da segurança da vinculação. ✓ Padrões de vinculação e a sua evolução ao longo do 1º e 2º ano de vida ✓ Papel da figura de vinculação como base segura ✓ Factor decisivo para a segurança passa pela continuidade e qualidade de interacção ▪ Situação estranha ➢ Procedimento laboratorial que permitiu a avaliação da segurança da vinculação (12 e 18 meses) ➢ Identificou as diferenças individuais em torno de 3 padrões comportamentais da vinculação: o Padrão seguro o Padrão inseguro-evitante o Padrão inseguro-resistente ou ambivalente ➢ Elementos geradores de insegurança na criança: o Ambiente estranho, desconhecido o Presença de pessoas estranhas o Separação da mãe ✓ Padrão seguro o A mãe é uma base de segurança para exploração do ambiente ✓ Senso de permanência: percepção de que elementos centrais da experiência de vida são estáveis e mantêm-se organizados, através de rotinas e rituais familiares. ✓ Senso de estabilidade: fornecido através do sentimento de segurança dos pais aos filhos, de que não haverá rupturas ou rompimentos, mesmo diante de situações de stress. ✓ A garantia de permanência e estabilidade faz a família funcionar como um sistema integrado, cujo objectivo é promover o bem-estar dos seus membros. Estilos parentais ✓ Práticas educativas ➢ Estratégias para atingir objectivos específicos em diferentes domínios (académico, social, afectivo) sob determinadas circunstâncias e contextos. ➢ Exemplo: uso de explicações, punições ou recompensas. ✓ Estilos parentais ➢ Padrão global de características da interacção dos pais com os filhos em diversas situações, que geram um clima emocional em que as práticas se expressam. ➢ A expressão do comportamento parental pode apresentar afectividade, responsividade e autoridade. O conjunto das práticas vai formas o estilo parental. Baumrind (1971) ➢ Aspectos comportamentais ➢ Aspectos afectivos ✓ “Com autoridade” ✓ Autoritário ✓ Permissivo MacCoby e Martin (1983) ➢ Exigência (controlo): comportamentos parentais que requerem supervisão e disciplina. ➢ Responsividade (afecto): comportamentos de apoio, que favorecem a individualidade e auto- afirmação dos filhos. Autoritativo Autoritário ▪ ↑ Exigência ▪ ↑ Responsividade ▪ Regras consistentemente enfatizadas ▪ Pais controlam a sua conduta, corrigindo atitudes negativas e gratificando as positivas ▪ Comunicação clara e aberta ▪ Respeito mútuo ▪ Altas expectativas em relação ao comportamento dos filhos em termos de responsabilidade e maturidade ▪ Pais afectuosos, responsivos às suas necessidades ▪ Solicitam a sua opinião quando conveniente ▪ ↑ Controlo ▪ ↓ Responsividade ▪ Pais rígidos e autocráticos ▪ Regras estritas, independentemente da participação da criança ▪ Enfatizam a obediência através do respeito à autoridade e à ordem ▪ Utilizam a punição para controlar o comportamento ▪ Não valorizam o diálogo e a autonomia ▪ Reagem com rejeição e baixa responsividade aos questionamentos e opiniões da criança ▪ Encorajam a tomada de decisões ▪ Proporcionam oportunidade para o desenvolvimento das suas capacidades Indulgente Negligente ▪ ↓ Controlo ▪ ↑ Responsividade ▪ Não estabelecem regras nem limites para a criança ▪ Estabelecem poucas demandas de responsabilidade e maturidade ▪ Excessivamente tolerantes, permitindo que a criança monitorize o seu comportamento ▪ São afectivos, comunicativos e receptivos com os seus filhos ▪ Tendem a satisfazer qualquer demanda que a criança apresente ▪ ↓ Controlo ▪ ↓ Responsividade ▪ Não são nem afectivos, nem exigentes ▪ Demonstram pouco envolvimento com a tarefa de socialização da criança ▪ Não monitorizam o seu comportamento ▪ Tendem a manter os filhos à distancia, respondendo só às necessidades básicas ▪ Estão centrados nos seus próprios interesses, em vez de nos das crianças Estilo autoritativo ▪ Influência positiva sobre o desenvolvimento psicológica da criança e adolescente ▪ Crianças: relaciona-se com competência social, assertividade e comportamento independente ▪ Adolescentes: associado com melhores níveis de adaptação psicológica, competência social, auto- estima, desempenho académico, auto-confiança, menores níveis de problemas comportamentais, ansiedade e depressão. Estilos autoritário, indulgente e negligente ▪ Relacionados com maior incidência de resultados negativos no desenvolvimento ▪ Problemas de comportamento, abuso de substâncias, fracasso escolar e baixa auto-estima Estilos parentais de socialização e práticas educativas Funcionam como variáveis psicossociais, exercendo grande influência da adopção de diferentes comportamentos prejudiciais à saúde entre os jovens, e.g., consumo de substâncias psicoactivas. Processos de socialização com os pares, na escola e na comunidade: Como as crianças se relacionam com os seus pares é determinada por vários factores: ▪ Características temperamentais, e.g., a sociabilidade da criança ▪ Experiência anterior da criança de encontros com outros colegas ▪ Conhecimento do parceiro e a existência de quaisquer laços de amizade entre os dois ▪ Circunstâncias em que a interacção ocorre (disponibilidade de brinquedos, presença de adultos…) ▪ Cultura da criança, a função que esta atribui à interacção entre pares ▪ Estádio de desenvolvimento que a criança tenha atingido ▪ Tipos de competências sociais que podem ser usadas da interacção ➢ As interacções entre pares, no decurso da infância, tendem a tornar-se mais frequentes, mais sustentadas, mais complexas, mais íntimas e mais coesas. Modelo quadripartido – competência social (Felner) ➢ Populares (aceites) ▪ Disposições felizes/positivas ▪ Fisicamente atractiva ▪ Altos níveis de cooperação ▪ … ➢ Negligenciadas ▪ Comportamento disruptivo ▪ Argumentativo e anti-social ▪ Extremamente activo ▪ Falador ▪ … ➢ Rejeitadas ▪ Tímido ▪ Raramente agressivo ▪ Muitas actividades solitárias ▪ … Pares ▪ Sociometria: técnica de avaliação das relações grupais ➢ Jacob Levi Moreno – estudo dos grupos sociais a partir das atracções e rejeições manifestadas no seio de um grupo. SAÚDE MENTAL COMPETÊNCIA SOCIAL Competências cognitivas ▪ Aquisição de conhecimento social e cultural ▪ Competências tomada de decisão ▪ Processamento da informação ▪ Expectativas / crenças Competências comportamentais ▪ Negociação ▪ Capacidade colocar no lugar do outro ▪ Assertividade ▪ Aquisição de informação ▪ Competências de conversação Competências emocionais ▪ Regulação afectiva ▪ Competências de relacionamento afectivo Motivação e expectativas ▪ Estruturação de valores ▪ Desenvolvimento moral ▪ Noção de eficácia e controlo individual Modelo ecológico Individual: ▪ Características demográficas (idade, educação, rendimento) ▪ Perturbação psicológica ou de personalidade ▪ Abuso de substâncias ▪ História de comportamento agressivo ou experiência de abuso Relações: ▪ Punição física excessiva de crianças ▪ Falta de afecto ▪ Família disfuncional ▪ Associação com pares delinquentes ▪ Conflito marital ou parental Comunidade: ▪ Pobreza ▪ Alta densidade populacional ▪ Altos níveis de mobilidade residencial ▪ Baixo capital social ▪ Existência de tráfico de droga local Sociedade: ▪ Normas sociais que criam um clima onde a violência é encorajada ou inibida Agressão ▪ Qualquer comportamento que visa prejudicar os outros ▪ Verbal e não-verbal: presença ou ausência de ameaças ou insultos verbais ▪ Instrumental e hostil: ganhar acesso a objectos ou privilégios; os danos e o sofrimento são intencionais ▪ Individual e grupo: mais do que uma agride outra Sociedade Comunidade (Escola) Relações (Família, Pares) Individual Teorias da agressividade ➢ Teoria psicanalítica: ▪ A agressividade tem origem numa pulsão inata – pulsão da morte. ▪ Logo, os comportamentos agressivos seriam explicados por uma disposição instintiva e primitiva do ser humano. ➢ Teoria etológica: ▪ A agressividade está programada geneticamente, sendo desencadeada em det. situações. ▪ O ser humano não tem mecanismos reguladores da agressividade como os animais (o que explica as guerras). ➢ Teoria da frustração-agressão: ▪ A agressão é provocada pela frustração. ▪ Quando o sujeito não consegue atingir os objectivos pretendidos recorre à agressão. ➢ Teoria da aprendizagem social ▪ A agressão é aprendida por observação e imitação de modelos. ▪ A criança, no seu processo de socialização, imita o comportamento dos pais, professores e pares, incluindo comportamentos agressivos (aprendizagem social). Bullying ➢ Intencionalidade do comportamento ➢ Comportamento é conduzido repetidamente e ao longo do tempo ➢ Desequilíbrio de poder ➢ Directo – aquele que envolve ataques abertos à vítima ➢ Indirecto – forma de isolamento social ou exclusão intencional do grupo Acções ▪ Físicas – bater, empurrar, pontapear ▪ Verbais – chamar nomes, caluniar, ameaçar ▪ Sociais – exclusão, intimidação, ignorar ▪ Sexuais – abuso, gestos ou olhares ordinários Causas ▪ Factores individuais – temperamento, baixa tolerância à frustração, fraco auto-controlo, fraco desempenho escolar, abuso de substâncias nocivas ▪ Factores familiares – falta de atenção e/ou afecto, fraca supervisão parental ▪ Factores escolares – clima escolar, supervisão nos recreios ▪ Factores sociais – por exclusão da criança das experiências básicas da interacção social necessárias ao desenvolvimento das competências sociais, normais sociais que aceitam comportamentos violentos ou exposição a injustiça social
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