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Publicação sobre óleo diesel, Notas de estudo de Gestão Ambiental

Publicação sobre óleo diesel. CONPET / Programa EconomizAR

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 01/09/2010

viviane-japiassu-viana-12
viviane-japiassu-viana-12 🇧🇷

4.9

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Baixe Publicação sobre óleo diesel e outras Notas de estudo em PDF para Gestão Ambiental, somente na Docsity! Óleo Diesel - Conpet -  Óleo Diesel Conpet_oleo_diesel.indd 1 13.12.06 13:12:50  - Conpet - Óleo Diesel I - INTRODUÇÃO 3 II - O QUE É ÓLEO DIESEL 5 III - TIPOS DE ÓLEO DIESEL 6 IV - CARACTERÍSTICAS DE QUALIDADE DO ÓLEO DIESEL 7 4.1 - Aspecto 7 4.2 - Cor ASTM 7 4.3 - Destilação 7 4.3.1- Temperatura da destilação de 50% do produto, recuperado 8 4.3.2- Temperatura da destilação de 85% do produto, recuperado 8 4.4 – Teor de Enxofre 8 4.5 – Densidade a 20/4 °C 8 4.6 - Número de Cetano 9 4.7 - Índice de Cetano Calculado 9 4.8 - Corrosividade ao Cobre 10 4.9 - Percentagem de Resíduo de Carbono 10 4.10 - Percentagem de Água e Sedimentos 10 4.11 - Teor de Cinzas 11 4.12 - Viscosidade 11 4.13 - Ponto de Entupimento de Filtro a Frio 11 4.14 - Ponto de Fulgor 12 V - ESPECIFICAÇÃO DO ÓLEO DIESEL 13 VI - ASPECTOS TÉCNICOS IMPORTANTES 15 6.1 - Óleo diesel S500 e a sujeira nos tanques 15 6.2 - Como surge a água no óleo diesel 15 6.3 - Cristal de parafina 16 6.4 - Prejuízo causado pela água 16 6.5 - Por quê tanta preocupação com a limpeza do óleo diesel? 16 6.6 - O bico injetor do motor diesel 17 6.7 - O óleo diesel e as emissões atmosféricas 18 VII – TRANSPORTE 20 7.1 - Não transporte diesel em vagões ou tanques enferrujados ou sujos 20 7.2 - Não transporte diesel no mesmo tanque ou vagão utilizado para transportar álcool ou gasolina sem ter feito a limpeza dos mesmos 21 7.3 - Evite a contaminação do produto no momento da descarga 21 7.4 - Adote cuidados que garantam a segurança durante o carregamento e a descarga do produto 21 VIII – RECEBIMENTO 23 8.1 - Inspecione o óleo diesel antes de descarregá-lo nos tanques de armazenamento 23 8.2 - Determine a densidade do diesel que você recebe 24 IX - ARMAZENAMENTO 25 9.1 - Aspectos de segurança no armazenamento 25 9.2 - Cuidados para preservar a qualidade do óleo diesel durante o armazenamento 26 9.2.1 - Inspecione e limpe os tanques de armazenamento 26 9.2.2 - Evite a presença de água no diesel 27 9.2.3 - Evite o envelhecimento do diesel 29 9.2.4 - Não estoque diesel por muito tempo 29 9.2.5 - Não use vasilhame, conexões, válvulas, telas, filtros ou tubulação de cobre, bronze ou latão 29 9.2.6 - Não deixe o diesel exposto a temperaturas elevadas 29 X - USO DO ÓLEO DIESEL 30 XI - SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE 32 11.1 - Aspectos de segurança 32 11.1.1 - Primeiros socorros 33 11.2 - Aspectos de meio ambiente 33 11.2.1 – Derramamento ou vazamento 33 11.2.2 Incêndio 34 XII – ANEXOS 35 12.1 – ANEXO 1 35 12.2 – ANEXO 2 36 12.3 – ANEXO 3 37 XIII – REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 45 sumário Conpet_oleo_diesel.indd 2 13.12.06 13:12:51 Óleo Diesel - Conpet -  II - o que é óleo diesel Nº DE ÁTOMOS DE CARBONO NA CADEIA % MASSA Nº DE ÁTOMOS DE CARBONO NA CADEIA % MASSA Nº DE ÁTOMOS DE CARBONO NA CADEIA % MASSA C6 0,001 C15 8,79 C24 2,33 C7 0,02 C16 8,14 C25 1,55 C8 0,38 C17 6,65 C26 0,83 C9 1,07 C18 7,22 C27 0,80 C10 6,80 C19 6,01 C28 0,14 C11 7,52 C20 5,18 C29 0,05 C12 8,00 C21 5,14 C30 0,03 C13 8,00 C22 4,00 C31 0,00 C14 8,21 C23 3,12 C32 0,00 O Óleo Diesel é um combustível derivado do petróleo cons- tituído basicamente por hidrocarbonetos (compostos orgânicos que contém átomos de carbono e hidrogênio). Alguns compostos presentes no Diesel, além de apresentar carbono e hidrogênio tra- zem também enxofre, nitrogênio e compostos metálicos em sua composição. Sendo um combustível mais “pesado” do que a gasolina, o Diesel apresenta-se com cadeia carbônica de 6 a 30 átomos, como pode ser observado na Tabela 1, que mostra as cadeias carbônicas típicas do óleo Diesel. Da composição do óleo Diesel participam hidrocarbonetos parafínicos, olefínicos e aromáticos. Produzido a partir do refino do petróleo, o óleo Diesel é for- mulado através da mistura de diversas correntes como gasóleos, nafta pesada, Diesel leve e Diesel pesado, provenientes das diver- sas etapas de processamento do petróleo bruto. A proporção destes componentes, no Óleo Diesel, permite en- quadrar o produto final dentro das especificações previamente definidas e que são necessárias para permitir um bom desempe- nho do produto, minimizando o desgaste dos motores e compo- nentes e mantendo a emissão de poluentes, gerados na queima desse combustível, em níveis aceitáveis. TABELA 1 Cadeias carbônicas típicas do óleo diesel Conpet_oleo_diesel.indd 5 13.12.06 13:12:55  - Conpet - Óleo Diesel III - tipos de óleo diesel A resolução ANP nº15, de 17 de julho de 200621, especifica dois tipos básicos de óleo Diesel de uso rodoviário. São os óleos dos tipos Metropolitano e Interior. A seguir fornecemos algumas infor- mações sobre estes tipos de Diesel: Óleo Diesel Metropolitano – conhecido como S500, caracteriza-se por possuir um teor de enxofre de, no máximo, 500 ppm; densidade específica varia de 0,820 a 0,865 kg/l; temperatura de destilação de 85% a 360°C. Está disponibilizado para comercialização nas regiões metropolita- nas do Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Baixada Santista, São José dos Campos, Belo Horizonte, Vale do Aço, Belém, Fortaleza, Recife, Aracaju, Salvador, Curitiba, Porto Alegre e Vitória. Óleo Diesel Interior – conhecido como S2000, possui teor de enxofre máximo de 2000 ppm; densidade específica variando de 0,820 a 0,880 kg/l; temperatura de destilação de 87% a 370°C. Disponibilizado para comercialização nos demais municípios do Brasil. Este óleo diesel deve ter obrigatoriamente corante vermelho para a distinção dos demais tipos. Outros tipos de óleo diesel Além dos tipos de óleo Diesel anteriormente apresentados, existem também o Óleo Diesel Marí- timo, Padrão e o Óleo Diesel Aditivado: Óleo Diesel Marítimo - É um óleo especialmente produzido para utilização em motores de embarcações marítimas. O que o caracteriza é o fato dele ter o seu ponto de fulgor especificado em, no mínimo, 60 graus Celsius. O teor de enxofre especificado para este óleo pode ser de, no máximo, 1,00% . Óleo Diesel Padrão - É um produto desenvolvido para atender às exigências específicas dos testes de avaliação de emissão de poluentes dos motores Diesel. Este óleo é utilizado pelos fabricantes de motores e pelos órgãos responsáveis pela homologação dos mesmos. Óleo Diesel Aditivado - Trata-se, atualmente, do óleo Diesel dos tipos Metropolitano, ou Interior que, após sair da refinaria, recebem, nas distribuidoras, uma aditivação que visa conferir ao produto características especiais de desempenho. Normalmente, estes aditivos apresentam proprie- dades desemulsificante, anti-espumante, detergente, dispersante e inibidor de corrosão. O desemulsificante evita que o Diesel forme emulsão com água o que, quando ocorre, dificulta a sua separação do produto. O aditivo antiespumante permite um rápido e completo enchimento dos tanques dos veículos (o que antes era prejudicado pela geração de espuma). Os aditivos detergentes e dispersantes possuem a função de manter limpos o sistema de combustível e a câmara de combus- tão, aumentando a vida útil do motor e minimizando a emissão de poluentes. Além destes benefícios, um dos aditivos (o inibidor de corrosão) minimiza a corrosão dos tanques de armazenagem e dos tanques de combustível dos veículos. 1 Publicada no diário Oficial da União de 19 de julho de 2006 Conpet_oleo_diesel.indd 6 13.12.06 13:12:57 Óleo Diesel - Conpet -  O óleo Diesel é produzido de modo para que atenda a requisitos específicos de qualidade. Tais requisitos visam garantir que o produto permita o bom funcionamento dos motores, mantendo um baixo nível de emissão de poluentes. As características de qualidade do óleo Diesel, inclusive os seus valores limites, são especificados pela ANP (ver seção V) e são plenamente atendidas por todo óleo Diesel produzido pela Petrobras. A seguir, apresentamos uma breve descrição de todas as características previstas na especifica- ção do óleo Diesel, assim como de seus significados e influências no funcionamento dos motores e no meio ambiente. . - Aspecto É um teste que permite que se tenha uma rápida indicação visual da qualidade e até mesmo identificar uma contaminação do produto. O Diesel deve apresentar-se límpido e isento de materiais em suspensão como água, borra, mate- rial arenoso, ferrugem e material sólido em geral. Estes contaminantes, quando presentes, podem re- duzir a vida útil dos filtros dos veículos e equipamentos e prejudicar o funcionamento dos motores. O teste é feito observando-se, contra a luz natural, uma amostra de 0,9 litro do produto contido em recipiente de vidro transparente com capacidade total de 1 litro. Não sendo observada a pre- sença de água, borra, material sólido, ou de qualquer outro material estranho e estando o produto límpido, considera-se que o óleo está aprovado no teste. . - Cor ASTM (American Society for Testing and Materials) É uma avaliação da cor característica do produto. Alterações de cor podem ser um indicativo de problemas no processo produtivo, contaminação ou degradação (o que ocorre quando o Diesel é estocado por períodos longos, quando fica exposto a temperaturas acima da ambiente ou quando está contaminado por material estranho ao produto, como ferrugem proveniente da corrosão dos tanques de armazenagem). O teste é feito colocando-se uma amostra do produto em um tubo de teste e comparando a cor que ele apresenta com padrões de cor da ASTM, que possuem uma faixa de valores de 0,5 a 8,0. Neste ensaio utiliza-se uma fonte de luz padrão que compõe a aparelhagem de teste. . – Destilação A destilação é um teste que tem o objetivo de avaliar as características de volatilidade do Óleo Diesel, definindo- se a temperatura na qual uma percentagem do produto, previamente fixada, evapora. O teste é feito tomando-se 100 ml da amostra do pro- duto que, após colocados em um balão de vidro especial, é submetida a aquecimento para destilação em condições controladas (a Foto 4.1 mostra o equipamento usado para este teste). Com esse aquecimento, o produto vaporiza e é, a seguir, condensado e recolhido em uma proveta de vidro, imersa Foto 4.1 Destilação de óleo diesel em equipamento computadorizado no laboratório IV - características de qualidade do óleo diesel Conpet_oleo_diesel.indd 7 13.12.06 13:12:59 0 - Conpet - Óleo Diesel Valores altos do índice de cetano apresentam as seguintes influências: Facilitam a partida a frio. Permite aquecimento mais rápido do motor. Reduz a possibilidade de erosão dos pistões. Impede a ocorrência de pós ignição. Possibilita o funcionamento do motor com menor aspereza, isto é, com baixo nível de ruído, graças à menor vibração que provoca nas peças deste componente. Minimiza a emissão de poluentes como hidrocarbonetos, monóxido de carbono e material particulado. . - Corrosividade ao Cobre É uma avaliação do caráter corrosivo do produto. Este teste dá uma indicação do potencial de corrosividade do Diesel no que diz respeito às peças metálicas e peças confeccionadas em ligas de cobre que se encontram presentes no sistema de combustível dos veículos e nas instalações de armazenamento. O caráter corrosivo do Diesel é normalmente associado à presença de enxofre elementar (S°) e gás sulfídrico (H2S). O teste é feito imergindo uma lâmina de cobre devidamente preparada numa amostra do pro- duto mantida a 50°C, por 3 horas. Decorrido este tempo, a lâmina é retirada, lavada e sua coloração é comparada com lâminas-padrão da ASTM, o que permite que se defina o grau de corrossividade do óleo. . - Percentagem de Resíduo de Carbono É o teor do resíduo que é obtido após a evaporação das frações voláteis do produto quando este é submetido a aquecimento sob condições controladas. Considerando-se o produto sem aditivos, a percentagem de resíduo de carbono correlaciona-se com a quantidade de depósitos que podem ser deixados pelo Diesel na câmara de combustão. Valores altos de resíduo de carbono podem levar à formação de uma quantidade excessiva de resíduo na câmara de combustão, além de maior emissão de fumaça pela descarga e maior conta- minação do óleo lubrificante por fuligem. O teste consiste em aquecer a 550 °C uma amostra colocada em bulbo de vidro (tomada dos 10% finais da destilação), por um determinado tempo. O resíduo remanescente é calculado como fração percentual da amostra original. .0 - Percentagem de Água e Sedimentos É uma avaliação do teor de água, de contaminantes sólidos ou de partículas de material orgâni- co, que se encontram em suspensão no produto e que sedimentam durante o teste. A presença destes contaminantes em níveis superiores àqueles pré-fixados são altamente pre- judiciais ao Diesel, pois prejudicam sua combustão, aceleraram a saturação dos filtros e provocam danos ao sistema de combustível. No sistema de armazenagem, estes contaminantes tendem a ficar depositar no fundo dos tanques e, se água estiver presente, favorecer a deteriorização do Diesel pelo desenvolvimento de colônias de bactérias. No item 9.2 são fornecidas mais informações sobre os danos provocados pela água, quando presente no óleo Diesel. O teste é feito centrifugando-se, em tubo de ensaio, 50 ml da amostra misturada com quanti- dade igual de um solvente (tolueno). No final, lê-se a camada de água e de sedimentos presentes na parte inferior do tubo e a seguir calcula-se a percentagem de água e sedimentos em relação à amostra tomada. Conpet_oleo_diesel.indd 10 13.12.06 13:13:00 Óleo Diesel - Conpet -  . - Teor de Cinzas É o teor de resíduos inorgânicos, não combustíveis, apurado após a queima de uma amostra do produto. Essa avaliação visa garantir que os sais ou óxidos metálicos, formados após a combustão do produto e que se apresentam como abrasivos, não venham a causar depósitos numa quantidade que prejudique os pistões, a câmara de combustão, etc. O ensaio consiste na queima de uma determinada quantidade de amostra, seguida da calcina- ção do resíduo desta queima. Após a calcinação, o material resultante é quantificado como cinzas, possibilitando que se calcule o teor de cinzas do óleo. . - Viscosidade É uma medida da resistência oferecida pelo Diesel ao escoamento. Seu controle visa permitir uma boa atomização do óleo e preservar sua característica lubrificante. Valores de viscosidade abaixo da faixa podem levar a desgaste ex- cessivo nas partes auto-lubrificadas do sistema de injeção, vazamento na bomba de combustível e danos ao pistão. Viscosidades superiores à faixa podem levar ao aumento do trabalho da bomba de combustível, uma vez que tra- balhará forçada e com maior desgaste. Má atomização do combustível, com conseqüente combustão incompleta e aumento da emissão de fumaça, também pode ser provo- cada por uma alta viscosidade do Diesel. O teste de viscosidade é feito fazendo-se escoar, sob gravidade, uma quantidade controlada da amostra através de um viscosímetro de tubo capilar de vidro, a uma temperatura previamente fixada e mantida sob controle. Anota-se o tempo necessário ao escoamento, que posteriormente é corrigido conforme o fator do tubo. Quanto maior for o tempo necessário ao escoamento, mais viscoso é o produto. A viscosidade assim determinada é conhecida como viscosidade cinemática, sendo seu resultado expresso em centésimos de Stokes (cSt). A Foto 4.2 mostra o equipamento uti- lizado neste teste. . - Ponto de Entupimento de Filtro a Frio É definido como a maior temperatura na qual o com- bustível, quando resfriado sob condições controladas, não escoará ou necessitará de mais que 60 segundos para passagem de 20 ml do produto através de um filtro, ou ainda, não retornará completamente para o frasco de teste. Na prática, o ponto de entupimento representa a tem- peratura ambiente na qual o Diesel começa a causar entu- pimento de filtros, dificuldade de bombeio e de atomização para queima. Estes problemas são causados pela cristaliza- ção das parafinas (compostos presentes no Diesel) e pela água, se estiver presente no combustível, mesmo que em quantidades muito pequenas. O teste é feito em aparelho automático como mostra a Foto 4.3. Foto 4.2 Teste de viscosidade em óleo diesel em execução em um equipamento automático no laboratório Foto 4.3 Teste do ponto de entupimento do filtro realizado em laboratório Conpet_oleo_diesel.indd 11 13.12.06 13:13:01  - Conpet - Óleo Diesel . - Ponto de Fulgor É a menor temperatura na qual o produto gera uma quantidade de vapores que inflamam quan- do se dá a aplicação de uma chama, em condições controladas. Esta característica do Diesel está ligada à sua inflamabilidade e serve como indicativo dos cuidados a serem tomados durante o ma- nuseio, transporte, armazenamento e uso do produto. O ponto de fulgor varia em função do teor de hidrocarbonetos leves existentes no Diesel. Devi- do a isto, ele limita o ponto inicial de destilação do produto e, consequentemente, reduz o volume produzido. O teste consiste em aplicar uma chama padrão em uma amostra do Diesel colocada em um vaso fechado e submetido a aquecimento controlado, até que os vapores gerados inflamem, o que é detectado por um rápido lampejo que se apaga logo após ter ocorrido. Este ensaio é feito usando-se equipamento específico para este fim, mantendo-se sob controle fatores como velocidade de aque- cimento, temperatura inicial do banho, tamanho da chama piloto, intervalo entre aplicações etc. Conpet_oleo_diesel.indd 12 13.12.06 13:13:02 Óleo Diesel - Conpet -  . - Óleo diesel S00 e sujeira nos tanques Este óleo diesel tem características químicas e físicas ligeiramente diferentes dos óleos diesel Interior atual (S2000), com 2000 ppm de enxofre. O S500 é um combustível mais refinado que os seus antecessores e graças a isso contém baixo teor de enxofre. Nas refinarias, o óleo diesel bruto contendo substâncias carregadas de átomos de enxofre (S) e nitrogênio (N) é passado em um reator, através de um leito de catalisador, juntamente com hidrogê- nio sob forte pressão. O hidrogênio desloca os átomos de S e N daquelas substâncias, tomando seu lugar. Este óleo diesel, agora mais rico em hidrogênio, exibe um comportamento ligeiramente mais solvente de sujeiras que o óleo diesel S2000. Mal comparando, é como se ele fosse mais próximo de um querosene e, sabidamente, o querosene possui maior capacidade de limpar uma superfície do que o óleo diesel tradicional. A característica mais refinada do S500 é um aspecto evolucionário do combustível. No entanto, é previsível que os ambientes contendo sujeiras como, por exemplo, fundos de tanques, em um primeiro momento terão parte dessa sujeira dissolvida e/ou arrastada pelo S500. Isso não chega a ser uma novida- de para o setor de distribuição de combustíveis. Muita gente ainda se recorda das reclamações que surgiram quando a gasolina aditivada foi lan- çada. Essa gasolina dispersava sujeira do sistema de combustível dos veículos, causando obstrução do filtro e depósitos nos bicos injetores do motor a gasolina. O problema, no entanto, ocorria espe- cialmente em tanques sujos. A mudança de S2000 para o S500 tem potencial semelhante àquele, mas em menor intensidade que no caso da gasolina aditivada. Esta característica do S500 sugere então que a cadeia de distribuição do óleo diesel terá também um passo evolucionário pela frente, pois o combustível está mudando. Uma evolução ainda mais pro- funda será exigida na cadeia de distribuição por volta dos anos 2009/2010, quando, se supõe, o óleo diesel começará a ser comercializado com 50 mg/kg de enxofre (S50). A limpeza dos tanques e sistemas em geral que operam, ou que passarão a operar, com o óleo diesel S500 terá intensa abordagem neste texto, visando trazer subsídios para melhorias na cadeia de distribuição física do combustível. . - Como surge a água no óleo diesel Água surge continuamente nos estoques de óleo diesel, noite e dia, a partir da condensação da umidade do ar que entra no tanque pelo bocal de “respiração”. Desde a refinaria até o cliente consumidor, o óleo diesel passa por 4 a 8 tanques e todos esses tanques têm a possibilidade de conter alguma água. Considerando, no entanto, que a quantidade de umidade contida no ar é pequena e que a água que ficará capturada no tanque a partir da condensa- ção será somente uma parcela da umidade do ar, não seria razoável esperar uma grande quantidade de água depositada no fundo do tanque resultante da umidade do ar. Também estão envolvidos na condensação de água do ar as diferenças de temperatura e pressões parciais entre o meio ambiente externo ao tanque e esses mesmos parâmetros no interior do tanque. Mesmo o grau de secagem que o óleo diesel tenha alcançado na refinaria poderá mascarar parcialmente o efeito da condensação da umidade do ar, isto é, se o óleo diesel estiver muito seco ele absorverá, total ou parcialmente, a água originada da umidade do ar. VI – aspectos técnicos importantes Condicionamento do óleo diesel na cadeia de distribuição com foco no S00 Conpet_oleo_diesel.indd 15 13.12.06 13:13:05  - Conpet - Óleo Diesel . - Cristal de parafina É importante saber distinguir cristais de parafina no óleo diesel da turbidez resultante da presença de água. Para fazer essa distinção deve ser levada em conta a temperatura do ponto de entupimento de filtro a frio (CFPP) do óleo diesel. Seu valor é expresso em graus Celsius e faz parte do Certificado de Ensaio fornecido na origem pela Petrobras. No caso do óleo diesel ficar submetido a uma temperatura ambiente menor que a temperatura de CFPP, e este óleo diesel atingir essa temperatura ambiente, dentro do tanque ou dentro do siste- ma de combustível do motor,uma turvação poderá acontecer. Essa turvação tem grande chance de ser resultante da presença de parafinas com ponto de fusão mais alto presentes no combustível e que teriam passado do estado líquido para o estado sólido devido à temperatura estar menor que a sua temperatura de fusão. Por essa razão, os estoques de óleo diesel adquiridos durante os meses mais quentes do ano não devem ser mantidos estocados para serem consumidos durante as épocas mais frias do ano. Isso ocorre porque a temperatura de CFPP do óleo diesel produzido durante os me- ses quentes é bem maior do que as temperaturas desse parâmetro no óleo diesel produzido durante os meses de baixa temperatura ambiente. Deve-se observar que a temperatura de CFPP de um óleo diesel produzido para consumo nas regiões norte e nordeste do Brasil é sempre maior que a mesma propriedade de um óleo diesel produzido para consumo na região sul do País. Os cristais de parafina podem causar rápida saturação de um elemento filtrante, assim como qualquer outra sujeira. . - Prejuízo causado pela água Água presente no tanque provoca uma série de transtornos, como o crescimento de microorga- nismos que se alimentam do óleo diesel. Estes microorganismos (fungos e bactérias) só são visíveis ao microscópio e se desenvolvem entre a água e o combustível. À medida que se multiplicam, começa a surgir uma massa marrom ou preta, conhecida como “borra”. Localizada na divisa entre o diesel e a água, ou depositada no fundo do tanque, a borra causa entupimento de telas, filtros e corrosão. QUANDO DRENAR ÁGUA (NO MÍNIMO) A drenagem no tanque de óleo diesel deve ser feita: antes do recebimento de nova batelada; algumas horas depois de receber uma nova batelada; imediatamente antes de iniciar o bombeamento do combustível imediatamente antes de iniciar o bombeamento do combustível semanalmente, no caso de estoque de combustível não movimentado Nota: Para os devidos fins, o nível de água deve ser medido antes de iniciar uma drenagem. . - Por quê tanta preocupação com a limpeza do óleo diesel? A resposta poderá ser encontrada no motor diesel. Vamos então dar uma recapitulada nos avanços que estão em andamento no setor automotivo de veículos terrestres. Sistema de combustível do motor diesel - Esta parte do motor diesel começa no tanque de com- bustível do veículo e termina no bico injetor de combustível. Entre estes extremos estão basicamente a bomba de combustível, um retentor de água, os filtros e a bomba injetora. Nos mercados europeu, americano etc., já está em uso uma geração de motores que funciona com ultra-altas pressões no sistema de combustível, a partir da bomba injetora. Ter o combustível com pressão suficientemente alta e em quantidade suficiente para alimentar os bicos injetores de forma totalmente controlada são requisitos para a injeção por pulsos - outra novidade do setor. Para obter as pressões ultra-altas, da ordem de 27.000 psi, a bomba injetora emprega compo- nentes internos com movimento de atrito entre si, montados com folgas de 3 a 5 micrômetros, ou Conpet_oleo_diesel.indd 16 13.12.06 13:13:05 Óleo Diesel - Conpet -  0,003 a 0,005 mm. Folgas tão apertadas exigem um óleo diesel mais limpo. Na bomba injetora, o óleo diesel tem ainda o papel de óleo lubrificante. A injeção do combustível a pressão ultra-alta é alegada como necessária para que o setor automotivo atenda aos limites de emissões na queima do óleo diesel no motor. As legislações ambientais de muitos países são bastante conhecidas por serem sempre mais restritivas. O motor diesel com esse tipo de bomba injetora já está presente também no Brasil. Essa tecnologia integra a geração de motores que trabalham com óleo diesel de até 500 mg/kg de enxofre, já em uso em vários países europeus e em partes dos Estados Unidos e começando a ser usada no Brasil. Já a motorização adequada ao óleo diesel de 50 mg/kg de enxofre deverá chegar ao Brasil no momento em que todas as demais condições forem favoráveis ao seu uso no mercado brasileiro. Na Petrobras, várias refinarias têm projeto em andamento para a produção do óleo diesel de 50 mg/kg de enxofre a partir de 2009. A questão que poderia surgir agora seria: em que medida as novas tecnologias do motor diesel têm relação com as atividades do setor de produção e distribuição de óleo diesel? Quanto à exigência de menor teor de en- xofre não há dúvida, pois as menores emissões nesses motores somente serão atingidas com um óleo diesel de baixíssimo teor de enxofre. No entanto, em relação aos contaminantes do óleo diesel, como água e sedimentos, o panorama que se avizinha do setor de produção e distribuição do combustível poderá acontecer da forma imaginada a seguir. Se você perguntasse a um representante de uma montadora algo sobre a eficiência de limpeza dos filtros que fazem parte do sistema de combustível do motor diesel do veículo, o sujeito possivelmente responderia que o motor não requer que o óleo diesel seja mais limpo ao longo da cadeia de suprimento, pois os filtros de com- bustível do seu motor retêm a sujeira convenientemente. Se, no entanto, a mesma pergunta fosse dirigida a um fabricante de componentes do sistema de combustível do motor diesel - um fornecedor das indústrias montadoras de veículos - a resposta poderia ser diferente. O fabricante de componentes possivelmente argumentaria que ele produz bombas e bicos injetores que atendem aos requisitos das montadoras, mas observaria que seus sistemas para a nova tecnologia diesel exigirão que o combustível seja mais isento de sujeira do que ele tem visto em muitos países ao redor do mundo, inclusive no Brasil. A explicação para esta observação estaria no conhecimento que ele tem da complexidade da sua bomba injetora e bicos injetores, pois essas são peças sensíveis a partículas sólidas de tamanhos na faixa de 2 a 5 micrômetros. Por conta disso, os filtros do sistema de combustível do motor pos- sivelmente terão que trabalhar com elemento filtrante de tamanho de poro da ordem de 3 micrômetros. Para encurtar, o setor de produção das novas bombas e bicos injetores avaliou que o nível atual de sujeira do óleo diesel circulante na cadeia de suprimento no Brasil é indesejável para um convívio harmonioso com as suas novas tecnologias - e esse setor já vem manifestando sua inquietação através de trabalhos apresentados em congressos específicos. É alegado também que o filtro-prensa, encontrado em postos de combustíveis e em garagens de frotas de ônibus e caminhões, na sua quase totalidade emprega elemento filtrante de tamanho de poro na faixa de 20 a 30 micrômetros nominal, ou seja, um tamanho de poro muito aberto quando o objetivo é ter um óleo diesel filtrado adequado à tecnologia de bomba injetora de injetora de ultra-alta pressão. Muitos frotistas precisam filtrar grandes volumes do combustível em curto espaço de tempo e, além disso, optam por tecnologia de filtração que inclui um elemento coalescedor, que tem a função de capturar e separar água. Mesmo estes filtros mais sofisticados vão exigir tamanho de poro menor no futuro próximo. . - O bico injetor do motor diesel O bico injetor é projetado para nebulizar o combustível como um “spray” (Fig 1). O fluxo de combustível do injetor moderno é feito moduladamente sob o comando da unidade eletrônica de controle, tendo até quatro estágios de vazão/injeção de combustível, feitos em uma fração de segundo. O modo de injeção em estágios, de 4 a 5 pulsos, é chamado de injeção piloto, cuja duração do intervalo entre pulso chega a ser tão pequena como 0,0007 segundos. A injeção piloto tem por função proporcionar menos ruído e emissão de óxidos de nitrogênio (NOx). A frente de chama dentro da câmara de combustão se desenvolve gradualmente como con- seqüência dos estágios de injeção. Esse padrão de queima controlada proporciona combustão mais completa, gerando emissões mais baixas e toma o motor diesel mais silencioso. No motor diesel sem esse recurso, a combustão ocorre como uma denotação única, correspondente ao combustível que é injetado todo de uma só vez, tomando o motor mais ruidoso. Conpet_oleo_diesel.indd 17 13.12.06 13:13:06 0 - Conpet - Óleo Diesel Para efeito de transporte, o óleo Diesel está enquadrado na classe de risco 3 (líquido inflamável) e tem o número de identificação 1203 (combustível para motores) conforme classificação da Organiza- ção das Nações Unidas (ONU) adotada pelo Ministério dos Transportes (Regulamentação do transporte rodoviário de produtos perigosos). Sendo considerado como “carga perigosa”, todos os envolvidos com o seu transporte (inclusive com a expedição e recebimento) devem estar devidamente treinados e capacitados para realizar tais operações. Os veículos mobilizados para o transporte de Diesel devem oferecer perfeitas condições de se- gurança para este fim (o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) é o órgão indicado para esta avaliação, que deve ser realizada a em intervalos máximos de um ano). O transportador, antes de alocar um veículo para o transporte de Diesel, deverá fazer com que ele se enquadre na legislação vigente sobre o assunto inspecionando-o e tomando as providências ne- cessárias para garantir que esteja em perfeitas condições. Nessa inspeção, o tanque deverá receber atenção especial e deverá se apresentar limpo, externa e internamente, e não apresentar riscos de permitir vazamento ou derramamento do produto. Além do tanque, a carroceria e demais dispositi- vos devem estar em condições de garantir a segurança da carga deste combustível. Como vimos na seção V, todo óleo Diesel produzido pela Petrobras passa por diversas análises durante e após a produção. As distribuidoras, ao receberem o produto, recebem uma cópia do Certi- ficado que atesta a qualidade do combustível e sua conformidade com a especificação. Após deixar o tanque da refinaria, o Diesel está sujeito a inúmeras oportunidades de contami- nação, face à diversidade de esquemas de transporte, de armazenagem e de manuseio. Com a fina- lidade de evitar ocorrências anormais de segurança e preservar a qualidade do produto entregue ao consumidor final, os cuidados indicados a seguir devem ser observados durante o seu transporte. . - Não transporte diesel em vagões ou tanques enferrujados ou sujos Os vagões e tanques utilizados para transportar óleo Diesel devem estar devidamente limpos, isentos de água, isentos de material arenoso, isentos de camadas de ferrugem que se soltem com facilidade, assim como de qualquer material estranho ao Diesel. Quando esse cuidado não é obser- vado, a sujeira, a ferrugem e a água, se presentes, acabam sendo incorporados ao Diesel, contami- nando-o. Caso ocorra essa contaminação, será necessário filtrar o Diesel antes que o mesmo seja colocado nos tanques dos veículos. Do contrário, haverá possibilidade de saturação prematura dos filtros e conseqüente perda de desempenho do motor, devido à insuficiente quantidade de combus- tível que disporá para queima. A contaminação por água exigirá que o produto seja mantido em repouso por um significativo período de tempo, até que a água contaminante se separe do óleo e possa ser drenada. Para evitar a ocorrência dos problemas acima relatados, o responsável pela expedição do produ- to deverá, antes de iniciar o enchimento dos tanques de transporte de óleo Diesel, estar seguro de que os mesmos oferecem boas condições de limpeza, estão isento de ferrugem solta e não contém água ou outros materiais estranhos ao produto. O carregamento para transporte somente deverá ser efetuado se essas condições forem confirmadas. VII – transporte Conpet_oleo_diesel.indd 20 13.12.06 13:13:09 Óleo Diesel - Conpet -  . - Não transporte diesel no mesmo tanque ou vagão utilizado para transportar álcool ou gasolina sem ter feito a limpeza dos mesmos Restos de gasolina ou álcool, quando presentes nos tanques de transporte, se incorporam ao Die- sel e prejudicam sua qualidade. Antes de colocar Diesel em tanques que tenham transportado estes produtos, é necessário que se faça uma drenagem completa dos mesmos, para remoção de produtos remanescentes. Isto pode ser feito colocando o caminhão inclinado para o lado das válvulas de des- carga de combustível, que devem ser abertas para escoamento do produto, ou fazendo-se uma pré- lavagem do tanque com óleo Diesel. Após a pré-lavagem, o Diesel deve ser drenado completamente e a seguir descartado ou segregado em local apropriado, conforme normas ambientais. O ideal é que os tanques e vagões sejam de uso exclusivo para transporte de cada tipo de produ- to. Desse modo, ao utilizar caminhões ou carretas com tanques divididos em compartimentos, nor- malmente utilizados para o transporte de até três produtos (gasolina, álcool, Diesel ou querosene) numa mesma carga, procure adotar sempre o mesmo compartimento para transporte de cada tipo de derivado. Este cuidado será facilitado se cada compartimento for previamente identificado com o nome do produto a ser ali transportado. . - Evite a contaminação do produto no momento da descarga Durante a operação de descarga, os seguintes cuidados devem ser adotados para preservar a qualidade do óleo Diesel: A. Não deixe as mangueiras jogadas pelo chão além do tempo necessário e evite o contato das mesmas com água ou lama. Proteja os bocais (da mangueira, do caminhão e do tanque recebedor) por onde passará o produto. B. Antes de iniciar a descarga do produto, providencie a limpeza de cada bocal por onde passará o Diesel. Estes bocais podem estar impregnados de poeira que, se for arrastada para dentro do tanque de armazenamento, contaminará o produto, impossibilitando seu uso sem prévia filtração. C. Em época de chuva, tome todo o cuidado (como cobrir, com lona apropriada, a boca de des- carga do tanque de armazenagem), para evitar a contaminação do produto com água. . - Adote cuidados que garantam a segurança durante o carregamento e a descarga do produto As operações de carga e descarga de óleo Diesel devem ser feitas sempre com o veículo desliga- do e com o freio de mão acionado. Além disso, tome os seguintes cuidados básicos: A. Providencie o aterramento adequado do veículo antes das operações de carga e descarga (atenção! ligue o ‘’fio terra’’ primeiro ao ponto de aterramento disponível na instalação onde o produto será carregado ou descarregado e, por último, no caminhão). B. Evite derramamentos ou vazamentos de Diesel, mesmo em pequenas quantidades. C. Não permita que fumem, que usem chama exposta ou façam serviços de solda, próximo Conpet_oleo_diesel.indd 21 13.12.06 13:13:09  - Conpet - Óleo Diesel ao local de carga e descarga de óleo Diesel. Estes cuidados são fundamentais para evitar a ocorrência de incêndios. D. Não permita o trânsito de pessoas ou veículos no local onde as operações estão sendo reali- zadas. E. Providencie a disponibilidade de um número de extintores (ou outros equipamentos de extin- ção apropriados) suficiente para se fazer um combate de incêndio, em local próximo de onde a carga e descarga está sendo realizada. F. Mantenha pessoas devidamente treinadas e capacitadas para proceder a um rápido combate de incêndios e a contenção de vazamentos. G. Mantenha, em local visível, o número do telefone do corpo de bombeiros mais próximo e cuide para que sejam acionados logo após o início de qualquer incêndio. Conpet_oleo_diesel.indd 22 13.12.06 13:13:10 Óleo Diesel - Conpet -  A Norma Regulamentadora NR20, assim como a NBR 7505 da ABNT, são normas brasileiras apli- cáveis ao armazenamento de petróleo e seus derivados líquidos (inclusive óleo Diesel). Se sua empresa pretende construir ou se já tem pronto um parque de armazenamento, sugerimos adotar providências com o fim de adequá-lo a essas normas. . - Aspectos de segurança no armazenamento O óleo Diesel, conforme a NR 20, é classificado, para efeito de armazenamento, como líquido inflamável de classe I (exceto o Diesel marítimo, que se enquadra como líquido inflamável de classe II). No armazenamento deste produto, as providências listadas a seguir são básicas para garantir um bom nível de segurança para as instalações de sua empresa, para as pessoas que nela trabalham e para o meio ambiente: A. Dote o local onde estão instalados os tanques, aéreos horizontais ou verticais, de diques que formem uma bacia de contenção do produto, ou de canais de fuga que conduzam para uma bacia de contenção à distância, observando-se o seguinte: O volume da bacia de contenção deve ser, no mínimo, igual a capacidade do maior tanque mais o volume equivalente ao deslocamento dos demais tanques nela contidos. O dique deve possuir escadas que permitam acesso à bacia de contenção e ser construído conforme previsto nas normas anteriormente citadas. As distâncias mínimas de segurança previstas nas normas regulamentadoras devem ser ple- namente atendidas. Os tanques de Diesel não devem estar localizados na mesma bacia de contenção onde se armazenam produtos aquecidos como asfaltos e óleos combustíveis residuais. B. Adote cuidados que minimizem a possibilidade de ocorrência de incêndios envolvendo óleo Diesel durante o armazenamento: Evite a exposição do produto a chamas expostas; coloque placas alertando para que não se fume no local de armazenagem. Somente adote equipamento elétrico, nas instalações de armazenagens, que seja a prova de explosão (consulte a NR10). Tenha disponível sistema de proteção e combate a incêndios e pessoas devidamente treinadas e capacitadas para atuar em casos de emergências. C. Providencie o aterramento elétrico dos tanques de armaze¬namento de óleo Diesel. Neste caso, a Norma Regulamentadora NR10, deverá ser observada. Faça inspeções periódicas no sistema de modo a garantir que a resistência elétrica entre o tanque e a terra seja inferior a 10 OHMS. D. Antes de instalar tanques subterrâneos, execute no mesmo um teste de estanqueidade e so- mente faça a instalação se nenhum vestígio de vazamento for detectado. E. Dote os tanques de aço carbono subterrâneos de um sistema de proteção adicional contra o ataque corrosivo do solo. As opções para esta proteção são: IX - armazenamento Conpet_oleo_diesel.indd 25 13.12.06 13:13:14  - Conpet - Óleo Diesel Proteção galvanizada ligando os tanques a anodos de sacrifício (anodos de zinco, por exemplo). Sistema de proteção por corrente impressa, que energiza os tanques com uma corrente de baixa intensidade, transformando-os em catodo e impedindo que sejam corroídos. Os tanques assim protegidos terão sua corrosão minimizada. O processo corrosivo é indese- jável por reduzir a vida útil dos tanques, provocar o aparecimento de furos e levar a perdas de produto e a contaminação do lençol freático. Consulte empresas especializadas para a instalação desse tipo de proteção. F. Ao usar tanques subterrâneos para armazenamento de derivados de petróleo, adote um eficiente controle de estoque. Variações no inventário do produto podem significar perdas devido a vaza- mentos através de furos dos tanques ou tubulações, ou devido à entrada de água. Neste caso, o tanque e tubulações devem ser devidamente inspecionados e, se for o caso, substituídos. g. Estabeleça uma rotina de execução periódica de testes de estanqueidade nos tanques enter- rados. Isto garantirá a detecção de pequenos vazamentos, normalmente não detectáveis pelo controle de estoque. . - Cuidados para preservar a qualidade do óleo diesel durante o armazenamento Após ter recebido óleo Diesel em seus tanques de armazena¬mento, alguns cuidados devem ser tomados para preservar suas características, evitando gastos maiores do que o necessário com a ma- nutenção tanto dos tanques de armazenagem quanto dos veículos e equipamentos. As recomendações a seguir têm o objetivo de ajudá-lo a preservar a qualidade deste combustível durante a estocagem: 9.2.1 - Inspecione e limpe os tanques de armaze¬namento: Os tanques de armazenamento de óleo Diesel requerem cuidados especiais. Por serem normal- mente construídos em aço-carbono, enferrujam com o uso. Com o passar do tempo, a corrosão leva à formação de camadas espessas de ferrugem que, à medida que vai consumindo a chapa do tanque, solta e fica depositada no fundo. Essa ferrugem, com o recebimento de novas cargas de Diesel, é revolvida e incorporada ao Diesel, prejudicando sua qualidade. Se presente no Diesel, a ferrugem pode provocar o entupimento das placas do filtro prensa ou dos filtros de caminhões e equipamen- tos em geral. A corrosão também pode provocar furos nos tanques de armazenagem, o que levará a ocorrência de vazamentos com conseqüente perda de produto e contaminação do meio ambiente (solo e lençol freático). Pode também ocorrer passagem de água do solo para dentro dos tanques, através desses furos. O que deteriora a qualidade do produto. Para evitar prejuízos, e preservar as características do Diesel, recomendamos a adoção de uma rotina de limpeza e inspeção do sistema de armazenagem. A inspeção inclui a checagem da perfeita vedação da tampa da boca de descarga, averiguação da desobstrução dos suspiros, verificação da presença de água e avaliação do estado de conservação do interior dos tanques. A avaliação do interior dos tanques pode ser feita utilizando-se uma bomba de sucção manual (a ser apresentada futuramente na figura 9.2). Para a inspeção deve-se drenar o Diesel encostando o tubo da bomba na chapa do fundo do tanque, tanto do lado da boca de descarga quanto do lado oposto, onde fica a válvula de pé pela qual a bomba de abastecimento succiona o produto. Durante essas drenagens, se for detectada significativa quantidade de ferrugem, pode ser um indicativo de que o tanque está excessivamente corroído. Neste caso, para verificar se há ou não furos, deve-se providenciar a limpeza do tanque seguida de teste de estanqueidade. Outros dois procedimentos podem ser utilizados para avaliação do estado de conservação dos tanques: Um bom controle de estoque: variações detectadas no estoque de produtos devem ser consi- deradas como indicativo da necessidade de realização de testes de estanqueidade. Conpet_oleo_diesel.indd 26 13.12.06 13:13:15 Óleo Diesel - Conpet -  Acompanhamento das placas do filtro prensa: o aparecimento de carepas (placas de ferrugem) é um indicativo de que o tanque está excessivamente corroído internamente. Estando os tanques muito enferrujados ou com furos, deve-se levar em consideração a necessi- dade de sua substituição antes que venham a contaminar o óleo Diesel e provocar problemas no sistema de combustível dos veículos, máquinas e equipamentos; além de inconveniências no aspecto de segurança e do meio ambiente. 9.2.2 - Evite a presença de água no diesel: A água que aparece no Diesel pode ser proveniente da condensação da umidade nos tanques de armazenagem, da entrada de água de chuva, de ação de sabotagem, de manuseio inadequado, de contaminação acidental ou do próprio processo de produção. A água, se presente no tanque de armazenamento de óleo Diesel, leva ao desenvolvimento e mul- tiplicação de colônias de microorganismos (bactérias, fungos e leveduras) que se alimentam do Diesel, gerando um material com aspecto de lama de cor marrom ou escura, chamado de borra e que é consti- tuído de colônias de bactérias e de produto de corrosão dos tanques. Além da borra são gerados ácidos orgânicos, álcoois e ésteres. No tanque de armazenagem, a água e a borra são depositadas no fundo, conforme ilustra a figura 9.1. Estes contaminantes poderão causar os seguintes problemas: Nos tanques de armazenagem, a água acelera a corrosão, reduzindo a vida útil dos mesmos. Em sistemas que possuem filtro prensa (utilizado para filtragem do Diesel antes do abaste- cimento dos veículos), a borra provoca a rápida saturação das placas. Este tipo de filtro não costuma reter a água presente no óleo, mas retém borra e material sólido em suspensão no Diesel. Assim, mesmo sendo o Diesel filtrado, a água acaba indo para o tanque dos veículos. Chegando ao sistema de combustível, a água provoca travamento dos bicos e corrosão na bomba injetora. Em sistemas de armazenamento sem filtro prensa, tanto a água quanto a borra vão para os tanques dos veículos. Carreadas, junto com o Diesel, do tanque para os demais componentes do sistema de combustível, causa entupimento de telas, saturação prematura dos elementos filtrantes além de corrosão no sistema de combustível (com rápido desgaste dos componen- tes da bomba injetora, travamento dos bicos, e perda de desempenho nos motores). Quando o Diesel é utilizado industrialmente, esta contaminação provoca entupimento de filtros, desgaste e entupimento dos bicos dos queimadores. Os produtos químicos formados pelos microorganismos (ácidos, álcoois, ésteres, etc.), além de provocar corrosão nos tanques de armazenagem, estabilizam a emulsão entre a água e o Diesel. O Diesel com essas substâncias fica deteriorado e apresenta um cheiro forte e azedo. A água emulsio- nada nessa condição, é de difícil separação nos filtros coalescedores (filtros primários). Desse modo, o Diesel contaminado chega ao sistema de combustível danificando-o por corrosão. A figura 9.1 ilustra a presença dessa camada de óleo deteriorado. Fig. 9.1 Tanque de armazenamento horizontal, em corte, e o resultado da contaminação do óleo diesel por água Conpet_oleo_diesel.indd 27 13.12.06 13:13:16 0 - Conpet - Óleo Diesel O óleo Diesel é utilizado principalmente como combustível de veículos envolvidos com o trans- porte de passageiros e de carga, mas também costuma ser utilizado para fins industriais (em fornos e caldeiras). A portaria número 008/97, do Ministério de Minas e Energia2 , define, conforme o uso a que se destina, a seguinte prioridade de fornecimento: 1. Serviço público, de segurança pública e transporte coletivo urbano; 2. Transporte de carga; 3. Outros consumos automotivos; 4. Demais usos. Para que se consiga tirar o máximo proveito do óleo Diesel, listamos a seguir alguns cuidados que, sendo observados, possibilitarão um bom desempenho do combustível, dos motores e dos sis- temas de queima, com menores gastos e com menores emissões de poluentes: A. Mantenha os motores dos veículos devidamente regulados, realizando as manutenções espe- cificadas pelo fabricante. B. Elimine todo e qualquer vazamento que apareça no sistema de combustível. Esta providência evita desperdício de óleo Diesel e minimiza os riscos de incêndios. C. Dê atenção especial ao período de troca dos filtros de combustível e adote um controle preciso das substituições efetuadas. Sem esta providência, poderão ocorrer paradas inesperadas de veículos e equipamentos por obstrução dos filtros, já com vida útil expirada. D. Atenção especial também deve ser adotada para o filtro de ar. Elemento do filtro vencido ou obstruído prejudica o fluxo de ar para o motor, que passa a apresentar má combustão do óleo, o que aumenta o consumo de combustível e a emissão de poluentes. E. Adote como rotina drenar periodicamente a água que acumula no tanque dos veículos, abrin- do o bujão localizado na parte inferior do mesmo. Esta água pode ser proveniente do tanque de armazenagem, que pode não estar recebendo os cuidados necessários, ou mesmo devido à condensação da umidade do ar, principalmente em regiões onde a temperatura do ambien- te sofre grandes oscilações e onde a umidade do ar é muito elevada. F. Mantenha isento de sujeira o tanque de combustível dos veículos. Impurezas acumuladas no tanque são revolvidas a cada novo abastecimento. Ficando em suspensão no produto essas impurezas provocam a saturação prematura do filtro de combustível do veículo. Esta satura- ção provocará engasgos e perda de potência devido à redução do fluxo de combustível para queima. g. Encha o tanque de combustível dos veículos (e do comboio de abastecimento) ao fim de cada turno de trabalho, quando o equipamento normalmente fica algumas horas parado. Isto evitará que a umidade do ar condense contaminando o produto e provocando o enferrujamento do tanque. H. Assegure-se de que a tampa de vedação do tanque do veículo está em bom estado e devi- damente apertada. Isto evitará a entrada de água e até mesmo de poeira que contaminará 2 de 16 de janeiro de 1997 X – uso do óleo diesel Conpet_oleo_diesel.indd 30 13.12.06 13:13:18 Óleo Diesel - Conpet -  o produto. Este cuidado também evitará o derramamento de produto nas estradas o que, além do prejuízo com o desperdício do óleo, torna a pista escorregadia podendo provocar acidentes. I. Não passe do uso de óleo Diesel comum para o óleo Diesel aditivado sem antes limpar com- pletamente o tanque de armazenagem, as linhas por onde passa o produto e o tanque do veículo. Sem estes cuidados o aditivo removerá os resíduos depositados dos tanques e da tu- bulação. Esta sujeira, quando removida, é arrastada pelo Diesel para o filtro de combustível, o que provoca a sua saturação prematura. Por outro lado, com os cuidados necessários, o óleo Diesel aditivado poderá manter o sistema de combustível limpo e com menor possibilidade de sofrer corrosão, o que é proporcionado pelos aditivos presentes. j. Não use óleo Diesel envelhecido. Caso o veículo tenha que ficar parado por muitos dias, drene o tanque e o circuito de combustível . Ao voltar a operar o veículo, troque os filtros de com- bustível e reabasteça com Diesel novo. k. Não use óleo Diesel contaminado com álcool, água ou com qualquer outro produto. O álcool prejudica a qualidade do Diesel reduzindo o seu índice de cetano. A água, assim como o álco- ol, provoca corrosão no tanque de combustível, na bomba e nos bicos injetores dos veículos. L. Não viole o lacre da bomba injetora nem altere sua regulagem. Ela já vem calibrada de fábrica para obter o melhor desempenho do motor com o menor consumo de combustível possível. A potência adicional obtida com a alteração da regulagem da bomba não compensa os au- mentos que ocorrerão no consumo e na emissão de poluentes. M. No caso do abastecimento ser feito em postos de serviço, prefira os postos que inspecionem e façam a limpeza periódica dos tanques de armazenamento. Assim você terá a garantia de que o combustível colocado no veículo apresenta a qualidade necessária, isento de água, material sólido, ácidos e outras substâncias prejudiciais ao bom funcionamento do motor. N. Sendo o produto usado para fins industriais, mantenha um programa de manutenção pre- ventiva dos queimadores de fornos e caldeiras. Não use material abrasivo para limpeza dos bicos desses queimadores. Não deixe o produto parado em tubulações, nem submetido a temperaturas acima da ambiente. O. Caso seus veículos e/ou equipamentos operem na região metropolitana de qualquer do Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Baixada Santista, São José dos Campos, Belo Horizonte, Vale do Aço, Belém, Fortaleza, Recife, Aracaju, Salvador, Curitiba, Porto Alegre ou Vitória; use sempre óleo Diesel Metropolitano. Este tipo de óleo Diesel apresenta baixo teor de enxofre, o que é benéfico para a vida útil dos motores e para o meio ambiente. Consulte a sua distribuidora sobre a disponibilidade deste tipo de óleo Diesel na sua cidade. P. Não use óleo Diesel para limpeza de mãos ou qualquer parte do corpo. Este produto, se utili- zado para esta finalidade, poderá provocar danos à saúde. Q. Não use a boca para succionar óleo Diesel do tanque do veículo, de tambores, etc.; se ingerido esse produto é prejudicial a saúde (ver parte XI). R. Não fume nem permita que fumem em local onde o óleo Diesel estiver sendo descarregado, armazenado ou manuseado. Não permita que esse produto seja exposto ao calor ou chama. O Diesel é inflamável e, em se tratando do óleo tipo Metropolitano, pode gerar vapor suficien- te para iniciar a queima mesmo a temperaturas ambiente. S. Não permita que óleo Diesel derramado escorra e fique exposto no piso. Providencie o rápido recolhimento do produto derramado ou, se em pequena quantidade, cubra-o com terra ou outro material absorvente não combustível. Conpet_oleo_diesel.indd 31 13.12.06 13:13:18  - Conpet - Óleo Diesel O óleo Diesel, para que seja transportado, armazenado e utilizado, requer uma série de cuida- dos para que sejam preservadas a segurança e o meio ambiente. As informações e recomendações fornecidas a seguir não dispensam o conhecimento e observância das normas regulamentadoras e da legislação em vigor sobre o assunto e, se observadas, poderão contribuir para evitar ocorrências anormais envolvendo este produto. . - Aspectos de segurança O óleo Diesel é um produto moderadamente tóxico, é inflamável e apresenta um limite de to- lerância no ambiente de trabalho de 5 mg/m³ (TLV-TWA, valor limite de tolerância para exposição durante 8 horas diárias ou 40 horas semanais). Para evitar ocorrências anormais de segurança durante o manuseio deste produto, recomenda- mos a adoção dos seguintes cuidados: A. Somente manipule óleo Diesel em local aberto e ventilado. Atividades que geram névoas do produto, somente devem ser efetuadas em locais ventilados ou com ventilação exaustora que mantenha a concentração abaixo do limite de tolerância. B. Evite inalar névoas, fumos, vapores e gases da combustão do óleo Diesel. Sendo necessário permanecer em local com alta concentração de vapores de óleo Diesel, utilize máscara respi- ratória adequada, como máscara com filtro para vapores orgânicos. C. Evite contato do produto com os olhos. Em atividades com risco de respingos, use óculos ou pro- tetor facial. D. Evite contato com a pele (não usar Diesel para lavar qualquer parte do corpo). Em atividades que demandam contato do óleo com as mãos, use luvas de PVC. E. Não engula óleo Diesel nem permita que tenha contato com a boca. Utilize equipamento apropriado toda vez que necessitar succionar o produto de tanques, tambores, etc. F. Não guarde Diesel em residências nem o deixe ao alcance de crianças ou de animais domés- ticos. g. Não exponha óleo Diesel ao calor, faíscas ou chamas. Este cuidado é fundamental para evitar a ocorrência de incêndios. Além dos cuidados anteriormente referidos, adotar todas as medidas que minimizem a exposição dos seres humanos ao óleo Diesel ou a seus vapores, tendo em vista que pode provocar os seguintes efeitos: Irritação das vias aéreas superiores; Irritação dos olhos; Lesões irritativas na pele sendo que o contato prolongado pode provocar dermatite; Dor de cabeça; Náuseas e tonteiras; Pneumonia química (se aspirado até os pulmões). XI – segurança e meio ambiente Conpet_oleo_diesel.indd 32 13.12.06 13:13:19 Óleo Diesel - Conpet -  Apresentamos, a seguir, quatro anexos que tratam da densidade do óleo diesel. São eles: 1. Procedimento para conversão da densidade para 20 graus Celsius utilizando a tabela de con- versão de densidades da PETROBRAS/CNP/INPM. 2. Fórmula para conversão da densidade de qualquer temperatura para 20 ºC e vice versa. 3. Tabela para conversão da densidade do óleo diesel (de 12 até 38 graus Celsius), para 20 graus Celsius. . – Anexo  Procedimento para conversão da densidade para 20 graus celsius utilizando a tabela de conversão de densidades: 1. Tome o valor da densidade determinado conforme procedimento descrito na seção VIII e que deve estar expresso com 4 casas decimais (a quarta casa deverá ser estimada). 2. Siga o exemplo abaixo para converter a densidade da temperatura em que foi determinada para a densidade a 20 graus Celsius: Consideremos que na determinação da densidade tenham sido encontrados os seguin- tes dados: Leitura do densímetro = 0,8662 Temperatura observada, na amostra, durante a leitura = 27 °C a Separe do valor da densidade acima as três primeiras casas decimais. Neste caso, do número 0,8662 separaremos o nº 0,866. O nº 2, correspondente à quarta casa decimal será utilizado no item e, abaixo. b Procure o nº. separado (0,866) na tabela de conversão de densidade. Ele será encontrado na linha de DENSIDADE OBSERVADA. Encontrando este número, desça através da coluna até a linha correspondente a 27 °C (coluna da TEMPERATURA OBSERVADA). Assim encontramos o valor 0,8705 (anotar este como VALOR A). c Procure na tabela, também na linha da DENSIDADE OBSERVADA, o valor seguinte ao número 0,866. Neste caso encontraremos 0,867. Descer através da coluna onde se encontra este nº parando ao chegar à linha correspondente à temperatura de 27 °C. Assim encontramos o valor de 0,8715 (anotar este como VALOR B). d Subtraia o VALOR A do VALOR B e anote a diferença como VALOR C: B – A = C 0,8715 - 0,8705 = 0,0010 (VALOR C) XII – anexos Conpet_oleo_diesel.indd 35 13.12.06 13:13:21  - Conpet - Óleo Diesel e Tome o VALOR C e multiplique pelo valor da quarta casa decimal, como referido no item a e divida por 10, anote o resultado encontrado como VALOR D: f Finalizando, some o VALOR A ao VALOR D para encontrar a densidade corrigida a 20 graus celsius. Neste exemplo obtivemos, o número 0,8707 para a densidade a 20 graus celsius, conforme vemos a seguir: 0,8705 + 0,0002 = 0,8707 No procedimento dado anteriormente, observar que, quando o valor encontrado para a DEN- SIDADE OBSERVADA a uma temperatura qualquer apresentar um zero (0) na quarta casa decimal, o procedimento a ser seguido irá até o item b e o valor encontrado para a densidade a 20 °C será igual ao VALOR A. . – Anexo  Fórmula de correção da densidade do óleo Diesel, de qualquer temperatura para 20ºC e vice versa. O procedimento fornecido no anexo 1 é o que se utiliza quando se trata da correção da densi- dade para 20ºC para transferências de propriedade do óleo Diesel. Para cálculos que se destinam a outros usos e quando não se dispõe das tabelas de correção que cubra a faixa de temperatura desejada, pode-se utilizar, com o emprego de calculadoras ou de computador,a fórmula dada a seguir, desde que as densidades a 20ºC, calculadas, se apresentem nas faixas informadas. A correção da densidade a 20ºC para outras temperaturas também poderá ser feita com esta fórmula. D20/4ºC =D0+P1(T-20)+P3(T-20) 2 x H 1+P2(T-20)+P4(T-20) 2 Onde, D20/4ºC = Densidade relativa a 20º C, em relação à água. H = 1- 0,000023(T-20) - 0,00000002(T-20)2 Para D20/4ºC na faixa 0,826 a 0,846 temos: P1= 0,0013028125169482 P2= 0,0007349000995177 P3= 0,0000015748832546 P4= 0,0000019377248718 Para D20/4ºC na faixa de 0,846 a 0,871 temos: P1= 0,0011210535017199 P2= 0,0005200950155166 P3= 0,0000015764537128 P4= 0,0000019395808590 T= Temperatura na qual a densidade Do foi determinada Do= Densidade observada na temperatura T , a corrigir para 20ºC As constantes P1 a P4 ,dadas acima, somente são válidas para o óleo Diesel nas faixas de den- sidade acima citadas e não se aplicam a produtos de petróleo cuja densidade não se enquadre nos limites anteriormente fixados. Conpet_oleo_diesel.indd 36 13.12.06 13:13:21 Óleo Diesel - Conpet -  . – Anexo  TABELAS DE CORREÇÃO DA DENSIDADE PARA 20 GRAUS CÉLSIUS Conpet_oleo_diesel.indd 37 13.12.06 13:13:23 0 - Conpet - Óleo Diesel TABELAS DE CORREÇÃO DA DENSIDADE PARA 20 GRAUS CÉLSIUS Conpet_oleo_diesel.indd 40 13.12.06 13:13:27 Óleo Diesel - Conpet -  TABELAS DE CORREÇÃO DA DENSIDADE PARA 20 GRAUS CÉLSIUS Conpet_oleo_diesel.indd 41 13.12.06 13:13:29  - Conpet - Óleo Diesel TABELAS DE CORREÇÃO DA DENSIDADE PARA 20 GRAUS CÉLSIUS Conpet_oleo_diesel.indd 42 13.12.06 13:13:30 Óleo Diesel - Conpet -  1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT: NBR - 7505- Armazenamento de Petróleo, seus derivados dos líquidos e álcool carburante. NBR -13312/1995 - Construção de Tanque atmosférico subterrâneo em aço-carbono. 2. CONSELHO NACIONAL DO PETRÓLEO, INSTITUTO DE PESOS E MEDIDAS - Tabelas de Correção das densidades e dos volumes dos Produtos de Petróleo. Publicação da PETROBRAS, 2ª Edição, 1977. 3. DEPARTAMENTO NACIONAL DE COMBUSTÍVEIS - DNC. Portaria número 32 de 04 de agosto de 1997- Especificação para óleo diesel automotivo comercial e marítimo. 4. MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES. Regulamentação do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, 1988. 5. TAYLOR, CHARLES F., ANÁLISE DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA, VOL 1 e 2. ED. EDGARD BLUCHER LTDA, 1998. 6. PETROBRAS/SUSEMA. Ficha de Informações de Segurança Sobre Produtos Químicos: Óleo Diesel. 10. Ministério do Trabalho, Portaria 3.214, de 08 de julho de 1978. 11. Norma Regulamentadora NR20 12. Norma Regulamentadora NR10 13. Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA - Resolução nº 15 de 13 de dezembro de 1995 - Estabelece a classicação dos veículos automotores visando o controle da emissão veicular de gases, material particulado e emissão evaporativa. 14. Ministério do Trabalho, Portaria 3.214, de 08 de junho de 1978. 15. Norma Regulamentadora NR20. 16. Norma Regulamentadora NR10. 17. Conselho Nacional do Meio Ambiente- CONAMA- Resolução n° 15 de 13 de dezembro de 1995 - Estabelece a classificação dos veículos automotores visando o controle da emissão veicular de gases, material particulado e emissão evaporativa. 18. Governo Federal - Decreto 1.021/93 - Dispõe sobre a fiscalização da distribuição, do armazenamento e do comércio de combustíveis, apuração de infrações e penalidades. 19. Maciel, Itamar de Freitas- Correção de densidade e volume para 20 ºC, Boletim técnico da Petrobras, 38, jul/dez de 1995. 20. PETROBRAS/REGAP. Óleo Diesel, dez de 1996 21. PETROBRAS. Condicionamento do óleo diesel na cadeia de distribuição com foco no S500. 22. FETRANSPOR - Projeto EconomizAR - 100 mil avaliações em favor do meio ambiente XIII – referência bibliográfica Conpet_oleo_diesel.indd 45 13.12.06 13:13:35  - Conpet - Óleo Diesel Conpet_oleo_diesel.indd 46 13.12.06 13:13:35 Óleo Diesel - Conpet -  Conpet_oleo_diesel.indd 47 13.12.06 13:13:35
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