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Regimes Hídricos e Processos de Formação, Esquemas de Geografia

A água corresponde a força motriz para alavancar a dinâmica de todas actividades desenvolvidas pelos seres vivos, embora a sua distribuição seja irregular em distintas regiões, no entanto, só com implementação de medidas adequadas de gestão deste precioso líquido é que podemos satisfazer as necessidades hídricas das populações.

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 19/11/2022

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Baixe Regimes Hídricos e Processos de Formação e outras Esquemas em PDF para Geografia, somente na Docsity! UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA Tema: REGIMES HÍDRICOS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO Nome e Código do Estudante Faustina Lobo Rocha Segurar 708212820 Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia Disciplina: Hidrogeografia Ano de Frequência: 2º Milange, Outubro, 2022 Folha de Feedback Categorias Indicadores Padrões Classificação Pontuação Máxima Nota do Tutor Subtotal Estrutura Aspectos organizacionais  Capa 0.5  Índice 0.5  Introdução 0.5  Discussão 0.5  Conclusão 0.5  Bibliografia 0.5 Conteúdo Introdução  Contextualização (Indicação clara do problema) 1.0  Descrição dos objectivos 1.0  Metodologia adequada ao objecto do trabalho 2.0 Análise e discussão  Revisão bibliográfica nacional e internacionais relevantes na área de estudo 2.0  Exploração dos dados 2.0 Conclusão  Contributos teóricos práticos 2.0 Aspectos Gerais Formatação  Paginação, tipo e tamanho de letra, paragrafo, espaçamento entre linhas 1.0 Referências Bibliográficas Normas APA 6ª edição em citações e bibliografia  Rigor e coerência das citações/referências bibliográficas 4.0 1 1. Introdução Este trabalho fala sobre o comportamento das águas na terra, que é em função das condições que lhes são submetidas, isto é, a variação do nível do caudal dos rios, por exemplo, varia em função do clima, do terreno que percorre, do relevo, entre outros factores. Abordaremos também sobre os processos de formação dos recursos hídricos, em que neste e processo, de acordo com os componentes dissolvidos da água e dos fenómenos decorrentes na natureza (clima, evaporação, entre outros), elas/as águas naturais se distinguem uma das outras. O ciclo hidrológico pode ser comparado a uma grande máquina de reciclagem da água, na qual operam processos tanto de transferência entre os reservatórios como de transformação entre os estados gasosos, liquido e sólido. Processos de consumo e formação de água interferem neste ciclo, em relativo equilíbrio através do tempo geológico, mantendo o volume geral de água constante no Sistema Terra. Há, portanto, um balanço entre a geração de água juvenil e consumo de água por dissociação e sua incorporação em rochas sedimentares. Explicar o comportamento do caudal das águas em função das condições que lhe são submetidas; Descrever o processo de formação dos recursos hídricos na terra; Mencionar as propriedades físicas químicas e biológicas da água são os objectivos deste trabalho. O trabalho está estruturado da seguinte estrutura: capa; Folha de Feedback; Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor; índice; introdução; objectivos; metodologia; análise e discussão (desenvolvimento); considerações finais (conclusão); e referencias bibliográficas. 2 1.1.Objectivos 1.1.1. Geral  Analisar os regimes hídricos e processos de formação. 1.1.2. Específicos  Explicar o comportamento do caudal das águas em função das condições que lhe são submetidas;  Descrever o processo de formação dos recursos hídricos na terra;  Mencionar as propriedades físicas químicas e biológicas da água. 1.2.Metodologia Para o desenvolvimento do presente trabalho foi utilizada a metodologia de pesquisa bibliográfica, utilizando a abordagem qualitativa, que é uma técnica de pesquisa que utiliza como base de dados conteúdos materiais já publicados em revistas, livros, artigos e teses, assim como também materiais disponíveis na internet. 3 2. Regimes hídricos e processos de formação 2.1.Regime hídrico Húo (s/d) define o regime hídrico como sendo os comportamentos das águas no que respeita ao seu aumento ou redução ao longo do ano. Segundo o autor, refere-se que o regime hídrico das águas dos oceanos recebe constantemente a água provinda das rochas em fusão existentes no interior da terra. Esta emissão contribuiu bastante para o aumento das águas marinhas mas porque uma parte da água existente na atmosfera é dissolvida pela luz solar e outras escapam a gravidade terrestre se perdendo no espaço parece haver compensação entre a água ganha e perdida fazendo com que os níveis das águas oceânicas se mantenham quase constante. De acordo com Húo (s/d): Água presente na terra tem a sua origem nas rochas em fusão existentes sob a crusta terrestre. Quando estas rochas, através das erupções vulcânicas entram em contacto com o mar, desprendem grandes quantidades de vapor de água. No momento da formação da crusta terrestre terão sido estas rochas que transportaram, desta forma, as águas que agora existe nos oceanos. Porque a crusta terrestre existente situada sob os oceanos se renova permanentemente a partir destas rochas em fusão, verifica-se, por isso, um fornecimento contínuo de água designada por água juvenil” (p. 16). O volume das águas oceânicas deveria pois aumentar continuamente. Mas porque, em contrapartida, uma fracção de água presente na atmosfera é dissolvida pela luz solar nas altitudes mais elevadas, e uma parte das moléculas assim formadas, particularmente o H2, hidrogénio, escapam a atracção terrestre, esta perda de vapor de água parece compensar rigorosamente o fornecimento da água juvenil. Porem, Húo (s/d) afirma ainda dizendo que: A partir da acção do clima, por meio de aumento da temperatura que se fez sentir em algumas épocas, o nível das águas dos oceanos tende a aumentar. As águas marinhas elevam os oceanos até um nível que nos serve de referência para medir as altitudes e as profundidades. Esse nível, a escala humana, não parece variar. No entanto, o volume das águas marinhas varia em função da quantidade de gelo depositado nos continentes. Durante os últimos 500 000 anos, os climas sofreram variações de grande amplitude, até ao ponto fazer variar esse volume de tal modo que o nível dos mares se modificou em uma centena de metros (p. 17). Conforme o autor, efectivamente, a superfície ocupada pelos gelos, assim como a espessura da capa de gelo aumenta ou diminui segundo o frio seja mais ou menos intenso; uma quantidade de água mais ou menos grande é assim retirada ou fornecida aos oceanos. De acordo com Matlhombe (2015): 6 Os antigos também construíram pequenas barragens como a de Sadd-el-Kafara, no Egipto, com 12 metros de altura, cujas ombreiras ainda existem. Apesar de terem sido capazes de construir essas obras, as civilizações antigas baseavam-se em concepções incorrectas, e às vezes absurdas, do ciclo hidrológico. De forma geral, os filósofos antigos não acreditavam que a água proveniente da chuva fosse suficiente para realimentar os cursos de água e os aquíferos (Naghettini, 2016). Platão imaginava a existência de uma grande massa d’água subterrânea, chamada Tartarus, que seria a origem de todas as fontes e nascentes. Aristóteles, por sua vez, propugnava a existência de cavernas subterrâneas nas quais o calor do interior da Terra provocava a ascensão de volumes de água até a superfície, vindo alimentar as nascentes dos rios. O arquiteto romano Marcus Vitruvius Pollio (100 a.C), em sua colecção De Architectura Libri Decem, foi o primeiro a advogar uma concepção do ciclo hidrológico que, embora ainda equivocada, aproximava-se da concepção actual (Naghettini, 2016). 2.3.2. Período de Observação (1400-1600) Embora sem nenhuma quantificação para as diversas variáveis envolvidas, Leonardo da Vinci (1425-1519) foi o primeiro a propor uma concepção pluvial do ciclo hidrológico, conforme a actual, e a realizar estudos sobre a salinidade dos oceanos. Posteriormente, o francês Bernard de Palissy (1580) escreveu livros sobre a teoria pluvial do ciclo hidrológico e a origem da água subterrânea (Naghettini, 2016). 2.3.3. Período de Medições (1600-1700) Pierre Perrault (1674) usou instrumentos rudimentares para obter uma série de 3 anos de observações de chuva e vazão na bacia do rio Sena, na França. Concluiu que a vazão deste rio, na localidade de Aigny-le-Duc, representava cerca de 1/6 da precipitação sobre a bacia. Edmé Mariotte (1620-1684) mediu a vazão do rio Sena, utilizando flutuadores. Edmund Halley (1687) estimou a evaporação do mar Mediterrâneo. Por estes feitos, credita-se a Perrault, Mariotte e Halley o estabelecimento das bases para o desenvolvimento da hidrologia moderna (Naghettini, 2016). 2.3.4. Período de Experimentação (1700-1800) Desenvolvimento da hidráulica dos escoamentos permanentes; equações de Bernoulli e Chézy. Tubo de Pitot. Medições de descarga pelo processo área-velocidade (Naghettini, 2016). 7 2.3.5. Período de Modernização (1800-1900) Equação de Darcy. Criação de redes hidrométricas e hidrometeorológicas em diversos países (Naghettini, 2016). 2.3.6. Período de Empirismo (1900-1930) Utilização de fórmulas empíricas para explicar a variabilidade de precipitações e vazões (Naghettini, 2016). 2.3.7. Período de Racionalização (1930-1950) Desenvolvimento do hidrograma unitário e de metodologias para a hidráulica de poços em regime não-permanente, análise sedimentológica e análise hidrometeorológicas (Naghettini, 2016). 2.3.8. Período de Teorização (após 1950) Desenvolvimento de modelos não-lineares para a transformação chuva-vazão. Modelos hidrológicos. Uso de computadores para a simulação dos processos do ciclo hidrológico (Naghettini, 2016). Naghettini (2016) afirma que a circulação contínua e a distribuição da água sobre a superfície terrestre, subsolo, atmosfera e oceanos é conhecida como ciclo hídrico. A radiação solar e a gravidade são os principais agentes que governam os processos do ciclo hidrológico, os quais se encontram ilustrados esquematicamente na figura abaixo. Para Naghettini (2016), existem seis processos básicos no ciclo hídrico: evaporação, precipitação, infiltração, transpiração, escoamentos superficial e subterrâneo. Os mecanismos que regem o ciclo hidrológico são concomitantes. Portanto o ciclo não apresenta início nem fim. 2.4.As águas naturais De acordo com Teixeira et al (2000), as águas naturais são aquelas que resultam da actividade natural da terra (resultam da actividade vulcânica, das águas contidas em algumas rochas no interior da terra, da água existente em meteorito, de acordo com algumas teorias). A formação da hidrosfera ocorreu de forma natural e em períodos que antecedem o aparecimento do Homem. Segundo Húo (s/d), refere-se que: 8 Na terra podemos encontrar a água em diferentes locais e sob diversas formas de acordo com a sua composição química. Assim de acordo como local de ocorrência a água pode se encontrar no subsolo (em lençóis freático, provenientes das precipitações e rios devido a permeabilidade do solo onde assentam os rios); agua superficial doce (encontra-se a superfície, formando cursos de água em quantidades e volumes diferentes. Em resultado da sua ocorrência, surgem rios, lagos e pântanos); agua dos oceanos e mares (são outra forma de ocorrência das águas superficiais, porém, dada as suas características particulares apresenta um elevado teor de sais, 30 a 35 g/l); e Glaciares (representam-se pelas grandes superfícies geladas dos círculos polares, pelas neves das regiões de latitudes e altitudes pronunciadas) (p. 20). Húo (s/d) classifica a água de acordo com a composição química. Segundo o autor as águas podem ser classificadas em águas minerais (estão em contacto com as rochas e dissolvem os minerais nelas existentes, é a água com grande teor de minerais) e, podem ser águas salgadas (contém grande teor de sais); águas duras (contêm maior percentagem de alguns sais e sobretudo carbonato e magnésio. Estas particularizam-se pelo facto de não reagirem com soda cáustica. De acordo com Húo (s/d): Não se utiliza sabão, quando fervida formam uma crosta no fundo); águas pesadas (contêm cerca de 4% de sais, 96% água puramente dura); e água mineral potável (é a água de circulação subterrânea, considerada bacteriologicamente própria, com características físico - químicas estáveis na origem, dentro da gama de flutuações naturais de que podem eventualmente resultar efeitos favoráveis à saúde e que se distingue da água de beber comum - a chamada agua potável) pela sua pureza original e pela sua composição específica caracterizada pelo teor de substâncias minerais ou outros constituintes (p. 20). Avaliando as condições da qualidade para o uso, as águas naturais podem ser potável, apresenta padrões mínimos óptimos para o consumo humano e ou para outras actividades económicas, e água insalubre, imprópria para o consumo humano. 2.5.Propriedades físicas, químicas e biológicas da água 2.5.1. Propriedades físicas De acordo com Sperling (199), a qualidade da água é resultante de fenómenos naturais e da actuação do homem. De maneira geral, pode-se dizer que a qualidade de uma determinada água é função do uso e da ocupação do solo na bacia hidrográfica. A qualidade das águas subterrâneas é afectada pelo escoamento superficial e pela infiltração no solo, resultantes da precipitação atmosférica. 11 3. Conclusão Concluímos que, o regime hídrico refere-se ao comportamento do caudal em diferentes épocas do ano que reage a diversas situações que a natureza lhe submete. As águas do mar devido a constante emissão das águas juvenis, provinda do interior da terra, deveria estar a aumentarem. Este fenómeno não acontece porque parte da água evaporada é dissolvida pela luz solar e a outra parte perde-se pelo espaço, escapando do efeito da gravidade. Deste modo as águas oceânicas mantêm-se no mesmo nível, digamos. A origem dos recursos hídricos esta relacionado, segundo teorias, com as actividades vulcânicas e com os meteoros que atingiram a terra. Estas teorias explicam o surgimento das águas, porem, é bom associar estes fundamentos com os agentes da geodinâmica interna (tectonismo, sismos e vulcanismo) que contribuíram/contribuem para a modelação da crosta terrestre (aparecimento de depressões), locais onde as águas se instalam. As águas existentes na terra, de acordo com a sua localização e composição, se distinguem entre si, classificando-se respectivamente em águas superficiais, subterrâneas, glaciárias, doce, salgadas e duras. 12 4. Referencias Bibliográficas Húo, Edson Feniche José. (s/d). Hidrogeografia: Manual de Curso de licenciatura em Ensino de Geografia – 2o ano. Universidade Católica de Moçambique Centro de Ensino a Distância. Beira: Moçambique Matlhombe, António Camilo. (2015). Balanço Hídrico Climatológico dos Distritos de Boane e Chokwé. Escola Superior de Desenvolvimento Rural Departamento de Engenharia Rural: UEM – ESUDER. Vilankulo: Maputo. Naghettini, Mauro. (2016). Introdução à Hidrologia Aplicada (Apostila/Sebenta/Draft). Federal University of Minas Gerais. São Paulo: Brasil. Sperling, Marcos Von. (1996), Introdução à qualidade das Águas: princípios do tratamento biológico de águas residuárias (2ª Edição). Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Belo Horizonte: São Paulo – Brasil.
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