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Resumo de Memoria - Kandel, Resumos de Memória Humana

Sobre memoria, neurociencias, fonte: livro do kandel

Tipologia: Resumos

2019
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Compartilhado em 12/08/2019

juliopfvr
juliopfvr 🇧🇷

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Baixe Resumo de Memoria - Kandel e outras Resumos em PDF para Memória Humana, somente na Docsity! UFAL – UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS JÚLIO CÉSAR DA SILVA OLIVEIRA – MATRÍCULA 1621361 ELETIVA DE TÓPICOS AVANÇADOS EM NEUROCIÊNCIAS APRENDIZAGEM E MEMÓRIA – RESUMO ESCRITO INTRODUÇÃO O neurologista francês Paul Broca notou em 1878 que todos os mamíferos possuem, na superfície medial do cérebro, um grupo de áreas corticais que são bastante distintas do córtex circundante. Broca designou essas estruturas como lobo límbico. Aprendizado e memória são processos intimamente relacionados. Aprendizado é aquisição de novos conhecimentos. Já a memória é o processo pelo qual esses conhecimentos são codificados, armazenados e posteriormente evocados. Memória é a retenção de um aprendizado. É importante salientar que diferentes tipos de memórias envolvem diferentes sistemas e circuitos neurais. A memória pode ser classificada de acordo com duas dimensões: o curso temporal do armazenamento e a “natureza” da informação que será armazenada. A memória para fatos e eventos e chamada de memória declarativa. Memória declarativa é o tipo de registro que temos em mente quando utilizamos no dia a dia a palavra “memória”. Há outras coisas das quais lembramos, porém não associamos diretamente ao termo memória, seriam as memórias não declarativas, que são divididas em diversas categorias, sendo que o tipo que mais interessa é a chamada memória procedural (memória para habilidades, hábitos e comportamentos). De modo geral, as memórias declarativas estão disponíveis para evocação consciente, ao passo que as memórias não declarativas, não. MEMÓRIA DE CURTO PRAZO São memórias que possuem a característica em comum de serem vulneráveis. Em sua maioria, são mantidas no encéfalo apenas temporariamente, dentro de horas. Dependem do córtex pré-frontal e de suas interações com outras áreas corticais para se tornar uma memória de longo prazo, necessitando de um processo denominado consolidação da memória. MEMÓRIA DE TRABALHO Ela mantém informações presentes na mente, de forma transiente, visando o seu uso imediato, para o desenvolvimento de um raciocínio, ou para execução de uma tarefa. “É o quadro negro da mente”. Nesse sentido, atua no momento em que a informação está sendo adquirida, retém essa informação por alguns segundos e a destina para ser guardada por períodos mais longos ou a descarta (é o que acontece com a maioria). Exemplificando, quando alguém nos diz um número de telefone para ser discado, essa informação pode ser guardada se for um número que nos interessará no futuro ou ser prontamente descartada após o uso. O funcionamento perfeito do córtex pré-frontal é essencial para esse tipo de memória, como também para escolher seletivamente qual memória será “necessária” passar pelo processo de consolidação, a fim de se tornar uma memória de longo prazo. MEMÓRIA DE LONGO PRAZO Há dois tipos de memória de longa duração que diferem pelo fato de envolverem ou não a percepção consicente necessária à evocação: primeiro, uma forma inconsciente de memória, observada durante o desempenho de uma tarefa não declarativa ou de procedimentos (também chamada de memória implícita); e segundo, uma forma deliberada pela consciência, advinda de experiências prévias, evocando conscientemente conhecimento acerca de pessoas, lugares e/ou coisas. Esse é o tipo de memória explícita, que é altamente flexível, de forma a associar diferentes fragmentos de informações sob diferentes circunstâncias. MEMÓRIA EXPLÍCITA: EPISÓDICA E SEMÂNTICA A memória explícita (declarativa) armazena e evoca informação de fatos e de dados levados ao nosso conhecimento através dos sentidos e de processos internos do cérebro, como associação de dados, dedução e criação de ideias. Esse tipo de memória é levado ao nível consciente através de proposições verbais, imagens, sons etc. Esse tipo de memória envolve quatro operações distintas para o processamento de novas informações: a codificação, o armazenamento, a consolidação e a evocação. A memória declarativa inclui a memória de fatos vivenciados pela pessoa (memória episódica) e de informações adquiridas pela transmissão do saber de forma escrita, visual e sonora (memória semântica). MEMÓRIA IMPLÍCITA: ASSOCIATIVA OU NÃO ASSOCIATIVA O aprendizado não associativo descreve uma mudança na resposta comportamental que ocorre ao longo do tempo em resposta a um único tipo de estímulo. Existem dois tipos: habituação e sensitização. Na habituação, o indivíduo é capaz de aprender a ignorar um estímulo que não tem significado (exemplo: ouvindo uma música por muito tempo e com o passar do tempo nem percebê-la tocar, devido a estar habituado a esse estímulo). Já na sensitização há um forte estimulo que intensifica a resposta do indivíduo a outros estímulos, mesmo aqueles que previamente provocavam pouca ou nenhuma reação. No aprendizado associativo, o comportamento é alterado pela formação de associações entre eventos; isso contrasta com a resposta alterada a um único estímulo no aprendizado não associativo. Dois tipos de aprendizado associativo são normalmente considerados: condicionamento clássico e condicionamento operante. O condicionamento clássico envolve a associação entre um estímulo que evoque uma resposta mensurável e um segundo estímulo que, normalmente, não evoca essa resposta. O primeiro tipo de estímulo, aquele que normalmente evoca a resposta, é chamado de estímulo incondicionado (EI), pois não há necessidade de treino (condicionamento) para que ele determine uma resposta. O segundo tipo de estímulo, aquele que normalmente não evoca essa mesma resposta, é chamado de estímulo condicionado (EC), pois requer treino (condicionamento) antes que ele evoque essa resposta. O fisiologista Ivan Pavlov fez esse experimento com cães, associando repetidamente o som de uma campainha (EC) à apresentação de um pedaço de carne par estimular, no cão, a salivação (EI). Com o passar do tempo, o cão, apenas ao ouvir a campainha (EC), já salivava. O cão havia aprendido uma associação entre o som (EC) e a apresentação da carne (EI). A resposta aprendida ao estímulo condicionado é chamada de resposta condicionada. No condicionamento instrumental, o indivíduo aprende a associar uma resposta, um ato motor, a um estímulo significativo, geralmente uma recompensa, como, por exemplo, comida. Esse experimento foi realizado por Edward Thorndike, com ratos, fazendo com que eles pressionassem alavancas para receberem comida – assim, eles realizavam uma atividade em busca da recompensa (o alimento). No condicionamento operante, aprende-se que um determinado comportamento está associado a uma determinada consequência.
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