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Resumo ´´Os Lusíadas´´, Resumos de Português (Gramática - Literatura)

Resumo de Os Lusíadas de Luís de Camões

Tipologia: Resumos

2018

Compartilhado em 11/06/2022

joao-cunha-vxg
joao-cunha-vxg 🇵🇹

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Baixe Resumo ´´Os Lusíadas´´ e outras Resumos em PDF para Português (Gramática - Literatura), somente na Docsity! 1. Bibliografia de Camões O seu nome era Luís Vaz de Camões e como tudo indica nasceu entre 1524/1525. Os seu pais eram Simão Vaz de Camões e Ana de Sá de Macedo. Camões como todo o ser não escapou à morte no dia 10 de Junho de 1579/1580. Muitos nos faz querer que tenha sido uma vitima da peste que assolava Lisboa. Viveu em Lisboa no século XVI. A luta contra os mouros fê-lo partir para outros territórios. Foi nesses combates que Luís Vaz de Camões perdeu para sempre perdeu para sempre um dos seus olhos. Tempos depois foi enviado para a Índia onde permaneceu em Goa e Macau. Estudou diversas áreas deborçando-se mais sobre a literatura. Nunca foi casado embora namoradas não lhe faltassem. Dizem que foi enamorado da Infanta D. Maria, irmã de D. João III, Rei de Portugal. A primeira obra do poeta Camões escreveu foi a "Lírica". Luís Vaz de Camões foi soldado onde combateu contra os Mouros no Norte de África. Foi um dos maiores poetas portugueses da época iluminista que publicou em vida apenas uma parte dos seus poemas. Camões era um autor muito completo. Escreveu várias obras como " Os Lusíadas", "Lírica", "El Rei Selenca", " Anfitriões", "Filodemo", "Parmaso Lusitano". A sua obra mais conhecida foi "Os Lusíadas". "Os Lusíadas" é uma epopeia iluminista que canta os guerreiros saídos de Portugal por mares desconhecidos e que passaram além do limite das terras mostrando coragem e determinação. Camões foi considerado por muitos, um dos maiores poetas de sempre, figura da nossa pátria. Os ``Lusíadas´´ Na epopeia de Camões o objetivo é cantar a pátria, a história de Portugal. Os versos camonianos celebram os “feitos da famosa gente” portuguesa (canto I), enaltecem “o peito ilustre lusitano” (canto I). A viagem de expansão marítima se torna pretexto para que toda a história passada de Portugal seja cantada. ``Os Lusíadas´´ também ilustram uma época e demonstram a incapacidade do europeu, mais especificamente do português, de sair de si para identificar-se com o Outro. No poema se observa um europeu impermeável a cultura do Oriente, incapaz de compreendê-la. Camões evidencia a todo o momento uma preocupação em dizer a verdade no seu poema épico, ele frisa em diversas passagens o desejo de cantar os acontecimentos que julga verdadeiros com total transparência: “A verdade que eu conto, nua e crua, / Vence toda a grandíloca escritura”. As primeiras linhas do poema épico anunciam o percurso das grandes navegações e o rumo que o poema épico irá tomar. Os versos dedicam-se a homenagear o povo português, aqueles que superaram perigos e guerras para fazer avançar o Império e a Fé. Além de narrar a conquista do novo reino, Camões já nas primeiras linhas se compromete a contar a história, se for capaz de tamanho “engenho e arte”. Além de narrar a genealogia de Portugal, das conquistas ultramarinas, o poema exalta, sobretudo, o povo português. Justificação do título da obra  A palavra “lusíadas” deriva de Luso, filho de Líber ou companheiro de Baco, deus do vinho ou da alegria. Luso nasceu e povoou a zona ocidental da Península Ibérica, onde fundou um reino a que deu um nome derivado do seu: Lusitânia, como explica Camões: “Esta foi Lusitânia, derivada De Luso ou Lisa, que de Baco antigo Filhos foram, parece ou companheiros.” Os Lusíadas, canto III, est. 21 Significado de epopeia Epopeia ou poema épico é um gênero literário constituído de longos versos que narram histórias de um povo ou de uma nação, envolvendo aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos etc. Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é, de valorização de seus heróis e seus feitos. Epopeia que significa “poema épico” vem da palavra grega “epopoiia” (“epos” = “verso heroico” + “poiein” = “fazer”). Planos Narrativos presentes na obra Estão presentes:  Plano da Viagem  Plano da Mitologia  Plano da História de Portugal  Plano das Intervenções do poeta Estrutura Interna  Proposição: Apresentação do assunto e do herói.  Invocação: Pedido de inspiração às Tágides.  Dedicatória: O poeta dedica o poema a D. Sebastião.  Narração: Inicia-se em media res (meio da acção) e engloba vários planos narrativos. R estrutura narrativa dos relatos de naufrágios ] “a estrutura narrativa obedece a um registo experiencial, mesmo que o narrador não tenha participado na história. “a estrutura destes relatos aproxima-se da narrativa de viagens, verosímil ou fantástica, baseada na partida e na procura de um bem. Y Núcleos narrativos típicos dos relatos de naufrágios: 1. Antecedentes / 2. Partida / 3. Tempestade / 4. Naufrágio / 5. Arribada / 6. Peregrinação /7. Retorno. “A Viagem é um tema importante e transversal na Literatura. “Já n' Os Lusíadas há a evidência dos perigos e dos erros das viagens. v Nessas errâncias marítimas, associadas à difusão da fé, o naufrágio surge como uma manifestação de castigo divino pelos erros humanos (Culpa/Castigo), adquirindo um efeito de exemplaridade. * Os relatos de naufrágios têm uma dimensão preferencialmente trágica. “a perda ou a morte são inevitáveis, dominando uma atmosfera fatalista. As causas típicas dos naufrágios são o mau estado das naus, as cargas excessivas, as partidas em tempo inadequado, as más condições do mar, o ataque de corsários, a inexperiência de alguns marinheiros, entre outros aspetos. As Terríveis Aventuras de Jorge Albuquerque Coelho  A ação d’«As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1565)», parte da História Trágico-Marítima, representa o lado desastroso de Portugal e decorre num período em que o país se encontrava em decadência política, social e moral. A corrupção dos valores e a ganância dos portugueses são criticados de forma subtil através da viagem narrada, representando a nau Santo António uma metonímia de Portugal. Os tripulantes e os passageiros da nau Santo António funcionam como uma personagem coletiva cujas características contrastam com as qualidades e virtudes de Albuquerque Coelho. São fortemente criticados não só pela sua falta de disciplina e de organização em momentos críticos (l. 112: «levantaram-se grandes brigas e discórdias entre marinheiros e passageiros») mas também pela sua fraca personalidade, oscilando entre estados de otimismo e de derrotismo (l. 387: «todos se alegraram muito»; l. 288: «cobertos pelo mar, todos se convenceram de que se afogariam»). As personagens deste grupo falham enquanto cristãos, dado que, perante condições extremas de fome, medo e privação, perdem a fé e pensam em cometer atos abomináveis na perspetiva da religião cristã, como o suicídio (ll. 429-430: «arrombar a nau para acabarem de vez») e o canibalismo (ll. 424-425: «Certos homens, nesse transe, lembraram-se de pedir a Jorge de Albuquerque a permissão de comerem aqueles cadáveres»). Para além disso, também apresentam uma atitude cobarde e traiçoeira. Revelam falta de coragem para enfrentar os adversários, já que pensam logo em se render aos corsários franceses (l. 125) e apontam para Albuquerque como sendo o único responsável pela defesa e resistência da nau, por medo das consequências (ll. 154-155). Em contraste, Albuquerque Coelho constitui uma figura representativa do lado positivo da ideologia patriótica. Sendo ele um indivíduo que incorpora os antigos valores da honra, mantém-se fiel aos princípios e à prática da mensagem de Cristo, é abnegado (ll. 108-109: «mandou colocar tudo adiante de todos e repartiu mui irmãmente pela companhia, sem nada pretender para si próprio»), dedicado, corajoso e apresenta-se ao serviço da pátria e da fé (l. 34: «correndo risco de perder a vida no zeloso cumprimento dos seus deveres»). Não perde a esperança mesmo nas mais difíceis circunstâncias, mostrando a sua personalidade forte enquanto comanda e anima os companheiros (l. 44: «consolava e contentava a sua gente»). Estes relatos representam o lado negro e anti-heroico de Portugal e do seu Império. Metaforicamente, os naufrágios, decorrentes dos perigos e dificuldades da viagem, manifestam-se como o resultado da ganância e corrupção dos portugueses da metrópole que traíram os valores pátrios e religiosos. Critica-se a ganância, quando a nau revela problemas de navegação por ir sobrecarregada (ll. 75-76: «por isso que a nau lhes mareava mal, pela muita carga com que dali partira»). Em conclusão, o texto recorre aos desastres marítimos como metáfora da decadência de Portugal e apresenta um modelo de caráter a seguir pelos demais portugueses, o qual surge personificado por Alburquerque Coelho.
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