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Guias e Dicas
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Resumo República Velha, Resumos de História

Breve resumo sobre os conflitos da república velha

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 04/03/2020

vivyan-avila
vivyan-avila 🇧🇷

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Baixe Resumo República Velha e outras Resumos em PDF para História, somente na Docsity! Introdução: O fim da monarquia e a instalação da República no Brasil, foi fortemente marcada por vários conflitos. Será exposto neste trabalho, algumas rebeliões da República Velha, sendo elas a Guerra de Canudos (ou insurreição de Canudos), a Guerra do Contestado, a Revolta Da Chibata, a Revolta Da Vacina e o Cangaço. Revolta de Canudos A Revolta de Canudos ocorreu entre os anos de 1893-1897 na Bahia. Milhares de pessoas se mudaram para Canudos. Buscavam paz e justiça em meio à fome e à seca do sertão. Antônio Conselheiro chegou em 1893 a uma velha fazenda abandonada no sertão baiano e ali liderou a formação de Canudos. Desde os tempos do império ele fazia pregações que atraíam multidões de moradores do sertão nordestino. Comandada por Antônio Conselheiro, a população vivia num sistema comunitário, em que as colheitas, os rebanhos e o fruto do trabalho eram repartidos. Só havia propriedade privada dos bens de uso pessoal. Não havia cobrança de impostos nem autoridade policial. A prostituição e a venda de bebidas alcoólicas eram rigorosamente proibidas. O povoado de Canudos tinha leis próprias, não obedecendo ao poder público que governava o país. Representava uma alternativa de sociedade para os sertanejos que desejavam fugir da dominação dos grandes coronéis. Os fazendeiros baianos e a elite política local temiam o crescimento de Canudos e passaram a exigir providências do governo para destruir a comunidade. Os inimigos da comunidade de Canudos diziam que ali viviam fanáticos, loucos e monarquistas. A história tradicional repetiu essas acusações como se fossem verdades absolutas. Assim, não considerava que um dos principais motivos que uniam os sertanejos de Canudos era a necessidade de fugir da fome e da violência. A religiosidade foi a forma encontrada pelos sertanejos para traduzir sua revolta e sua vontade de construir uma ordem social diferente. As fases da Guerra de Canudos Em 1896, o governo do Estado da Bahia enviou a Canudos uma expedição militar composta de 100 soldados, comandados pelo tenente Manuel Pires Ferreira. Os sertanejos que lutavam contra as forças do governo. Em 1914, o governo resolveu acabar de vez com a chamada Guerra Santa do Contestado, enviando um imenso contingente armado com canhões modernos e aviões como instrumento bélico sobre as comunidades e os acampamentos rebeldes. Em 1916, a Guerra do Contestado, ou Guerra dos Pelados, chegou ao fim, com a morte de 20 mil pessoas. A guerra durou quatro anos, terminando com o massacre dos caboclos que lutavam por terras na região limítrofe entre os estados de Santa Catarina e Paraná. Revolta Da Vacina Descontente com as reformas sanitárias e com as condições sociais da época, a população revoltou-se em 1904, quando o governo determinou a vacinação obrigatória contra a varíola. A repressão das autoridades controlou o movimento, que se tornou conhecido como Revolta da Vacina. A cidade do Rio de Janeiro no início do século assim como várias das cidades e capitais estaduais litorâneas do Brasil, representava uma ameaça à saúde pública, por apresentar elevados índices de doenças, que se tornaram epidêmicas, como a peste bubônica, a febre amarela e a varíola. Mas havia outras, como sarampo, tuberculose, escarlatina, difteria, coqueluche, tifo e lepra. A atração do capital estrangeiro e a vinda de imigrantes ficavam comprometidas com o estado de calamidade sanitária que a cidade apresentava. Na Presidência de Rodrigues Alves (1902-1906), decidiu-se pela urbanização e saneamento da capital, procedendo-se à contratação do engenheiro Pereira Passos e do médico sanitarista Oswaldo Cruz. As medidas sanitaristas aprovadas durante o governo Rodrigues Alves provocaram manifestações populares por toda a cidade do Rio de Janeiro. Apesar de protestos e abaixo- assinados, foi aprovada no Congresso, em 1904, uma lei que tornava a vacinação obrigatória. Só naquele ano, cerca de 3.500 pessoas haviam morrido de varíola. No combate à febre amarela foram criadas as Brigadas Sanitárias, os “Mata-Mosquitos”, que invadiam lares, pulverizavam o ambiente, interditavam locais contaminados, internavam doentes e forçavam a população à vacinação. No segundo semestre de 1904, o número de visitas chegou a 110 mil casas e a interdição de 626 edifícios e casas. As medidas foram interpretadas como sendo uma invasão da privacidade e uma violação aos direitos individuais. A imprensa tratava tais medidas como “Código da Tortura”. A vacinação era feita no braço, por uma incisão feita com o auxílio de uma lanceta, instrumento cirúrgico de dois gumes. Os opositores às medidas sanitaristas, e ao governo, deram um tom provocador à vacinação, alegando, como o líder socialista Vicente de Souza, ser uma ofensa ao chefe de família ter seu lar invadido por um desconhecido na sua ausência, obrigando mulher e filhas a desvendarem seus corpos para um desconhecido. Outros afirmavam que as mulheres eram obrigadas a mostrar suas nádegas para a vacinação. Houve quem transferiu, em seus discursos contra as medidas governistas, a vacinação para a virilha das mulheres. Prosseguindo nas medidas sanitaristas, Oswaldo Cruz, chefe da Diretoria de Saúde Pública, propôs, a 9 de novembro, a aprovação de uma lei que exigisse comprovação da vacinação para matrículas em escolas, empregos, viagens, hospedagem e casamentos, multando a quem resistisse à lei. A revolta e suas consequências O vazamento da notícia fez eclodir o movimento que foi chamado de revolta da vacina. Os primeiros confrontos ocorreram na Praça Tiradentes, no dia 10 de novembro. Houve novos confrontos na Praça Tiradentes, sede da Secretaria da Justiça, estendendo-se por várias regiões da cidade: tiroteios, bondes tombados, barricadas, assalto a delegacias, a quartéis, e a casas de armas, destruição da iluminação pública, contando com a adesão de populares, cadetes, operários e prostitutas. A repressão ao movimento coube à Polícia, ao Exército e à Marinha, sendo convocadas tropas do Exército de Niterói, Lorena (SP) e São João del Rei (MG). Chegou-se à decretação do estado de sítio. Ao final da Revolta da Vacina, os números revelaram o grau de violência: 30 mortos, 110 feridos e 461 deportações para o Acre, sem qualquer processo. Apesar da insatisfação popular, a campanha resultou num sucesso. As mortes, 1.000 no ano de 1902, baixaram para 48 em 1904. Em 1909 nenhuma vítima de febre amarela foi registrada na cidade do Rio de Janeiro. Revolta da Chibata A revolta da chibata foi uma manifestação de descontentamento dos marinheiros ocorrida em novembro de 1910, no Rio de Janeiro. Eles rebelaram-se contra os frequentes maus-tratos que ocorriam na marinha. Desde a época imperial, constava no Código Disciplinar da Marinha a punição a marinheiros “faltosos” com castigos físicos, como chibatadas. Durante o Governo Provisório, foram aprovadas mudanças no Código Disciplinar, eliminando as práticas dos castigos físicos na Marinha, mas o então Presidente, Marechal Deodoro da Fonseca, vetou o projeto, mantendo-o tal qual era antes. A Marinha brasileira foi modernizada durante a República, estando entre as maiores potências navais do mundo, possuindo encouraçados como o Minas Gerais e o São Paulo, os cruzadores Rio Grande do Sul e Bahia, entre outros. O recrutamento militar obrigatório era cumprido pelo período de 10 a 15 anos. Na Presidência do marechal Hermes da Fonseca (1910-1914), no dia 22 de novembro de 1910, eclodiu a revolta da chibata na baía de incluiu Lampião e seus cangaceiros na lista de maiores extremistas, e a sentença era matar todo cangaceiro que não se rendesse. Suas cabeças e de seus companheiros foram expostas como prêmios; somente com a aprovação do Projeto de Lei nº 2.867, de 24 de maio de 1965 as cabeças foram devidamente enterradas. Depois do fim de Lampião outros grupos de cangaceiros, já enfraquecidos, foram se desarticulando até terminarem de vez. Para alguns o movimento teve fim em 1940, com a morte de um dos cangaceiros, amigos de Lampião, Cristino Gomes da Silva Cleto, conhecido pelo nome: Corisco. Mulheres e crianças do vilarejo de Canudos, antes do final da guerra. Fotografia de Flávio Barros Antonio Conselheiro e seus seguidores Lampião, Rei do Cangaço Maria Bonita, Rainha do Cangaço
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