Baixe Resumo-Rochas ígneas-Evolução magmatica e outras Resumos em PDF para Engenharia Metalúrgica, somente na Docsity! Preparado por Profª Gláucia Queiroga DEGEO/EM/UFOP – Disciplina Petrografia Macroscópica GEO 207 Rochas Magmáticas: Revisão sobre Evolução Magmática A) Introdução: conceituação e geração de magmas Magmas são fluidos naturais originados a partir da fusão de rocha (s) e que se solidificam a temperaturas de algumas centenas de graus centígrados. Magma não é uma solução e o estado de fusão (líquido + gás/gases) é decorrente da alta temperatura em que se encontra. Sua composição é predominantemente silicatada, mas pode conter gás/gases (aprisionado em forma de bolhas), ou mais raramente, ser composto de carbonatos, sulfetos, óxidos etc. O magma é formado quando são alcançadas as condições de temperatura e pressão adequadas para a fusão de rochas. Os magmas podem ser formados no manto e na crosta inferior, ou podem representar uma mistura de materiais fundidos em ambas as regiões. A alta temperatura no interior da Terra ocasiona o gradiente geotérmico, ou seja, o aumento da temperatura com a profundidade. A temperatura aumenta, em média, cerca de 30ºC/km em direção ao interior da Terra, em áreas continentais. Os processos de fusão que formam o magma envolvem, além de altas temperaturas e pressão, a presença de substâncias voláteis como água e dióxido de carbono (CO2). Estes gases exercem papel importante no modo como a rocha é fundida. À medida que a pressão aumenta, a temperatura de fusão também aumenta para rochas que não contenham água. A presença de água ou vapor de água nas rochas causa a diminuição da temperatura de fusão. Além disso, o processo de fusão raramente é completo. A composição do magma formado depende da fração da rocha-mãe que foi fundida antes de a separação ocorrer (Figura 1). Figura 1. Organograma evidenciando o processo de evolução Preparado por Profª Gláucia Queiroga B) Origem secundária de magmas Durante a ascensão do magma até a superfície ou em direção a porções mais rasas da crosta, uma série de processos – também conhecidos como variações secundárias – pode levar à modificação do magma formado. As possibilidades para estas variações são mostradas na Figura 1 e brevemente descritas a seguir. Diferenciação magmática Existem pelo menos três mecanismos de diferenciação magmática: cristalização fracionada, imiscibilidade de líquidos e fracionamento de líquidos. A cristalização fracionada decorre da cristalização progressiva de minerais diversos, a partir de um magma parental e com o decaimento de temperatura, de maneira a cristalizarem primeiro os minerais de mais alto ponto de fusão (os mais ferro-magnesianos), resultando em cristais e magma residual que têm, separadamente, composição diferente da do magma original. Com o avanço do processo, têm-se minerais mais félsicos sendo cristalizados. Estas fases minerais fracionadas podem se concentrar e formar rochas de diversas composições através de vários processos, como: (a) decantação de cristais mais pesados em camadas no fundo da câmara magmática (acumulações desses cristais são conhecidas como “cumulados”) (Figura 2), (b) flotação de cristais mais leves em camadas mais para o topo, (c) filtragem do magma residual pressionado/bombeado para fora da câmara magmática com concentração de minerais em bandas devido ao fluxo hidráulico do magma com seus cristais em suspensão. Figura 2. Processos de diferenciação magmática.
