Baixe Resumo sobre a Doença Celíaca e outras Resumos em PDF para Biomedicina, somente na Docsity! Doença Celíaca A Doença Celíaca (DC) é uma doença crônica de fator genético, sendo contraída pelo meio e estilo de vida que o indivíduo tem. É uma reação autoimune ao consumo de glúten, os anticorpos atacam o intestino delgado, causando inflamação na mucosa e, assim, diminuindo parcialmente ou totalmente as vilosidades do intestino. Consequentemente, há uma deficiência de absorção de nutrientes, e o indivíduo fica desnutrido. O glúten é uma junção de duas proteínas (gluteína e gliadina) as quais dificilmente são quebradas pelas enzimas digestivas do nosso organismo, resultando em derivados de peptídeos, que podem levar a resposta imunogênica. Por isso, a Doença Celíaca pode ser considerada tanto um problema digestivo quanto absortivo. A Doença Celíaca é relativamente rara, ocorrendo em 1 a cada 400 brasileiros, sendo que apenas 1 pessoa a cada 8 tem seu diagnóstico. Tem maior ocorrência em mulheres adultas de cor branca (média de idade: 30,8 anos, variando entre 3,3 e 82,5 anos; 68% dos membros eram mulheres; 95% se consideram brancas). Ela pode se manifestar de três maneiras: • A Clássica é mais comum na faixa pediátrica, surgindo entre o primeiro e terceiro ano de vida, ao introduzirmos alimentação à base de papinha de pão, sopinhas de macarrão e bolachas, entre outros industrializados com cereais proibidos. Caracteriza-se pela diarreia crônica, desnutrição com déficit do crescimento, anemia ferropriva não curável, emagrecimento e falta de apetite, distensão abdominal (barriga inchada), vômitos, dor abdominal, osteoporose, esterilidade, abortos de repetição, glúteos atrofiados, pernas e braços finos, apatia, desnutrição aguda que podem levar o paciente à morte na falta de diagnóstico e tratamento. • A Não Clássica apresenta manifestações monossintomáticas, e as alterações gastrintestinais não chamam tanto a atenção. Pode ser, por exemplo, anemia resistente a ferroterapia, irritabilidade, fadiga, baixo ganho de peso e estatura, prisão de ventre, constipação intestinal crônica, manchas e alteração do esmalte dental, esterilidade e osteoporose antes da menopausa. • Quando a doença se apresenta na forma Assintomática, são realizados nestes casos, exames (marcadores sorológicos) em familiares de primeiro grau do celíaco, que têm mais chances de apresentar a doença (10%). Se não tratada a doença, podem surgir complicações como o câncer do intestino, anemia, osteoporose, abortos de repetição e esterilidade. Também foi constatado complicações como Diabetes de Melitus tipo I, Tireoidite de Hashimoto e Linfoma, associadas à DC. O diagnóstico dessa doença é feito por biópsia e exames de marcadores sorológicos. Seu tratamento é simples: a famosa DIG – Dieta Isenta de Glúten. Ou seja, o tratamento é basicamente dietético. O paciente celíaco não pode comer nada que contenha trigo, cevada, centeio, queijos, ketchup, maionese, shoyo, temperos industrializados, alguns remédios, xaropes, cereais... nada que contenha a proteína do glúten. Portanto, ele pode comer frutas, legumes, verduras, carnes, arroz, mandioca, amêndoa, milho, feijão, ervilha, soja, inhame, quinoa, polenta... O resultado do tratamento é efetivo, o intestino delgado volta a ter suas vilosidades e, consequentemente, passa a se nutrir novamente. O celíaco volta a ter peso normal, bom apetite, e os riscos de complicações são praticamente nulas. Os sintomas gastro e não gastrointestinais desaparecem.