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Resumo sobre Cond. Operante e Cond. Clássico, Notas de aula de Psicologia

Apontamentos sobre a matéria Modificação do Comportamento, incluindo temas como condicionamento Operante e condicionamento Clássico

Tipologia: Notas de aula

2021

À venda por 03/01/2023

dianarodrigues7
dianarodrigues7 🇵🇹

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Baixe Resumo sobre Cond. Operante e Cond. Clássico e outras Notas de aula em PDF para Psicologia, somente na Docsity! Modificaçã d Comportament Context d Emergênci As pessoas estavam insatisfeitas com o modelo que estava presente (assentava na introspecção). O modelo científico também estava a crescer. Houve então, em 1910/20, um grande entusiasmo com o objetivismo e as leis de aprendizagem. Ênfase no papel da influência ambiental sobre o comportamento humano e a necessidade de operacionalizar e objetivar o comportamento – Aprendizagem. Em função da entrada do método científico, levantou-se a questão de como os meios influenciam o corpo humano. Estabeleceu-se uma relação entre o comportamento e o cérebro. Os primeiros 30 anos de Behaviorismo foram dedicados à formulação de leis do comportamento baseadas na investigação experimental humana. ➔ Existem 3 etapas na evolução do Behaviorismo: ◆ 1ª Etapa: reação negativa à introspecção tipificada por Watson; ◆ 2ª Etapa: introdução do conceito “variáveis intermédias” para explicar a relação entre S-R (o organismo) (Hull, Tolman, Mowrer); ◆ 3ª Etapa: o processo de aprendizagem envolve processos motivacionais, de perceção e de pensamento complexos: importância da cognição (Neisser, Bower) Pressupst compotamentai 1-Operacionalização e Objetivismo: necessidade de traduzir o comportamento humano em unidades discretas, objetivas e observáveis. (a avaliação é objetiva) 2-Regulação da Aprendizagem: o comportamento funcional ou disfuncional pode ser explicado com base nos princípios e leis da aprendizagem que, uma vez identificados, podem ser generalizados para vários indivíduos, contextos e situações; 3-Determinismo Externo: o comportamento está pouco dependente das características inatas e internas do organismo – grande parte do que somos e do que fazemos é determinado pelas circunstâncias da nossa interação com o meio. A manipulação das contingências do meio é central em qualquer programa de modificação do comportamento. Através da manipulação do contexto, é possível modificar o comportamento. Terapi d Compotament – Síntes A Terapia do Comportamento iniciou-se no contexto científico, cultural e social do período pós-2ª guerra mundial. Diversos aspetos influenciaram o seu aparecimento: -Crescente insatisfação com as correntes de psicoterapia vigentes (não era possível testar a sua validade teórica, não havia avaliação sistemática dos seus resultados e os tratamentos eram longos, caros e com pouca eficácia); -Fracasso na incorporação dos princípios da psicologia experimental e académica pelas correntes que dominavam a saúde mental; -Reconhecimento do papel do psicólogo como uma profissão válida. O fator que unifica a terapia do comportamento é que esta deriva dos procedimentos e princípios experimentais. Característica d Terapi Compotamenta - Ênfase no comportamento e operacionalização através de unidades discretas e mensuráveis - Ênfase no controlo das variáveis ambientais e acentuação do controlo experimental - Introdução de métodos objetivos de avaliação e um conjunto de técnicas de intervenção Influência impotante (Krasne, 1990) - O conceito de behaviorismo na psicologia experimental - As investigações do condicionamento instrumental (operante) de Thordinke e de Skinner - Desenvolvimento da técnica de Inibição Recíproca como um procedimento terapêutico (Wolpe) - Os estudos de investigação de um grupo de investigadores do Maudsley Hospital de Londres (Eysenck) - O conceito de condicionamento clássico como a base que explica e modifica o comportamento normal e patológico (Pavlov) - As investigações que aplicam os conceitos de condicionamento/aprendizagem aos problemas de comportamento - O conceito teórico e os estudos de investigação acerca do papel da aprendizagem social na psicologia social e sociologia - As investigações da psicologia do desenvolvimento que realçam a aprendizagem vicariante e o modelamento (Bandura) - A insatisfação com a psicoterapia e o modelo psicanalítico - O desenvolvimento do psicólogo clínico como um cientista Escol Ingles Início nos anos 50 e os seus fundadores principais foram Eysenck e Wolpe. Não aceitavam as ideias de Skinner. São ambientalistas qualificados (reconhecem a grande importância do ambiente, mas também valorizam os aspetos genéticos e pessoais) A orientação dos terapeutas do comportamento para os distúrbios neuróticos resultou da conjugação do contexto social em que trabalhavam. Fase d avaliaçã Análise Topográfica Procura-se identificar o comportamento - alvo (a ser observado), defini-lo objetivamente e analisá-lo quanto à duração, frequência e intensidade (avaliação quantitativa). É essencial para a análise funcional. Procede-se a um levantamento dos vários problemas/dificuldades e da história das aprendizagens do doente. Observação das variáveis genéticas e fisiológicas, que estabelecem uma relação com as emoções, p.e. em situações de ansiedade pergunta-se quantas vezes sente os batimentos acelerados pois há uma relação entre a informação corporal e as emoções. Análise Funcional Faz-se um mapeamento das diversas áreas problemáticas do doente, procurando-se estabelecer uma relação funcional entre os antecedentes (estímulos que desencadeiam o comportamento), os comportamentos (respostas do indivíduo), e as consequências/fatores de manutenção. Consequentemente, a partir desta análise funcional, o terapeuta vai delinear a estratégia terapêutica mais adequada. Consiste em dois processos complementares: Microanálise e Macroanálise. 1- Microanálise: faz-se o estudo das diversas relações contingenciais responsáveis pela manutenção de um determinado problema. Depois de analisados os antecedentes, as respostas e as consequências, o terapeuta procura estabelecer uma relação funcional entre estes três elementos. São feitas tantas microanálises quanto os comportamentos – problema que tenham sido identificados. Exemplo: Há cerca de 3 meses, o José começou a queixar-se de frequentes ataques de pânico, que se expressavam num comportamento de agitação psicomotora, e uma taquicardia acompanhada de sensações de falta de ar, desorientação, zumbidos nos ouvidos, etc. Estes comportamentos, por norma, apareciam em espaços fechados ou de grandes multidões (autocarros, supermercados, comboios, …). O que o José fez foi passar a evitar estes sítios, a fugir deles sempre que apareciam os sintomas, ou ainda a fazer-se acompanhar de um conjunto de pessoas (familiares, amigos, …) que lhe oferecessem alguma sensação de segurança. Ora, o José desenvolveu um conjunto de respostas emocionais para toda uma variedade de situações. As respostas de ansiedade são mantidas por reforço negativo (alívio da ansiedade, a curto prazo) através do evitamento/fuga. 2- Macroanálise: Muito raramente a problemática do doente nos aparece circunscrita a um sintoma específico. Na maioria dos casos, assiste-se a uma coerência histórica e funcional na organização do reportório comportamental do cliente. Com base nisto, o objetivo da macroanálise é fazer um levantamento geral dos vários problemas e da história das aprendizagens do cliente, de modo a possibilitar o esclarecimento da relação funcional entre as várias áreas do seu funcionamento. Primeiramente, tenta-se perceber a história de aprendizagem, o que lhe foi acontecendo ao longo do tempo desde criança. Tenta-se obter informações como a sua relação com os seus familiares, amigos… Este processo permite estabelecer uma relação funcional entre o que aconteceu e o que ainda se mantém. Em suma, o processo de avaliação segue, na maioria dos casos, uma sequência diferente. Começa-se habitualmente com a observação do comportamento, passando-se em seguida para a análise dos estímulos antecedentes e consequências. Só após a validação destes é que o terapeuta dá início à avaliação do processo de aprendizagem e evolução do comportamento. Uma vez descritos os comportamentos é necessário proceder à respetiva formulação ou conceptualização comportamental. Este processo é realizado através da análise funcional do comportamento, sendo feito em 2 momentos sucessivos: microanálise e macroanálise. Na 2ª fase, é traçado um mapa da relação hipotética entre os vários problemas do cliente e dos fatores responsáveis pela sua manutenção (fazemos uma construção hipotética acerca da organização do funcionamento do doente). O início da entrevista de avaliação comportamental tem uma importância fundamental – é a base da relação terapêutica. Pretende-se: - Fazer com que o cliente se sinta à vontade e motivado para o processo; - Analisar o porquê do cliente ter vindo à consulta e a forma como ele visualiza o seu problema; - Avaliar as expectativas do cliente; - Informá-lo acerca das potencialidades e características do processo terapêutico. Em suma, a iniciação deverá permitir o estabelecimento de um 1º contacto com o cliente, procurando-se uma estruturação da relação terapêutica e uma primeira análise do problema e das expectativas do cliente. Ao finalizar a entrevista de avaliação comportamental, o terapeuta deve sumariar, para o cliente, os dados recolhidos, proceder à conceptualização do problema (ex.: explicar como é que o problema se desenvolveu, usando exemplos fornecidos pelo cliente), e sempre que possível, esclarecer o cliente acerca do processo terapêutico que irá realizar (ex.: descrever os vários tratamentos possíveis e perguntar ao cliente qual é, em sua opinião, a melhor opção). Uma das estratégias que se deve utilizar na avaliação comportamental para ajudar na eficaz resolução do problema, é a avaliação individualizada: automonitorização do paciente em, p.e., colunas onde se estabelecem o estímulo e a resposta. Por exemplo, colunas com “situação”, “sensações”, “duração”, “intensidade”... Com as crianças, a monitorização pode ser feita com bonecos, p.e. Condicionament Clássic Conceitos Fundamentais: ➔ Estímulo Incondicionado ➔ Estímulo Condicionado ➔ Resposta Incondicionada ➔ Resposta Condicionada ➔ Generalização do Estímulo ➔ Generalização da Resposta ➔ Discriminação ➔ Extinção No condicionamento clássico, a ênfase é colocada no estímulo. A sequência dos acontecimentos apresentados é independente da resposta (comportamento). O comportamento resulta da associação entre dois estímulos: Condicionamento Clássico/ Respondente/ Associacionista. No contexto da equação comportamental (E – O – R – K – C), as investigações e os métodos terapêuticos concentram-se basicamente na reorganização dos estímulos ambientais e internos. Este condicionamento baseia-se no paradigma da aprendizagem. O condicionamento clássico são operações nas quais o experimentador emparelha um estímulo condicionado com um estímulo incondicionado até que uma resposta condicionada resulta da apresentação isolada do estímulo condicionado. Aprendizage Do ponto de vista operacional, existe aprendizagem quando: - Há uma aquisição de comportamentos, aumento da frequência, intensidade e duração desses comportamentos ; - Diminuição da frequência, intensidade e duração, ou eliminação de comportamentos, em função de interações prévias. (só se aprende um comportamento quando existe ou um aumento ou diminuição da magnitude) Neste paradigma, o tipo de aprendizagem é passiva, porque o indivíduo aprende a responder de uma determinada forma a certos estímulos, em resultado de associações entre 2 estímulos, em que um deles é o desencadeador incondicional da resposta. Sem o EI não é possível a aprendizagem pavloviana. Este paradigma é uma abordagem associacionista da aprendizagem. Pavlo Escol Russ d Reflexologi O comportamentalismo surge com os primeiros estudos sobre a aprendizagem, e simultaneamente, com a emergência do paradigma do condicionamento clássico. Os estudos de Pavlov, Thornike, Watson, etc., fizeram com que a “aprendizagem” passasse a ser o objecto de estudo central da Psicologia. Watson & Rayner sugeriram 4 estratégias possíveis de alterar o comportamento fóbico do Albert, anterior/ aprendido (o medo pode ser condicionado) a) Confrontação com o estímulo original (rato) na ausência do estímulo aversivo (som metálico forte) - EXTINÇÃO (a resposta condicionada que deixa de ser seguida pelo estímulo incondicionado extingue-se gradualmente). b) “Recondicionamento” através da apresentação dos estímulos fóbicos emparelhados com a estimulação de zonas erógenas (ex.: ver o playboy late night show). c) “Recondicionamento” pelo emparelhamento com guloseimas ou outros tipos de comida. d) Desenvolver atividades construtivas com estes objetos através da imitação (Gonçalves, 1990). Mary Cover Jones (1924) retoma algumas destas sugestões para tratar uma criança de 2 anos e 10 meses (Pedro). No plano de tratamento começou por utilizar o descondicionamento em relação ao objeto fóbico (coelho); depois utilizou o condicionamento direto, emparelhando a comida com a presença do coelho ao longo de uma hierarquia. Os resultados obtidos foram positivos para todo o conjunto de estímulos fóbicos (Generalização). Experiência de Watson e Rayner – caso do pequeno Albert: Inicialmente, constatou-se que a criança não demonstrava qualquer tipo de resposta de medo ou evitamento para estímulos como: um rato branco, um coelho, um cão, novelos de algodão, etc. Ou seja, todos estes estímulos eram EN em relação ao desencadear de uma resposta emocional de medo. Porém, Albert demonstrava uma reação emocional de medo (RI) perante o som de uma barra metálica (EI). O procedimento experimental consistiu depois na apresentação do rato em simultâneo com o som violento. Sempre que a criança tocava no rato, ouvi-a o som forte. Ao fim de algumas associações, o Albert passou a desenvolver uma resposta emocional condicionada, chorando e fugindo sempre que via o rato. Watson e Rayner sugeriram 4 estratégias possíveis de alterar o comportamento fóbico aprendido da criança (o medo pode ser condicionado). Uma das estratégias consistia na apresentação do EC (rato) na ausência do EI aversivo (som da barra metálica). A experiência com o bebe humano ajudou a compreender o sofrimento humano (anteriormente tinha experimentado em animais). O ser humano tem uma forma específica de expressar o sofrimento. Enquanto que o bebe com medo, chora, o adulto pode não chorar. O choro é característico em situações de medo, principalmente em bebes e adolescentes. As respostas emocionais obedecem a processos de aprendizagem equivalentes aos de qualquer outra resposta animal e humana. Talvez fosse possível, por recurso aos métodos de aprendizagem, tratar fobias, depressões, obsessões-compulsões e outras disfunções do comportamento humano. Princípi básic d Condicionament Clássic GENERALIZAÇÃO DO ESTÍMULO – Consiste na produção de uma resposta condicionada para estímulos que apresentam algum grau de semelhança com o EC. Para que a generalização se efetue é necessário que os outros estímulos sejam similares ao EC original. Quanto maior for o grau de semelhança percebido entre o EC e o novo estímulo, ou quanto maior é o número de estímulos presentes na situação de aprendizagem, maior será a probabilidade da generalização do estímulo. A generalização do estímulo consiste na realização da mesma resposta para estímulos diferentes, associados estruturalmente. Exemplo: O pequeno Albert generalizou a sua resposta emocional de medo para outros estímulos semelhantes (ex: cão, coelho, lã, …). Nota: a Hierarquia de Estímulos é determinante para colocar por ordem de intensidade os sentimentos do doente e percebê-lo, resolvendo o problema. GENERALIZAÇÃO DA RESPOSTA – Consiste na realização de diferentes respostas para o mesmo estímulo. O sujeito passa a emitir, para um mesmo estímulo, várias respostas ligadas entre si por algum tipo de associação estrutural ou funcional (ex.: para além da resposta emocional original de evitamento, o sujeito começa a generalizar a sua resposta sentido dores de estômago, tonturas, etc.). DISCRIMINAÇÃO – É o oposto da generalização. Verifica-se quando somente o estímulo condicionado é suscetível de desencadear a resposta condicionada. A resposta é emitida apenas e unicamente em função de um estímulo específico e, deste modo, o sujeito é capaz de impedir a generalização. A discriminação consiste na emissão da resposta condicionada para EC muito próximos. EXTINÇÃO – Consiste na apresentação repetida do estímulo condicionado na ausência do estímulo incondicionado. Esta situação vai levar a que haja um enfraquecimento da ligação entre os dois estímulos, e consequentemente, conduz ao esbatimento e desaparecimento da resposta emocional condicionada. Podemos então dizer que ocorre extinção sempre que o EC deixa de ser associado ao EI. O medo é uma resposta inata, mas este pode ser descondicionado. Expor o medo, ou seja, descodificar a situação de modo que a pessoa não tenha mais medo, e que perceba que não há razões para tal. A isto chama-se extinção. o Componentes da ansiedade/medo: fisiológico – é somático, que se sente no corpo (ex.: suor, taquicardia, sensação de desmaio, boca seca); cognitivo – todos os pensamentos que temos que estão associados às coisas que temos medo (ex.: vou me sentir mal, vou morrer, as pessoas vão pensar aquilo de mim); motor – quando o corpo paralisa e faz movimentos involuntários (ex.: inquietação motor, ficar paralisado, fugir, enfrentar) o Respostas naturais antagônicas ao medo/ansiedade: rir, orgasmo e relaxamento RECUPERAÇÃO ESPONTÂNEA – reaparecimento da resposta condicionada depois de se ter efetuado a extinção. Passado algum tempo de repouso há recuperação do reflexo condicionado, porém a resposta tem uma magnitude menor. Numa sequência de procedimentos de extinção e períodos de repouso, as recuperações espontâneas vão tendo magnitudes progressivamente menores. ESTÍMULO INCONDICIONADO (ex.: carne) – É o estímulo que produz uma resposta natural e espontânea na maior parte dos organismos. Por exemplo: a comida nas experiências de Pavlov. O cão saliva espontaneamente quando a comida é colocada na boca. Não há necessidade de um processo de aprendizagem para que isto aconteça. Na experiência de Watson e Rayner, o som metálico desencadeia inaptamente no organismo uma resposta emocional de medo ou evitamento. ESTÍMULO CONDICIONADO (ex.: campainha depois de associado á carne) – É um estímulo que, sendo previamente neutro, passa a provocar uma resposta semelhante à do estímulo incondicionado, após um emparelhamento repetido com este. Por exemplo, na experiência de Watson, o pequeno Albert passou a exibir na presença do rato uma resposta emocional semelhante aquela que era induzida na apresentação do estímulo incondicionado (som metálico). RESPOSTA INCONDICIONADA (ex.: salivação com carne) – É a resposta natural e espontânea do organismo ao estímulo incondicionado (ex.: salivar para a comida; reagir com dor a estímulos intensos, etc.). São respostas automáticas do organismo desencadeadas pela presença de EI. Não necessitam de ser aprendidas RESPOSTA CONDICIONADA (ex.: salivação com campainha) – São respostas estruturalmente semelhantes à resposta incondicionada, mas produzidas na sequência da apresentação de um estímulo condicionado. Trata-se de respostas aprendidas em associação com respostas espontâneas do organismo. ESTÍMULO NEUTRO (ex.: campainha antes de ser associada) – É um estímulo que, por si só, não desencadeia qualquer resposta (de salivação, de medo, por exemplo). Contudo, o emparelhamento entre o EN e o EI faz com que o EN adquira algumas propriedades do EI, transformando-se deste modo num EC desencadeador de uma resposta condicionada de, por exemplo, salivação. Esta teoria assenta num modelo de duas fases, isto é, o indivíduo desenvolve uma resposta de medo através do emparelhamento entre um EN e um EI aversivo (fator 1). A ansiedade que se desenvolve passa a funcionar como um motivador do comportamento, fazendo com que o indivíduo seja reforçado pela fuga ou evitamento do estímulo fóbico (fator 2). Tendo em mente os 2 fatores que mantêm os comportamentos disfuncionais, logicamente, o tratamento deverá visar a extinção dos comportamentos disfuncionais através da exposição do indivíduo aos EC na ausência das condições aversivas provocadas pelo EI. Resultam daqui 2 implicações terapêuticas: - Inibição Recíproca e Contracondicionamento: refere-se ao enfraquecimento de uma RC provocada pela estimulação de uma resposta antagónica (nos ansiosos e fóbicos a resposta antagónica é o relaxamento). Estratégia terapêutica: Dessensibilização sistemática (exposição gradual e mediatizada) -Extinção ou Habituação: estabelece que expondo o sujeito ao EC na ausência repetida do EI, a RC extinguirse-á progressivamente. Nesta exposição, tenta-se prevenir simultaneamente quaisquer respostas de fuga ou evitamento, por parte do sujeito. Estratégia terapêutica: Exposição direta Mais tarde, Eysenck apontou os 3 problemas fundamentais na Teoria do Condicionamento das Neuroses: 1. Excepto nas neuroses de guerra, o acontecimento iniciador das neuroses humanas não é excessivamente traumático e não produz uma resposta condicionada imediata tão forte. Há um aumento insidioso da ansiedade, provocado pelo estímulo condicionado. 2. A Extinção devia ser rígida e rápida, isto é, o indivíduo encontraria o EC sem ser seguido pelo reforço (medo/ansiedade) e a RC extinguir-se-ia, o que tornaria impossível o desenvolvimento das neuroses duradouras. 3. Na Teoria do condicionamento pavloviano não há forma da RC poder ser mais forte que a RI, mas é isso que acontece na clínica. Raramente a RC e a RI são muito fortes. Só após o insidioso desenvolvimento da neurose é que a RC se torna tão forte que passa a constituir um problema. O medo é adquirido por condicionamento clássico, mas é mantido por condicionamento operante. Em síntese, segundo Eysenck (1987) estes três problemas têm em comum: desenvolvimento da CR ao longo do tempo quando o indivíduo é exposto repetidas vezes apenas ao CS. Pela teoria do CC seria de esperar que nestas condições acontecesse a Extinção, mas o que se verifica nas neuroses é o contrário, um aumento da CR. Para resolver este problema Eysenck propôs uma revisão da Teoria de Aquisição e Extinção das Neuroses, de forma a incluir o conceito de Incubação (1960, 1987), que explica o aumento da força da resposta condicionada ao longo do tempo. Este conceito que assenta nas diferenças entre os CC tipo A e B, quer a nível do impulso quer de semelhanças entre a CR e a IR, permite compreender as consequências da apresentação isolada do estímulo condicionado. No condicionamento Tipo B a resposta condicionada pode por si só actuar como um reforço equivalente à IR, produzindo um aumento na força da CR. A força e a duração são os elementos críticos que determinam se a resposta condicionada se vai extinguir ou incubar ao longo do tempo, juntamente com a personalidade do sujeito (que também influenciaria este processo). Exemplo: Fobia a Elevadores. A teoria diz que se o fóbico sair da situação enquanto a ansiedade está elevada, o medo a elevadores aumenta (a RC vai reforçar o EC). Para não haver um aumento do medo, o sujeito só poderá sair do elevador quando a RC começar a descer (a duração da técnica de exposição é um fenómeno de extrema importância – esta é a técnica por excelência para diminuir a ansiedade). Em suma, o sujeito deve-se expor à situação o tempo suficiente para que o seu medo, a sua ansiedade, diminua. Wolpe (1958) desenvolveu a Dessensibilização Sistemática (Exposição Gradual e Mediatizada) para o tratamento das respostas ansiosas/medo e a Teoria da Inibição Recíproca. Wolpe verificou que era possível reduzir os medos induzidos por CC através da re-introdução gradual e progressiva do animal assustado ao CS que originava o medo, enquanto que o animal era alimentado a intervalos regulares para reduzir o medo. Para adaptar este método laboratorial de forma a poder ser utilizado na clínica Wolpe implementa duas modificações fundamentais: substituiu a Exposição Directa aos estímulos evocadores da ansiedade por Exposição em Imaginação e utilizou o Relaxamento como forma de inibir o medo. A partir dos resultados obtidos com a Dessensibilização Sistemática elabora a Teoria da Inibição Recíproca que postulava que a diminuição da ansiedade/medo implicava uma repetida inibição recíproca do medo através da imposição de uma resposta incompatível com o medo. Teori d Inibiçã Recíproc “ se uma resposta contrária à que provoca ansiedade é emitida em presença de estímulos produtores da mesma reacção, de forma a suprimi-la total ou parcialmente, então a associação entre esses estímulos e a ansiedade diminui” A Dessensibilização Sistemática representou a 1ª Técnica de Terapia de Comportamento para redução da ansiedade/medo e tinha por base o príncipio ainda hoje considerado como um componente fundamental do tratamento da ansiedade- EXPOSIÇÃO IMPLICAÇÕES TERAPÊUTICAS O tratamento deverá visar a Extinção dos comportamentos disfuncionais através da exposição do indivíduo aos estímulos condicionados na ausência das condições aversivas provocadas pelo estímulo incondicionado. Resultam duas implicações terapêuticas: a. Inibição Recíproca e Contracondicionamento: enfraquecimento de uma resposta condicionada provocada pela estimulação de uma resposta antagónica (nos ansiosos e fóbicos a resposta antagónica é o relaxamento) b. Extinção ou Habituação: enfraquecimento de uma resposta condicionada por apresentação contínua. Wolpe descobriu que o relaxamento muscular era uma resposta antagónica da ansiedade eficaz; existem outras: orgasmo, riso, alimentação, etc. Expsiçã Gradua Mediatizad Como Fazer? A técnica é constituída por três componentes fundamentais: 1. Aprendizagem da resposta antagónia – Relaxamento: o doente tem de adquirir competências de relaxamento, tem de ter um domínio razoável deste. 2. Construção de hierarquias de situações/cenas ansíogenas: vamos fazendo hierarquias desde as situações menos ansíogenas às mais ansíogenas, para depois podermos ir confrontando gradualmente o doente a essas situações. Através da Escala de Unidades Subjetivas de Desconforto, o doente classifica a cena potencialmente mais ansíogena como "100". Ás vezes só é preciso um instrutor a dizer “respire” ou “calma” para a pessoa automaticamente começar a relaxar. 3. Dessensibilização propriamente dita (apresentação imaginada da hierarquia emparelhada com a resposta de relaxamento). Cada item da hierarquia é apresentado em simultâneo com a indução da resposta de relaxamento inibidora da ansiedade. O cliente é exposto repetidamente a cada um dos elementos da hierarquia, só se progredindo para níveis superiores sempre que ele tenha ultrapassado a ansiedade manifestada para os níveis inferiores. ESTRATÉGIA DE EXPOSIÇÃO DIRETA Nesta componente, o sujeito é exposto às cenas. Estas são descritas de modo a provocar a maior intensidade emocional possível. A exposição à cena nunca deverá ser interrompida a meio, nem enquanto a ansiedade não começar a diminuir. Só quando o cliente assinala uma considerável diminuição da ansiedade é que lhe é permitida a interrupção da cena. As técnicas de exposição direta têm demonstrado grande sucesso no tratamento de vários tipos de desordens de ansiedade, principalmente agorafobia e obsessão-compulsão. No caso da duração da exposição as mais prolongadas têm-se demonstrado mais eficazes. A partir da estratégia de exposição direta, desenvolvem-se duas técnicas: - Imersão (flooding) – os doentes são expostos a estímulos fóbicos intensos na ausência de qualquer resposta inibidora ou antagónica. Consiste unicamente na exposição a situações que o cliente relata como desencadeadores de ansiedade.
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