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Guias e Dicas
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Resumos de Geologia 11ºAno, Resumos de Biologia

Resumos sobre a matéria de geologia de 11ºAno

Tipologia: Resumos

2023

Compartilhado em 22/04/2023

bia-goncalves-16
bia-goncalves-16 🇵🇹

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Baixe Resumos de Geologia 11ºAno e outras Resumos em PDF para Biologia, somente na Docsity! Teoria da Tectónica de Placas ➔ A superfície da Terra encontra-se dividida em dezenas de placas compostas por litosfera que se encaixam umas nas outras como as peças de um puzzle. ➔ As placas litosféricas movem-se umas em relação às outras sobre uma camada mais plástica - a astenosfera. ➔ As placas litosféricas podem conter continentes ou podem conter apenas litosfera oceânica. ➔ As fronteiras entre placas contíguas chamam-se limites de placas e são zonas muito instáveis. ➔ Tipos de limites de placas: - Limites divergentes; - Limites convergentes; - Limites transformantes ou conservativos. Limites divergentes ➔ Pode iniciar-se como um rifte intracontinental e levar à fragmentação dos continentes, devido à atuação de forças distensivas; ➔ Nos estádios mais avançados ocorre formação de placa oceânica ao nível dos riftes que se encontram nas dorsais oceânicas: ➔ A nova litosfera oceânica vai empurrando a mais antiga para os lados provocando a expansão dos fundos oceânicos; ➔ Formam-se bacias oceânicas profundas; ➔ Os riftes são classificados como limites construtivos; ➔ Se ocorre expansão dos fundos oceânicos, por que não aumenta a Terra de volume? Não aumenta de volume, porque as fossas oceânicas não deixam, destruindo a litosfera. Limites convergentes ➔ Ocorre colisão de placas litosféricas, sendo limites destrutivos; ➔ As forças são compressivas; ➔ Continente-Oceano: - Subducção da placa oceânica mais densa. - Forma-se uma fossa oceânica no contacto da placa oceânica com a continental. - Intensa atividade sísmica em ambas as placas. - Intensa atividade vulcânica na placa continental e formação de cadeias montanhosas (orogenia). - Exemplo: Andes ➔ Oceano-Oceano: - Subducção da placa oceânica mais antiga (mais densa e mais fria); - Forma-se uma fossa oceânica no contacto das placas oceânicas; - Intensa atividade sísmica em ambas as placas; - Intensa atividade vulcânica na placa que não é subductada, com formação de arcos de ilhas (arcos insulares); - Exemplos: Ilhas Aleutas e Indonésia. ➔ Continente-Continente - Colisão de dois continentes, que não sofrem subducção, pois são ambos pouco densos. - Ocorre espessamento crustal e formação de cadeias montanhosas. - Intensa atividade sísmica em ambas as placas. - Exemplos: Himalaias e Alpes. Limites transformantes ou conservativos ➔ Não ocorre construção nem destruição de placas litosféricas – as placas deslizam horizontalmente; ➔ São comuns nas dorsais oceânicas, perpendiculares ao rifte; ➔ A falha de Santo André corresponde a um limite conservativo ou transformante; ➔ Nos limites conservativos ocorre intensa atividade sísmica. O que faz movimentar as placas litosféricas? ➔ De forma idêntica, pensa-se que os materiais rochosos do manto terrestre também descrevem estes movimentos cíclicos de convecção, porém de forma muito mais lenta, à escala de tempo geológico. ➔ Estes movimentos são possíveis porque a astenosfera, embora, no estado sólido, se comporta como um líquido de alta viscosidade. ➔ Os materiais da astenosfera aquecem devido ao calor interno da Terra, tornando-se menos densos e por isso sobem nos limites divergentes. ➔ Aproximam-se da superfície e arrefecem, tornando-se mais densos e voltam a descer. ➔ Os movimentos das placas devem-se às correntes de convecção: - O movimento das correntes de convecção na astenosfera, para um lado e para o outro do rifte, arrasta consigo as duas placas litosféricas o esvaziamento rápido da câmara magmática. Nessas depressões, onde a acumulação de água forma habitualmente lagoas, também podem ocorrer cones vulcânicos intracaldeira, resultantes de erupções posteriores à formação da caldeira. ➔ Origem dos magmas - Têm origem na parte inferior da crusta ou na parte superior do manto. - A fusão parcial das rochas do manto em determinadas condições origina magma. - Devido às elevadas temperaturas, o magma é menos denso do que as rochas encaixantes e sobe, acumulando-se em câmaras magmáticas, que podem localizar- se a diferentes profundidades e intercomunicar. - Quando há um aumento da pressão na câmara magmática, o magma é forçado a subir através de fendas das rochas para câmaras mais superficiais e, posteriormente, destas até à superfície. - O aumento da pressão na câmara magmática pode ser provocado pela chegada de magma de reservatórios mais profundos. Tipos de atividade vulcânica ➔ Efusiva - A atividade efusiva é muito comum no vulcanismo fissural. - Quando ocorre no vulcanismo central, tende a originar cones vulcânicos com elevadas dimensões, baixos e com declives suaves (ex.: vulcão Mauna Loa, Havaí). - Tende a formar escoadas de lava, acumulando-se sob a forma de mantos de lava (ex.: Fagradalsfjall, Islândia, em 2021). - Em erupções subaéreas, podem formar-se: . Lava encordoada (pahoehoe): tem origem em magmas menos viscosos, que se encontram a temperaturas mais elevadas. Durante a escorrência dessas lavas, a parte superficial, em contacto com o ar, solidifica mais depressa do que a lava que continua a escoar por baixo. . Lava escoriácea (aa): a classificação das escoadas lávicas, frequentes nas erupções efusivas, é feita em função das formas e texturas que a lava adquire quando arrefece. Quando a lava é mais viscosa, a sua solidificação originam superfícies irregulares e rugosas. . Lavas em almofada: no caso de erupções submarinas, as lavas arrefecem bruscamente debaixo de água, adquirindo o aspecto arredondado que lhes dá nome. - O arrefecimento dos mantos de lava pode originar a formação da disjunção prismática ou colunar. ➔ Explosiva - A atividade explosiva é menos comum no vulcanismo fissural. - Quando ocorre no vulcanismo central, tende a originar cones vulcânicos altos e com elevados declives (ex.: vulcão Koryaksky, Rússia). Os cones vulcânicos são formados pela acumulação de elevadas quantidades de piroclastos, sendo a acumulação de lava reduzida. - Formam-se piroclastos - fragmentos de diferentes dimensões que resultado do arrefecimento da lava que é projetada nas explosões. . As bombas vulcânicas correspondem a fragmentos com dimensões superiores a 64 mm, formando-se a partir de lava incandescente que é projetada durante a erupção e que ao arrefecer adquire formas arredondadas ou alongadas; . Os blocos são fragmentos de material sólido, removidos pelo magma durante a ascensão, com dimensões iguais às bombas e uma forma angulosa; . As cinzas são finas (< 2 mm) e ricas em material vítreo, que arrefeceu rapidamente; . Os lapilli, com dimensões entre 2 e 64 mm, têm forma irregular e podem ser projetados para longe. Nos Açores, são conhecidos por bagacina; - Os piroclastos podem cair e ficar acumulados no cone (piroclastos de queda). - Ou podem ser projetados ao longo das encostas (piroclastos de fluxo), originando nuvens ardentes, compostas por gases, piroclastos e lava incandescente a elevadas temperaturas que se movimentam por ação da gravidade, podendo atingir grande velocidade. - Em resultado da solidificação do magma viscoso na cratera ou na chaminé vulcânica, podem formar-se, respetivamente, domos e agulhas vulcânicas (estas são visíveis após a erosão do cone vulcânico). ➔ Mista - Alternância de episódios efusivos com explosivos ou ocorrência em simultâneo da libertação de grandes quantidades de piroclastos e de lava (ex.: Etna, Itália). - Tende a formar vulcões com declives acentuados, formados pela acumulação de lavas e de piroclastos. - A lava pode ter uma composição intermédia ou interagir com a água, aumentando o caráter explosivo do vulcão.(ex.: Havai, EUA). - A água em contacto com o magma transforma-se quase instantaneamente em vapor sobreaquecido, que ao expandir-se, faz aumentar a pressão, além disso faz diminuir a temperatura tornando o magma mais viscoso, aumentando o caráter explosivo do vulcão. Vulcanismo Residual Nas regiões vulcânicas ativas, no tempo que se segue a uma erupção há sinais de atividade vulcânica, como saída de água quente ou de gases, através do solo ou de fissuras nas rochas. - Manifestações secundárias de vulcanismo - Nascentes termais: a temperatura da água é pelo menos 4ºC superior à temperatura ambiental. A água da precipitação, ao infiltrar-se em profundidade, circula junto de rochas aquecidas por uma câmara magmática ou por um corpo ígneo em arrefecimento. A água aquece, aumentando a sua capacidade de dissolução de minerais das rochas, tornando-se, assim, mais mineralizada. Algumas destas nascentes são utilizadas para fins medicinais. ➔ Portugal Continental é rica em nascentes termais, não de origem vulcânica, mas devido ao aquecimento das águas de infiltração que se afundam na crosta. - Fumarolas: libertação de gases através de aberturas à superfície, provenientes de uma câmara magmática ou de fluidos aquosos que circulam nas suas proximidades. ➔ Sulfataras: originam depósitos de enxofre sobre as rochas; ➔ Mofetas: quando as emanações são ricas em dióxido de carbono. - O magma resultante atravessa a litosfera e surge à superfície criando um vulcão. - Ao longo do tempo o movimento da placa afasta o vulcão do ponto quente (que é fixo, estacionário), tornando-se o vulcão extinto. Uma nova coluna vertical de material sobe diretamente da pluma. - À medida que aumenta a idade dos vulcões extintos aumenta a distância a que se encontram do ponto quente. - Se se tratar de um ponto quente oceânico, a ilha por cima do ponto quente é a mais recente. Alguns dos vulcões mais antigos podem mesmo ficar submersos devido à erosão. - Forma-se um alinhamento de vulcões / ilhas. - Devido à erosão, os cones vulcânicos formados podem ficar totalmente submersos – Guyot, ou parcialmente submersos – Atol. Vulcanismo em Portugal ➔ Existe vulcanismo ativo nos Açores, associado a magma gerado num limite divergente ao longo da dorsal médio oceânica e do rifte da Terceira (Corvo, Flores, Pico,Faial, São Jorge, Graciosa, Terceira, São Miguel, Santa Maria). ➔ Existem vestígios de atividade vulcânica com menos de 10 000 anos no arquipélago da Madeira, podendo ser considerado como vulcanismo não extinto. Muitos geólogos defendem que o vulcanismo foi causado por um ponto quente (São Vicente, Porto Santo). ➔ Existem vestígios de atividade vulcânica com dezenas de milhões de anos em Portugal Continental, sendo considerado vulcanismo extinto, mas fornece importantes evidências da história geológica nacional (Peniche, Mafra, Sines). ➔ Vulcanismo ativo:existe atividade eruptiva na atualidade ou existiu nos últimos 11700 anos; ➔ Vulcanismo inativo: não apresenta atividade atual mas poderá vir a ter; ➔ Vulcanismo extinto: não existem registos de atividade nos últimos 11700 anos. Minimização do risco vulcânico Prevenção de riscos vulcânicos ➔ O registo de ondas sísmicas, através dos sismógrafos, com vista a inferir movimentos do magma no interior do aparelho vulcânico; ➔ a deteção de deformações das encostas do vulcão, com recurso à tecnologia GPS, que possam indiciar a direção desse movimento; ➔ a medição da temperatura das águas em fontes termais e dos níveis de emissões de gases, que aumentam com a proximidade do magma; ➔ Estudo de depósitos de materiais vulcânicos; ➔ Monitorização por satélites; ➔ Amostragem dos gases libertados. Impacte socioeconómico da atividade vulcânica ➔ Agricultura: solos férteis resultantes da acumulação de cinzas; ➔ Indústria: minas de materiais depositados em episódios vulcânicos; ➔ Energia: o aproveitamento do calor libertado pelo magma para a produção de energia elétrica; ➔ Turismo: os ambientes vulcânicos apresentam características únicas na área da gastronomia, da educação sobre o património geológico, do ecoturismo ou do turismo de aventura, tornando os destinos atraentes para o turismo gerando benefícios económicos assinaláveis. Importância do estudo dos vulcões ➔ Um vulcão é considerado ativo se teve pelo menos uma erupção durante os últimos 11 700 anos. ➔ Contudo, mesmo nas regiões onde atualmente não há vulcanismo ativo, ocorrem sinais da sua existência no passado. Caldeiras, cones vulcânicos parcialmente erodidos ou agulhas vulcânicas são alguns desses vestígios de atividade vulcânica passada. Sismos ➔ Movimentos vibratórios da superfície terrestre, que ocorrem bruscamente devido a uma libertação súbita de energia no interior da Terra. Origem dos sismos ➔ Os sismos, são o resultado de uma libertação súbita de energia no interior da Terra. Podem resultar de explosões produzidas pelo ser humano (sismos artificiais), do abatimento de cavidades e grutas (sismos de colapso) bem como do movimento de magma em profundidade (sismos vulcânicos). No entanto, a maioria dos sismos, cerca de 95% é de origem tectónica, resultando da libertação súbita de energia acumulada nos materiais, quando dois blocos rochosos se deslocam ao longo de uma falha. A formação destes sismos pode ser explicada pela teoria do ressalto elástico. Teoria do ressalto elástico ● nos limites tectónicos, sujeitos à atuação de forças compressivas, distensivas ou de cisalhamento, ocorre a acumulação de energia elástica que vai deformando gradualmente as rochas; ● ultrapassado o limite de resistência das rochas, ocorre rutura e/ou movimento dos blocos rochosos; ● A movimentação brusca dos blocos, ou ressalto, provoca a libertação, sob a forma de ondas sísmicas, da energia elástica acumulada, que provoca a vibração dos materiais envolventes, ocorrendo assim um sismo. ● Os sismos que antecedem o sismo principal são os abalos premonitórios e os que ocorrem posteriormente são as réplicas (devem-se a reajustamentos da falha). Parâmetros de caracterização dos sismos ● Hipocentro ou foco: local do interior da Terra onde se gera o sismo. ● Epicentro: local à superfície mais perto do hipocentro e situado na sua vertical. ● Ondas sísmicas: superfícies concêntricas segundo as quais se propaga a energia sísmica em todas as direções a partir do hipocentro. ● Profundidade ou distância focal: A distância entre o foco e o epicentro. ● Frente de onda: superfície esférica das ondas sísmicas, que separa os materiais que já sofreram deformação dos materiais não deformados. ● Raio sísmico: qualquer trajetória perpendicular à frente de onda com origem no hipocentro Propagação das ondas sísmicas ● Durante um sismo o terreno vibra na vertical e na horizontal. ● Comprimento de onda – distância entre pontos consecutivos que correspondem ao mesmo estado de vibração (período). ● Amplitude – distância que uma partícula se afasta de uma posição de referência. ● Em meios de composição homogénea – que não é o caso da Terra (heterogénea) – as ondas sísmicas expandem-se tridimensionalmente, sob a forma de esfera, com centro no foco.
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