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Guias e Dicas
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Resumos de geologia de geografia, Resumos de Geografia

Resumos sobre geologia e geografia

Tipologia: Resumos

2017

Compartilhado em 21/04/2023

ingles-cia
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Baixe Resumos de geologia de geografia e outras Resumos em PDF para Geografia, somente na Docsity! 10º ano - resumos Programa I - A geologia, os geólogos e os seus métodos II - A Terra, um planeta muito especial III - Compreender a estrutura e a dinâmica da geosfera I - A geologia, os geólogos e os seus métodos. Terra e os seus subsistemas Conceito de Sistema – Qualquer porção do Universo, constituída por massa e energia, com diferentes componentes em interacção de um modo organizado. Neste contexto podemos considerar a Terra um sistema. Quais as características do sistema Terra? Temos vários tipos de sistemas:  Sistema isolado – não existe permuta de matéria e energia através das suas fronteiras. Na Natureza não existem sistemas completamente isolados.  Sistema fechado – ocorre intercâmbio energético através dos seus limites, mas não há permuta de matéria.  Sistema aberto – ocorre intercâmbio de energia e de matéria através das respectivas fronteiras. Terra é um sistema fechado pois não existe troca de matéria com o exterior. Por sua vez recebe energia do Sol e liberta energia proveniente da desintegração de elementos radioactivos e do calor interno remanescente da origem da Terra. Subsistemas terrestres No sistema Terra podem considerar-se 4 subsistemas:  Hidrosfera  Atmosfera  Geosfera  Biosfera  A hidrosfera é constituída pelos reservatórios de água no estado liquido que existem na Terra: oceanos, lagos, rios…  A Atmosfera é constituída por gases dispostos em camadas  A biosfera é constituída pelo conjunto de seres vivos que povoam a Terra integrados nos seus respectivos meio abiótico  Geosfera é constituída pela parte sólida da Terra como as rochas e minerais.   Como explicas o aparecimento de oxigénio na atmosfera? A capacidade de alguns seres fotossintéticos realizarem a fotossíntese deverá ser a origem do aparecimento do oxigénio. As bactérias cianobactérias foram os primeiros seres vivos a realizar este processo. Sabe-se que o ozono (O3) constitui uma das camadas da atmosfera actual que é essencial para a vida na Terra. Tendo em atenção que 4 O2 2 O3 + O2, fomula uma hipotese explicativa para o aparecimento desta camada. Quando a atmosfera atingiu uma concentração suficientemente elevada de oxigénio livre (cerca de 10% da actual) foi possivel formar-se a camada de ozono (O3). Os sistemas considerados são enormes reservatórios de matéria e de energia, que interagem e permanecem em equilíbrio – são sistemas abertos. Qualquer alteração provocada num destes subsistemas afectará os outros desencadeando mudanças até que um novo equilibrio seja estabelecido. Conceito de Ecossistema – É um conjunto formado por seres vivos, pelo meio que aqueles ocupam. Exemplos de interacções entre subsistemas Subsistemas Ex. de interacções Atmosfera Biosfera Fotossíntese – as plantas retiram da atmosfera CO2 e libertam O2 Respiração celular Hidrosfera Ciclo da água Geosfera Erupções vulcânicas Desintegração dos elementos radioactivos Hidrosfera Biosfera Ciclo da água Acção do Homem – emissão de poluentes para os rios Geosfera Ciclo da água – infiltração da água nos subsolos Biosfera Geosfera Formação do carvão mineral A Terra é um Sistema Fechado Tem implicações: a quantidade de matéria é finita e limitada. Os materiais poluentes resultantes da actividade h humana acumula-se com consequências Catastróficas. Qualquer alteração num dos subsitemas afecta necessariamente todos os outros.     Rochas Metamórficas Conceito de metamorfismo – é um conjunto de processos geológicos que leva a formação de rochas metamórficas. Esses processos envolvem transformações físicas e químicas sofridas pelas rochas quando são submetidas a altas temperaturas e elevadas tensões. Estas alterações ocorrem no estado sólido, pois a pressão é superior à temperatura. Factores de metamorfismo – Temperatura, pressão, fluidos e tempo. A textura das rochas metamórficas podem ser não foliadas ou foliadas. O xisto, o gnaisse e a ardósia são tipo de rochas foliadas enquanto o mármore é não foliada. As rochas metamórficas podem se formar em diferentes realidades. Podem-se formar a partir do metamorfismo regional ou metamorfismo de contacto. Conceito de metamorfismo regional – ocorre quando as rochas estão submetidas a tensões e temperaturas muito elevadas. Estas regiões correspondem a zonas de colisão de massas continentais. Ex. O gnaisse e o Xisto. Conceito de metamorfismo de contacto – quando uma intrusão magmática se instala entre rochas preexistentes, e o calor proveniente do magma pode metamorfizar as rochas encaixantes.ex. calcário em contacto com o magma forma calcário. Ciclo das Rochas (pag.30) Conceito de ciclo das rochas – conjunto de transformações do material rochoso no descurso das quais as rochas são geradas, destruídas e alteradas por processos devidos à dinâmica interna e externa da Terra. Datação da idade das rochas pela idade relativa Conceito de idade relativa – processo de datação que permite avaliar a idade de uma rocha em relação à outra. Exemplos:  Fosseis de idade – são aqueles que existiram durante um curto espaço de tempo e teve uma ampla distribuição geográfica.  Principio da sobreposição – Numa sequência não deformada de rochas sedimentares o estrato mais antigo é o que está por baixo. – Lei de stenon.  Princípio da identidade paleontológica – Estratos com o mesmo tipo de fosseis apresenta a mesma idade.  Princípio da intercepção ou corte – Estruturas geológicas que intersectam outras são mais recentes do que estas.  Principio da inclusão – Um fragmento incorporado num outro é mais antigo que este. Datação absoluta Conceito de datação absoluta – consiste em determinar a idade de uma rocha através da desintegração regular de isótopos radioactivos naturais. O tempo necessário para que se dê a desintegração de metade dos nº de átomos iniciais - isotopos pais - em átomos mais estáveis - isotopos filhos- designa-se por semivida. A datação radiométrica é só utilizada em datação de rochas magmáticas pois os outros tipos de rochas existem a partir de outras já existentes. Este método e difícil uma vez que as concentrações de isótopos radioactivos presentes nas rochas são mínimas e difíceis de avaliar com precisão. Outro e que o isótopo pai pode se juntar a outro isótopo após a sua formação. Eras da Terra  Pré-câmbrico  Era paleozóica  Era mesozóica  Era cenozóica A terra deve ter aparecido à 3800 M.a. Os dinossauros desapareceram no fim da era mesozóica. A terra, um planeta em mudança "Como explicas a extinções em massas como a dos dinossauros?" As explicações podem ser: Catastróficas – as grandes alterações ocorridas à superfície da Terra foram provocadas por catástrofes não cíclicas, pontuais e dirigidas. Uniformitaristas - são fenómenos que actuaram no passado e que actuam presentemente. Os uniformitaristas têm os seguintes princípios:  Princípio do actualismo ou das causas actuais;  As leis naturais são constantes no tempo e no espaço;  As mudanças geológicas são cíclicas;  Principio do gradualismo. Neocatastrofismo – Aceita os pressupostos do Uniformitarismo, mas atribui também um papel importante aos fenómenos catastróficos. Mobilismo geológico A teoria da deriva continental foi descoberta por Wegener em 1912. Este apoiava a hipótese de os continentes estiveram unidos, a cerca de 225 M.a. num super continente chamado Pangeia e rodeado só por um oceano chamado Pantalassa. Os argumentos para esta teoria são: Geológicos – na semelhança de algumas camadas rochosas com a mesma idade em certas regiões de vários continentes actualmente distantes; Paleontológicos – testemunho de fosseis, como o glossopteris, que aparecem exclusivamente em África, na América do Sul, na Índia, na Austrália e na Antárctida. Geográficos – o traçado complementar das costeiras de continentes hoje separados, por exemplo, a África e a América do Sul; Paleoclimáticos – a existência de vestígios de depósitos glaciários na África do Sul e Índia. Wegener não conseguiu explicar:  A razão da fractura de Pangeia;  O movimento dos fragmentos resultantes. Correntes de convecção As investigações prosseguiram e anos mais tarde, por Holmes, sugere uma solução em que no manto existe correntes de convecção. Células de convecção é um circuito de subida de fluido quente e descida de fluido frio. Conceito de litosfera – zona rígida constituída pela crosta terrestre e pelo manto rígido da astenosfera. Ex. crosta oceânica é constituída por basalto. No Rift que é uma zona divergente, existe formação de crosta enquanto nas zonas de subducção existe destruição de crosta. Existe três tipos de limites: Limite divergente – situa-se nas dorsais oceânicas e são zonas onde é gerada crusta oceânica, originando a expansão dos fundos oceânicos. Limite convergente – Corresponde a zonas de fossas em que a placa oceânica mergulha sobre a outra e aqui se verifica destruição de crosta. Limite conservativo – situa-se nas falhas onde as placas litosféricas deslizam lateralmente uma em relação à outra, sem acréscimo e sem destruição de crusta. II - A Terra, um planeta muito especial Composição do sistema Solar O sistema solar é constituído pelo Sol e pelos corpos que se movem em torno deste incluindo planetas e cometas. Dinâmica externa: a energia provem do sol; queda de meteoritos; actividade vulcânica. Exemplo: pelo vento, erosão, correntes marítimas. Marte e Mercúrio são planetas geologicamente inactivos. A Lua A lua é constituída por mares e continentes. Os continentes são as áreas mais claras com um relevo mais acidentado, apresenta mais crateras e é constituído essencialmente por feldspatos. Os mares são de cor mais escuros, tem um relevo mais plano, tem muito poucas crateras de impacto e constituído por basalto. Os continentes reflectem mais luz do que os mares. Os mares lunares são originários de impactos meteoriticos que consequentemente resultam fenómenos de vulcanismo. Com a subida de lava que preencheu as depressões resultantes do impacto, a lava solidificou formando os mares. A lua e formada por rególitos que são materiais soltos e de cor acinzentada juntamente com esférulas resultante s do arrefecimento de rocha fundida após o impacto meteorítico. Na terra existe rochas que têm cerca de 3800 milhões de anos. Como o sistema poderá ter-se formado à 4600 anos e a Terra não tem resisto desse tempo pois a terra está em constante actividade e apagou entre “” . A lua por sua vez que preserva marcas ocorridas antes da formação dos continentes constitui um instantâneo fotográfico daquilo que a terra seria naquele determinado tempo. Face da Terra – continentes e fundos oceânicos Áreas continentais Escudos – são vastas extensões em que afloram rochas muito antigas desgastadas pela erosão. Plataformas estáveis – correspondem a zonas dos escudos que não afloram. Estão cobertas por sedimentos de origem marinha que foram depositados no decurso de subida do nivel das águas do mar. Cinturas orogenias recentes – enormes cadeias montanhas alongadas resultantes de colisões continente - continente ou continente - oceânica. Áreas oceânicas No domínio continental Plataforma continental - faz parte da crosta terrestre continental e prolonga-se sob o mar . Talude continente – representa o limite da parte imersa do domínio continental. No domínio oceânico Planícies abissais – vastas planícies no fundo oceânico. Dorsais oceânicas - lava que se eleva e que no meio se encontra o rifte. Rifte - De onde se expele o magma.  Intervenções do Homem nos subsistemas terrestres A interferência humana tem vindo a produzir efeitos cada vez mais vastos e com impactos ambientais cada vez mais profundos no planeta, tanto a nível local como a nível global. Uma das preocupações que actualmente inquieta a Humanidade são as altas taxas de crescimento populacional. O cenário de um aumento crescente da população humana no planeta implica o aumento da procura de alimento, água, energia, ou seja, de todos os recursos naturais que a Terra dispõe o que leva a um aumento do impacte humana ao nível do ambiente. A geosfera é um dos subsistemas em que os efeitos são particularmente visíveis, visto ser aí que o ser humano vai procurar muitos dos seus recursos naturais de que necessita. Entende-se por recurso natural qualquer bem com utilidade para o desenvolvimento, sobrevivência e bem estar da sociedade extraído da Terra. O aumento da população mundial e o desenvolvimento tecnológico e económico são factores que influenciam a degradação ambiental, que significa perda de espaços naturais. As sociedades humanas recorrem a um vasto conjunto de materiais geológicos que se encontram no subsolo ou à superfície, denominados recursos minerais. As actividades humanas originam, a um ritmo crescente, novos produtos necessitando de matéria prima e de uso de energia. Como resultado da exploração e da utilização dos recursos, surge a poluição. A poluição é uma alteração indesejável ao nível dos diferentes subsistemas terrestres, provocada por acção humana, através da introdução directa ou indirecta de substancias, vibrações, calor ou ruído no ar, na água ou no solo, susceptíveis de prejudicar a saúde humana ou a qualidade do ambiente. Os efeitos globais da poluição detectados recentemente são o efeito de estufa e a redução da camada de ozono que podem originar impactes que afectam o clima e o equilíbrio global do planeta. Os recursos naturais podem se classificar como renováveis e não renováveis. Entende- se por recurso renovável o que é ciclicamente reposto no meio num intervalo de tempo compatível com a vida humana. Enquanto que o recurso não renovável tem um processo que demora milhões de ano, sendo gasto mais rapidamente pelo homem do que é reposto pela natureza. Apesar de a água ser um recurso renovável, ela é escassa e está sujeita a enormes pressões antrópicas. Da água doce disponível cerca de 30% pertence ao domínio das águas subterrâneas. A formação de onde é possível extrair água de forma economicamente rentável designa- se aquífero. Uma elevada extracção de água em aquíferos costeiros pode provocar o avanço da água salgada, transformando a água doce contida no aquífero em água salobra, tornando-a imprópria para consumo humano. Considera-se risco geológico a um sistema complexo de processos geológicos cujas alterações são susceptíveis de acarretar prejuízos directos ou indirectos a uma dada população. A geomorfologia é a ciência que estuda e interpreta as formas de relevo terrestre e os processos responsáveis pela sua modelação. O ordenamento do território é, fundamentalmente, a gestão da intervenção homem/ espaço natural. Desenvolvimento sustentável é um modelo que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades. O modelo de desenvolvimento sustentável tem como base as seguintes premissas:  Dependência do fornecimento externo contínuo de energia solar;  Uso racional da energia e da matéria, privilegiando a conservação em oposição ao desperdício;  Controlo da poluição, diminuindo a produção de resíduos que são absorvidos pelo ambiente;  Promoção da reciclagem e da reutilização dos materiais;  Controlo do crescimento populacional, com perspectivas de estabilização da população;  Ordenamento do território. Actualmente, um dos problemas que enfrentam as sociedades dos países mais desenvolvidos é o grande aumento da produção dos resíduos sólidos urbanos. A reciclagem é uma forma de valorização dos resíduos na qual se recuperam ou regeneram diferentes matérias para a produção de novos produtos. Conservação do património geológico consiste na implantação de estratégias que permitam a conservação de elementos geológicos que possuem inegável valor cientifico, pedagógico, cultural, turístico chamado geossítios. Recurso não renovável – tipo de recurso natural em que o processo de reposição na natureza demora milhões de anos. Recurso natural – tipo de recurso em que o processo de reposição ocorre num curto espaço de tempo. Combustível fóssil – foram formados a milhões de anos a partir de restos de seres vivos que sofreram transformações em condições particulares. Desenvolvimento sustentável – modelo de desenvolvimento em que consiste que as sociedades humanas devem satisfazer as suas necessidades no presente sem comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem as suas necessidades.   Sismologia - estudo do comportamento das ondas sísmicas.  Geotermismo - A Terra é uma gigantesca máquina térmica. A principal fonte de energia interna é a desintegração de elementos radioactivos que se encontram nas rochas. Além desta ainda existe no interior da Terra energia térmica remanescente da formação do planeta. Determinações feitas em minas e em sondagens mostram que a temperatura terrestre aumenta com a profundidade. Denomina-se gradiente geotérmico a quantificação da variação da temperatura com a profundidade, ou seja, o aumento da temperatura por quilometro de profundidade. O numero de metros que é necessário aprofundar para a temperatura aumente 1° C denomina-se grau geotérmico. O gradiente geotérmico, porém, não é uniforme. Este vai diminuindo com a profundidade, ou seja, o aumento da temperatura faz-se de modo mais lento. Se assim não fosse, o núcleo encontrava-se a altas temperaturas onde estas fundiam todo o tipo de material fazendo com que o núcleo não fosse sólido. O calor interno da Terra é o motor da actividade do nosso planeta e vai-se libertando continuamente através da superfície. A dissipação de calor é permanente e denomina- se fluxo térmico (quantidade de energia térmica libertada por unidade de tempo). Porem, não nos apercebemos dessa libertação do calor interno devido à baixa condutividade térmica da crusta terrestre, que determina uma dissipação extremamente lenta. Vulcanologia O vulcanismo é uma manifestação do geodinamismo interno, constituindo mecanismo central da evolução da Terra. Uma erupção vulcânica é caracterizada, geralmente, pela extrusão de materiais no estado de fusão ígnea, a lava, pela emissão de gases e, muitas vezes, pela expulsão de materiais sólidos de dimensões variadas. Um vulcão é uma estrutura natural através da qual materiais com origem no interior do planeta, são libertados à superfície. A vulcanologia é a ciência que estuda as actividades vulcânicas. Podemos considerar dois tipos de vulcanismo:  Vulcanismo tipo central  Vulcanismo fissural Vulcanismo do tipo central Este tipo de vulcanismo está associado a vulcões de tipo cónico em que a libertação de materiais ocorre numa zona restrita. Devido às elevadas temperaturas, o magma é menos denso do que as rochas e sobe, acumulando-se em espaços no interior da crusta que constituem as câmaras magmáticas. Constituição de um vulcão tipo central  O cone vulcânico é o resultado da acumulação de materiais em torno da abertura pela qual foram expelidos o que faz com que o cone vulcânico vá adquirindo dimensões cada vez maiores.  Como se formam as caldeiras vulcânicas? As caldeiras vulcânicas formam-se quando ocorre um abatimento das rochas que suportam o vulcão, na sequência de fortes erupções em que grande quantidade de materiais é rapidamente expelida, originando-se assim uma depressão, aproximadamente circular, onde se pode acumular águas das chuvas e formar posteriormente lagoas. Tipos de lavas Classificação da lava segundo:  Percentagem de sílica (SiO2) Lava básica  SiO2 < 50% Lava intermédia 50% < SiO2 < 70 % Lava ácida SiO2 > 70 % Grau de viscosidade Lava Viscosa Fluida Temperatura T - 800°C Prox. De solidificação T - 1500° C Sílica Grande quantidade De sílica ( ácida) Pequena quantidade de Sílica ( básica) Gases elevada dificuldade em Libertas gases Facilidade em libertar gases A viscosidade da lava determina as características da erupção vulcânica.  Lavas fluidas - permitem que os gases se escapem suavemente e deslocam-se rapidamente formando rios de lava. Estão associados a erupções efusivas.  Lavas viscosas - retêm os gases, fluem mais lentamente podendo mesmo solidificar na própria cratera/ chaminé formando uma espécie de rolha que impede a libertação de gases, pelo que a pressão aumenta no interior do aparelho vulcânico desencadeando explosões. Estão associadas a erupções explosivas. Tipo de solidificação de lavas fluidas  Lavas encordoadas ou pahoehoe - lembra cordas e está contorcida em pregas ou dobras.  Lava escoriáceas ou aa - esta é extremamente rugosa, irregular e formada por fragmentos porosos.  Lavas em almofada ou pilow-lava - formam-se nas erupções subaquáticas. Tem um aspecto em forma de almofada. Tipo de solidificação de lavas viscosas e fenómenos associados  Agulhas vulcânicas - lava que solidifica na chaminé  Doma ou cúpula - lava que solidifica na cratera.  Nuvens ardentes - cinzas mais gases. Materiais expelidos durante uma erupção vulcânica  Piroclastos (materiais sólidos) - são fragmentos de lava solidificada/ rocha encaixante que são projectados durante a erupção. Piroclastos de fluxo - deslocam-se ao longo das vertentes do cone, envoltos em gás. Piroclastos de queda - projectados para o ar que acabam por cair. Cinzas - diâmetro < 2mm Lapilli ou bagacina - 2 mm _ 64 mm Bombas - > 64 mm  Gases - Monóxido de carbono, dióxido de carbono, vapor de água e compostos de enxofre  Lava. Tipo de erupções vulcânicas  Explosivas Lavas ácidas e viscosas; Formação de nuvens ardentes; Formação de domas/ agulhas; Ausência de escoadas de lava ou muito curtas; Cone alto de vertentes íngremes. Vulcanismo, fonte de recursos naturais Apesar dos desastres e da destruição que um vulcão pode causar, o vulcanismo também tem os seus aspectos positivos. Em primeiro lugar fornecem dados importantes do interior da Terra, e pode ter contrapartidas económicas que se vão diversificando: Utilização agrícola dos solos, que são muito férteis devido a deposição de cinzas vulcânicas; Explorações de vários produtos mineiros, como o enxofre, cobre, ferro, platina e diamantes. Interesse turístico, atraindo todos os anos centenas de milhares de pessoas. Aproveitamento da energia geotérmica. Nas regiões de vulcanismo activo podem existir aquíferos e nascentes termais que podem ter variadas utilizações: Aquecimento de habitações, piscinas ou estufas. Produção de energia eléctrica através do vapor de água. Sismologia A sismologia estuda os fenómenos relacionados com os sismos. Sismo - Movimento vibratório brusco, causado por ondas que se geram na maioria das vezes devido a um libertação súbita de energia em zonas instáveis da Terra - na crosta ou na parte superior do manto. Causas dos sismos _ sismo de colapso - devem-se ao abatimento de grutas ou de desprendimento de massas rochosas. _ sismos vulcânicos - estão relacionados com o movimento de massas magmáticas normalmente antes de uma erupção vulcânica. _ sismos tectónicos - estão relacionados com o movimento de placas litosféricas. Efeitos dos sismos Efeitos directos - Falhas, deslizamentos, vibrações Efeitos indirectos - Tsunamis, deslizamentos, inundação, incêndios. Frequentemente um sismo é precedido por uma sucessão de pequenos abalos, designados por abalos premonitórios, que poderão querer anunciar a possível ocorrência de um sismo violento. Após o abalo principal, considerado como o mais forte, ocorrem sismos de menor magnitude, designados por réplicas. Sismos tectónicos Os sismos tectónicos são gerados pela rotura das rochas quando estas estão sob acção de fortes tensões tectónicas devido ao movimento das placas litosféricas. Teoria do ressalto elástico A teoria que melhor explica a ocorrência de sismos. Segundo esta teoria, as rochas estão permanentemente sob a acção de forças tectónicas. As tensões que se acumulam , deformam os materiais rochosos, enquanto a sua elasticidade o permitir. Quando a tensão ultrapassa a capacidade de resistência/ deformação das rochas, elas fracturam libertando a energia acumulada que se propaga sob a forma de ondas sísmicas, originando um sismo. Tipo de forças Compressivas - os materiais são comprimidos (a distância entre as partículas tende a diminuir). Distensivas - levam ao alongamento dos materiais aumentando a distância entre as particulas. Cisalhamento - os materiais são sujeitos a esforços que provocam alongamentos numa direcção e compressão noutra, ou seja, perpendicular à anterior. Conceitos sísmicos Sismogramas - um sismograma é, na ausência de qualquer vibração, constituído por duas rectas, contudo, estas quase nunca são obtidas pelo facto da Terra estar em constante movimento. Ondas sísmicas Ondas P - Primárias Caracterizam-se pela vibração das partículas que se dão paralelamente à direcção de propagação, produzindo-se uma serie de impulsos alternados de compressão e de distensão através das rochas ocorrendo como tal uma variação de volume. Propagam-se quer nos sólidos, quer nos líquidos e são mais rápidas que as ondas S. Ondas S - Secundárias As partículas vibram num plano perpendicular à direcção de propagação, ocorre uma alteração na forma dos materiais mas não no volume e apenas se propagam em meios sólidos. São um pouco mais lentas do que as ondas P. Ondas superficiais As ondas L não se propagam nos líquidos tal como as S, varrem a superfície terrestre horizontalmente da direita para a esquerda com movimentos de torção que atacam os alicerces dos edifícios; as ondas de rayleigh agitam o solo segundo uma trajectória elíptica semelhante à das ondas do mar e propagam-se nos sólidos e líquidos. Factores que condicionam a velocidade de propagação das ondas sísmicas Se o interior da Terra fosse homogénea, a energia sísmica propagar-se-ia com a mesma velocidade em todas as direcções. Não sendo o caso, na geosfera a velocidade de propagação das ondas sísmicas internas ( P,S) depende das propriedades físicas das rochas que atravessam nomeadamente da: _rigidez _densidade _imcompressibilidade A velocidade das ondas (P e S) calcula-se aplicando as seguintes formulas: VP = √ k+4/3 r VS = √ r d d r = rigidez - propriedade que confere à matéria uma forma definida d = densidade - concentração de matéria num dado volume ; d = m/ v k = imcompressibilidade - avalia a resistência de um corpo sólido à variação de volume em função da pressão. Da análise das formas conclui-se: _ Quanto maior for a rigidez dos materiais maior é a velocidade de propagação das ondas sismicas e vice-versa. _ Quanto maior for a densidade, menor a velocidade das ondas sísmicas, e vice-versa. _ No caso das ondas P a sua velocidade depende ainda, na razão directa do valor da imcompressibilidade. A rigidez de um meio liquido é nula por isso substituindo o r por zero, verificamos que a velocidade da onda S nos líquidos é zero, ou seja, não se propaga nos líquidos. Como também verificamos na formula para as ondas P, a passagem destas por um meio liquido faz com que a velocidade diminua, e vice-versa. Determinação do epicentro de um sismo Intensidade sísmica e magnitude Intensidade de um sismo A intensidade do sismo é um parâmetro qualitativo correspondendo aos efeitos produzidos e sentidos à superfície (construções, nos terrenos, nas pessoas). A intensidade do sismo depende, entre outros factores: _ Material rochoso (litologia) _ Tipos de construção _ A distância epicentral Modelo segundo a composição química Este modelo está de acordo com a composição da Terra. Zonas composição Espessura / limites Densidade média Crusta Continental Oceânica Diversidade de rochas: magmáticas, sedimentares e metamórficas formando a zona superficial Zona mais superficial: basalto Zona mais inferior: gabro Da superfície à descontinuidade de mohorovicic - 30 a 40 km. Fundos oceânicos até a descontinuidade de mohorovicic - 5 a 10 km 2.7 3.0 Manto Superior inferior Essencialmente peridotito, rocha ultrabásica rica em olivina e piroxenas. Minerais mais densos do que a olivina e a piroxena. Desde a descontinuidade de Mohorovicic até cerca de 660 km. Desde 660 km até 2883 km( descontinuidade de Gutenberg) 3,3 5,5 Núcleo Externo Ferro e cerca de 12 % de níquel, sílica, enxofre, potássio Desde a descontinuidade de Gutenberg até a descontinuidade de 9,9 a 12,2 Interno Ferro e 10% a 20% de níquel Lehmann(5140 km) Desde a descontinuidade de Lehmann até ao centro 12,6 a 13,0 Modelo segundo as propriedades físicas Este modelo está de acordo com as propriedades físicas. Zonas Propriedades físicas (rigidez) Limites/Espessura (média) Litosfera Continental Oceânica Materiais sólidos e rígidos Materiais sólidos e rígidos Espessura entre a superfície até cerca de 250 km Desde os fundos oceânicos até 100 km. Astenosfera Materiais globalmente sólidos, mas menos rígidos, com comportamento plástico e deformável Desde a base da litosfera até uma profundidade ainda discutível. Consideram até 660 km. Mesosfera Materiais sólidos e rígidos Desde a base da astenosfera até 2883 km Endosfera Núcleo externo Núcleo interno Materiais líquidos Materiais sólidos e rígidos Desde 2883 km até 5140 km Desde 5140 km até ao centro Camada D Na transição do manto para o núcleo admite-se a existência de uma zona muito activa, ainda enigmática. A camada D tem espessura variável, podendo atingir, em algumas zonas, uma espessura de 100 km a 200 km e marca a interface entre zonas. Actualmente algumas investigações admitem que a camada D será a fonte das plumas térmicas.
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