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Retorno ao esporte após infarto agudo do miocárdio, Trabalhos de Cardiologia

A equipe de saúde avalia o risco cardíaco e orienta o paciente pós infarto do miocárdio quanto a segurança do retorno a prática esportiva, pois a imobilidade no leito não é indicado para o paciente cardiovascular, uma vez que, aumenta a ansiedade, depressão, diminuição da capacidade funcional, redução da volemia, redução de rendimento cardíaco, enquanto o exercício tem feito contrário na fase de reabilitação. Dessa forma, questiona-se quais os critérios na avaliação e intervenção.

Tipologia: Trabalhos

2022

Compartilhado em 26/09/2022

akassia-lopes
akassia-lopes 🇧🇷

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Baixe Retorno ao esporte após infarto agudo do miocárdio e outras Trabalhos em PDF para Cardiologia, somente na Docsity! 1 Case apresentado à disciplina de Fundamentos em Cardiologia e Hematopoético, da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco - UNDB. 2 Aluno(a) do 7º Período, do Curso de Fisioterapia, da UNDB. 3 Professor, Mestre, Orientador. SINOPSE: Retorno ao esporte após infarto agudo do miocárdio.¹ Akássia dos Prazeres Lopes.² Gustavo de Jesus Pires da Silva.³ 1.DESCRIÇÃO DO CASO O caso em tela trata-se de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), as doenças cardiovasculares ocupam 1° ranking de causas de morte em adultos, com maior índice de óbitos por IAM. Conceitua-se como a morte de cardiomiócitos, que geralmente leva a aterosclerose com oclusão das artérias coronarianas. Estas uma vez ocluída leva a baixa ou ausência de oxigenação sanguínea do tecido cardíaco, resultando em necrose do área em que o vaso foi bloqueado. Pacientes pós IAM necessitam de um tratamento adequado para fazer a manutenção da hemodinâmica fisiológica humano, esse tratamento é composto por uma equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e educadores físicos). No entanto, muito se discute sobre o “excesso” de cuidado, medo com o paciente por parte de alguns profissionais e a privação de execução de esforços ou atividades físicas, quando sabe-se que a atividade física assume importante papel no tratamento em todas as fases. O fisioterapeuta ocupa posição de melhorar a funcionalidade do paciente cardiovascular, através de exercícios de baixa a alta intensidade Nesse interim, cabe a equipe de saúde avaliar o risco cardíaco e orientar o paciente pós infarto do miocárdio quanto a segurança do retorno a prática esportiva, pois a imobilidade no leito não é indicado para o paciente cardiovascular, uma vez que, aumenta a ansiedade, depressão, diminuição da capacidade funcional, redução da volemia, redução de rendimento cardíaco, enquanto o exercício tem feito contrário na fase de reabilitação. Dessa forma, questiona-se quais os critérios na avaliação e intervenção, objetivando retorno a prática esportiva com segurança de pessoa pós infarto agudo do miocárdio. 2. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO 2.1 Atualmente o repouso absoluto tem sido desmitificado na medicina, confirmando que os exercícios devem ser realizados pós IAM, com exceção de contraindicações para reabilitação cardiaca, como: angina instável, pressão arterial sistólica maior que 180 mmHg ou pressão arterial diastólica maior que 110 mmHg, hipotensão ortostática com queda sintomática da PAS maior que 20 mmHg, arritmias não controladas e entre outras. Dessa forma, é importante utilizar o Teste de Ergométrico, pois é útil para estratificação de risco e avaliação de prognóstico pós IAM, quando utilizados junto a escala de borg, protocolo de Naughton e o protocolo de Bruce modificado, é possível planejar o treinamento mais adequado aos parâmetros apresentados pelo paciente evitando maiores riscos cardiovasculares. Dessa forma, plano é dividido em fases (hospitalar, ambulatorial, centros especializados e não supervisionado), ainda, o programa de treinamento deve conter: aquecimento, condicionamento e desaquecimento. Os exercícios são executados conforme o teste de esforço e MET (equivalência metabólica em repouso), gasto energético com monitoração da pressão arterial e frequência cardíaca. A liberação para atividade física é baseada na avaliação clínica, resultados de exames complementares, com foco na interpretação de teste ergométrico e analise da estratificação de risco. 2.2 Argumentos capazes de fundamentar cada decisão: Recomendações e orientações iniciais: Na avaliação é importante identificar parâmetros, caso se encaixem nas contraindicações para REABILITAÇÃO CARDIACA que são: angina instável, pressão arterial sistólica maior que 180 mmHg ou pressão arterial diastólica maior que 110 mmHg, hipotensão ortostática com queda sintomática da PAS maior que 20 mmHg, arritmias não controladas, insuficiência cardíaca descompensada, bloqueios atrioventriculares de segundo grau e avançados (sem marca-passo), pericardite em atividade, tromboembolismo e trombose venosa profunda recentes e eletrocardiograma sugestivo de isquemia. A segurança do programa de exercício para IAM depende da intensidade, duração e frequência. Por isso, é importante utilizar como base os resultados dos testes de esforço como teste ergométrico ou teste de caminhada de 6 minutos. Salienta-se que, treinamentos resistidos só podem começar a partir de 2 a 5 semanas após exercício aeróbico e não se exercitar em jejum e fazer uso da medicação prescrita, fazer reposição de líquidos e uso de roupas adequadas a condições de temperatura e umidade relativa do ar. atividades físicas podem ser incluídas de acordo com os objetivos, condições clínicas e a existência de locais e pessoal qualificado. (GIL ET AL, 1995) PROGRAMA DE TREINAMENTO FISICO (3 FASES) É importante considerar na fase de treinamento três etapas: aquecimento, condicionamento e desaquecimento. Durante as fases deve-se utilizar um diário que registre a frequência cardíaca, pressão arterial e sinais sintomas apresentados durante o programa de treinamento físico.  Aquecimento: essa fase tem o objetivo de preparar o sistema cardiorrespiratório e musculoesquelético para a fase de condicionamento, são realizados exercícios dinâmicos e aeróbios, de coordenação associados a treino respiratório. Consiste em 5 minutos de caminhada, exercícios de flexibilidade, exercícios localizados de baixa intensidade, utilizando pequenas massas musculares. No período aeróbico os exercícios tem duração de 20-30 minutos com intensidade constante ou variável (corrida lenta, caminhada ou ciclismo). (LEITE ET. AL 2011; GIL ET AL, 1995)  Condicionamento: os exercícios aeróbios e de resistência são usados paralelamente no plano de treinamento, durante 40 minutos. Lembrando que os exercícios devem ser realizados conforme a capacidade do indivíduo. (LEITE ET AL, 2011)  Desaquecimento: segundo Gil et al (1995) visa “retorno gradativo às condições de repouso através de exercício de alongamento e caminhadas leves, durando cerca de 5 a 10min. Pode ainda incluir trabalhos específicos de relaxamento ou de socialização dos pacientes”. Frequência mínima de 3 vezes por semana. A caminhada de 5 minutos é importante para prevenir a estagnação de sangue nas extremidades, em especial na pernas, 3 minutos de alongamento e exercícios respiratórios para estimular o corpo a retornar as condições repouso com valores de pressão arterial e frequência cárdica próximo ao basal e previr lesões musculares. (REGENGA, 2000; FARDY; YANOWITZ; WILSON, 1998 APUD LEITE ET AL, 2011) Critérios para alta hospitalar e pratica de atividades (Teste Ergométrico e Escala de Borg) Segundo Gil (1995) geralmente realiza-se um teste ergométrico na fase agudo do pós IAM, (teste ergométrico precoce) em pacientes sem complicações cardiovasculares. O protocolo para o teste deve começar por uma baixa intensidade e gasto energético, quantificado em MET (Equivalentes Metabólicos de Repouso). Leite et al, (2008) o teste ergométrico é útil para estratificação de risco e avaliação de prognostico pós IAM, o autor afirma que, se, no TE surgir depressão de segmento ST, angina no peito, resposta anormal de pressão sistólica e redução da capacidade aeróbia está relacionada a um mau prognóstico. Os resultados também servem para interpretar a capacidade funcional do paciente e elaborar um plano de treinamento compatível com sua capacidade útil, visando prevenir riscos cardiovasculares. O exame de teste ergométrico serve para avaliar a capacidade funcional do paciente, é realizado em uma esteira rolante. Sendo submetido a esforço físico gradualmente crescente, são observados sinais e sintomas, pressão, frequência cardíaca, antes, durante e após o exercício. Sugere-se utilizar o protocolo de Naughton e o protocolo de Bruce modificado. Ao fim, aplica a escala de Borg para percepção do cansaço do paciente. Índice de percepção do esforço de 12 a 16 na escala de Borg (exercício leve <12, moderado entre 12 e 14 e forte >14) e teste ergométrico. ATIVIDADE ESPORTIVA APÓS INFARTO Para esta fase é recomendado quantificar o risco coronariano analisando a função ventricular esquerda remanescente (ecocardiografia), detectar isquemia e arritmias esforço induzidas e determinar a capacidade física através de estes de esforço. A liberação a para alta para atividade é baseada na avaliação clínica, resultados de exames complementares, com foco na interpretação de teste ergométrico e analise da estratificação de risco: Baixo risco - Função ventricular em repouso está conservada, sem isquemia ou taquicardia ventricular no teste ergométrico e a capacidade física está acima de 7 METS para idade 65 anos. Está liberado para praticar atividades esportivas repetitivas leves e baixa demanda física anaeróbica e aeróbica, como: tiro ao alvo, bocha, malha, golfe e pesca esportiva. Depois de uma avaliação individualizada, esportes de alta demanda podem ser inseridos, como: marcha atlética, corridas de média distância. (GIL ET AL, 1995) Moderado risco - Função ventricular em repouso satisfatória, com isquemia e ou taquicardia ventricular sustentada ou não durante ou após o teste ergométrico, queda da PA sistólica no incremento das cargas. Capacidade física com valores: abaixo de 7 METS para idade até 50 anos; abaixo de 6 METS para idades entre 50 e 65 anos; abaixo de 5 METS >65 anos. Deve evitar esporte competitivo, é recomendado voleitbol modificado apenas em modo recreativo, esportes individuais não são recomendados. (GIL ET AL, 1995) Alto risco - Déficit de função sistólica do VE já em repouso, independente de outros parâmetros. (GIL ET AL, 1995) 2.3 Critérios e valores contidos em cada uma das decisões:  Recomendações, orientações e contraindicações pós IAM na execução do plano de tratamento.  Fases de tratamento.  Critérios para alta hospitalar e pratica de atividade física. (Testes de esforço e estratificação de risco). Referencias GIL, Cláudio Araújo et al. REABILITAÇÃO APÓS INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO. Arq Bras Cardiol, [S.L], v. 64, n. 3, p. 289-295, set. 1995. Consenso sobre tratamento do pós-infarto do miocárdio Reabilitação após infarto do agudo do miocárdio.
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